Exército faz gesto a Lewandowski e suspende autorização para PMs comprarem até 5 fuzis

Política
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O Exército recuou e suspendeu os efeitos da portaria que permitiria policiais militares terem até cinco fuzis como armas do acervo particular, em casa. A medida que ampliou a quantidade de armas restritas para os militares estaduais foi revelada pelo Estadão. Com o recuo, a cúpula do Exército quis fazer uma "deferência" ao novo ministro da Justiça e Segurança Pública, segundo autoridades ligadas à área. A portaria foi publicada no último dia 23 e entraria em vigor a partir de 1° de fevereiro, data da posse de Ricardo Lewandowski na pasta.

 

Oficialmente, o Exército informou que o objetivo da suspensão era "permitir tratativas junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública". No Supremo Tribunal Federal (STF), Lewandowski votou contra decretos do ex-presidente da República Jair Bolsonaro que ampliaram o acesso a armas por civis.

 

A tendência, no ministério, é a de que ele incentive uma restrição da portaria que trata de armas em acervos privados de policiais militares.

 

A Portaria 167, do Comando Logístico do Exército, assinada pelo general Flavio Marcus Lancia Barbosa, autorizava policiais e bombeiros militares a terem em casa até seis armas de fogo, sendo até cinco de uso restrito. Entre estas, alguns tipos de fuzil - equipamentos não recomendados para defesa pessoal.

 

A nova regra representava um afrouxamento das normas que vigoraram antes e durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Até então, os militares estaduais podiam comprar duas armas de uso restrito para ter em casa.

 

Até 2018, os policiais militares podiam ter até duas armas de uso restrito, mas de calibres específicos. Os de fuzil não estavam entre eles. A partir de 2019, a especificação de calibres caiu e eles podiam comprar até dois fuzis, à exceção dos armamentos automáticos, que disparam rajadas com um acionamento de gatilho.

 

A portaria suspensa também abrangia, além de policiais e bombeiros militares, integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

 

A medida foi alvo de críticas pelo potencial de agravar problemas de segurança pública. Há casos de armas compradas legalmente por policiais que acabaram abastecendo o crime organizado.

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O líder conservador do partido CDU da Alemanha, Friedrich Merz, conseguiu ser eleito o 10º chanceler da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial na segunda rodada de votação realizada no Parlamento alemão nesta terça-feira, 6. Merz perdeu na primeira votação e havia dúvidas sobre a capacidade do líder alemão vencer a nova votação ainda hoje, depois da derrota histórica desta manhã.

Merz recebeu 325 votos no segundo turno. Ele precisava de uma maioria de 316 dos 630 votos em votação secreta, mas recebeu apenas 310 votos no primeiro turno - bem abaixo das 328 cadeiras de sua coalizão.

Segundo a Presidente do Bundestag, Julia Klöckner, a cerimônia de nomeação do conservador deve ocorrer ainda nesta tarde, por volta das 17h (horário local).

*Com informações da Associated Press.

Os quatro aeroportos internacionais ao redor de Moscou suspenderam temporariamente os voos nesta terça-feira, 6, após forças da Rússia interceptarem mais de 100 drones da Ucrânia, que foram disparados contra quase 12 regiões russas na segunda noite consecutiva de ofensivas em que a capital russa é supostamente alvo, de acordo com o Ministério da Defesa em Moscou. Outros nove aeroportos regionais do país também interromperam brevemente suas operações.

O ataque de drones ameaçou o cessar-fogo unilateral, anunciado pelo presidente russo, Vladimir Putin, que deve durar 72 horas, para coincidir com as celebrações em Moscou do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da China, Xi Jinping, e outros líderes mundiais se reunirão na capital russa nesta quinta-feira.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia instou países estrangeiros a não enviarem representantes militares para participar do desfile. Fonte: Associated Press.

O líder conservador Friedrich Merz não conseguiu ser eleito o 10º chanceler da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial na primeira rodada de votação realizada no Parlamento alemão nesta terça-feira, 6. Merz, do partido União Democrata-Cristã (CDU, pela sigla em alemão), recebeu seis votos a menos que o mínimo necessário para se tornar o novo chanceler do país, frustrando expectativas de uma votação bem-sucedida.

Merz precisava de 316 de um total de 630 votos. Ele recebeu apenas 310 votos. Os partidos alemães deverão agora se reagrupar para discutir o próximo passo, mas ainda não há clareza de quanto tempo o processo poderá levar.

A câmara baixa do Parlamento, conhecida como Bundestag, tem 14 dias para eleger um candidato por maioria absoluta. Em caso de novo fracasso, a Constituição permite que o presidente alemão nomeie o candidato que obtiver mais votos para chanceler ou dissolva o Bundestag e convoque uma nova eleição nacional. Fonte: Associated Press.