Hamas pede que Trump não permita que Israel atrase a implementação do acordo de Gaza

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O Hamas pediu ao presidente dos EUA, Donald Trump, e a partes árabes, islâmicas e internacionais que obriguem o governo de Israel a implementar "plenamente os requisitos do acordo" e não permitam que os israelenses evitem ou atrasem a execução do que foi acordado, em nota enviada nesta quinta-feira.

"O Hamas anuncia que chegou a um acordo que estipula o fim da guerra em Gaza, a retirada da ocupação, a entrada de ajuda e uma troca de prisioneiros", diz, ao ressaltar que o objetivo é alcançar "o fim do genocídio" contra nosso povo palestino e a retirada da ocupação da Faixa de Gaza. No texto, o grupo agradece os esforços dos países mediadores, Catar, Egito e Turquia, bem como os de Trump.

Ainda, o Hamas afirma que os sacrifícios do povo "não serão em vão". "Permaneceremos fiéis ao nosso compromisso e não abandonaremos os direitos nacionais do nosso povo: alcançar liberdade, independência e autodeterminação".

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira, 8, o pedido de cassação do mandato do deputado André Janones (Avante-MG). A solicitação havia sido apresentada após o parlamentar usar, dentro do Congresso Nacional, uma camiseta com a frase "anistia é o caralh*", em protesto ao projeto que prevê anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023.

O relator do caso, o deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), considerou que a atitude de Janones está "dentro dos limites da razoabilidade" e que não configura violação à sua imunidade parlamentar. Ele recomendou o arquivamento do processo, o que foi aprovado por 13 votos a 4.

Além deste caso, Janones responde a outros dois processos no Conselho de Ética.

O primeiro envolve uma publicação nas redes sociais, em que ele chamou o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) de "assassino" e "corrupto" no X (antigo Twitter). Já o segundo processo acusa Janones de ter exigido que servidores de seu gabinete devolvessem parte dos salários para pagar dívidas de campanha.

Ambos os pedidos foram apresentados pelo PL e também estavam previstos para análise nesta quarta-feira.

O ministro e vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta terça-feira, 7, a devolução, ao patrimônio da PF, de parte do armamento apreendido de Wladimir Matos Soares, réu do núcleo 3 da trama golpista que tentou abolir o Estado Democrático de Direito.

Wladimir, que é policial federal, teve pistolas, uma metralhadora e acessórios recolhidos durante as investigações sobre a tentativa de golpe.

O núcleo 3 da investigação reúne dez integrantes, a maioria formada por militares de forças especiais, conhecidos como "kids pretos". Eles são acusados de participar do planejamento do golpe, incluindo o plano "Punhal Verde e Amarelo", que previa ataques a autoridades como Moraes e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A devolução das armas foi solicitada pela Polícia Federal, alegando que os instrumentos "integram o acervo patrimonial da Polícia Federal e são essenciais ao desempenho de suas atividades institucionais".

O pedido de devolução foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou favorável à devolução das pistolas, mas barrou a entrega da metralhadora e de outros itens, argumentando que não há elementos suficientes que justifiquem a liberação desses objetos à corporação.

"As fichas cadastrais apresentadas, em conjunto com os dados constantes no Termo de Apreensão n. 4845571/2024, fazem presumir a propriedade legítima, por parte da Polícia Federal, da pistola G17, Glock GMBH (Áustria), de n/s. HPP871 e da pistola G19, Glock GMBH (Áustria), de n/s. BRPL004, bem como revelam a ausência de impedimento legal à devolução pleiteada", autorizou a PGR.

"Quanto à submetralhadora MP5A5, marca HK (Heckler & Koch), n/s. 62460363, entretanto, não há elementos suficientes para a reintegração do objeto", completou.

Alexandre de Moraes acolheu a PGR e determinou a devolução de duas pistolas, além de exigir que a PF comprove a propriedade das demais armas e justifique o interesse nos acessórios apreendidos.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, rebateu nesta quarta-feira, 8, as críticas do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que o chamou de "imoral" e "traidor" por permanecer no governo Lula após o desembarque do partido dos dois, o União Brasil. Em tom de ironia, Sabino respondeu: "Quando ele tiver 1,5% na pesquisa eu respondo ele".

O comentário de Sabino ocorreu após reunião da Executiva Nacional da legenda, em Brasília, e faz referência a uma frase dita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em debate presidencial de 1989 de que ele e Caiado participavam.

Na ocasião, Lula se recusou a direcionar uma pergunta para o atual governador goiano. "Quando você crescer no percentual eu faço. Quando ele chegar a 1,5% eu faço", disse. Atualmente, Caiado é pré-candidato à Presidência pelo União.

Em conversa com jornalistas depois da reunião da Executiva, o governador reagiu à provocação: "Até a frase é do Lula', disse Caiado. "(Sabino) É uma pessoa que nós chamamos na vida política de caráter líquido, ele toma forma do frasco. E ele tomou a forma do frasco do PT, esse que é o caráter dele, então essa é a diferença, porque eu tenho uma vida de 40 anos na vida pública", completou.

Ao deixar o local, o governador também apontou "incoerência" na decisão de Sabino de permanecer no governo mesmo após o ultimato da sigla. "Não se trata de pesquisa eleitoral, se trata de dignidade. Um filiado não pode servir a dois senhores: ou está com Lula, ou está com o União Brasil. Essa dubiedade corrói a credibilidade de qualquer partido".

Como mostrado pelo Estadão, o União decidiu afastar o ministro do Turismo das funções partidárias, destituí-lo do diretório do partido no Pará e processo disciplinar contra ele no Conselho de Ética. Mesmo com as punições internas, Sabino seguirá no cargo e pode permanecer no partido ou migrar para outra legenda visando as eleições de 2026.

"Se ele quer ficar no PT, tudo bem, filie-se ao PT. Agora, a pessoa está fazendo o jogo do PT e quer ser filiado ao União Brasil? Não é coerente. Não tem fidelidade partidária, tem fidelidade ao cargo", disse Ronaldo Caiado.

Já Celso Sabino defendeu a continuidade do trabalho à frente da pasta. "Nós estamos a 30 dias da realização da COP-30, a maior reunião diplomática que existe no planeta. Eu não vejo como oportuno que a gente tenha uma interrupção no trabalho que vem sendo feito", disse.

O União Brasil e o PP, que formam a federação União Progressista, anunciaram em setembro a saída da base governista e pediram que todos os filiados deixassem cargos ocupados na gestão. Assim como Sabino, o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), também resistiu à orientação e foi afastado de suas funções partidárias.