Sóstenes critica possível indicação de Messias para o STF: 'Esquerdista evangélico'

Política
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O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara e deputado federal Sóstenes Cavalcante, se manifestou contra a possível indicação de Jorge Messias para a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Aos 67 anos, o ministro Barroso deixou o Supremo por aposentadoria antecipada. Ele ainda poderia permanecer na Corte até os 75 anos, idade-limite prevista pela Constituição.

 

Sóstenes argumentou que os evangélicos de esquerda representam uma parcela muito pequena da população evangélica. "Evangélico de esquerda representa 5% dos evangélicos. Caso Lula o indique, estará escolhendo um esquerdista evangélico. Evangélicos esquerdistas não chegam a 5% do total", disse.

 

Jorge Messias é membro da Igreja Batista e atualmente ocupa o cargo de advogado-geral da União, na Advocacia-Geral da União (AGU). Ele foi escolhido para integrar o primeiro escalão do terceiro mandato do presidente Lula em dezembro de 2022, às vésperas da posse.

 

Além de Sóstenes, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também criticou a possível indicação de Messias ao STF. "Ele não está sendo indicado por ser evangélico, mas por ser um jurista de esquerda, membro do grupo Prerrogativas e homem de confiança do presidente Lula. Ele é desconhecido do segmento evangélico", afirmou.

 

Está será a terceira vez que o presidente Lula realiza uma indicação para o STF desde 2023. Anteriormente já haviam sido indicados e aprovados pelo Senado o atual ministro Cristiano Zanin e Flávio Dino.

 

Além de Jorge Messias, outros nomes cotados para a vaga no STF incluem Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), e Vinícius de Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU). Contudo, entidades da sociedade civil têm cobrado do presidente Lula a indicação de uma mulher para a Corte.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou o Hamas, dizendo que se o grupo continuar a matar pessoas em Gaza, "não teremos escolha a não ser entrar e matá-los". A declaração do líder americano foi feita em uma publicação na Truth Social. De acordo com o republicano, as ações do Hamas não são as acordadas no cessar-fogo com Israel.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira, 16, que concluiu sua conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, e a definiu como "muito produtiva", afirmando que "grandes progressos foram feitos".

Pode meio do Truth Social, Trump afirmou que ele e Putin se encontrarão em Budapeste, na Hungria, "para ver se podemos trazer um fim a esta guerra 'inglória'", numa referência ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Ambos também concordam que haverá uma reunião de conselheiros de alto nível na próxima semana, que serão lideradas, na parte americana, pelo secretário de Estado, Marco Rubio.

"Também passamos muito tempo falando sobre o comércio entre a Rússia e os EUA quando a guerra com a Ucrânia terminar", acrescentou o republicano.

Segundo Trump, Putin o parabenizou durante a ligação pela paz no Oriente Médio. "Eu realmente acredito que o sucesso no Oriente Médio ajudará em nossa negociação para alcançar o fim da guerra com a Rússia/Ucrânia", pontuou a postagem.

O presidente americano se encontrara com seu homólogo da Ucrânia, Volodimir Zelenski nesta sexta-feira, 17, na Casa Branca.

O Uruguai aprovou nesta quarta-feira, 15, uma lei que legaliza a eutanásia, se tornando um dos poucos países a permitir o procedimento, que continua restrito a algumas regiões ao redor do mundo.

Este é um procedimento no qual um médico administra uma substância letal ao paciente para causar sua morte de forma deliberada e indolor.

A legislação uruguaia não estabelece limites de tempo para a realização. Também permite que qualquer pessoa que sofra de uma doença incurável que cause "sofrimento insuportável" busque o procedimento, mesmo que seu diagnóstico não seja terminal.

As regras relacionadas à eutanásia seguem determinações distintas em cada um dos países onde é autorizada.

O procedimento é permitido em países europeus como Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Espanha e Portugal. A prática também é autorizada no Canadá.

Segundo as leis de alguns Estados dos EUA, Austrália e Nova Zelândia, a eutanásia é restrita àqueles com expectativa de vida de no máximo seis meses ou um ano.

Na América do Sul, Colômbia, Equador e Peru já haviam descriminalizado a eutanásia por meio de decisões judiciais, mas esta é a primeira vez na região que ela é aprovada por meio de legislação.

No Chile, o presidente Gabriel Boric reacendeu recentemente a pressão pela aprovação de um projeto de lei sobre eutanásia há muito tempo parado no Senado. Debates acirrados e ativismo em torno da prática têm tomado conta da região nos últimos anos.

No Brasil, a prática ainda é considerada ilegal.

Embora relacionados ao fim da vida e frequentemente mencionados como "sinônimos", a eutanásia difere do suicídio assistido. Tanto o suicídio assistido quanto a eutanásia são formas de antecipar a morte e abreviar o sofrimento, porém, a abordagem é distinta.

Enquanto no caso da eutanásia, o médico injeta uma substância letal, no suicídio assistido o medicamento é administrado pelo próprio paciente. A legislação aprovada no Uruguai permite apenas a prática da eutanásia. (Com agências internacionais)