Trump falou com líderes do Congresso para acabar com filibuster, diz Leavitt

Internacional
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A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, defendeu o fim do filibuster no Senado dos Estados Unidos. O mecanismo legislativo é uma forma de prolongar debates e atrasar votações entre senadores americanos. A declaração ao canal de televisão Fox News ocorre durante paralisação do governo federal que já dura 32 dias.

Leavitt afirmou que o presidente Donald Trump conversou com o líder da maioria no Senado, o republicano Jhon Thune, e com o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson sobre o tema. Trump também tornou pública sua posição nas redes sociais. Ontem, ele publicou na Truth Social uma mensagem pressionando o Partido Republicano a adotar uma postura mais agressiva no Congresso.

Trump afirmou que, se o partido agir, "acabará imediatamente com a paralisação extorsiva", aprovará sua agenda e "tornará a vida tão boa para os americanos que os democratas nunca mais terão a chance de destruir a América".

Já a porta-voz Leavitt culpou os democratas pela paralisação do governo e acusou o partido de manter "o povo americano refém". Segundo ela, o país enfrenta escassez de controladores de tráfego aéreo. Metade dos principais aeroportos sofre com atrasos severos no início da temporada de viagens mais movimentada do ano. As tropas militares continuam sendo pagas apenas porque Trump encontrou uma manobra legal, afirmou a porta-voz.

"Esperamos que o governo abra amanhã", disse Leavitt. "Republicanos e o presidente Trump querem reabrir o governo, e então podemos discutir o enfrentamento dessas questões muito importantes diante de nós."

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O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) aceitou, por unanimidade, nesta quinta-feira, 6, o recurso apresentado pela defesa do influenciador Pablo Marçal (PRTB) e rejeitou uma ação que o tornava inelegível no âmbito de um processo ligado a abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2024. Apesar da decisão, o coach ainda responde a outra ação que o mantém inelegível.

O processo analisado pelo TRE-SP refere-se a uma ação protocolada pelo PSB e pela coligação de Guilherme Boulos (PSOL), que na época era adversário político de Marçal nas eleições.

Procurado por meio de sua assessoria, Pablo Marçal não se manifestou.

Na ação, Marçal foi acusado de prometer gravação de vídeos em apoio a candidatos a vereador em troca de doações para sua campanha.

"Você conhece alguém que queira ser vereador e é candidato? Essa pessoa vai fazer o que? Ela vai mandar um Pix para a minha campanha, de doação, Pix de R$ 5 mil. Fez essa doação, eu mando o vídeo. Clicou aqui no formulário, cadastra, a equipe vai entrar em contato", disse em vídeo publicado em setembro de 2024.

Em fevereiro deste ano, Marçal foi condenado em primeira instância, ficando inelegível por oito anos por abuso de poder político e econômico, uso indevido dos meios de comunicação social e captação ilícita de recursos.

Com o envio do recurso, o juiz Cláudio Langroiva Pereira afirmou que o vídeo em que Marçal pediu o Pix contém conteúdo ilícito, mas é insuficiente para justificar a condenação. Ele também considerou que a defesa comprovou a devolução dos valores para quem havia enviado.

"Embora o vídeo da campanha contenha a proposta ilícita, os elementos probatórios carregados aos autos não foram suficientes para demonstrar a amplitude da divulgação e o volume de recursos efetivamente movimentados em decorrência direta da oferta ou seu impacto concreto na campanha eleitoral de forma desequilibrada", declarou o magistrado na decisão.

Apesar da absorção do recurso, Marçal continua inelegível pois, em outra ação, também movida pelo PSB, ele é apontado como criador de um esquema de "cortes" de vídeos nas redes sociais.

Nesse caso, o PSB acusa Marçal de pagar apoiadores para publicar vídeos nas redes sociais, com promessa de brindes e prêmios em dinheiro.

Nesta ação, a defesa também apresentou recurso, mas o juiz aceitou parcialmente, rejeitando a condenação por captação ilícita de recursos e abuso de poder econômico, porém manteve a acusação de uso indevido dos meios de comunicação social e a inelegibilidade.

Após essa etapa, o processo foi suspenso por pedido de vista do juiz Régis de Castilho e será retomado no dia 4 de dezembro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte do ex-deputado e histórico dirigente petista Paulo Frateschi. Ele morreu nesta quinta-feira, 6, esfaqueado pelo próprio filho, de acordo com a Polícia Militar de São Paulo. Ele foi socorrido e levado para o Hospital das Clínicas em parada cardiorrespiratória, mas não resistiu aos ferimentos.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), Lula afirma que perde um "grande e leal companheiro", com quem compartilhou "décadas de lutas por um Brasil mais justo".

"Paulo Frateschi sempre uniu sua simpatia e sua capacidade agregadora a uma grande coragem. Desafiou com bravura o autoritarismo. Foi perseguido pela ditadura militar. Mas venceu. Ajudou o Brasil a reconquistar a sua democracia. E atuou na fundação e consolidação do Partido dos Trabalhadores, do qual foi um grande dirigente", escreveu o presidente.

Segundo Lula, "Paulo fará muita falta a todos nós que tivemos o privilégio de andar lado a lado com ele".

"Sua lembrança e seus exemplos de dedicação e compromisso com a construção de um país melhor para todos sempre iluminarão nossas mentes e corações. À querida Yolanda, sua esposa, e a todos seus amigos e familiares, eu e Janja deixamos um abraço carinhoso e solidário nesse momento tão doloroso", disse.

Amigo pessoal de Lula, Paulo Frateschi, de 75 anos, foi preso e torturado na ditadura militar, em 1969. Foi vereador e deputado estadual em São Paulo, entre 1983 e 1987, presidiu o diretório paulista do partido e participou da organização das caravanas do presidente Lula, em uma série de viagens pelo País, em 2018.

Quando Lula deixou a prisão, em 2019, o presidente chegou a passar alguns dias na casa de Frateschi em Paraty, no Rio de Janeiro. Em uma das viagens da caravana petista com Lula, em São Miguel do Oeste (SC), o ex-deputado levou uma pedrada na orelha esquerda ao tentar proteger o presidente.

O União Brasil decidiu adiar a reunião do Conselho de Ética que vai avaliar a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, do partido. O encontro estava previsto para a próxima segunda-feira, 10, mas foi reagendado para o dia 24 de novembro. Ele ocorrerá às 15h, de forma virtual, segundo a assessoria da legenda.

A defesa do ministro pediu a alteração porque a data coincidia com a abertura oficial da COP30, em Belém (PA). O evento é a principal bandeira e uma vitrine política para o ministro, que é deputado federal eleito pelo Estado. A escolha do momento foi vista como uma provocação.

Sabino enfrenta um processo por infidelidade partidária. Ele decidiu continuar à frente da pasta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois que a sigla anunciou seu desembarque e pediu que integrantes devolvessem seus cargos.

O ministro chegou a entregar uma carta de demissão a Lula, mas desistiu da saída após receber o apoio de 46 dos 59 deputados do União. Os parlamentares assinaram uma carta em defesa da permanência de Sabino no comando da pasta e não querem perder o acesso que têm ao Ministério do Turismo.

Em entrevista ao Estadão, ele admitiu que a posição ficou mais vantajosa com a retomada da popularidade do presidente. "O governo Lula, hoje, é a noiva bonita e todo mundo quer estar ao lado dela", disse.

Sabino afirma que não dá sua expulsão da legenda como certa, mas disse já ter sido sondado por vários partidos, "quase todos, para não dizer todos".

"Não é coerente que, para uma pessoa que nunca infringiu nenhuma norma do partido, seja aplicada a pena mais gravosa na sua primeira suposta infração. Sou um dos fundadores do União Brasil. Criei o partido no Pará, meu Estado", declarou.