Belo e Gracyanne Barbosa se separam após 16 anos

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O casamento de Belo e Gracyanne Barbosa chegou ao fim após 16 anos. A informação foi confirmada ao Estadão pela assessoria da modelo. O cantor não se pronunciou sobre o assunto.

 

De acordo com o colunista Lucas Pasin, do UOL, os dois optaram pela separação cerca de oito meses atrás, mas ainda moram juntos. Belo irá se mudar para uma nova residência, enquanto a ex-mulher permanecerá na casa.

 

Os dois não compartilham fotos juntos desde dezembro do ano passado, o que levantou rumores dos internautas. Até o momento, eles não se pronunciaram sobre o caso nas redes sociais.

 

Ao Estadão, a equipe de Gracyanne alegou que, apesar da separação, o amor entre os dois não acabou.

Em outra categoria

O Conselho Federal de Medicina (CFM) prepara um recurso para tentar reverter a decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu uma resolução publicada pela entidade no mês passado para restringir o aborto em casos de estupro.

O CFM proibiu os médicos de fazerem um procedimento clínico chamado "assistolia fetal", que consiste na indução da parada do batimento cardíaco do feto antes da retirada do útero, em gestações com mais de 22 semanas, mesmo nos casos de violência sexual.

Como o método é considerado essencial para o aborto depois das 20 semanas, na prática, a resolução dificulta a interrupção da gestação.

Uma das justificativas usada pelo Conselho de Medicina foi a de que o procedimento é "profundamente antiético e perigoso em termos profissionais". "Optar pela atitude irreversível de sentenciar ao término uma vida humana potencialmente viável fere princípios basilares da medicina e da vida em sociedade."

O PSOL acionou o STF, alegando que houve interferência indevida na independência dos médicos e violação ao direito à saúde das mulheres.

Alexandre de Moraes decidiu suspender os efeitos da resolução até o STF bater o martelo sobre o tema, o que na prática privilegia a independência dos médicos para decidirem fazer ou não o procedimento. Ele afirmou que o Conselho Federal de Medicina "abusou do poder regulamentar" ao criar barreiras para o aborto legal.

O ministro argumentou que, nos casos de estupro, o ordenamento penal "não estabelece expressamente quaisquer limitações circunstanciais, procedimentais ou temporais para a realização do chamado aborto legal".

A decisão liminar foi enviada para análise dos demais ministros. O caso será julgado no plenário virtual do STF a partir do dia 31 de maio. Nessa modalidade, os ministros registram os votos em uma plataforma online, sem debate em tempo real.

Como a pauta do plenário físico está definida nas próximas sessões, não havia data próxima disponível para encaixar o processo. Além disso, por se tratar de uma decisão provisória, que ainda será debatida no mérito, o plenário virtual foi considerado a melhor opção. Assim, se for confirmada, a decisão de Alexandre de Moraes contará com a chancela dos colegas, o que reduz o desgaste ao ministro pelas críticas dirigidas por setores conservadores.

O Conselho de Medicina já se movimenta para tentar restabelecer a validade da resolução. A autarquia terá 10 dias para se manifestar ano processo. A decisão de Alexandre de Moraes foi tomada sem ouvir o CFM. O ministro alegou que o caso era urgente e que havia risco de "perigo de lesão irreparável".

Em nota, o Conselho Federal de Medicina disse que "estanha" não ter sido notificado para prestar informações antes da decisão. A entidade afirmou ainda que vai encaminhar justificativas que, em sua avaliação, "serão suficientes para o convencimento dos ministros do STF sobre a legalidade de sua resolução".

O CFM reúne argumentos técnicos sobre a eficiência do procedimento. Também deve alegar que a resolução foi editada no exercício de suas atribuições.

O Supremo Tribunal Federal tem na fila para julgamento uma outra ação, também movida pelo PSOL, que discute a descriminalização do aborto até a 12ª semana da gestação. O processo está engavetado, sem previsão de entrar na pauta. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do tribunal, que é a favor da mudança, avalia que o debate ainda não está maduro.

A editora gaúcha Bestiário está lançando uma antologia de poemas dedicada às vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul.

O livro de poemas Sob as águas, Sobre a Esperança tem organização de Alexandre Brito, Cleso Gutfreind e Dilan Camargo, e conta com textos de 59 poetas que aderiram à causa."A ideia, desde o começo, foi levar alguma poesia para as muitas vítimas das enchentes no RS. Poderia parecer secundário, mas toda prosa lúcida diz que não é. A poesia faltou antes da catástrofe e será necessária depois", escrevem os organizadores, em trecho da apresentação da obra.

Confira um dos poemas selecioandos:

Havia um homem vivo numa vala. Lá ele dormia, vivo.

Valha-me Deus, vivo! Respirava, e ninguém ouvia.

O homem da vala ninguém via. De manhã, o orvalho

cobria a pele fria sobre suas veias quase vazias.

De noite, veio a chuva. A enxurrada. A água, o esgoto, o

Guaíba. O homem da vala não foi velado. Esvaiu-se.

'Mais valia', por Ana Lasevicius

A versão digital do livro pode ser conferida aqui.

O Vaticano revisou na sexta-feira, 17, o processo de avaliação de supostas visões da Virgem Maria, estátuas que choram e outros fenômenos aparentemente sobrenaturais que marcaram a história da Igreja. A reformulação endurece posicionamentos e reconhecimentos, de maneira geral, do que é verdadeiro ou falso.

As normas, de 1978, foram revisadas pela primeira vez, com o argumento de que elas não eram mais úteis ou viáveis na era da internet. Hoje, notícias sobre aparições de estátuas da Virgem Maria chorando se espalham rapidamente, e podem prejudicar os fiéis se impostores tentarem lucrar com as crenças das pessoas, disse o Vaticano.

As novas normas deixam claro que tal abuso da fé pode ser punido canonicamente. "O uso de supostas experiências sobrenaturais ou elementos místicos reconhecidos como meio ou pretexto para exercer controle sobre as pessoas ou realizar abusos deve ser considerado de particular gravidade moral."

O objetivo é evitar escândalos, manipulações e confusões, e o Vaticano reconheceu a própria culpa em confundir os fiéis com a forma como avaliou e autenticou supostas visões ao longo dos séculos.

Apesar dos novos critérios, as decisões passadas sobre eventos supostamente sobrenaturais - como em Fátima, Guadalupe ou Lourdes - permanecem válidas. "O que foi decidido no passado tem seu valor", disse o cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, chefe do escritório de doutrina do Vaticano.

A Igreja Católica tem uma longa e controversa história de fiéis que afirmam ter tido visões da Virgem Maria, de estátuas supostamente chorando lágrimas de sangue e cicatrizes surgindo nas mãos e pés, imitando as feridas de Cristo.

Quando confirmados como autênticos pelas autoridades da Igreja, esses sinais inexplicáveis levaram a um florescimento da fé, com novas vocações religiosas e conversões. Esse foi o caso das supostas aparições de Maria que transformaram Fátima, em Portugal, e Lourdes, na França, em destinos de peregrinação enormemente populares.

As normas permitem que um evento possa, em algum momento, ser declarado "sobrenatural," e que o papa possa intervir no processo. Mas, "como regra", a Igreja não vai mais autenticar eventos inexplicáveis ou tomar decisões definitivas sobre sua origem sobrenatural.

E em nenhum momento os fiéis são obrigados a acreditar nos eventos particulares, disse o cardeal Víctor Manuel Fernández. "A igreja dá aos fiéis a liberdade de prestar atenção ou não".

Até hoje, menos de 20 aparições foram aprovadas pelo Vaticano em 2 mil anos de história, de acordo com Michael O'Neill, que administra o recurso online The Miracle Hunter.

Como será o novo processo?

As novas normas reformulam o processo de avaliação da Igreja Católica, essencialmente retirando da mesa a possibilidade de as autoridades eclesiásticas declararem uma visão particular, cicatrizes ou outro evento aparentemente inspirado divinamente como sobrenatural.

Em vez disso, os novos critérios preveem seis resultados principais, sendo o mais favorável que a igreja emita um parecer doutrinal não comprometedor, um chamado "nihil obstat." Tal declaração significa que não há nada sobre o evento que seja contrário à fé, e, portanto, os católicos podem expressar devoção a ele.

Enquanto no passado o bispo muitas vezes tinha a última palavra no reconhecimento ou não, a menos que fosse solicitada ajuda do Vaticano, agora todas as recomendações devem ser aprovadas. O bispo pode adotar abordagens mais cautelosas se houver sinais de alerta doutrinais sobre o evento relatado. O mais sério prevê uma declaração de que o evento não é sobrenatural ou que há bandeiras vermelhas suficientes para justificar uma declaração pública "de que a adesão a esse fenômeno não é permitida."

O caso mais flagrante de confusão foi a alternância de determinações de autenticidade por uma sucessão de bispos ao longo de 70 anos em Amsterdã, na Holanda, sobre as supostas visões de Virgem Maria no santuário de Nossa Senhora de Todas as Nações.

Outro situação semelhante levou o Vaticano, em 2007, a excomungar os membros de um grupo de Quebec, no Canadá, o Exército de Maria, depois que sua fundadora afirmou ter tido visões marianas e se declarou a reencarnação da mãe de Cristo.

As normas revisadas reconhecem o potencial real para tais abusos e alertam que impostores serão responsabilizados, inclusive com penalidades canônicas.

Neomi De Anda, diretora executiva do Instituto Internacional de Pesquisa Mariana da Universidade de Dayton, disse que as novas diretrizes representam uma mudança significativa e bem-vinda para a prática atual, ao mesmo tempo que reafirmam princípios importantes.

"Os fiéis podem se envolver com esses fenômenos como membros da fé em práticas populares de religião, enquanto não sentem a necessidade de acreditar em tudo que é oferecido a eles como sobrenatural, assim como a cautela contra ser enganado e ludibriado", disse.

'Examinem tudo, retenham o que é bom'

Robert Fastiggi, que ensina teologia mariana no Seminário Maior do Sagrado Coração em Detroit, Michigan, e é especialista em aparições, disse que à primeira vista esse requisito pode parecer retirar autoridade do bispo local.

"Mas acho que a intenção é evitar casos em que a Santa Sé possa se sentir motivada a anular uma decisão do bispo local", disse.

"O que é positivo no novo documento é o reconhecimento de que o Espírito Santo e a Santíssima Mãe estão presentes e ativos na história humana", avalia. "Devemos apreciar essas intervenções sobrenaturais, mas perceber que elas devem ser discernidas adequadamente."

Ele citou a frase bíblica que melhor se aplica: "Examinem tudo, retenham o que é bom."

Eventos inspiraram milhões de católicos

Figuras da Igreja que afirmaram ter experimentado a erupção de cicatrizes, incluindo Padre Pio e o homônimo do papa Francisco, São Francisco de Assis, inspiraram milhões de católicos, mesmo que as decisões sobre a autenticidade tenham sido elusivas.

O próprio papa se manifestou sobre o fenômeno, deixando claro que ele é devoto das principais aparições marianas aprovadas pela igreja, como Nossa Senhora de Guadalupe, que os fiéis acreditam ter aparecido a um indígena no México em 1531.

Mas o pontífice expressou ceticismo sobre eventos mais recentes, incluindo reivindicações de mensagens repetidas de Maria a "videntes" no santuário de Medjugorje, na Bósnia-Herzegovina, mesmo permitindo que peregrinações aconteçam lá.

"Eu prefiro a Madonna como mãe, nossa mãe, e não uma mulher que é a chefe de um escritório telegráfico, que envia uma mensagem todos os dias a uma certa hora", disse o papa Francisco a repórteres em 2017.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.