Renato Gaúcho vira protagonista no Mundial e fascina gringos: 'Por que não treina o Brasil?'

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Renato Gaúcho é um dos personagens mais especiais do Mundial de Clubes. Suas declarações autênticas e o trabalho que pôs o Fluminense entre os quatro melhores times do mundo e a um jogo da final deixaram o treinador sob os holofotes nos Estados Unidos.

 

São muitos os jornalistas estrangeiros curiosos que se aprofundaram na história do gaúcho de Guaporé com alma de carioca. Ele nasceu há 62 anos na pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, cresceu em Bento Gonçalves e começou sua carreira em Porto Alegre.

 

Mas considera o Rio a sua casa. Tem um apartamento há décadas em Ipanema, cuja praia frequenta e onde joga futevôlei. Mesmo quando treinava o Grêmio e morava em Porto Alegre, nunca deixou de frequentar o famoso bairro da zona sul da cidade e ir aos mesmos lugares.

 

Passada a coletiva prévia à semifinal com o Chelsea, não foram poucos os repórteres estrangeiros, principalmente argentinos, que foram pedir foto e tentar ter uma conversa ligeira com o treinador. Seu lado folclórico encanta os sul-americanos, enquanto os ingleses estão descobrindo quem é Renato Gaúcho por causa de seu sucesso no Mundial.

 

"Renato seria o técnico ideal para a seleção. Por que ele não treina o Brasil?", questiona Christian Martin, famoso apresentador e repórter argentino da emissora DirecTV. "É um ícone do futebol brasileiro. Ele definitivamente tem conhecimento. Só olhar o que fez aqui nos Estados Unidos."

 

De fato, a jornada memorável do Fluminense, o patinho feio, na definição de Renato, nos Estados Unidos tem participação importante do técnico. Ele provou que extrapola a figura caricata e tem conhecimento tático, apesar de dizer anos atrás que não precisava estudar.

 

"Não conquistei vários títulos como treinador comprando os títulos, mas trabalhando. No Grêmio mesmo teve ano que eu implementei três ou quatro esquemas de jogo que deram certo. Nessa Mundial, mudei o esquema duas vezes e deu certo", afirmou.

 

"QUEM PRECISA APRENDER ESTUDA, VAI PARA A EUROPA. QUEM NÃO PRECISA VAI À PRAIA"

A famosa frase "quem precisa aprender estuda, vai pra Europa, quem não precisa vai à praia" ainda repercute e é ecoada entre os que acompanham Renato Gaúcho. Nove anos depois da declaração, dada após o técnico conquistar a Copa do Brasil com o Grêmio, o treinador provou que essa é apenas uma de suas facetas.

 

Se não apagou essa imagem folclórica, ao menos ela foi enfraquecida no Mundial com as estratégias e as escolhas táticas importantes para por o Fluminense entre os quatro melhores times do mundo.

 

"Alguns enxergaram, alguns não queriam enxergar, alguns enxergaram e não querem elogiar", respondeu o técnico quando questionado sobre os que dizem que ele não domina aspectos táticos de uma partida de futebol.

 

O gaúcho virou quase unanimidade no Mundial. Para jogadores, ex-atletas e colegas de profissão, inclusive estrangeiros, a campanha bem-sucedida do Flu na competição passa muito pelo trabalho do pai de Carol Portaluppi, a sua única filha e bastante perdulária, segundo o pai.

 

"É um técnico experiente. Assisti a alguns jogos quando ele estava no Grêmio. É claro o estilo dele. Seguramente será um jogo difícil", analisou Enzo Maresca, italiano que treina o Chelsea, rival dos cariocas nesta terça.

 

"Você não faz bons trabalhos por tanto tempo e chega ao topo do futebol brasileiro, com bons resultados, à toa. Qualidade ele tem", avaliou o pentacampeão Gilberto Silva, hoje membro do Grupo de Estudos Técnicos (TSG) da Fifa, em entrevista ao Estadão.

 

Para Abel Ferreira, o Brasil produz bons treinador e Renato é um deles. Na visão do treinador do Palmeiras, o treinador do Fluminense não é valorizado como deveria no País. "Vocês não valorizam o que têm", disse minutos depois de o Palmeiras ser eliminado pelo Chelsea. "Renato é um homem que eu gosto, disse isso a ele na Copa do Brasil. Gosto da sinceridade dele, já dei meu vinho para ele saborear", contou o português.

 

Pensamento semelhante tem Felipe Melo, ídolo do Fluminense. "Se fosse um estrangeiro fazendo o que o Renato está fazendo, um espanhol ou um português, o discurso seria diferente, diriam que teria mudado o status do time", opinou o ex-jogador. "Quando atleta eu já falava: temos que dar mais valor ao produto nacional."

 

RENATO DÁ LIBERDADE AOS JOGADORES DO FLUMINENSE E OUVE SUGESTÕES TÁTICAS

Esta é a quinta passagem de Renato como treinador do Fluminense. A primeira, entre 2002 e 2003, foi apagada, assim como a terceira (2009) e a quarta (2014). A segunda, em 2007, o colocou novamente na história do clube. Ele espera que a atual seja ainda mais vitoriosa. "Muita gente não acreditava em nós quando saímos do Brasil", lembrou. "Estamos fazendo uma grande Copa do Mundo sem ter o mesmo poder dos europeus".

 

Quando entrou para substituir Mano Menezes, afirmou que o Renato que chegaria era "um pouco de tudo", um treinador que escuta os atletas, trabalha a parte tática e técnica e também "apaga incêndios". "Acima de tudo, dar liberdade para o jogador se expressar".

 

O que não mudou em seus mais de 20 anos de carreira foi a intimidade com os jogadores. Tem a fama de "boleiro", sempre dá liberdade aos seus atletas para opinarem e está disposto a ouvi-los, como fez nos minutos finais do duelo com a Inter de Milão. Na pausa para a hidratação, Thiago Silva sugeriu uma mudança tática. O técnico acatou e o plano foi bem executado.

 

"Eu não sou aquele treinador que eu determino. A última palavra, lógico, é sempre a minha. Eu sou um cara do diálogo porque muitas vezes eu aprendo com os jogadores também, muitas vezes não estou vendo alguma coisa e os jogadores podem me ensinar, pode me mostrar", acrescentou.

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