Caiado e Sabino trocam farpas e ministro ironiza: 'Quando ele tiver 1,5% eu respondo'

Política
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O ministro do Turismo, Celso Sabino, rebateu nesta quarta-feira, 8, as críticas do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que o chamou de "imoral" e "traidor" por permanecer no governo Lula após o desembarque do partido dos dois, o União Brasil. Em tom de ironia, Sabino respondeu: "Quando ele tiver 1,5% na pesquisa eu respondo ele".

O comentário de Sabino ocorreu após reunião da Executiva Nacional da legenda, em Brasília, e faz referência a uma frase dita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em debate presidencial de 1989 de que ele e Caiado participavam.

Na ocasião, Lula se recusou a direcionar uma pergunta para o atual governador goiano. "Quando você crescer no percentual eu faço. Quando ele chegar a 1,5% eu faço", disse. Atualmente, Caiado é pré-candidato à Presidência pelo União.

Em conversa com jornalistas depois da reunião da Executiva, o governador reagiu à provocação: "Até a frase é do Lula', disse Caiado. "(Sabino) É uma pessoa que nós chamamos na vida política de caráter líquido, ele toma forma do frasco. E ele tomou a forma do frasco do PT, esse que é o caráter dele, então essa é a diferença, porque eu tenho uma vida de 40 anos na vida pública", completou.

Ao deixar o local, o governador também apontou "incoerência" na decisão de Sabino de permanecer no governo mesmo após o ultimato da sigla. "Não se trata de pesquisa eleitoral, se trata de dignidade. Um filiado não pode servir a dois senhores: ou está com Lula, ou está com o União Brasil. Essa dubiedade corrói a credibilidade de qualquer partido".

Como mostrado pelo Estadão, o União decidiu afastar o ministro do Turismo das funções partidárias, destituí-lo do diretório do partido no Pará e processo disciplinar contra ele no Conselho de Ética. Mesmo com as punições internas, Sabino seguirá no cargo e pode permanecer no partido ou migrar para outra legenda visando as eleições de 2026.

"Se ele quer ficar no PT, tudo bem, filie-se ao PT. Agora, a pessoa está fazendo o jogo do PT e quer ser filiado ao União Brasil? Não é coerente. Não tem fidelidade partidária, tem fidelidade ao cargo", disse Ronaldo Caiado.

Já Celso Sabino defendeu a continuidade do trabalho à frente da pasta. "Nós estamos a 30 dias da realização da COP-30, a maior reunião diplomática que existe no planeta. Eu não vejo como oportuno que a gente tenha uma interrupção no trabalho que vem sendo feito", disse.

O União Brasil e o PP, que formam a federação União Progressista, anunciaram em setembro a saída da base governista e pediram que todos os filiados deixassem cargos ocupados na gestão. Assim como Sabino, o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), também resistiu à orientação e foi afastado de suas funções partidárias.

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Líderes globais celebraram nesta quinta-feira (9) o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, anunciado na véspera pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como a "primeira fase" de um plano de paz para a Faixa de Gaza. O pacto prevê também a libertação dos reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que a entidade apoiará a implementação do acordo e o reforço da ajuda humanitária aos palestinos.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, disse estar "aliviado" com a iminente libertação dos reféns e afirmou que "a paz finalmente parece possível".

O premiê da Austrália, Anthony Albanese, chamou o acordo de "raio de luz", enquanto o da Malásia, Anwar Ibrahim, declarou que o pacto traz "uma centelha de esperança após meses de sofrimento e devastação".

O chefe de Gabinete do Japão, Yoshimasa Hayashi, disse que o país "acolhe com satisfação" o acordo e o considera "um passo importante rumo à redução das tensões e à solução de dois Estados".

Já o chanceler da Nova Zelândia, Winston Peters, classificou o pacto como "um primeiro passo positivo para pôr fim ao sofrimento de israelenses e palestinos".

O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que indicará Trump ao Prêmio Nobel da Paz, em reconhecimento à sua "extraordinária contribuição para a paz internacional". Fonte: Dow Jones Newswires.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o acordo entre Israel e o Hamas vai além da Faixa de Gaza e representa um passo em direção à "paz no Oriente Médio". Anunciado na quarta-feira, 8, o pacto prevê um cessar-fogo no território e a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.

Em entrevista à Fox News, Trump disse que os reféns em poder do Hamas serão libertados a partir da segunda-feira, 13. O presidente americano afirmou ainda que Gaza será "um lugar pacífico e muito mais seguro" e que os Estados Unidos garantirão a segurança e a prosperidade do território. "Outros países da área ajudarão na reconstrução porque têm uma riqueza tremenda."

Trump relatou ainda ter conversado na noite de quarta com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. "Eu disse: 'Israel não pode lutar contra o mundo, Bibi - eles não podem lutar contra o mundo'. E ele entende isso muito bem", afirmou. Fonte: Associated Press*.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Annalena Baerbock, afirmou nesta quarta-feira, 8, que o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza oferece "um raio de esperança, após mais de 700 dias de morte, destruição e desespero". Baerbock defendeu que o momento deve ser aproveitado para encerrar a guerra, libertar todos os reféns israelenses e garantir a entrada de ajuda humanitária no território palestino.

Diversos líderes mundiais destacaram, durante a Assembleia Geral da ONU, no mês passado, que um cessar-fogo permanente pode abrir caminho para a paz, encerrar o domínio do Hamas em Gaza e a ocupação israelense, além de viabilizar uma solução de dois Estados. "É a única forma de garantir paz e segurança duradouras para israelenses e palestinos", disse Baerbock.

A presidente da Assembleia Geral elogiou os esforços de Estados Unidos, Catar, Egito, Turquia e outros países "por trabalharem para pôr fim ao sofrimento de reféns israelenses e civis palestinos".

Em Tel-Aviv, famílias de reféns comemoraram o anúncio do acordo com cantos e lágrimas, pedindo que o Prêmio Nobel da Paz seja concedido a Trump.

Nos Estados Unidos, o embaixador israelense Yechiel Leiter afirmou à CNN que os reféns vivos mantidos pelo Hamas devem ser libertados no domingo, 12, ou na segunda-feira, 13, após aprovação, pelo gabinete israelense, da lista de prisioneiros palestinos que serão trocados no acordo.

Leiter disse esperar que o pacto leve ao fim da guerra e à reconstrução de Gaza. "Mas é apenas o primeiro estágio, e precisamos vê-lo concluído nos próximos dias", declarou. Fonte: Associated Press*.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.