Sheinbaum condena assassinato de prefeito mexicano e promete fortalecer segurança

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou, neste domingo, 2, que condena firmemente o assassinato do prefeito de Uruapan, Carlos Manzo. "Desde o momento em que soube desse grave acontecimento, conversei com o governador de Michoacán e com o secretário de Segurança e Proteção ao Cidadão, Omar García Harfuch, que mantêm uma comunicação constante com o Estado", disse Sheinbaum em registro em sua conta no X.

A presidente disse que convocou o Gabinete de Segurança para garantir o apoio em Michoacán e para que não haja risco de impunidade. "Desde o início, esta administração reforçou a estratégia de segurança. Esses eventos tão lamentáveis nos impulsiona a fortalecê-la ainda mais", declarou. "Reafirmamos nosso compromisso em apoiar todos os soldados do Estado para alcançar a paz e a segurança com zero impunidade e justiça."

Manzo foi morto a tiros na noite de ontem, 1º, no centro histórico de Uruapan, um município do Estado de Michoacán.

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O ex-ministro da Previdência do governo Bolsonaro, Onyx Lorenzoni disse nesta quinta-feira, 6, desconhecer um doador para sua campanha em 2022, acusado de participação no esquema fraudulento de desconto associativo em aposentadorias. Felipe Macedo Gomes, ex-dirigente da Amar Brasil, deu R$ 60 mil para o pleito ao governo do Rio Grande do Sul.

Em depoimento à CPMI do INSS, o ex-ministro também disse confiar no filho Pietro Lorenzoni, que atuou como advogado de uma entidade apontada como uma das autoras de cobranças ilegais a aposentados.

Durante a oitiva, Onyx também ainda desconhecer Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS", e o empresário Maurício Camisotti - ambos apontados como peças cruciais para operacionalizar o esquema.

Felipe Macedo Gomes já foi apontado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), como o responsável por quatro entidades que, juntas, receberam cerca de R$ 700 milhões dos descontos associativos entre 2022 e 2025. A Amar Brasil recebeu a maior fatia neste período - cerca de R$ 300 milhões.

"Não conheço esse cidadão, não sei quem e nunca pediria dinheiro para bandido", disse Onyx.

Felipe Macedo Gomes foi ouvido pela CPMI em outubro. Durante o depoimento, ele manteve o silêncio para a maior parte das perguntas. Nessa oitiva, o relator perguntou se esse dinheiro doado para a campanha de Onyx poderia ser propina. "Vou permanecer em silêncio", respondeu Gomes.

Ainda no depoimento nesta quinta, o relator também perguntou sobre a questão envolvendo o filho do ex-ministro. Pietro atuou junto à União Brasileira de Aposentados da Previdência (Unibap), acusada de realizar descontos na aposentadoria de pensionistas e aposentados sem a devida autorização.

"Da época em que essas coisas aconteceram, eu não tenho a menor ideia", disse Onyx. "Não tememos nada disso. A gente tem uma tradição de família de fazer as coisas direito."

Durante a exibição inicial, Onyx disse que chamou a atenção uma denúncia feita sobre a atuação de entidades durante o governo de Michel Temer e defendeu a postura da gestão Bolsonaro sobre o caso.

"A primeira medida contra a corrupção está aqui: é do governo Bolsonaro. Não há nenhum governo desde a redemocratização que tomasse qualquer tipo de atitude semelhante a essa. O rigor administrativo, então, aí suspendemos e cancelamos ACTs (acordos de cooperação técnica)", afirmou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a retirada de um pedido feito pela Secretaria de Administração Penitenciária de Brasília do processo da trama golpista. A pasta pedia uma avaliação médica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para saber se ele teria condições de cumprir pena na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Em despacho assinado na quarta-feira, 5, Moraes justificou a decisão com a "ausência de pertinência" da solicitação com a ação penal 2668, referente à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. "Considerando a ausência de pertinência, desentranhe-se a petição STF nº 158.408/2025 dos autos", escreveu.

Como mostrou o Estadão, o secretário de administração penitenciária, Wenderson Souza e Teles, pede no texto a "avaliação de seu quadro clínico e a sua compatibilidade com a assistência médica e nutricional disponibilizadas nos estabelecimentos prisionais" de Brasília.

Ele afirma que a avaliação é importante porque Bolsonaro já passou por cirurgias abdominais e precisou de avaliações médicas presenciais ao longo da prisão domiciliar. O ex-presidente precisou ir a um hospital recentemente porque teve crises de soluço e refluxo e trata um câncer de pele.

Na sexta-feira, 7, a Primeira Turma do Supremo vai começar a julgar os embargos de declaração apresentados pela defesa do ex-presidente e dos outros sete réus do núcleo central da trama golpista. Se eles forem negados, ainda há mais uma possibilidade de recursos antes que a condenação transite em julgado (se torne definitiva) e a pena possa começar a ser executada.

É também após o julgamento dos recursos que Moraes, relator do processo, definirá onde essa pena será cumprida. O mais provável é que o ex-presidente seja mandado para uma cela na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Caso constatado um quadro de saúde grave, ele poderá ser mantido em prisão domiciliar.

Bolsonaro foi condenado pela Corte a 27 anos e três meses de prisão em regime inicial fechado por liderar a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele está em prisão domiciliar desde agosto, por descumprimento de medidas cautelares em outro processo.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 6, a segunda fase da Operação Copia e Cola, que investiga o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e aliados por suspeita de desvios de recursos da Saúde. Ele foi afastado do cargo por ordem judicial por 180 dias.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito disse vai "verificar tudo o que aconteceu".

Procurada, a prefeitura informou que o vice-prefeito, Fernando Martins da Costa Neto, assumiu a administração "até que os fatos sejam esclarecidos, garantindo a plena continuidade dos serviços públicos".

"A prefeitura de Sorocaba reforça seu compromisso com a transparência e o respeito às decisões judiciais", diz a nota.

Duas pessoas foram presas preventivamente. Além disso, a PF fez buscas em sete endereços ligados aos investigados.

O Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) também determinou o sequestro e a indisponibilidade de bens dos investigados, no valor aproximado de R$ 6,5 milhões, e os proibiu de manter contato.

A Polícia Federal investiga indícios de fraudes na contratação emergencial de uma organização social para administrar unidades de saúde da prefeitura.

O inquérito também mira operações suspeitas que aparentam ter sido usadas para lavagem de dinheiro, como depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.

A análise do material apreendido na primeira fase da operação, deflagrada em 10 de abril de 2025, permitiu identificar novas pessoas físicas e jurídicas supostamente envolvidas no esquema, que são alvo desta etapa.

Na primeira fase da Operação Copia e Cola foram apreendidos R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo.

A maior parte do dinheiro - R$ 863.854,00 - estava em caixas de papelão encontradas em um carro em São Paulo. O veículo pertence a um pastor apontado como operador financeiro do suposto esquema.

Grande quantia - R$ 646.350,00 - também foi apreendida em um endereço em Araçoiaba.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa.