Saiba o que Shawn Mendes falou sobre o Brasil no show do Rock in Rio

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O show de Shawn Mendes no Rock in Rio no domingo, 22, trouxe o cantor de volta aos grandes palcos com estilo: além de um setlist com os maiores sucessos e algumas músicas de seu novo álbum, ele apresentou três covers, sendo um deles em português. Além disso, o cantor falou sobre a emoção de se apresentar no Brasil para o público do festival carioca.

 

O artista agradeceu pelo show: "Eu só quero dizer que tem muito tempo que eu não subo em um palco desse tamanho. Rio, vocês criaram o melhor e mais amável ambiente para voltar para o palco depois de um longo tempo, muito obrigado".

 

Shawn segurou a bandeira do Brasil durante a apresentação, enquanto cantava seu sucesso Stitches, e professou diversos "eu te amo" para os fãs presentes.

 

"Rio, eu só quero dizer algumas coisas sobre você. Eu me lembro quando eu vim aqui pela primeira vez, em 2017. Quando eu voltei para casa, eu senti que meu coração se abriu [enquanto esteve no Brasil]", disse.

 

Por fim, o cantor elogiou os brasileiros: "Eu pensei muito sobre esse país, e as pessoas nele. Brasileiros são as luzes mais brilhantes, as pessoas mais bonitas. O Brasil nunca deixa essa dor vencer".

 

A música Mas Que Nada, de Sérgio Mendes, mais conhecida pela interpretação de Jorge Ben Jor, foi uma das surpresas da noite.

 

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No último sábado, 3, o governo de Portugal anunciou que notificará 18 mil imigrantes em situação irregular para que deixem o país. Segundo o ministro da presidência, António Leitão Amaro, a medida começará a ser implementada já nesta semana, com a emissão de 4.574 notificações iniciais. Os notificados terão um prazo de 20 dias para saída voluntária. Após esse período, poderão ser removidos de forma coercitiva.

A decisão ocorre em meio à campanha eleitoral antecipada para o pleito de 18 de maio, sendo o endurecimento das políticas migratórias uma das principais bandeiras da Aliança Democrática, coalizão de centro-direita que busca a reeleição.

Quais imigrantes poderão ser afetados?

Os alvos da medida são imigrantes que tiveram seus pedidos de residência negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) por não atenderem aos critérios legais. Muitos desses processos estavam parados há meses ou anos. Amaro destacou ainda que parte dos afetados já possuía ordens de saída da Europa emitidas por outros países ou teve solicitações rejeitadas por envolvimento em situações criminais.

Em entrevista à rádio portuguesa Observador, Amaro declarou que cerca de dois terços dos 18 mil pedidos são de cidadãos oriundos da Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão.

O número de notificações pode aumentar, já que Portugal acumula cerca de 110 mil pedidos de residência ainda pendentes de análise. Mas, é importante frisar que, caso o imigrante tenha cidadania portuguesa ou esteja com o visto de estudante ou de trabalho em situação regular, não há motivo para se preocupar.

Os brasileiros serão afetados?

Apesar de os brasileiros representarem a maior comunidade estrangeira no país - cerca de 35% dos 1,04 milhão de imigrantes em Portugal, segundo dados da AIMA -, apenas uma pequena parcela deverá ser impactada, conforme noticiado pelo jornal Público. O embaixador do Brasil em Lisboa, Raimundo Carreiro, acompanha a situação de perto.

Procurado pelo Estadão, o embaixador afirmou que a expectativa é de que o número de brasileiros atingidos pela medida seja baixo. "Estou em contato preliminar com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), e a informação é que o número de brasileiros é baixo, são casos específicos, sem detalhar", explicou.

O que acontece após a notificação?

Após a notificação do governo, a pessoa tem até 20 dias para deixar voluntariamente o país. Caso isso não aconteça, o governo poderá forçar a expulsão.

Artur Girão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da AIMA, disse também à rádio Observador que, após serem notificados, os residentes ilegais podem recorrer do indeferimento dos pedidos, mas que o prazo seguirá correndo durante o trâmite.

Por que isso está acontecendo agora?

Ao todo, 1.728 estrangeiros foram barrados nas fronteiras de Portugal no ano passado (1.727 deles em aeroportos), e os brasileiros correspondem a 85% desse total. Em 2023, foram barradas 373 pessoas - e os brasileiros corresponderam a 48%.

A Embaixada do Brasil em Portugal ainda não sabe dizer quantos brasileiros serão impactados pela medida.

O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

A escolha de um norte-americano para substituir o papa Francisco, morto em 21 de abril, era considerada improvável, porque a Igreja Católica nunca foi dirigida por alguém nascido nos Estados Unidos. Mas, o cardeal Joseph William Tobin, de 73 anos, tem um perfil progressista muito semelhante ao do argentino e pode surpreender, considerando que a grande maioria dos cardeais votantes foi nomeada por Francisco e pode procurar alguém do mesmo estilo.

Nomeado cardeal em 2016, Tobin é arcebispo de Newark, cidade mais populosa do Estado de Nova Jersey, com cerca de 350 mil habitantes. O norte-americano já trabalhou como mecânico de automóveis e tem uma história de vida bastante peculiar: em meio à carreira religiosa, foi viciado em bebidas alcoólicas, recuperou-se e não bebe há mais de 30 anos. Alçado a um cargo importante no Vaticano, confrontou outros religiosos e acabou sendo afastado do cargo e da liderança da Igreja; por fim, nos Estados Unidos, ocupou o mesmo cargo (de arcebispo de Newark) do cardeal Theodore Edgar McCarrick, protagonista de um grande escândalo sexual que teve seu auge nos anos de 2018 e 2019.

Tobin nasceu em Detroit em 3 de maio de 1952, primeiro dos 13 filhos do casal Joseph Tobin e Marie Terese Kerwin. Ordenou-se padre pela Congregação do Santíssimo Redentor aos 26 anos, em 1.º de junho de 1978, três anos depois de ter se formado em Filosofia e um ano após concluir o mestrado em Educação Religiosa.

Entre 1997 e 2009 exerceu dois mandatos como líder mundial dos redentoristas e, nessa função, visitou mais de 70 países e conheceu muitos religiosos.

Em 2005, logo após a escolha de Joseph Ratzinger como papa Bento XVI, conheceu o cardeal Jorge Mario Bergoglio durante um evento no Vaticano e lhe contou que sua mãe havia torcido para que o argentino fosse escolhido papa. Naquele conclave, Bergoglio chegou a receber dezenas de votos, mas, como ninguém estava conseguindo a maioria necessária para ser escolhido papa, acabou pedindo a seus eleitores que votassem em Ratzinger. Oito anos depois, Bergoglio, enfim, virou papa.

Em agosto de 2010, Tobin foi nomeado por Bento XVI como secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica do Vaticano, escritório responsável por supervisionar cerca de 2.500 ordens religiosas, congregações e institutos ao redor do mundo. Ele era o vice-chefe do órgão.

Quando Tobin assumiu o cargo, o escritório estava realizando uma investigação sobre a Conferência de Liderança das Mulheres Religiosas, grupo de aproximadamente 300 mulheres católicas norte-americanas. Tobin criticou a investigação e defendeu o grupo, o que o fez acabar pedindo para mudar de função. Em outubro de 2012, o papa Bento XVI mudou o norte-americano de cargo e ele voltou para os Estados Unidos. Com a transferência, Tobin se afastou do centro decisório da Igreja Católica.

Seis meses após o retorno de Tobin aos Estados Unidos, Bento XVI se afastou e o argentino Bergoglio foi eleito papa. Ferrenho defensor de que a Igreja acolha as mulheres e os gays, Tobin voltou a ganhar destaque. Em 2016, foi nomeado cardeal e transferido de Indianápolis para Newark.

Era o líder da Igreja Católica na cidade quando eclodiu um escândalo de abuso sexual praticado por padres que haviam atuado em Newark. O cardeal Theodore Edgar McCarrick foi considerado culpado e perdeu os títulos clericais, e Tobin abriu os arquivos da Igreja e foi elogiado pela postura durante a investigação.

Em 2022, Tobin perdeu a eleição para secretário da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos, ficando em terceiro lugar. Mas, atualmente o religioso ocupa vagas em três órgãos do Vaticano: o Dicastério para os Bispos, responsável por aconselhar o papa sobre nomeações de bispos; a Secretaria da Economia e a Secretaria Geral do Sínodo.

Funcionários do Vaticano fizeram nesta segunda-feira, 5, o voto de silêncio e juraram manter sigilo absoluto, sob pena de excomunhão. A cerimônia, que ocorreu na Capela Paulina, é prevista pela Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis a todos os participantes do conclave.

O juramento dos cardeais que escolherão o novo papa é feito separadamente e será realizado nesta quarta, 7, data do início do conclave. Os sinais de telefonia serão cortados no interior do Vaticano para isolar os cardeais de influências externas, anunciou a Santa Sé.

Texto do juramento:

"Prometo e juro observar o segredo absoluto com quem quer que seja que não faça parte do Colégio de Cardeais eleitores, e isso perpetuamente, a menos que receba uma faculdade especial dada expressamente pelo novo Pontífice eleito ou por seus Sucessores, em relação a tudo o que diz respeito direta ou indiretamente à votação e aos escrutínios para a eleição do Sumo Pontífice".

Depois de serem instruídos sobre o significado do juramento, todos pronunciaram as palavras e assinaram o texto diante do cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana.

Veja a lista dos profissionais:

- Sete cerimoniários pontifícios;

- Eclesiástico escolhido pelo cardeal que preside o conclave para ajudá-lo em sua função;

- Dois religiosos agostinianos encarregados da Sacristia Pontifícia;

- Religiosos de vários idiomas para confissões;

- Médicos e enfermeiros;

- Ascensoristas do Palácio Apostólico;

- Encarregados do refeitório e dos serviços de limpeza;

- Funcionários da Floricultura e dos Serviços Técnicos;

- Encarregados do transporte dos eleitores da Casa Santa Marta para o Palácio Apostólico;

- Coronel e major da Guarda Suíça Pontifícia,

- Encarregados da vigilância perto da Capela Sistina;

- Diretor dos Serviços de Segurança e da Proteção Civil do Estado da Cidade do Vaticano com alguns de seus colaboradores.

Isolamento no Vaticano

Os cardeais começam nesta terça-feira a se instalar na residência de Santa Marta e outras dependências do Vaticano, onde permanecerão isolados do mundo durante o conclave até a escolha do sucessor do papa Francisco.

A identidade do futuro pontífice é a grande incógnita para 1,4 bilhão de católicos e para o mundo, depois que o pontificado reformista do jesuíta argentino despertou um fervor popular e uma divisão dentro da Igreja.

"Há vários perfis, muitas personalidades que poderiam ser escolhidas. Eu diria que pelo menos cinco ou seis", declarou o cardeal e arcebispo de Argel, Jean-Paul Vesco, ao jornal italiano Corriere della Sera.

Durante o conclave, os "príncipes da Igreja" devem permanecer sem telefone, sem acesso à internet ou a meios de comunicação, e conservar o sigilo sobre tudo que diz respeito à eleição do novo sumo pontífice.

Na vizinha praça de São Pedro, milhares de pessoas permanecerão com os olhares voltados para a chaminé instalada no teto da Capela Sistina à espera de vislumbrar a fumaça branca, primeiro sinal da eleição do 267º papa.

As eleições de Bento XVI em 2005 e a de Francisco em 2013 levaram dois dias. Mas alguns analistas acreditam em um processo mais longo em 2025, em particular por ser o conclave mais internacional da História, com cardeais procedentes de 70 países.

Um total de 133 cardeais eleitores - com menos de 80 anos - participarão na eleição. A maioria foi elevada a este nível durante o pontificado do primeiro papa latino-americano.

O número elevado de cardeais fez com que a residência de Santa Marta, onde eles costumam se hospedar desde o conclave de 2005, ficasse pequena: um edifício vizinho, que geralmente abriga funcionários do Vaticano, foi habilitado para o momento histórico.

Antes de 2005, os cardeais se hospedavam em quartos improvisados no Palácio Apostólico, mais desconfortáveis e com poucos banheiros, razão que motivou o papa João Paulo II a determinar a construção da atual residência.

Santa Marta, onde Francisco decidiu morar, dispõe de quartos com banheiro privado e serviços similares aos de um hotel. A distribuição dos quartos entre os cardeais foi definida por sorteio.

Temas debatidos

Nesta terça-feira, os cardeais organizaram a última reunião preparatória, que aconteceram quase diariamente desde o falecimento de Jorge Mario Bergoglio em 21 de abril. Nos encontros, eles abordam várias questões sobre a Igreja.

Entre os temas que já foram discutidos estão as finanças do Vaticano, o escândalo das agressões sexuais, a unidade da Igreja e o perfil do próximo papa. Muitos cardeais aproveitaram para se conhecer.

As discussões também alimentam sua reflexão a respeito do voto final na Capela Sistina, diante do afresco do Juízo Final pintado por Michelangelo no século XVI e a portas fechadas.

"Há candidatos, por assim dizer, naturais, aqueles que já são conhecidos por seu papel e sua personalidade. E depois há aqueles que falam e fazem você pensar: esta é uma afirmação forte. Mas não há nenhum que 'esmague' os outros, ninguém em que você possa pensar: será ele", afirmou Vesco. (Com agências internacionais).