Prefeito mexicano é morto durante celebrações do Dia dos Mortos

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Um prefeito do Estado de Michoacán, no oeste do México, foi morto a tiros em uma praça diante de dezenas de pessoas que se reuniram para as festividades do Dia dos Mortos, disseram as autoridades.

O prefeito do município de Uruapan, Carlos Alberto Manzo Rodríguez, foi morto a tiros na noite de ontem, 1º, no centro histórico da cidade. Ele foi levado às pressas para um hospital, onde faleceu posteriormente, segundo o procurador estadual Carlos Torres Pina. Um vereador e um guarda-costas também ficaram feridos no ataque.

O agressor foi morto no local, disse o secretário federal de Segurança, Omar García Harfuch, a jornalistas neste domingo. O ataque ao prefeito foi realizado por um homem não identificado que atirou nele sete vezes, disse García Harfuch. A arma foi relacionada a dois confrontos armados entre grupos criminosos rivais que atuam na região, acrescentou. "Nenhuma linha de investigação está sendo descartada para esclarecer esse ato covarde que tirou a vida do prefeito", disse García Harfuch.

Michoacán é um dos Estados mais violentos do México e um campo de batalha entre vários cartéis e grupos criminosos que lutam pelo controle do território, rotas de distribuição de drogas e outras atividades ilícitas.

Centenas de moradores de Uruapan saíram às ruas da cidade, hoje, 2, para acompanhar o cortejo fúnebre e se despedir do prefeito assassinado. Eles gritavam "Justiça! Justiça! Fora Morena!", em referência ao partido governista da presidente mexicana Claudia Sheinbaum.

Nos últimos meses, o prefeito de Uruapan havia feito um apelo público a Sheinbaum nas redes sociais, pedindo ajuda para combater os cartéis e grupos criminosos. Ele acusou o governador pró-governo de Michoacán, Alfredo Ramírez Bedolla, e a polícia estadual de corrupção.

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O União Brasil decidiu adiar a reunião do Conselho de Ética que vai avaliar a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, do partido. O encontro estava previsto para a próxima segunda-feira, 10, mas foi reagendado para o dia 24 de novembro. Ele ocorrerá às 15h, de forma virtual, segundo a assessoria da legenda.

A defesa do ministro pediu a alteração porque a data coincidia com a abertura oficial da COP30, em Belém (PA). O evento é a principal bandeira e uma vitrine política para o ministro, que é deputado federal eleito pelo Estado. A escolha do momento foi vista como uma provocação.

Sabino enfrenta um processo por infidelidade partidária. Ele decidiu continuar à frente da pasta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois que a sigla anunciou seu desembarque e pediu que integrantes devolvessem seus cargos.

O ministro chegou a entregar uma carta de demissão a Lula, mas desistiu da saída após receber o apoio de 46 dos 59 deputados do União. Os parlamentares assinaram uma carta em defesa da permanência de Sabino no comando da pasta e não querem perder o acesso que têm ao Ministério do Turismo.

Em entrevista ao Estadão, ele admitiu que a posição ficou mais vantajosa com a retomada da popularidade do presidente. "O governo Lula, hoje, é a noiva bonita e todo mundo quer estar ao lado dela", disse.

Sabino afirma que não dá sua expulsão da legenda como certa, mas disse já ter sido sondado por vários partidos, "quase todos, para não dizer todos".

"Não é coerente que, para uma pessoa que nunca infringiu nenhuma norma do partido, seja aplicada a pena mais gravosa na sua primeira suposta infração. Sou um dos fundadores do União Brasil. Criei o partido no Pará, meu Estado", declarou.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou, nesta quinta-feira, 6, a retomada do julgamento do processo que pede a cassação do mandato do governador de Roraima, Antônio Denarium (PP), e do vice-governador, Edson Damião (Republicanos). A nova sessão foi agendada para a próxima terça-feira, 11.

Denarium e Damião foram condenados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) em 2023 por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Eles recorreram ao TSE e permanecem nos cargos enquanto o recurso é analisado, situação que se estende devido à suspensão temporária do processo.

A intimação de pauta foi publicada no sistema do TSE, marcando a sessão para terça-feira, às 19h (horário de Brasília), no plenário do tribunal, em Brasília (DF).

Em agosto, o tribunal já havia marcado o julgamento, mas a análise foi suspensa logo após o voto da relatora do caso, ministra Isabel Gallotti, em razão de um pedido de vista apresentado pelo ministro André Mendonça.

Na ocasião, a assessoria do governador e do vice divulgou uma nota conjunta à imprensa, reiterando confiança na Justiça.

"Seguimos confiando na Justiça, nas instituições e em todos que, assim como nós, acreditam em um Estado melhor para viver, trabalhar e empreender. Um Estado que se destaca no Brasil com o maior crescimento do PIB, a maior redução do número de homicídios, com aumento da área plantada e do rebanho bovino", escreveu Denarium à época, em publicação nas redes sociais.

O TRE-RR condenou Denarium e Damião por utilizarem a máquina pública para obter vantagem nas eleições de 2022. Segundo o tribunal, o governador e o vice teriam distribuído cestas básicas, ampliado benefícios sociais e aumentado repasses a municípios durante o ano eleitoral.

No voto favorável à manutenção da condenação, a ministra Isabel Gallotti, do TSE, afirmou que os políticos infringiram a Lei das Eleições, que proíbe a distribuição de benefícios em período eleitoral.

Conforme a relatora, o número de beneficiários do programa "Cesta da Família" aumentou 400% em 2022 passando de 10 mil para 50 mil pessoas atendidas.

Em seu voto, Gallotti também destacou que o programa "Morar Melhor", voltado à reforma de moradias de famílias de baixa renda, foi "um engenhoso expediente que culminou na criação de novos programas em ano eleitoral, com dividendos eleitorais em favor do candidato à reeleição ao governo do Estado".

O ex-deputado paulista Paulo Frateschi (PT), que morreu após ser esfaqueado pelo próprio filho na manhã desta quinta-feira, 6, em São Paulo, havia perdido outros dois filhos em acidentes de carro em 2002 e 2003. Frateschi, que também foi vereador, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O rapaz foi preso pela polícia.

Em fevereiro de 2002, quando Frateschi era presidente estadual do PT, o filho Pedro, de 7 anos, morreu em um acidente quando a família retornava de férias em Paraty (RJ).

À época, o Estadão noticiou que a mulher de Paulo Frateschi, Iolanda, perdeu o controle da direção do carro na Rodovia Carvalho Pinto, em Guararema, na região metropolitana da capital, após ser fechada por outro veículo. O carro da família capotou e Pedro morreu no local. A irmã do menino, Beatriz, também estava no veículo e ficou ferida.

Pouco mais de um ano depois, em julho de 2003, Frateschi perdeu mais um filho em um acidente de carro. Júlio Frateschi, que tinha 16 anos, também morreu após um capotamento. Ele tinha ido com a irmã Luiza, então com 19 anos, buscar dois primos na rodoviária de Paraty.

O veículo capotou em uma madrugada, na Rodovia Rio-Santos. A irmã de Júlio e os dois primos tiveram ferimentos leves. Ele sofreu traumatismo craniano e perfurou os pulmões. O jovem ficou cinco dias internado. Os médicos chegaram a cogitar tirá-lo do coma induzido após uma melhora, mas uma alteração na pressão intracraniana fez a equipe mudar de ideia. Júlio morreu no dia 29 de julho de 2003.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à época estava no primeiro mandato e era amigo de Frateschi, compareceu ao funeral no Cemitério Parque Jaraguá. Ele estava acompanhado de Eduardo Suplicy, então senador, e de José Genoíno, então presidente nacional do PT.