Avó de Matteus, do 'BBB 24', ganha casa com ajuda de campanha comunitária

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A avó de Matteus, participante do programa BBB 24, receberá uma nova casa por meio de uma campanha de arrecadação coletiva. O anúncio foi realizado em um vídeo publicado pela página de cultura gaúcha O Mundo do CTG, em parceria com a Prefeitura de Alegrete.

 

A iniciativa de financiamento coletivo, que começou há um mês, tinha como objetivo adquirir um terreno para a construção da residência.

 

"Juntamos 8 empresas do Alegrete que somam 80 mil reais para a compra do terreno. A construção da casa fica toda por conta do Jorge Sobrosa, grande parceiro nessa ação", detalha a legenda do vídeo. "Esse presente é do Rio Grande pra ti meu amigo, por tudo que tu fez pela nossa cultura, tua vozinha é teu bem mais precioso e ela com certeza vai aproveitar muito a casa nova", finaliza o comunicado.

 

Matteus foi o segundo colocado do BBB 24, com 24,5% dos votos. O campeão foi o Davi, reunindo os 60,52% dos votos. Já Isabelle ficou em terceiro lugar, com 14,98%.

 

Com o segundo lugar do pódio, Matteus garantiu um prêmio de R$ 150 mil.

 

Além da nova casa para sua avó, o vice-campeão do BBB 24 recebeu dois cavalos de Jayme Monjardim, diretor da Globo.

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A proposta feita pelas mineradoras Vale e BHP Billinton, sócias da Samarco, responsável pelo desastre ambiental de Mariana, em 2015, foi recebida com fortes críticas pelos negociadores do governo federal e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A expectativa é que os entes públicos deem uma resposta conjunta nesta sexta-feira, 3, e, a tomar pelo clima nos bastidores, a tendência é que ela seja negativa.

Vale, BHP Billinton e Samarco anunciaram na segunda-feira, 29, que haviam ampliado o valor ofertado em compensações de R$ 42 bilhões para R$ 72 bilhões, o que fez com que as ações da Vale na Bolsa se valorizassem, com investidores antevendo um ponto final para um imbróglio jurídico que se arrasta há quase nove anos.

Mas representantes do poder público que participam das negociações, sob reserva, classificaram a proposta como "fake" e um "mero jogo de planilha", sob a alegação de que as empresas retrocederam em compromissos ambientais e sociais que haviam assumido no ano passado e que os repassaram em valores para o poder público em cifras consideradas inaceitáveis. Ou seja, não houve uma evolução.

Em nota, a BHP e a Vale informaram que mantêm o interesse em negociar (leia mais abaixo). A Samarco disse acreditar que "todas as partes chegarão a um acordo comum".

A iniciativa, além de não atender ao que havia sido acordado em 2023, provocou mal-estar porque os governos entendem que a responsabilidade por ações como a retirada de dejetos minerais de rios e afluentes do Rio Doce devem ser feitas pelas empresas, com os equipamentos e pessoal delas.

Além disso, há o entendimento de que, ao entregar obrigações aos entes públicos, as empresas se eximem de eventuais problemas que podem aparecer com a retirada desses resíduos.

Na proposta, as mineradoras reduziram o plano de retirar 9 milhões de metros cúbicos de dejetos do Rio Doce para 900 mil metros cúbicos, o que foi considerado "inadmissível" pelos negociadores. As empresas também retiraram o compromisso de monitorar áreas contaminadas.

Quase nove anos depois do desastre que derramou 40 milhões de toneladas de rejeitos minerais no Rio Doce, há relatos de poluentes químicos na água consumida por pessoas e animais. O rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), é considerado o maior desastre ambiental do País e pode resultar no maior pacto de reparação ambiental do mundo, caso o poder público e as empresas cheguem a um acordo.

Mas a própria ação das empresas de publicizar a oferta foi mal-recebida. A ação corre sob confidencialidade no Tribunal Regional Federal da 6ª Região, em Belo Horizonte, e a divulgação está sendo tratada como uma "deslealdade" nos bastidores. Nem mesmo o valor, alegado como uma ampliação relevante em relação ao proposto no final de 2023, foi bem-recebido.

As mineradoras afirmam que a indenização total chegaria a R$ 127 bilhões, somando o que já foi aplicado na Fundação Renova até hoje (cerca de R$ 37 bilhões). Negociadores afirmam que, além dos gastos da Renova serem questionáveis, há vitórias em ações na Justiça que já rendem mais do que o ofertado pelas empresas - em janeiro, as mineradoras foram condenadas a pagar R$ 47,6 bilhões em danos morais coletivos pela Justiça Federal em Belo Horizonte. Em outra ação, de março, a Justiça concede o pagamento de mais R$ 10 bilhões ao Espírito Santo por gastos em cinco municípios do litoral norte que passaram a ser considerados região afetada.

Foi essa decisão que, segundo relatos, motivou a corrida das mineradoras pelo acordo. Na proposta, as empresas solicitam que a inclusão dos cinco municípios seja sustada, o que foi considerado inaceitável pelo Espírito Santo em uma resposta imediata.

Além de tentar reduzir o perímetro de possíveis indenizados, as empresas também propuseram a "quitação completa e absoluta por danos incertos e futuros" que apareçam em decorrência do desastre ambiental, ou seja, que as empresas não venham a ser responsabilizadas no futuro.

Esse ponto desagrada a todos os entes públicos envolvidos. A alegação é que, na área de saúde, é impossível dar a quitação, uma vez que há danos que podem aparecer por gerações nas populações que são abastecidas pelo Rio Doce e que vivem no litoral do Espírito Santo. Nos estragos ambientais, a quitação é considerada parcialmente possível de se atender, desde que mantido o monitoramento.

Os entes também discordam da proposta de entrega imediata das ações da Renova para o poder público, como o fornecimento de água potável a comunidades indígenas, alegando a necessidade de uma transição.

Apesar do impasse, a leitura dos negociadores é que as empresas têm o interesse de tentar um acordo no Brasil para evitar uma condenação na corte inglesa, onde vítimas se reuniram em ações contra as mineradoras. O principal fundamento das ações é a lentidão da Justiça brasileira, por falta de um acordo.

Ainda assim, a proposta desagradou a tal ponto que o tema pode subir do nível técnico para o político, com a mobilização de governadores e ministros para cobrar uma solução das empresas.

Procurada, a BHP Brasil afirma que "sempre esteve e segue comprometida com as ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em 2015?. "Como uma das acionistas da empresa, a BHP Brasil segue disposta a buscar, coletivamente, soluções que garantam uma reparação justa e integral às pessoas atingidas e ao meio ambiente", afirmou.

A Vale também defendeu a solução por meio de um acordo. "A Vale, como acionista da Samarco, continua comprometida com a repactuação do acordo de Mariana e tem como prioridade as pessoas atingidas, representadas desde o início das negociações por diversas instituições de justiça como as defensorias e os ministérios públicos. A companhia confia que as partes chegarão a bons termos quanto ao texto que vem sendo conjuntamente construído", afirmou a empresa, em nota.

A Samarco, também em nota, reafirmou seu compromisso na "reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão". "A empresa reitera que a proposta apresentada foi baseada em critérios técnicos, ambientais e sociais, sendo resultado de um amplo processo de diálogo que, desde o início, envolveu diversas instituições de justiça, poder público e representantes de entidades civis e sociedade. A Samarco acredita que todas as partes chegarão a um acordo comum que beneficie diretamente milhares de pessoas, dezenas de municípios, a União e os estados de Minas Gerais e o Espírito Santo", disse a empresa.

O engenheiro e arquiteto Adolpho Lindenberg morreu nesta quinta-feira, 2, aos 99 anos. Considerado um ícone do mercado imobiliário paulistano, foi expoente das construções de casas e apartamentos residenciais de alto padrão marcadas pela inovação. A causa da morte não foi divulgada.

O velório ocorre até as 9h30 desta sexta-feira, 3, na sede do Instituto, na Rua Maranhão, 341, em Higienópolis, no centro de São Paulo. O enterro vai ocorrer às 10h no Cemitério da Consolação (Rua da Consolação, 1.660), também no centro.

O Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais (Secovi-SP) e o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, do qual Lindenberg foi fundador e era presidente de honra, lamentaram o falecimento.

Em nota, o Secovi-SP prestou homenagem a Lindenberg: "Considerado um ícone do mercado, teve sua trajetória composta por inovadoras realizações, empreendimentos marcantes, que devolveram o neoclássico à paisagem urbana. Um homem de valor, de princípios e grande humanista. Seu exemplo e seu legado permanecem em todos os que buscam fazer o seu melhor no mercado imobiliário".

"Adolpho foi um ícone na inovação arquitetônica dos produtos imobiliários residenciais", afirmou o 2º vice-presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes. "Deixa um legado importantíssimo para o mercado e para a cidade", concluiu.

Também em nota, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira lamentou a morte e ressaltou o parentesco de Lindenberg com Oliveira ("devotado primo e discípulo do insigne católico de quem nosso Instituto leva o nome") e o fato de o engenheiro e arquiteto ter sido sócio fundador da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP).

Formação e história

Adolpho Lindenberg formou-se em Engenharia e Arquitetura pela Universidade Mackenzie, em São Paulo, em 1949. Inicialmente, abriu um pequeno escritório de engenharia em São Paulo, mas em 1954, enquanto São Paulo comemorava seu quarto centenário, fundou a Construtora Adolpho Lindenberg (CAL), com foco na construção de casas de alto padrão.

As primeiras obras da empresa foram três casas construídas com o dinheiro da herança do pai no recém-projetado bairro do Ibirapuera, na zona sul de SP.

Durante a década de 1950, construiu muitas casas em estilo colonial. Na década seguinte, Lindenberg construiu seu primeiro prédio e provocou uma mudança de conceitos: como não havia mais espaço para mansões nos bairros mais desejados de São Paulo, passou a oferecer apartamentos com o mesmo tamanho e luxo dos imóveis a que sua clientela estava habituada. Ele convenceu a elite paulistana a morar em apartamentos - ou "casas sobrepostas", como chamou -, alertando que essa mudança era necessária para garantir maior segurança aos moradores.

Nesse período, a construtora adotou o estilo neoclássico ou mediterrâneo, tendo grande aceitação no mercado imobiliário, a ponto de 60% dos edifícios de luxo dessa época seguirem esse padrão arquitetônico. Seu estilo neoclássico chegou a ser conhecido como "estilo Lindenberg", o que demonstra sua influência à época.

Nos anos 1970, a construtora lançou o primeiro flat do Brasil e o primeiro edifício com piscinas privativas nos terraços, ambos nos Jardins (zona oeste de São Paulo). No mesmo período, fez a primeira incorporação de Brasília e começou a construir também prédios comerciais, para hotéis (como o Casa Grande, no Guarujá) e indústrias (Texaco, Avon, Petrobras e Philip Morris).

Durante a década de 1980, diante da inflação descontrolada que corroía a economia brasileira, a construtora adotou o Sistema de Preço de Custo, em que as parcelas eram reajustadas conforme o aumento dos preços e do dólar. A empresa começou a se dedicar a bairros como Morumbi, Panamby e a região da Marginal do Pinheiros, que passou a ser o novo eixo comercial paulistano, depois das avenidas Paulista e Brigadeiro Faria Lima.

Um ícone foi o lançamento do Edifício Wilson Mendes Caldeira, um dos primeiros prédios da Marginal do Pinheiros. Outros destaques da época foram dois projetos no estilo mediterrâneo, com piscinas nos terraços de cada andar, girando sobre o próprio eixo em "leque".

Nos anos 1990, para se adequar ao mercado, a construtora mudou seu sistema de customização dos apartamentos.

No início dos anos 2000, a construtora se associou ao Grupo LDI, holding com empresas de incorporação e construção (CAL), comercialização e gestão de vendas dos seus imóveis (LindenHouse), urbanismo (LPU) e desenvolvimento e administração de shopping centers (REP). A parceria se manteve até 2019.

Para comemorar seus 50 anos, a Lindenberg lançou cinco prédios de alto padrão em áreas nobres da capital, sendo um deles o maior apartamento de São Paulo, com 1.223 metros quadrados de área privativa.

Nos anos 2010, Adolpho Lindenberg foi premiado por sua atuação e contribuição para o mercado imobiliário, e o empreendimento Lindenberg Timboril foi premiado como case de sucesso de vendas no mercado de alto padrão do interior paulista.

Simultaneamente à atuação como engenheiro, Lindenberg sempre esteve muito ligado à Igreja Católica. Ajudou a fundar a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP). Em dezembro de 2006, também criou o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, do qual foi presidente e atualmente era presidente de honra.

Em 1999, Lindenberg publicou a obra "Os Católicos e a Economia de Mercado - Oposição ou Colaboração? Considerações do bom senso".

Rio Grande do Sul e Santa Catarina podem registrar casos de microexplosão atmosférica nos próximos dias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O fenômeno ocorre quando uma corrente de vento descendente violenta se separa de uma nuvem de tempestade e se desloca com força em direção ao solo.

- Na microexplosão (também conhecida por seu nome em inglês, downburst) uma descarga de ar frio e denso atinge o solo e se espalha, provocando ventos extremamente fortes que podem atingir velocidades muito altas.

- O fenômeno é o oposto do tornado, quando os ventos em direção ao solo convergem, formando um redemoinho. Mas o poder destrutivo é semelhante. Uma microexplosão foi registrada no último sábado em Santa Cruz do Sul (RS).

O Rio Grande do Sul sofre os efeitos de fortes temporais que já deixaram ao menos 29 mortos e 60 desaparecidos. A microexplosão pode ocorrer de forma concomitante com as fortes chuvas nas demais regiões, que tem causado inundações e mobilizado resgates.

- O fenômeno da microexplosão pode ocorrer o ano inteiro, mas é mais comum no verão, quando os dias são mais quentes e a umidade é alta, o que favorece a formação de nuvens de tempestade.

- Essas nuvens podem ter até 20 quilômetros de altura e são capazes de gerar vento destrutivo, segundo o National Weather Service, dos EUA.

"Um downburst é uma forte e relativamente pequena área de ar descendente, sob uma tempestade, que pode resultar em uma descarga de vento forte sobre o solo. Pode também surgir sob o efeito do resfriamento muito rápido do ar com a evaporação da chuva em uma atmosfera originalmente seca. O ar mais frio e denso desce rapidamente para o solo", descreve o serviço americano.

Numa microexplosão atmosférica, a velocidade dos ventos pode ser muito alta, acima dos 200 quilômetros por hora, derrubando árvores e provocando danos estruturais a construções. É um grande risco para a decolagem e pouso de aviões. O fenômeno provoca estrondos altos, que as pessoas costumam comparar com o som de um trem de carga.

Segundo a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, dos EUA, em uma microexplosão os ventos se estendem horizontalmente por uma área inferior a quatro quilômetros. Macroexplosões ocorrem quando os ventos se espalham por uma área com mais de quatro quilômetros.