Conselho de Ética da Câmara rejeita cassação de Janones por camiseta contra anistia

Política
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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira, 8, o pedido de cassação do mandato do deputado André Janones (Avante-MG). A solicitação havia sido apresentada após o parlamentar usar, dentro do Congresso Nacional, uma camiseta com a frase "anistia é o caralh*", em protesto ao projeto que prevê anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023.

O relator do caso, o deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), considerou que a atitude de Janones está "dentro dos limites da razoabilidade" e que não configura violação à sua imunidade parlamentar. Ele recomendou o arquivamento do processo, o que foi aprovado por 13 votos a 4.

Além deste caso, Janones responde a outros dois processos no Conselho de Ética.

O primeiro envolve uma publicação nas redes sociais, em que ele chamou o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) de "assassino" e "corrupto" no X (antigo Twitter). Já o segundo processo acusa Janones de ter exigido que servidores de seu gabinete devolvessem parte dos salários para pagar dívidas de campanha.

Ambos os pedidos foram apresentados pelo PL e também estavam previstos para análise nesta quarta-feira.

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O Hamas pediu ao presidente dos EUA, Donald Trump, e a partes árabes, islâmicas e internacionais que obriguem o governo de Israel a implementar "plenamente os requisitos do acordo" e não permitam que os israelenses evitem ou atrasem a execução do que foi acordado, em nota enviada nesta quinta-feira.

"O Hamas anuncia que chegou a um acordo que estipula o fim da guerra em Gaza, a retirada da ocupação, a entrada de ajuda e uma troca de prisioneiros", diz, ao ressaltar que o objetivo é alcançar "o fim do genocídio" contra nosso povo palestino e a retirada da ocupação da Faixa de Gaza. No texto, o grupo agradece os esforços dos países mediadores, Catar, Egito e Turquia, bem como os de Trump.

Ainda, o Hamas afirma que os sacrifícios do povo "não serão em vão". "Permaneceremos fiéis ao nosso compromisso e não abandonaremos os direitos nacionais do nosso povo: alcançar liberdade, independência e autodeterminação".

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que todos os reféns serão levados para casa, "com a ajuda de Deus", em publicação no X, nesta quarta-feira, 8. O comentário acontece após o presidente americano, Donald Trump, dizer que Israel e Hamas assinaram a primeira fase para o acordo de paz para Gaza.

Fontes disseram à CNN que os reféns devem ser libertados no sábado ou domingo.

Em outra publicação no X, o ministro e porta-voz oficial do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al-Ansari, afirmou que o acordo alcançado diz respeito "a todas as disposições e mecanismos" de implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza.

"O acordo levará ao fim da guerra, à libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos e à entrada de ajuda humanitária", acrescentou na postagem. Segundo ele, detalhes serão anunciados posteriormente.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou há pouco, em publicação na Truth Social, que Israel e Hamas assinaram a primeira fase para o Plano de Paz em Gaza. Segundo ele, diante as assinaturas, todos os reféns serão libertados em breve, e as tropas israelenses serão retiradas como os primeiros passos em direção a uma "paz forte, duradoura e eterna" na região.

"Todas as partes serão tratadas de forma justa! Este é um GRANDE dia para o mundo árabe e muçulmano, Israel, todas as nações vizinhas e os EUA", escreveu na postagem, ao agradecer a mediação do Catar, Egito e Turquia para o acordo.