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A juíza Juanita Cruz da Silva Clait Duarte, de Mato Grosso, conseguiu na Justiça o direito de receber diferenças salariais referentes ao período de 12 anos em que ficou afastada das funções. O passivo soma R$ 5,8 milhões.

 

Juanita foi aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que fiscaliza o Poder Judiciário, em 2010, na esteira de um dos maiores casos de corrupção que atingiu o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o chamado "escândalo da maçonaria".

 

Investigação da Corregedoria da Corte estadual revelou desvios de R$ 1,4 milhão dos cofres da Justiça de Mato Grosso para socorrer uma loja maçônica, entre 2003 e 2005. Na época, o então presidente do tribunal, desembargador José Ferreira Leite, era grão-mestre da Loja Maçônica Grande Oriente.

 

'Esquema'

 

Ao todo, dez magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, entre juízes e desembargadores, foram punidos pelo CNJ com a aposentadoria compulsória por "participação na distribuição e recebimento indevido de verbas remuneratórias".

 

De acordo com o conselho, os integrantes do TJ-MT praticaram "patente atentado à moralidade administrativa e ao que deve nortear a conduta ética do magistrado, quando da montagem de verdadeiro esquema de direcionamento de verbas públicas à Loja Maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso em dificuldades financeiras".

 

Na mesma decisão, de fevereiro de 2010, o CNJ determinou que o processo fosse encaminhado ao Ministério Público para abertura de ação e uma possível devolução ao erário do dinheiro desviado.

 

Decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, reverteram as punições aplicadas pelo CNJ e abriram caminho para o retorno dos magistrados a seus cargos. Juanita foi reintegrada à Corte estadual em 2022.

 

Após reassumir o posto, ela deu entrada em uma ação para receber retroativamente valores que não foram pagos durante o seu afastamento. São verbas remuneratórias e indenizatórias, como diferenças da licença-prêmio, da parcela de irredutibilidade e da parcela autônoma de equivalência.

 

O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 1.ª Vara da Fazenda Pública da Cuiabá, determinou os pagamentos retroativos. "Deve-se dar seguimento ao cumprimento de sentença, com a expedição de precatório em favor do exequente", escreveu.

 

Precatório

 

O Estado de Mato Grosso informou que já havia pago cerca de R$ 275 mil à juíza. Com o abatimento desse valor, o saldo final homologado pela Justiça foi de R$ 5.782.669,09.

 

O pagamento será feito por meio de precatório, com prioridade, em razão da idade e da natureza alimentar da verba pleiteada.

 

O TJ-MT está entre os que mais gastam com seus juízes e desembargadores. Dados do CNJ mostram que, em 2023, cada magistrado do Estado custou, em média, R$ 116,6 mil por mês. Como mostrou o Estadão, todos os 39 desembargadores da Corte vêm recebendo remunerações muito acima do limite permitido pela Constituição (R$ 44 mil). Servidores do tribunal também recebem quase três vezes o salário de um ministro do Supremo.

 

Além disso, investigação sobre suspeita de venda de sentenças atinge o TJ-MT.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não autorizando a viagem do ex-chefe do Executivo federal aos Estados Unidos para assistir à posse do presidente Donald Trump, na próxima segunda-feira, 20. Moraes ressaltou que há possibilidade de "tentativa de evasão" de Bolsonaro "para se furtar à aplicação da lei penal". E destacou que o ex-presidente vem defendendo a fuga do País e o asilo no exterior para diversos condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro.

 

"Permanecem presentes os requisitos de 'necessidade e adequação' para manutenção das medidas cautelares impostas pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, uma vez que as circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado demonstram a adequação da medida à gravidade dos crimes imputados e sua necessidade para aplicação da lei penal e efetividade da instrução criminal", escreveu Moraes no despacho assinado ontem.

 

O ex-presidente mostrou irritação com a negativa e disse que sua mulher, Michelle Bolsonaro, irá representá-lo na cerimônia de posse em Washington. Sua defesa entrou com recurso.

 

A decisão de Moraes segue o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não viu "interesse público" que justificasse a flexibilização da restrição imposta a Bolsonaro, indiciado por crime de golpe de Estado. O chefe do Ministério Público Federal, Paulo Gonet, concluiu que a viagem pretendia "satisfazer interesse privado" do ex-presidente, o que não é "imprescindível".

 

Convite

 

A questão envolvendo a validade do e-mail que Bolsonaro apresentou ao STF como "convite oficial" da posse de Trump não foi considerada na decisão que manteve o passaporte do ex-presidente sob custódia da Justiça. No dia 11, Moraes chegou a cobrar um documento oficial que atestasse que ele foi convidado por Trump para comparecer à cerimônia.

 

O ministro entendeu que a defesa de Bolsonaro não cumpriu a ordem e não juntou "qualquer novo documento comprovatório" sobre o convite feito pelo presidente eleito dos EUA ao ex-presidente brasileiro. A defesa apenas reiterou que o e-mail era o convite oficial.

 

Apesar disso, Moraes ponderou que era necessário analisar o pedido do ex-chefe do Executivo. Ao fazê-lo, lembrou que as medidas cautelares impostas ao ex-presidente - entre elas a proibição de sair do País e a entrega do passaporte - foram chanceladas pelo STF em um contexto de "possibilidade de tentativa de evasão dos investigados", cenário que, segundo o ministro, só se agravou desde então.

 

As restrições foram impostas no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que culminou com o indiciamento do ex-presidente. Após ser indiciado pela Polícia Federal, Bolsonaro cogitou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a possibilidade de fugir e pedir asilo político para evitar eventual responsabilização penal no Brasil. Fora isso, Moraes destacou que o ex-presidente já se disse, em mais de uma ocasião, favorável à fuga de condenados pelo 8 de Janeiro, em especial para a Argentina, para "evitar a aplicação da lei".

 

8 de janeiro

 

O ministro ainda indicou que as manifestações de Bolsonaro favoráveis à fuga de réus do 8 de Janeiro foram chanceladas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) - filho do ex-presidente.

 

"Não houve qualquer alteração fática que justifique a revogação da medida cautelar, pois o cenário que fundamentou a imposição de proibição de se ausentar do País, com entrega de passaportes, continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão do indiciado Jair Messias Bolsonaro, para se furtar à aplicação da lei penal, da mesma maneira como vem defendendo a fuga do País e o asilo no exterior para os diversos condenados com trânsito em julgado pelo plenário do Supremo", escreveu o ministro.

 

Michelle

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta, 16, que sua mulher, Michelle Bolsonaro, vai representá-lo na posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, em Washington. Bolsonaro mostrou irritação por ter tido o pedido de devolução de seu passaporte negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

 

"Não estou indo para uma festa de batizado, da filha ou da neta de ninguém. É um evento de posse da maior democracia do mundo", disse.

 

Sua defesa entrou com recurso no STF para tentar reverter a decisão. Os advogados sugerem dois caminhos: que Moraes reconsidere a própria decisão ou que envie o pedido para julgamento colegiado no plenário do STF. Os criminalistas Paulo Amador da Cunha Bueno e Celso Vilardi argumentam que o passaporte do ex-presidente está retido há um ano, mesmo sem denúncia formal. "O tempo mostra-se excessivo, em especial quando tratamos de medidas graves e, principalmente, porque sequer há uma acusação posta."

 

Em entrevista à Revista Oeste, o ex-presidente afirmou que Michelle "terá tratamento bastante especial" em razão da "consideração" e "amizade construída durante dois anos" entre ele e o presidente eleito dos EUA. "É comum quando você está no poder ter seus amigos e, quando deixa o poder, 90% vão embora, quando não lhe viram as costas", disse Bolsonaro, afirmando que "isso não aconteceu" com Trump.

 

'Viagra'

 

Ao conceder ontem entrevista ao jornal The New York Times, Bolsonaro se mostrava otimista com o convite oficial que afirma ter recebido para a posse de Trump. Disse que ficou tão animado que não iria "tomar mais Viagra" e pedia "a Deus" pela chance de "apertar a mão" do aliado americano. Bolsonaro está impossibilitado de deixar o País desde fevereiro de 2024 devido à retenção de seu passaporte. A medida foi adotada nas investigações relacionadas ao inquérito do golpe.

 

O ex-presidente nega envolvimento com os fatos investigados. Ele disse ao jornal americano estar "sendo vigiado o tempo todo". E classificou sua inelegibilidade até 2030 - decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - como um "estupro da democracia". Bolsonaro afirmou que não está preocupado em ser julgado, mas, sim, com "quem vai me julgar", em referência a Moraes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com recurso nesta quinta-feira, 16, no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do ministro Alexandre de Moraes que barrou sua viagem para participar da posse do presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump.

 

A defesa sugere dois caminhos: que o ministro reconsidere a própria decisão ou que envie o pedido para julgamento colegiado no plenário do STF.

 

O recurso foi apresentado horas após a decisão de Moraes. Bolsonaro corre contra o tempo. A posse de Trump será no dia 20, em Washington.

 

O ex-presidente está com o passaporte retido desde 8 de fevereiro de 2024, quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, por suspeita de envolvimento em um plano de golpe após as eleições de 2022. Bolsonaro foi indiciado no caso.

 

A apreensão do passaporte é uma medida cautelar para evitar a fuga do investigado durante o inquérito e o processo. Bolsonaro já afirmou, em entrevistas, que se sente "perseguido" pela Justiça e que não descarta o refúgio em uma embaixada.

 

Os criminalistas Paulo Amador da Cunha Bueno e Celso Sanches Vilardi, que coordenam a defesa do ex-presidente, argumentam que o passaporte dele está retido há um ano, mesmo sem denúncia formal. "O tempo mostra-se excessivo, em especial quando tratamos de medidas graves e, principalmente, porque sequer há uma acusação posta", criticam.

 

Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito do golpe, mas cabe ao procurador-geral da República Paulo Gonet redigir a denúncia, o que deve ocorrer ainda neste semestre.

 

A defesa também afirma que o ex-presidente "já demonstrou, concreta e objetivamente, sua intenção de permanecer no Brasil" e cita como exemplo viagem à Argentina para a posse de Javier Milei, em dezembro de 2023. Segundo os advogados, a decisão de Moraes está "concentrada em meras conjecturas".

 

"As cautelares impostas ao Peticionário (Bolsonaro) têm sido integralmente cumpridas e respeitadas. E, portanto, nada indica que a pontual devolução do passaporte, por período delimitado e justificado, possa colocar em risco essa realidade. Sendo certo que, em seu retorno, o passaporte será prontamente devolvido a esse E. Supremo Tribunal Federal", diz um trecho do recurso.

 

Os advogados ainda rebatem os argumentos da Procuradoria-Geral da República (PGR), que foi contra a viagem. Em sua manifestação, Gonet afirmou que o passaporte do ex-presidente foi retido por "motivos de ordem pública" e que a viagem, por sua vez, não atende ao interesse público. O PGR cravou que Bolsonaro quer participar do evento para "satisfazer interesse privado". A defesa afirma, por sua vez, que Bolsonaro foi convidado na condição de ex-presidente e "político atuante".

A juíza Juanita Cruz da Silva Clait Duarte, de Mato Grosso, que conseguiu na Justiça o direito de receber R$ 5,8 milhões após ser afastada por investigação em um esquema de corrupção, foi homenageada pela Justiça do Estado pela "qualidade dos serviços prestados", em 2008.

 

Juanita atuou como juíza na comarca de Várzea Grande e recebeu a honraria da Corregedoria-Geral da Justiça naquele ano. De acordo com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), os magistrados reconhecidos à época foram escolhidos pelo "comprometimento em atingir as metas".

 

Em agosto do ano passado, a juíza se candidatou para uma das vagas de desembargador do tribunal, mas não foi eleita pelos critérios de antiguidade e merecimento.

 

Dois meses depois, em dezembro, a magistrada recebeu um novo reconhecimento pela "desempenho e eficiência" na 2ª Turma Recursal do tribunal.

 

"É uma honra receber este certificado, ver pela primeira vez as Turmas sendo agraciadas. Ter o nosso trabalho reconhecido é, de fato, recompensador. Foi uma grata surpresa", disse na cerimônia, como registrou o site do Tribunal de Mato Grosso à época.

 

A comarca comandada por Juanita conquistou o prêmio na categoria Diamante, com índices superiores a 96,5% de aproveitamento, segundo o TJ.

 

Juanita chegou a ser aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2010, órgão que fiscaliza o Poder Judiciário, na esteira de um dos maiores escândalos de corrupção que atingiu o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o Escândalo da Maçonaria. Ela retornou ao cargo em 2022, por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF)

 

Até a publicação deste texto, o Estadão não havia conseguido contato com a juíza Juanita Cruz da Silva Clait Duarte.

 

Ao retornar ao tribunal, Juanita foi designada para jurisdicionar o Oitavo Juizado Especial Cível de Cuiabá, em Mato Grosso. Os valores que a magistrada deverá receber são referentes a diferenças salariais referentes aos 12 anos em que ficou afastada das funções.

 

Durante julgamento do CNJ em 2010, o ministro Ives Gandra Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), explicou em seu voto que Juanita atuou como laranja do esquema que ficou conhecido como o Escândalo da Maçonaria. A magistrada e outros nove juízes punidos pelo CNJ receberam, segundo o voto do ministro, dinheiro do tribunal, a título de pagamentos atrasados, que foram entregues à Loja Maçônica Grande Oriente, onde o então presidente da Corte, desembargador Mariano Alonso Ribeiro Travassos, era grão-mestre.

 

Segundo Ives Gandra Filho, Juanita recebeu o dinheiro do tribunal para repassar à maçonaria. A investigação da Corregedoria da Corte revelou desvios de R$ 1,4 milhão dos cofres da Justiça de Mato Grosso para uma loja maçônica, entre 2003 e 2005.

 

Em maio do ano passado, Juanita tomou posse como na Academia Mato-Grossense de Magistrados (Ama), entidade de fomento da discussão jurídica no Estado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mostrou irritação nesta quinta-feira, 16, por ter tido o pedido de devolução de seu passaporte negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. "Não estou indo para uma festa de batizado, da filha ou da neta de ninguém. É um evento de posse da maior democracia do mundo", disse.

 

Bolsonaro pediu o documento de volta ao ministro para viajar aos Estados Unidos e acompanhar a posse do presidente eleito, Donald Trump, no próximo dia 20, em Washington.

 

Em entrevista à Revista Oeste nesta quinta, o ex-presidente afirmou que Trump "tem um carinho" por ele e que o norte-americano "gostaria de apertar a mão" dele, ou não o teria convidado.

 

Indiciado pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro ainda disse que os advogados vão recorrer da decisão, mas sabe que as chances de vitória são pequenas.

 

"Me senti como uma criança recebendo um presente", disse o ex-chefe do Executivo federal para narrar o momento em que foi convidado para a cerimônia. A comunicação foi enviada para o e-mail do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no último dia 8, pela equipe escolhida pelo republicano para organizar o evento.

 

O fato do convite ter sido feito por um endereço eletrônico desconhecido e sem a programação do evento fez com que Moraes solicitasse mais informações à equipe de advogados de Bolsonaro.

 

A defesa do ex-presidente havia pedido a liberação de seu passaporte, alegando que Bolsonaro foi "honrado ao receber, diretamente do Comitê de Posse Presidencial, convite formal" para participar das solenidades de posse nos EUA.

 

Nesta quinta-feira, a quatro dias da cerimônia, o ministro Alexandre de Moraes negou a devolução do passaporte, apreendido desde fevereiro de 2024, quando o ex-presidente foi alvo da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal para investigar uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

 

A decisão do ministro segue o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não viu "interesse público" que justificasse a flexibilização da restrição imposta ao ex-chefe do Executivo.

 

Bolsonaro afirmou que a mulher dele, Michelle Bolsonaro, vai representá-lo e receberá "um tratamento bastante especial" devido à "consideração" e à "amizade construída durante dois anos" entre ele e o presidente norte-americano eleito.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, no começo da tarde desta quinta-feira, 16, com a futura chefe da Secretaria de Estratégia e Redes (Seres) da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Mariah Queiroz. Ela irá substituir Brunna Rosa no cargo.

 

Mariah foi apresentada a Lula pelo novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, e pelo secretário de Imprensa da Secom, Laércio Portela, antes do evento de sanção do projeto da regulamentação da reforma tributária.

 

Como mostrou o Estadão/Broadcast, Lula demitiu Brunna Rosa, que tem grande proximidade com a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja. A primeira-dama, porém, queria que ela fosse realocada para um cargo na cúpula da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), mas a ideia não agradou Sidônio. A tendência é que tanto ela quanto Priscila Calaf, diretora do Departamento de Canais Digitais da Secretaria de Redes, passem a ser ligadas ao gabinete de Lula, onde ficariam na equipe de Janja.

 

Mariah Queiroz trabalhou com as redes sociais do prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), e deve ser nomeada nesta sexta-feira, 17. A avaliação do Palácio do Planalto é de que o prefeito soube utilizar bem as redes sociais na campanha de 2024. João Campos é o prefeito de capital mais popular no Instagram.

 

João Campos se reuniu nesta quinta-feira com Lula no Palácio do Planalto. A reunião durou cerca de 30 minutos e teve como objetivo tratar sobre a estratégia de comunicação digital utilizada pelo prefeito. Um dos focos da nova Secom, além de reformular a comunicação do governo, é deixar a gestão do petista mais popular visando à eleição de 2026.

 

A Secom está atualmente em período de transição entre a equipe liderada pelo ex-ministro Paulo Pimenta e Sidônio. As equipes estão se reunindo para alinhar os trabalhos e a previsão é que a transição dure até o final do mês.

 

No ano passado, Lula tentou articular um nome para compor como vice na chapa do prefeito, que disputava a reeleição, mas não teve sucesso. O presidente teceu diversos elogios a João Campos. "Com essa idade, ele tem um futuro político excepcional e sabe que tem que trabalhar e fazer as coisas corretas", disse o petista em abril.

 

A relação de João Campos com o PT é conturbada. Em 2020, ele foi para o segundo turno contra a prima Marília Arraes, que era filiada ao partido e hoje está no Solidariedade, e adotou discurso fortemente antipetista. Em um debate, disse que nem sequer era possível contar nos dedos das mãos o número de petistas condenados à corrupção e que não aceitaria indicações políticas do PT em seu governo.

 

A promessa foi descumprida no início de 2023, quando o partido indicou dois secretários na prefeitura de Recife. Antes disso, Campos já havia se reaproximado da legenda ao apoiar a candidatura presidencial de Lula em 2022.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira, 16, com vetos, a primeira lei que regulamenta a reforma tributária dos impostos sobre o consumo, aprovada pelo Congresso em dezembro. O texto cria o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que, segundo estimativas do governo, pode ter uma alíquota-padrão de 28%, a maior do mundo, conforme ranking da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 2022, o último disponível.

 

O texto sancionado em cerimônia no Palácio do Planalto traz as principais regras de funcionamento do IVA, que será dual: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), o IVA federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), o IVA de Estados e municípios. Eles vão substituir cinco tributos que hoje incidem sobre o consumo e estão embutidos nos preços dos produtos: IPI, PIS/Cofins, ICMS e ISS.

 

"A projeção dos dados que temos hoje apontam para alíquota (do IVA) de 28%. Não quer dizer que será essa", disse o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, em entrevista coletiva sobre os vetos à regulamentação da reforma tributária. Questionado sobre o teto da alíquota para o IVA estabelecido pelo Congresso no projeto, de 26,5%, Appy disse que essa questão só terá de ser revista em 2031, quando o governo terá de apresentar proposta para cortar benefícios fiscais para levar a alíquota para o limite aprovado pelo Legislativo.

 

A lei sancionada lista os itens que vão compor a cesta básica nacional, que terá alíquota zero; os alvos do Imposto Seletivo, chamado de "imposto do pecado", que vai incidir sobre itens considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente; as regras do cashback, a devolução de parte do imposto à baixa renda, e os produtos e serviços que contarão com alíquota reduzida, entre outros.

 

Refinaria

 

O governo manteve o benefício à Refinaria da Amazônia (Ream), da distribuidora de combustíveis Atem - um dos pontos de maior entrave na aprovação pelo Congresso. Appy afirmou que a decisão de não vetar o dispositivo foi para evitar que o benefício ficasse mais amplo - ou seja, que mais empresas acessassem a vantagem da Zona Franca. De acordo com ele, a decisão foi técnica.

 

Na fase final da regulamentação da reforma tributária, durante a tramitação no Senado, o relator Eduardo Braga (MDB), que é do Amazonas, inseriu o setor de refino entre os atendidos pelos incentivos tributários da Zona Franca de Manaus, beneficiando uma única empresa da região Norte.

 

A forma como o benefício foi redigido criou uma armadilha para Lula, uma vez que, como não é possível vetar apenas um trecho de um artigo, o entendimento do Ministério da Fazenda foi de que o veto poderia alargar a brecha para mais incentivos tributários.

 

O que foi vetado

 

Appy afirmou que os vetos do presidente Lula ao projeto mantêm a essência do que foi aprovado pelo Congresso. "Quinze blocos de vetos em um projeto de 544 artigos é muito pouco", disse. Segundo Appy, a opção do Executivo foi respeitar as decisões do Legislativo.

 

Lula vetou um benefício adicional dado a empresas da Zona Franca. O texto original da Fazenda oferecia um crédito presumido de 6% a setores que tiveram o IPI reduzido a zero por decisão do governo. Como elas perderam a vantagem comparativa a empresas de outras regiões - que se dá em cima do IPI -, o crédito presumido foi oferecido como uma espécie de contrapartida.

 

O texto aprovado no Congresso estendeu esse crédito presumido a setores que hoje já têm IPI zero, ou seja, não dependem dele para ter vantagem sobre concorrentes. A Fazenda entendeu que conceder o benefício a esses setores seria extrapolar os benefícios existentes hoje na região - e, por isso, recomendou o veto a Lula.

 

O presidente também vetou um trecho que proibia a cobrança do Imposto Seletivo sobre exportações de bens minerais, além de outro que isentava fundos de investimentos dos novos IBS e CBS.

 

Próximos passos

 

O governo ainda precisa aprovar o segundo projeto de regulamentação da reforma tributária, que trata do Comitê Gestor do IBS, o IVA de Estados e municípios. O projeto foi aprovado pela Câmara e agora está no Senado Federal. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que "o Senado está pronto para votar a outra regulamentação da tributária".

 

Além disso, o governo ainda irá enviar outros projetos ao Congresso, como o que define as alíquotas do "imposto do pecado". Appy disse que o envio deste projeto "deve ocorrer nos próximos meses, mas não tem prazo ainda".

 

Questionado sobre o prazo para instalação do Comitê Gestor, Appy disse que é de quatro meses, mas que dependerá da eleição dos representantes dos municípios para compor o órgão. "Como é um ponto crítico, a opção feita no Congresso, com nosso apoio, foi prever desde já a criação (do Comitê Gestor), temporariamente, em 2025, para que pudesse funcionar na operacionalização", disse, ressaltando que as regras ainda virão no segundo projeto de regulamentação da tributária.

 

Tom político

 

A cerimônia também teve um tom político. O presidente Lula disse que "um milagre aconteceu" no Brasil para permitir a aprovação da reforma tributária neste seu mandato.

 

"Quando fui eleito (no terceiro mandato), ouvia que era impossível governar este País, no momento em que o Congresso tinha roubado o Orçamento do presidente e que a direita tinha eleito mais gente que a esquerda. Muita gente dizia que seria impossível governar e aprovar a reforma tributária, porque o governo era muito minoritário", afirmou, elogiando que o regime democrático permitiu o diálogo e debate sobre a proposta para que ela fosse aprovada depois de décadas.

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi "decisiva" para a aprovação da reforma tributária e de sua regulamentação. "A eleição do presidente Lula, sua posse e sua priorização da reforma tributária foi decisiva para que hoje estivéssemos a exaurir essa grande jornada de décadas", disse o senador.

 

Representando o Congresso, Pacheco disse que a reforma foi possível "pela compreensão recíproca de Câmara e Senado" e porque "a sociedade entendeu que o sistema atual não poderia mais vingar".

 

O senador, que está de saída da presidência do Senado, disse se orgulhar de ter sido seu "último ato (no cargo) nesta longa jornada da reforma tributária entregar à sanção do presidente Lula". (COLABOROU MARIANA CARNEIRO)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Laís Adriana*

 

São Paulo, 17/01/2025 - As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, pressionadas pelas perdas em Wall Street e por temores quanto as políticas econômicas de Donald Trump, que tomará posse como presidente dos EUA na segunda-feira. Na China, os ativos de risco avançaram ao receber alívio de dados de atividade, indústria, varejo e moradias, que sinalizaram recuperação da economia, ainda que analistas vejam fôlego limitado.

 

Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,18%, a 3.241,82 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,35% a 1.916,19 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,31%, a 19.584,06 pontos, impulsionado pelos setores imobiliário e de semicondutores. Entre os destaques, a Semiconductor Manufacturing International Corp. saltou 9,6%, recuperando perdas recentes após a China anunciar investigação contra fabricantes de chips americanas por competição ilegal - medida vista como retaliação às sanções dos EUA.

 

O Produto Interno Bruto (PIB) da China acelerou à taxa anual de 5,4% no quarto trimestre de 2024, bem acima do previsto pela FactSet, enquanto produção industrial e varejo também surpreenderam com leituras mais fortes que o esperado. Já os preços médios de novas casas caíram 5,7% em dezembro, na comparação anual, em recuo menos intenso que o registrado em novembro.

 

Para a Capital Economics, a atividade chinesa recebeu impulso das medidas de estímulos fiscais do governo, mas o fôlego será limitado e a economia deverá desacelerar em 2025. Já o ING aponta que a "questão central" está em qual meta será definida pela China para o crescimento do PIB.

 

Em outras partes da Ásia, o índice Nikkei fechou em baixa de 0,31%, a 38.451,46 pontos, em Tóquio, ainda sob preocupações sobre possível alta de juros do Banco do Japão (BoJ, em inglês) na próxima semana. Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 0,16%, a 2.523,55 pontos, em Seul. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 0,53%, a 23.148,08 pontos.

 

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 teve queda de 0,20% em Sydney, a 8.310,40 pontos.

 

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*Com informações da Dow Jones Newswires

As exportações brasileiras para os Estados Unidos somaram US$ 40,3 bilhões em 2024, ultrapassando a marca de US$ 40 bilhões pela primeira vez na história comercial entre os dois países. Segundo o Monitor do Comércio Brasil-EUA, publicado trimestralmente pela Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio), os volumes exportados também atingiram níveis inéditos, com 40,7 milhões de toneladas embarcadas, um aumento de 9,9% em relação a 2023.

 

Segundo a Amcham, o desempenho chama atenção especialmente porque houve uma retração nas exportações totais do País, que registraram queda de 0,8% no total. "O comércio com os EUA produziu ganhos significativos para a economia brasileira em 2024, movimentando um conjunto amplo de setores produtivos, com destaque para a indústria", disse Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil.

 

A indústria brasileira foi decisiva para o recorde comercial, com exportações que somaram US$ 31,6 bilhões, um crescimento de 5,8% ante o ano anterior. Conforme a Amcham, o setor de transformação foi o destaque, respondendo por 78,3% de todas as exportações para os EUA e consolidando o mercado americano como principal destino de produtos industriais brasileiros pelo nono ano consecutivo.

 

Pauta de exportação

 

Entre os produtos mais vendidos estão petróleo bruto, aeronaves, café, celulose e carne bovina. O relatório da Amcham cita ainda que, dos dez principais itens vendidos aos EUA, oito apresentaram aumento em valor, refletindo a maior competitividade dos setores. "Os Estados Unidos se consolidam como o principal destino para bens brasileiros com maior agregação de valor, reafirmando a relevância da parceria comercial", destacou Abrão Neto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As vendas no varejo do Reino Unido caíram 0,3% em dezembro ante novembro, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 17, pelo ONS, como é conhecido o órgão de estatísticas do país. O resultado representa queda maior do que a esperada pelo consenso de analistas consultados pela FactSet, de 0,2%. Na comparação anual, as vendas no varejo britânico subiram 3,6% em dezembro. Neste caso, a projeção da FactSet era de acréscimo menor, de 2,8%.

O indicado para ser o próximo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou, em audiência no Senado, que "não vejo necessidade dos EUA ter uma moeda digital" oficial, ou o dólar digital, devido à forte reputação e poder de compra da divisa americana em termos internacionais.

 

Ele apontou que uma pessoa que possui dólares "têm condições de comprar diversos ativos" financeiros pelo mundo. Bessent destacou que a moeda digital é uma alternativa para países, como a China, que têm dificuldades para ter acesso a ativos diversificados para investimentos.

 

Reforma tributária

 

Scott Bessent afirmou, ainda, na audiência, que "será devastador, sobretudo a pequenas empresas", se a reforma tributária aprovada em 2017 pelo Congresso não for estendida pelo Poder Legislativo em breve.

 

Bessent também destacou que ao final da administração Trump no começo de 2021 o Irã exportava cerca de 100 mil barris de petróleo por dia, mas atualmente está vendendo perto de 1,7 milhão de barris por dia. "Sanções ao Irã empobrecerão governo do país, mas ajudarão a elevar produção de petróleo nos EUA."

O Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), em relatório publicado nesta quinta-feira, 16, declarou que vê muito espaço para uma mudança regulatória favorável ao aumento substancial da produção de petróleo nos EUA sob o novo governo de Donald Trump, como maior arrendamento em terras federais e a diminuição das regulamentações sobre licenças e infraestrutura. Todavia, o IIF alerta que grandes mudanças regulatórias não irão garantir, por si só, um aumento significativo na produção de petróleo dos EUA nos próximos quatro anos.

 

"Os produtores de petróleo são limitados não apenas pela viabilidade econômica de produzir mais, mas também por fatores de demanda e oferta nacionais e globais", explica o instituto. "Esses fatores podem influenciar muito a volatilidade dos preços, que, por sua vez, influencia a capacidade do setor petrolífero de produzir mais".

A Copa São Paulo de Futebol Júnior avança cada vez mais para suas fases decisivas, e nesta sexta-feira serão definidos os últimos quatro classificados para as quartas de final do torneio. Pelas oitavas da Copinha, o Palmeiras encara o Osasco Audax, enquanto o Corinthians terá parada dura contra o Ituano. E ainda, as partidas entre Flamengo-SP e Vasco, e Grêmio e Red Bull Bragantino, completam a rodada.

 

O torneio começou no dia 2 de janeiro e a final será no dia 25 deste mês, data do aniversário de 471 anos da cidade de São Paulo. A Federação Paulista de Futebol (FPF) confirmou que a Mercado Livre Arena Pacaembu voltará a ser palco da final do campeonato depois de alguns anos em reforma.

 

Na Arena Barueri, o Palmeiras encara o Osasco Audax, às 18h30. Depois de passar por Referência e Sport nas etapas anteriores do mata-mata da Copinha, o time alviverde chega, evidentemente, como favorito, mas isso não significa que a vida do bicampeão de 2022-2023 está tranquila. Com 100% de aproveitamento, a equipe osasquense vive um embalo após eliminar o Athletico-PR na terceira fase, vencendo por 1 a 0.

 

Um pouco mais tarde, às 19h, Flamengo-SP e Vasco duelam no estádio José Liberatti, em Osasco. A equipe carioca "assustou" na primeira fase com três empates seguidos, mas depois de passar por Juventus e Ceará, com uma emocionante vitória por 3 a 2, a confiança está em dia para mais um jogo de mata-mata. Do outro lado, o time de Guarulhos foi líder do grupo que tinha o Internacional, e eliminou Náutico e Ibrachina-SP para, com justiça, se colocar entre os 16 melhores do torneio.

 

Naquele que talvez seja o mais imprevisível confronto do dia, Grêmio e Red Bull Bragantino disputam vaga no Francisco Ribeiro Nogueira, em Mogi das Cruzes, às 20h30. Ainda invicto, os gaúchos deixaram para trás o Marcílio Dias-SC na 2ª fase, e na 3ª, atropelaram o Goiás por um sonoro 4 a 0. Já o time de Bragança Paulista é, sem dúvidas, uma das sensações da Copinha. Com 100% de aproveitamento, o Bragantino venceu o Flamengo por 3 a 1, e na fase anterior, fez impressionantes 7 a 0 no Zumbi-AL.

 

Encerrando as oitavas de final, o Corinthians joga contra o Ituano no Bruno José Daniel, em Santo André. Maior campeão da Copinha, com 11 taças, sendo o atual vencedor do torneio, o Corinthians chega com a moral elevada após golear o Vila Nova-GO por 4 a 1 na 3ª fase. Depois de deixar o Fortaleza pelo caminho, o Ituano buscará surpreender mais uma vez na competição.

 

Confira a tabela dos jogos desta sexta-feira:

 

18h30

Osasco Audax x Palmeiras

 

19h

Flamengo-SP x Vasco

 

20h30

Grêmio x Red Bull Bragantino

 

21h30

Ituano x Corinthians

Sem oscilações, Novak Djokovic venceu sua terceira partida neste Aberto da Austrália e mostrou força rumo a novas marcas na história da competição. O tenista sérvio derrotou o checo Tomas Machac, 25º do mundo, por 3 sets a 0, com parciais de 6/1, 6/4 e 6/4. A rodada desta sexta-feira também contou com vitórias do espanhol Carlos Alcaraz e da belarussa Aryna Sabalenka, atual bicampeã do primeiro Grand Slam da temporada.

 

Djokovic entrou em quadra pela terceira vez na competição. E, pela primeira vez, venceu sem ceder sets. Diferentemente das duas rodadas iniciais, o número sete do mundo pouco oscilou e não levou sustos, confirmando o favoritismo e a sua 97ª vitória no Aberto da Austrália. Em Melbourne, ele busca o seu 11º título deste Grand Slam e o 25º geral, que seria o recorde absoluto entre homens e mulheres. Além disso, seria o seu 100º troféu da carreira.

 

Contra Machac, o sérvio perdeu o saque apenas uma vez na partida e faturou cinco quebras. Sem altos e baixos, Djokovic disparou 28 bolas vencedoras, contra 25 do rival checo. E cometeu razoáveis 20 erros não forçados, contra 35 do adversário.

 

Durante o jogo, o sérvio precisou de atendimento em quadra em razão de dificuldades para respirar - o problema não afetou seu rendimento ao longo da partida. Em outro momento, discutiu com um torcedor, que fazia barulho na arquibancada. Chegou a reclamar com a arbitragem por alguma medida para resolver o problema.

 

Nas oitavas de final, o ex-líder do ranking terá pela frente outro oponente da República Checa. Será Jiri Lehecka, 29º do mundo, que avançou ao superar o francês Benjamin Bonzi por 6/2, 6/3 e 6/3. Djokovic e Lehecka vão se enfrentar pela segunda vez, com vitória do tenista mais experiente no ano passado, na United Cup.

 

O dia também foi de vitórias do alemão Alexander Zverev e do espanhol Carlos Alcaraz, números dois e três do mundo, respectivamente. Alcaraz foi quem teve mais trabalho para vencer sua terceira partida na competição. Precisou de quatro sets para superar o português Nuno Borges por 3 a 1, com parciais de 6/2, 6/4, 6/7 (3/7) e 6/2.

 

Em busca do único título de Grand Slam que ainda não tem, Alcaraz ainda não empolgou em Melbourne. Mas aposta na segunda semana do torneio para começar a se destacar. Seu próximo adversário sairá do confronto entre o britânico Jack Draper e o local Aleksandar Vukic.

 

Zverev, por sua vez, vem fazendo uma caminhada mais tranquila na quadra dura do Aberto da Austrália. Nesta sexta, despachou o britânico Jacob Fearnley, algoz do local Nick Kyrgios, por 6/3, 6/4 e 6/4.

 

O resultado fez o vice-líder do ranking se aproximar de uma marca do compatriota Boris Becker. Zverev soma 28 vitórias na competição, contra 29 do ex-tenista, duas vezes campeão do torneio australiano. Nas oitavas, o alemão vai enfrentar Ugo Humbert, que avançou após duelo totalmente francês com o jovem Arthur Fils, que abandonou no quarto set com dores no tornozelo.

 

Em outros dois jogos da chave masculina, o americano Tommy Paul e o espanhol Alejandro Davidovich Fokina venceram seus jogos e confirmaram o confronto nas oitavas. Paul eliminou outro espanhol, Roberto Carballes Baena, por 7/6 (7/0), 6/2 e 6/0. E Fokina superou o jovem checo Jakub Mensik por 3/6, 4/6, 7/6 (9/7), 6/4 e 6/2.

 

FEMININO

Forte candidata ao tricampeonato, Aryna Sabalenka fez mais uma vítima nesta sexta. A número 1 do mundo oscilou no set inicial, mas não deixou de vencer em sets diretos e dinamarquesa Clara Tauson por 7/6 (7/5) e 6/4.

 

Nas oitavas, a favorita vai encarar a jovem Mirra Andreeva, de apenas 17 anos. A 15ª do ranking avançou nesta sexta com um triunfo sobre a polonesa Magdalena Frech por 6/2, 1/6 e 6/2.

 

Outra candidata ao título é a americana Coco Gauff. A número três do mundo despachou a canadense Leylah Annie Fernandez por 6/4 e 6/2. Nas oitavas, sua adversária será a suíça Belinda Bencic, que contou com o abandono da ex-número 1 do mundo Naomi Osaka para avançar. A japonesa desistiu da partida após perder o set inicial por 7/6 (7/3).

 

Também avançaram a espanhola Paula Badosa (11ª cabeça de chave), a croata Donna Vekic (18ª) e a russa Anastasia Pavlyuchenkova (27ª).

 

BRASILEIROS

Após emplacar duas vitórias na chave de simples, Beatriz Haddad Maia estreou com triunfo também nas duplas. Ao lado da alemã Laura Siegemund, ela superou a americana Quinn Gleason e a holandesa Suzan Lamens por 6/1 e 6/3. Na segunda rodada, elas vão enfrentar a italiana Lucia Bronzetti e a ucraniana Angelina Kalinina.

 

Com a vitória, o Brasil conta com duas representantes na chave de duplas uma vez que Luisa Stefani também avançou à segunda rodada, na quinta.

 

Nas duplas mistas, Marcelo Melo e a taiwanesa Hao-Ching Chan caíram na estreia para os locais John-Patrick Smith e Kimberly Birrell por 7/6 (7/5) e 6/3.

A vitória de 2 a 1 sobre o Mirassol nesta quinta-feira, na estreia do Santos no Campeonato Paulista, foi comemorada pelo técnico Pedro Caixinha, que comandou o seu novo clube pela primeira vez desde que foi contratado. Mais do que os três pontos, o comandante gostou da postura do elenco.

 

"Equipe teve uma alma muita grande para fazer o resultado e depois manter o placar. A primeira parte foi muito boa e fomos recompensados. O time representou tudo o que nós queremos. A parte física é muito importante e precisamos melhorar. Mas fiquei feliz porque ganhamos de uma grande equipe", afirmou o treinador.

 

Na entrevista coletiva, Caixinha afirmou que o Santos vai ser movido por objetivos à medida que o trabalho for sendo feito e o elenco estiver evoluído fisicamente.

 

"Nunca vamos estar 100%. A cada jogo, temos que evoluir. No próximo compromisso vamos ter de melhorar mais. Na partida, o primeiro tempo me agradou muito, mas não existe proposta ofensiva sem risco. Vamos ter de precisar de mais tempo para ter mais coordenação nos movimentos", comentou o comandante que classificou a substituição de Soteldo como forçada.

 

"No final do primeiro tempo Soteldo sentiu uma entorse no tornozelo. No intervalo, pedi que continuasse por pelo menos mais dez minutos. Alguns jogadores não tinha condição de suportar o jogo inteiro. O João Basso e o Escobar ficaram muito desgastados. Mas mesmo sem ter condições (físicas), o time quis ir para frente", declarou.

 

Destaque da partida com várias defesas importantes, o goleiro Gabriel Brazão também conversou com os jornalistas. Feliz com o resultado e também pela atuação individual, ele dividiu o mérito da boa estreia santista com o elenco.

 

"Jogo de muito entrega. Fizemos tudo que propusemos nos treinamentos. É início de temporada, ainda estamos aprimorando a parte física. Senti um pouco o cansaço, mas estou feliz mesmo por ter ajudado o grupo e por ter conquistado essa importante vitória", disse o goleiro.

Com mais uma atuação desastrosa, o Vasco continua sem vencer no Campeonato Carioca. Nesta quinta-feira, ficou no empate sem gols diante do Bangu, em São Januário. O time cruzmaltino teve tudo para conquistar os três pontos, mas Jair desperdiçou um pênalti, já no final da partida, defendido pelo goleiro Victor Brasil.

 

Com o resultado, o Vasco chega a dois pontos nos dois primeiros jogos do Estadual e fica na oitava posição. O Bangu é o lanterna, com um. Na estreia, perdeu para a Portuguesa por 1 a 0.

 

Foi um primeiro tempo muito fraco em São Januário, de ritmo lento e poucas chances. O Vasco ainda não conseguiu se encontrar na partida e fez uma atuação pior que na estreia, quando empatou com o Nova Iguaçu. As melhores oportunidades foram em um cruzamento de Paulinho que acabou resvalando no travessão e em cabeçada de Luiz Gustavo.

 

Dos 25 minutos em diante, o Bangu subiu de produção e passou a pressionar mais o time da casa, obrigando o estreante goleiro Daniel Fuzato a fazer boas defesas. Nada o suficiente para mexer no placar, que traduziu muito bem o que foi o primeiro tempo em São Januário.

 

No segundo tempo, o Vasco foi um pouco melhor, mas ainda sem encantar. Aos 16, Maxime, uma das mudanças do técnico Ramon Lima no intervalo, recebeu na entrada da área e chapou para grande defesa do goleiro Victor Brasil. Logo na sequência, Paulinho também teve a chance de marcar, mas parou no goleiro.

 

Assim como foi no primeiro tempo, o Bangu cresceu nos minutos finais da etapa complementar e por pouco não marcou em uma lambança da defesa vascaína. Rafael Carioca tentou por cobertura e viu a bola passar muito próximo ao gol.

 

Para piorar a atuação do Vasco, Jair desperdiçou um pênalti, defendido por Victor Brasil, aos 42 minutos. A penalidade havia sido marcada após toque de mão de João Felipe. Com isso, o duelo terminou sem gols.

 

Na próxima rodada, o Vasco enfrenta o Boavista no domingo, às 19h, em Bacaxá. No mesmo dia, às 20h, o Bangu desafia o Volta Redonda, em Moça Bonita.

 

FICHA TÉCNICA

 

VASCO 0 X 0 BANGU

 

VASCO - Daniel Fuzato; Paulinho Silva, Souza, Luiz Gustavo e Victor Luís; De Lucca (Maxime Dominguez), Zé Gabriel (Jair), JP (Paulinho), Serginho (Andrey) e Bruno Lopes (Jean David); GB. Técnico: Ramon Lima.

 

BANGU - Victor Brasil; Hygor, Kevem (Admilton), Yuri Garcia e Vitinho; André Castro, Raphael Augusto (Léo Pedro), Moretti (João Felipe) e Lucas Nathan (Ruan Carlos); Macário (Fabinho Polhão) e Rafael Carioca. Técnico: Júnior Martins.

 

CARTÕES AMARELOS - Serginho (Vasco); João Felipe e Moretti (Bangu)

 

ÁRBITRO - Jodis Nascimento de Souza.

 

RENDA E PÚBLICO - Não divulgados.

 

LOCAL - São Januário, no Rio de Janeiro (RJ).

Itinerante no nordeste, desta vez na cidade de Campina Grande, na Paraíba, o Flamengo segue sem vencer na temporada de 2025. Com o time alternativo - uma vez que os titulares estão em pré-temporada nos Estados Unidos - o time da capital carioca sofreu o empate do Madureira no fim e ficou no 1 a 1, nesta quinta-feira, no estádio Amigão, pela segunda rodada da Taça Guanabara.

 

Na estreia, o Flamengo foi superado pelo Boavista, por 2 a 1, em Sergipe. O time continua fazendo uma excursão na região nordeste do Brasil, onde tem mais dois jogos, em São Luís, capital do Maranhão, diante do Nova Iguaçu e do Bangu. A volta para o estado do Rio de Janeiro está prevista para a quinta rodada, contra o Volta Redonda, no Raulino de Oliveira, onde marcará a estreia do time principal com o técnico Filipe Luís.

 

Com o empate, o Flamengo somou seu primeiro ponto e ocupa a nona colocação. Thiaguinho marcou o gol do time da Gávea. Já o Madureira manteve sua invencibilidade. Na estreia venceu o Volta Redonda por 2 a 0, em casa, e chegou a quatro pontos, aparecendo na vice-liderança. Marcelo, de pênalti, marcou o gol do empate.

 

O duelo começou frio, com as duas equipes com dificuldades para criar jogadas ofensivas. As transições lentas e a falta de criatividade deixava o jogo sem emoções. O Madureira arriscou de longe, sem perigo, enquanto o Flamengo teve sua primeira chegada aos 17 minutos, em chute de Carlinhos defendido sem sustos por Mota.

 

Com o passar do tempo, os visitantes passaram a se soltar mais. Thiaguinho teve a grande chance da partida, que livre de marcação desperdiçou. Após a parada técnica, o jogo ganhou velocidade, com os dois times arriscando mais, porém pecando nas finalizações. Os goleiros sequer foram obrigados a trabalhar.

 

Na volta do intervalo, o Flamengo voltou melhor e passou a pressionar o adversário. Lorran arriscou de fora da área e Mota fez a primeira grande defesa do jogo. O goleiro ainda defendeu uma cabeçada de Zé Wellinton. O Madureira buscou o contra-ataque, mas quase não passou da linha da intermediária.

 

Tomando conta da partida, o Flamengo saiu na frente. Após boa jogada de Rayan Lucas, a bola sobrou para Thiaguinho bater firme, no alto, e abrir o placar aos 20. Quando parecia tudo resolvido pelo lado do time rubro negro, aos 42 minutos, após revisão no VAR, o juiz marcou pênalti para o Madureira. Marcelo cobrou no meio para deixar tudo igual, aos 43 e frustrar a torcida flamenguista no Amigão.

 

FICHA TÉCNICA

 

MADUREIRA 1 X 1 FLAMENGO

 

MADUREIRA - Mota; Celsinho (Isaías), Arthur, Marcão e Evandro; Matheus Lira (Wallace), Wagninho, Marcelo e Renato Henrique (Flávio Souza); Minho e Jefferson Victor (Marquinho Carioca). Técnico: Daniel Neri.

 

FLAMENGO - Dyogo Alves; Daniel Sales, Pablo, Cleiton e Zé Wellinton; Fabiano (João Alves), Rayan Lucas, Thiaguinho (Schola), Lorran e Guilherme Gomes (Wallace Yan); Carlinhos (Felipe Teresa). Técnico: Cléber dos Santos.

 

GOLS - Thiaguinho, aos 20, e Marcelo, aos 43 minutos do segundo tempo.

 

CARTÕES AMARELOS - Matheus Lira, Marcelo, Wallace, Minho, Mota e Evandro (Madureira); Fabiano (Flamengo).

 

ÁRBITRO - Tarcizo Pinheiro Caetano.

 

RENDA - R$ 292.980,00.

 

PÚBLICO - 3.614 torcedores.

 

LOCAL - Amigão, em Campina Grande (PB).

O Corinthians abriu o Paulistão com vitória. O time alternativo entrou com três volantes e sofreu sem meias para criar jogadas. O gol do Red Bull Bragantino para abrir o placar parecia decretar um começo ruim de Estadual, mas mudanças de Ramón Díaz e o desencanto de Pedro Raul garantiram a virada corintiana.

 

O técnico argentino não pôde contar com Garro, com lesão no joelho, e Igor Coronado, com virose. Mesmo com Carillo à disposição, a preferência foi por um meio de campo com três volantes. Isso causou prejuízo logo nos primeiros minutos, quando o time da casa começou com pressão. Após cruzamento pela esquerda, John John recebeu sozinho dentro da área e teve condições de abrir o placar, mas Donelli fez grande defesa.

 

Talles Magno, Romero e Hernández ficavam isolados na frente. Um trio de volantes no meio não tinha capacidade de armação. Estranha que Ramón Díaz prefira poupar Carillo e Yuri Alberto, que poderiam qualificar o jogo, diante de uma equipe da Série A, sendo que haverá compromissos mais fáceis em que os melhores atletas poderiam descansar.

 

O time da casa aproveitou as dificuldades corintianas para impor uma marcação alta no começo do jogo. Numa dessas, o Corinthians conseguiu descobrir um caminho possível, com lançamentos nas costas da defesa bragantina.

 

O Red Bull Bragantino, porém, era mais organizado. Mais uma vez com avanço pela esquerda, Juninho Capixaba cruzou. Desta vez, Lucas Evangelista foi quem recebeu e abriu o placar com um cabeceio de almanaque, sem chances para Donelli.

 

Em novo lançamento, Romero recebeu com campo livre à sua frente. O paraguaio avançou e preferiu adiantar a bola em vez de passar para um companheiro livre. O jogador corintiano saltou e, então, teve contato com um defensor do Red Bull Bragantino, fora da área. O árbitro Matheus Delgado Candançan indicou pênalti, mas o VAR sinalizou impedimento na origem da jogada.

 

O fim do primeiro tempo mostrou uma reorganização da equipe corintiana. Ainda que penando para armar jogadas, o time conseguiu se compactar mais no ataque, o que possibilitou uma melhor troca de passes. Héctor Hernández, contudo, não recebia a bola e era nulo em tentar abrir espaços para os companheiros infiltrarem.

 

As entradas de Ryan e Pedro Raul não mudaram a dinâmica da partida de imediato. O Red Bull Bragantino voltou do intervalo novamente com pressão e obrigou que Donelli, mais uma vez, salvasse o Corinthians.

 

Entretanto, na falha de Juninho Capixaba em afastar um cruzamento, o lateral deixou a bola no pé de Talles Magno. O corintiano bateu de primeira dentro da pequena área e empatou. O gol do Corinthians animou o time paulistano, mas o clima de empolgação logo amornou e foi substituído por lances truncados de ambas as equipes.

 

Na tentativa de impor mais qualidade, Ramón Díaz colocou em campo Matheuzinho e Yuri Alberto. Na contramão, a chuva de Bragança Paulista aumentava, complicando o futebol. Superando as condições do tempo, o Corinthians viu as substituições darem resultado.

 

Novamente em cruzamento, Talles Magno encontrou Pedro Raul dentro da área. O atacante cabeceou para a virada. Ele parecia estar em condição irregular, mas Juninho Capixaba, mal posicionado, dava condição. Quando o lateral foi substituído, houve vaias da arquibancada.

 

O gol foi o primeiro de Pedro Raul desde 9 de abril, quando o Corinthians goleou o Nacional do Paraguai por 4 a 0 pela Sul-Americana. Já eram nove meses sem marcar.

 

Com a entrada de Carillo e Talles Magno atrás dos atacantes, o Corinthians melhorou. O meio de campo conseguia abrir espaços. Pedro Raul e Yuri Alberto eram procurados e até apareciam com chances de finalização.

 

O Red Bull Bragantino volta a campo no domingo, contra o São Bernardo, pela segunda rodada, às 16h. No mesmo dia, mas às 18h30, o Corinthians recebe o Velo Clube.

 

FICHA TÉCNICA

 

RED BULL BRAGANTINO 1 X 2 CORINTHIANS

 

RED BULL BRAGANTINO - Cleiton; Andrés Hurtado, Pedro Henrique, Lucas Cunha e Juninho Capixaba (Guilherme Lopes); Jadsom, Lucas Evangelista, John John (Lucas Barbosa) e Vinicinho (Henry Mosquera); Eduardo Sasha (Gustavinho) e Isidro Pitta (Thiago Borbas). Técnico: Fernando Seabra.

 

CORINTHIANS - Matheus Donelli; Léo Mana (Matheuzinho), Cacá, João Pedro e Hugo; José Martínez, Charles (Ryan) e Alex Santana (Carillo); Talles Magno, Ángel Romero (Yuri Alberto) e Héctor Hernández (Pedro Raul). Técnico: Ramón Díaz.

 

GOLS - Lucas Evangelista, aos 9 minutos do primeiro tempo; Talles Magno, aos 4, e Pedro Raul, aos 33 do segundo.

 

ÁRBITRO - Matheus Delgado Candançan.

 

CARTÕES AMARELOS - Pedro Henrique e Lucas Cunha (Red Bull Bragantino) e Alex Santana (Corinthians).

 

PÚBLICO - 10.289 presentes.

 

RENDA - R$ 547.290,00

 

LOCAL - Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP).

Finanças

As Melhores

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O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, adiou nesta quinta, 16, a reunião de gabinete que aprovaria a trégua na Faixa de Gaza e acusou o Hamas de descumprir o acordo. O grupo terrorista, porém, reafirmou seu compromisso com o cessar-fogo. A explicação para o imbróglio de última hora parece estar na política interna israelense. Membros radicais da coalizão ameaçaram deixar o governo se a guerra for suspensa.

 

Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança, ameaçou ontem retirar seu partido Otzma Yehudit da coalizão que sustenta Netanyahu se o gabinete aprovar o acordo. Ele disse que voltaria ao governo só se Israel retomasse a guerra contra o Hamas. Segundo Ben-Gvir, a trégua permitiria a reabilitação de grupos terroristas em Gaza.

 

Nos últimos dois dias, Netanyahu se reuniu seis vezes com outro extremista, o ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, líder do partido Sionismo Religioso, que também ameaça abandonar a coalizão. Smotrich defende a continuidade da guerra.

 

Alto risco

 

Mesmo que os dois votem contra o acordo, a trégua deve ser aprovada com folga pelo gabinete - a imprensa israelense estima um placar de 28 a 6. Para Netanyahu, poderia ser uma vitória de Pirro. Sem os seis deputados do Otzma Yehudit e os oito do Sionismo Religioso, o premiê perderia a maioria no Parlamento. O socorro ontem parece ter vindo do lugar mais improvável: a oposição.

 

Yair Lapid, desafeto do premiê e líder do partido Yesh Atid, ofereceu o voto de seus 24 deputados para que o governo não caia. "Eu digo a Netanyahu, não tenha medo ou deixe se intimidar. Você terá a rede de segurança que precisa para fazer o acordo de reféns", escreveu Lapid no X. "Isso é mais importante do que qualquer desentendimento que já tivemos."

 

Autoridades do governo de Israel disseram que a reunião para aprovar o acordo seria realizada hoje, para que o pacto entrasse em vigor no domingo, quando seriam libertados os primeiros reféns. Mas, segundo alguns veículos de imprensa israelenses, a votação pode ocorrer somente no sábado à noite (horário de Israel), o que significa que a trégua não entraria em vigor antes de segunda-feira.

 

Dia sagrado

 

A explicação é que, após a votação, será preciso publicar uma lista de prisioneiros palestinos a serem libertados, e quem não concordar com ela terá 48 horas para apresentar uma petição à Suprema Corte. Se a votação for realizada hoje, alegam alguns membros do governo, os que não aceitarem as libertações não teriam tempo para apresentar recursos em razão do shabat (dia de descanso para os judeus).

 

Ontem, o governo americano se disse surpreendido com a possibilidade de Israel atrasar a implementação do acordo em um dia. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, no entanto, afirmou que ainda estava confiante que o acordo entraria em vigor como planejado, no domingo.

 

Bombardeios

 

Enquanto Netanyahu busca apoio interno, bombardeios israelenses mataram ontem 81 pessoas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde, que é controlado pelo Hamas. Em guerras anteriores, segundo analistas, os dois lados só pararam com as operações militares nas horas finais antes de a trégua começar, como uma forma de projetar força. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A população da China diminuiu pelo terceiro ano consecutivo, na passagem de 2023 para 3034, informou o governo do país nesta sexta-feira. O quadro reforça os desafios demográficos para a nação mais populosa do mundo, que agora enfrenta tanto uma população envelhecida quanto uma emergente escassez de pessoas em idade ativa.

 

No final de 2024, a população da China somava 1,408 bilhão de pessoas, uma queda de 1,39 milhão em relação a 2023. Os números anunciados pelo governo chinês seguem tendências mundiais, mas especialmente na Ásia Oriental, Japão, Coreia do Sul, Hong Kong e outras nações viram suas taxas de natalidade despencar nos últimos anos. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu afirmou que um acordo para devolver reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza foi alcançado e convocou uma reunião de seu gabinete de segurança para aprová-lo nesta sexta-feira, 17.

 

Embora o Catar e os Estados Unidos já tivessem anunciado na quarta-feira, 15, o acordo, o gabinete de Netanyahu indicou que os "detalhes finais" ainda estavam sendo finalizados. O governo israelense havia afirmado que "houve problemas de última hora" nas negociações.

 

Mesmo assim, o acordo ainda precisa ser formalmente ratificado pelo gabinete israelense. A declaração de Netanyahu pareceu abrir caminho para a aprovação do acordo, que pausaria os combates na Faixa de Gaza e veria dezenas de reféns mantidos por terroristas em Gaza libertados em troca de prisioneiros palestinos mantidos por Israel.

 

Também permitiria que centenas de milhares de palestinos deslocados retornassem aos restos de suas casas em Gaza.

 

Mais cedo nesta quinta-feira, 16, o gabinete de Netanyahu havia acusado o Hamas de renegar partes do acordo na tentativa de obter mais concessões - sem especificar quais partes.

 

"O Hamas está recuando dos entendimentos e criando uma crise de última hora que impede um acordo", disse o gabinete de Netanyahu.

 

O Hamas negou as alegações, com Izzat al-Rishq, um alto funcionário do Hamas, dizendo que o grupo militante "está comprometido com o acordo de cessar-fogo, que foi anunciado pelos mediadores".

 

Após adiar a votação, Netanyahu disse que reunirá seu gabinete de segurança nesta sexta-feira, 17, e depois o governo para aprovar o acordo. Ataques aéreos israelenses, enquanto isso, mataram pelo menos 72 pessoas no território devastado pela guerra.

 

O primeiro-ministro israelense enfrenta grande pressão interna para trazer de volta os reféns, cujas famílias imploraram a Netanyahu para priorizar a libertação de seus entes queridos.

 

Por outro lado, há a pressão interna de sua coalizão, com membros da extrema direita ameaçando renunciar caso o texto fosse aprovado. (Com agências internacionais).

Crise sanitária, surto de virose e gastroenterite e longas filas de espera - que podem chegar até 5 horas - em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) em regiões litorâneas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. O aumento repentino da população flutuante, formada por turistas que visitam estas regiões, é sempre esperado. No entanto, o preparo para o atendimento em saúde, mais uma vez, não correspondeu às expectativas dos gestores municipais e da população.

 

Isso porque neste início de 2025, além de um grande número de turistas nos municípios litorâneos - em Florianópolis, por exemplo, a população é de cerca de 576 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a expectativa da prefeitura é de que a cidade receba mais de 2 milhões de pessoas até março - também houve o surto de virose, causado pelo norovírus.

 

No litoral de São Paulo, no Guarujá, a cidade de Guarujá foi a mais afetada com o surto, ultrapassou 2 mil casos de viroses em menos de 16 dias. Em algumas unidades de saúde do município, o tempo de espera para atendimento chegou a 4 horas.

 

Já no litoral do Paraná, nos nove primeiros dias de 2025, foram registrados 2.311 atendimentos na região litorânea, segundo a Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas (MDDA) da Secretaria de Estado da Saúde. O número é superior ao registrado no ano passado, quando foram 654 casos do mesmo período.

 

As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde não sabem precisar os motivos para o aumento no número de casos, mas afirmam que o fenômeno já era esperado por conta do calor intenso e do fluxo de turistas.


 

População flutuante x atendimento de saúde no litoral

O Dr Caio Ferreira Jorge, Head de Operações do Grupo Hygea, que é especializado em gestão de saúde pública e privada no Brasil, explica que para obter eficiência nos atendimentos - especialmente neste período do ano, reduzindo o tempo de espera, gastos e melhorando a efetividade, - o gestor de saúde precisa ampliar equipes para estruturar uma triagem rápida dos usuários, classificando os casos conforme gravidade e direcionando para o atendimento adequado.
 

"Ter um espaço físico exclusivo para o atendimento do usuário evita a superlotação de outras unidades de saúde", completa.
 

Segundo ele, a maioria dos municípios apresenta dificuldades no atendimento à população nesta época do ano devido ao aumento súbito populacional, limitações de estrutura e de planejamento, mesmo com repasse de verbas por parte dos governos estaduais.
 

Entre as estratégias que podem ser adotadas para este período estão o reforço nas campanhas de promoção à educação em saúde, orientações sobre como fazer o uso correto dos equipamentos de saúde, reorganização do fluxo de atendimento dos casos de baixa complexidades para unidades de baixo fluxo de atendimento, desafogando os pronto-socorros e melhor utilizando a própria estrutura, ampliação temporária e treinamento das equipes de saúde e acesso a telemedicina.

 

"Antecipar a compra de insumos e distribuição de medicamentos também é fundamental, tendo em vista que nessa época do ano a logística fica prejudicada e o desabastecimento das unidades de saúde tornam o atendimento crítico. Por fim, contar com o apoio da iniciativa privada, reduzindo gastos e ampliando o acesso aos usuários. Desta forma as cidades poderão garantir um verão mais tranquilo e com assistência médica adequada", completa o Dr.Caio.

 

Tendências na gestão em saúde para 2025

Para 2025, os novos modelos de gestão trazem uma visão empresarial para a saúde pública, trazendo bons resultados sem extrapolar o planejamento orçamentário. "A participação da iniciativa privada e a terceirização de setores da saúde pública tem trazido inúmeros benefícios à população, garantindo mais agilidade e exclusividades na prestação do serviço", explica Caio.
 

Ele conta ainda que a inclusão de tecnologias como plataformas desenvolvidas de acordo com a necessidade de cada unidade de pronto-atendimento - tanto para a gestão quanto para a assistência primária - tem feito total diferença, em diferentes regiões do Brasil.
 

"O uso destas tecnologias permite criar um protocolo de atendimento personalizado, avaliando o perfil dos pacientes que mais frequentam as unidades de saúde como, por exemplo, os doentes crônicos. Isso possibilita análises críticas dos modelos de trabalho, nas ações assistenciais, otimização dos custos e da gestão de pessoas. A inovação do modelo gestão de saúde não é mais uma opção, e sim o único caminho para se ter eficiência e qualidade na gestão pública da saúde no país", finaliza.

O consumo excessivo de açúcar é amplamente associado a problemas como obesidade, diabetes e doenças cardíacas, mas o impacto dessa substância na saúde mental também vem ganhando destaque em estudos recentes. Pesquisas mostram que dietas ricas em açúcar podem influenciar negativamente o humor, aumentar os níveis de ansiedade e até mesmo contribuir para o desenvolvimento de depressão. 

 

De acordo com a nutricionista Thainara Gottardi, especializada em nutrição esportiva e estética, que propõe uma metodologia centrada no paciente, a ingestão elevada de açúcar provoca picos rápidos de glicose no sangue, seguidos por quedas bruscas, que podem gerar instabilidade emocional. "Esse ciclo de altos e baixos afeta diretamente o cérebro, alterando a liberação de neurotransmissores como a serotonina, responsável pela sensação de bem-estar", explica. 

Além disso, estudos publicados em revistas científicas indicam que o consumo prolongado de açúcar pode desencadear processos inflamatórios no organismo, incluindo no cérebro. Essas inflamações estão relacionadas a sintomas de ansiedade e depressão, dificultando o equilíbrio emocional.

O impacto é ainda mais evidente em crianças e adolescentes, em que a dieta frequentemente inclui altas quantidades de açúcares refinados. "O excesso de açúcar pode afetar a concentração, aumentar a hiperatividade e, em alguns casos, intensificar sinais de ansiedade. É crucial educar famílias sobre os efeitos de longo prazo do consumo exagerado", alerta a nutricionista. 

Por outro lado, a redução do consumo de açúcar está associada à melhora da saúde mental e do bem-estar geral. Optar por alimentos naturais, como frutas, grãos integrais e fontes de gordura saudável, pode contribuir para um humor mais estável e níveis de energia mais consistentes ao longo do dia. 

A relação entre açúcar e saúde mental reforça a importância de uma alimentação equilibrada, não apenas para o corpo, mas também para a mente. "Entender como a alimentação impacta nossas emoções é um passo essencial para adotar hábitos mais saudáveis. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida", conclui Thainara Gottardi.

Embora ainda sejam necessários mais estudos para compreender a totalidade dos efeitos do açúcar no cérebro, as evidências já apontam para a necessidade de repensar o papel dessa substância na dieta. Afinal, cuidar da saúde mental começa também pela escolha do que colocamos no prato.

A maior incidência do Sol e as altas temperaturas são um convite para irmos à praia ou nos refrescarmos na piscina. O verão é a época do ano ideal para as pessoas aproveitarem intensamente os momentos de lazer, visitarem novos lugares e renovarem as energias, principalmente se o período for de férias!
 

Mas é importante que se lembrem de proteger bem a pele e os olhos dos efeitos nocivos da radiação solar. Além do filtro solar, que deve ser passado por todo o corpo, "os óculos escuros são indicados em todas as idades e podem ser usados inclusive pelas crianças", recomenda o oftalmologista Luiz Brito, do H.Olhos, Hospital de Olhos da Rede Vision One.
 

Isso porque os raios ultravioleta (UV), emitidos pelo Sol, são fator de risco para o câncer de pele e para diversas doenças oculares. O médico dá algumas dicas de cuidados com os olhos durante o verão:
 

- adquira os óculos de sol em lojas de boa referência, a fim de garantir que ofereçam a proteção adequada;

-use chapéus ou bonés com abas largas e evite olhar diretamente para o Sol entre 10h e 16h;
 

- beba bastante água para hidratar o corpo e lubrificar os olhos, pois isso ajuda na eliminação de toxinas;

- lentes de contato devem ser retiradas antes de entrar na água, em razão do alto risco de infecção;
 

- os óculos de natação são uma boa opção para prevenir irritações se a criança abrir os olhos ao mergulhar;
 

- tenha sempre água fresca por perto para lavar os olhos em caso de contato com o filtro solar ou a areia;
 

- evite compartilhar toalhas, maquiagem ou levar as mãos aos olhos, para prevenir doenças como a conjuntivite, que tem aumento dos casos no verão.
 

A exposição à radiação ultravioleta, emitida pelo Sol, com o passar dos anos pode causar alterações na retina, camada interna do olho. Na superfície ocular, o excesso de exposição solar causa pterígio, conhecido como "carne esponjosa", além de queimaduras na córnea ou de fotoceratite, uma inflamação da córnea.

São Paulo abriga o primeiro museu de história dedicado à memória política das resistências e da luta pela democracia no Brasil. Com entrada gratuita, o Memorial da Resistência tem como missão a valorização da cidadania, da pesquisa e da educação a partir de uma perspectiva plural e diversa sobre o passado, o presente e o futuro, através de exposições, ações educativas, programação cultural e do seu amplo acervo de história oral.

O Memorial da Resistência de São Paulo é um museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Aberto em 24 de janeiro de 2009, ele fica exatamente no mesmo prédio onde operou entre 1940 e 1983 o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops/SP), uma das polícias políticas mais truculentas da história do país.    

São Paulo abriga o primeiro museu de história dedicado à memória política das resistências e da luta pela democracia no Brasil. Com entrada gratuita, o Memorial da Resistência tem como missão a valorização da cidadania, da pesquisa e da educação a partir de uma perspectiva plural e diversa sobre o passado, o presente e o futuro, através de exposições, ações educativas, programação cultural e do seu amplo acervo de história oral.

O Memorial da Resistência de São Paulo é um museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Aberto em 24 de janeiro de 2009, ele fica exatamente no mesmo prédio onde operou entre 1940 e 1983 o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops/SP), uma das polícias políticas mais truculentas da história do país.    

Parte da exposição temporária Uma Vertigem Visionária — Brasil: Nunca Mais, com curadoria de Diego Matos, a obra Este capítulo não foi concluído (2024), de Rafael Pagatini, será exibida no mural externo do Memorial da Resistência de São Paulo. A Colagem de Foto Gigantismo, feita pelo artista Julio Dojcsar, será apresentado no dia 24 de janeiro de 2025, data em que o museu completa 16 anos da sua inauguração.

A obra é composta a partir de páginas do projeto Brasil: Nunca Mais, iniciativa empreendida pela sociedade civil ainda durante a ditadura civil-militar, responsável por sistematizar e produzir cópias de mais de 1 milhão de páginas contidas em 707 processos do Superior Tribunal Militar (STM), revelando a extensão da repressão política do Brasil no período.

O painel de 14,2m x 4,5m dispõe 72 páginas dos processos sobrepostas por itens relacionados ao corpo humano, como roupas, calçados, adereços e objetos pessoais, materializando a presença das pessoas impactadas pelo período de repressão.

A obra comissionada para a exposição estabelece uma ligação direta entre o projeto e o romance O Processo, de Franz Kafka. No final do capítulo oito, o autor acrescenta uma nota indicando que “este capítulo não está concluído”. Essa sensação de inacabamento permeia todo o livro que, por si só, é uma obra inacabada, refletindo o processo legal labiríntico e trágico que Kafka narra, em que a conclusão e a justiça permanecem inalcançáveis.  

A escolha do título não apenas evoca a ideia de inacabamento presente na obra literária, mas também reflete às histórias das pessoas perseguidas durante o governo civil-militar brasileiro. Muitas dessas trajetórias nunca tiveram o reconhecimento ou a justiça que mereciam, permanecendo como capítulos inacabados na narrativa do país. Ao escolher esse título, Pagatini buscou ressaltar a continuidade dessas lutas e a importância de manter vivas as memórias, as quais ainda aguardam por justiça e resolução.

Após reunir mais de 19 mil visitantes em sua temporada de estreia no Museu de Arte Brasileira da FAAP, em São Paulo, a exposição “Ancestral: Afro-Américas - Estados Unidos e Brasil” seguirá em itinerância pelo Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB-RJ), de Belo Horizonte (CCBB-BH) e de Brasília (CCBB-DF), e pelo Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), em Salvador. O público paulista pode aproveitar os últimos dias para conferir as mais de 130 obras de 74 artistas brasileiros e americanos com entrada gratuita até dia 26 de janeiro.

“O sucesso de Ancestral abriu as portas para que esse encontro de origens, linguagens e estéticas promovido pela mostra avance por novos caminhos ao percorrer o Brasil por Rio, Belo Horizonte, Brasília e Salvador.  Em cada cidade mais artistas, performances e ritos serão adicionados à exposição, criando novas relações e diálogos”, destaca o diretor artístico da mostra, Marcello Dantas.

A mostra não apenas homenageia os artistas que desafiaram as brutalidades e o apagamento do colonialismo, mas também busca fomentar o diálogo sobre o impacto e a relevância das raízes africanas ancestrais na formação e nos contextos sociais de ambos os países. Através de três eixos centrais – corpo, sonho e espaço – "Ancestral" promove um encontro de gerações de artistas visuais que valoriza o conceito de identidade afro-americana no Brasil e nos EUA e da arte decolonial.

“Nós nos deixamos guiar pelos grupos e comunidades da diáspora africana que reimaginaram o conceito de servidão nessas nações coloniais para as quais foram trazidas, contribuindo de maneira significativa para a construção da identidade nacional desses lugares. A partir da ideia de seres humanos que reinventam sua existência em um ambiente hostil, selecionamos artistas que evocam essa invenção, essa transformação, e esse processo de 'tornar-se' como uma poderosa ferramenta, poética e estética”, comenta a curadora brasileira Ana Beatriz Almeida.

Para a curadora norte-americana Lauren Haynes, a oportunidade de trabalhar com Ana Beatriz “para apresentar o trabalho de artistas afro-americanos ao lado do trabalho de artistas afro-brasileiros foi uma ótima chance de explorar conexões e práticas distintas de artistas negros atuando em dois lugares muito diferentes”.

A exposição, que estreou em outubro de 2024, marcou o ano do bicentenário das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos ao reunir artistas de grande relevância no cenário internacional das duas nações. Dentre eles, trabalhos inéditos das brasileiras Gabriella Marinho e Gê Viana, da norte-americana Simone Leigh (com sua escultura “Las Meninas”, vinda de sua própria coleção pessoal); além do também norte-americano Nari Ward, cujo trabalho criado em solo brasileiro exclusivamente para a ocasião - uma instalação feita de ferro fundido, algodão, cachaça, açúcar e amostras de terra de vários estados brasileiros, sobrepondo um símbolo Bantu à bandeira brasileira.

Somam-se a eles nomes como Abdias do Nascimento, ícone do ativismo cultural no Brasil; o sergipano Bispo do Rosário, com seus mantos bordados e objetos que transcenderam o tempo e subverteram o conceito de beleza e loucura; a artista premiada com o Prêmio PIPA Rosana Paulino, com seu olhar crítico sobre raça e identidade, e a jovem artista Mayara Ferrão, que utiliza a inteligência artificial para repensar cenas de afeto entre pessoas negras e indígenas não contadas pela “história tradicional”.

Entre os artistas norte-americanos, se destacam Kara Walker, com sua arte provocativa que examina questões históricas e sociais, e Julie Mehretu, com suas complexas pinturas que estabelecem um diálogo com a geopolítica atual, além de obras de Kerry James Marshall, Carrie Mae Weems e Betye Saar, que reforçam o diálogo sobre identidade, cultura e história.

Com apoio da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP e da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, “Ancestral: Afro-Américas - Estados Unidos e Brasil” tem patrocínio do BB Asset, Bradesco, Caterpillar, Google, Instituto CCR, Citi, Itaú Unibanco, Whirlpool e Bank of America – que cedeu 52 obras de seu acervo para a mostra. Além dele, o Museu Afro Brasil também cedeu obras de sua coleção para a ocasião.

Serviço:
Exposição “Ancestral: Afro-Américas - Estados Unidos e Brasil”
Direção Artística: Marcello Dantas
Curadoria: Ana Beatriz Almeida e Lauren Haynes
Patrocínio: BB Asset, Bradesco, Caterpillar, Google, Instituto CCR, Citi, Itaú Unibanco, Whirlpool e Bank of America
Período: até 26 de janeiro de 2025
Local: MAB  FAAP – Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo
Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h. Fechado às segundas-feiras.
Entrada gratuita. Mais informações pelo telefone (11) 3662-7198.

O Mundo do Circo SP apresenta um calendário repleto de atrações até 30 de janeiro, no Parque da Juventude. Com intervenções artísticas, oficinas e a apresentação da Palhaça Rubra complementam a programação, localizada na zona norte de São Paulo.

No Edifício Oswald de Andrade, sede do Cult SP Pro, acontece exposição “Oswald PRO Carnaval”. Uma verdadeira imersão ao universo carnavalesco com a exposição das fantasias da campeã do Carnaval 2024, Mocidade Alegre.

Para quem pretende fugir da agitação, na Biblioteca de São Paulo, o desenhista Raoni Marques, artista da série animada “Irmão do Jorel”, é o responsável pelo curso “Mangá do Começo ao Fim”, que acontece nos dias 18 e 19. As inscrições são gratuitas e o curso aborda técnicas básicas de mangá, com a criação de histórias e personagens. Os participantes também poderão produzir suas próprias histórias no formato de HQ japonês.

Em Santos, no litoral paulista, o Museu do Café está com programação de férias cheia de atrações. Neste final de semana, além das atividades do espaço Café com Leite, o Museu promove oficina de circo. No sábado tem atividades de acrobacia e malabarismo e no domingo tem a criação de desenhos na espuma dos cafés, introduzindo as crianças ao latte art.

No interior acontecem diversas atividades na programação de férias do Museu Casa de Portinari, na cidade de Brodowski. Neste sábado (18), tem o“Inglês no Museu”, com atividades sensoriais e contação de histórias. A entrada é gratuita.

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