Em dezembro, Justiça Militar paga a magistrados mais de R$ 300 mil

Política
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A Justiça Militar pagou, em dezembro de 2024, mais de R$ 300 mil líquidos a 33 magistrados de primeira instância e também a ministros do Superior Tribunal Militar (STM). Nessa relação constam os nomes dos ministros José Barroso Filho (R$ 307,8 mil); general Odilson Sampaio Benzi (R$ 318,5 mil); e Artur Vidigal de Oliveira (R$ 316 mil). Os valores estouram em muito o teto constitucional do funcionalismo, de R$ 44 mil (brutos).

 

Por meio de nota, o STM informou que a remuneração "alcançou valor superior ao vencimento mensal normal em razão de pagamentos de indenizações de exercícios anteriores".

 

A próxima presidente do tribunal militar, ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, recebeu R$ 294 mil líquidos. Ela vai assumir o posto em março. O atual mandatário da Corte, brigadeiro do ar Francisco Joseli Parente Camelo, recebeu 298,4 mil já livres de descontos.

 

O pagamento de retroativos e gratificações também alçou o contracheque de juízes militares de primeira instância em quase todo o país ao patamar de quase R$ 400 mil no mês passado. O maior holerite foi o da juíza militar Mariana Queiroz Aquino, da 1.ª Auditoria da 1.ª Circunscrição Judiciária Militar (Rio de Janeiro/Espírito Santo), que recebeu R$ 395,6 mil. O contracheque menos robusto, ainda acima de três dígitos, foi o do juiz Celso Vieira de Souza, da Auditoria da 4.ª Circunscrição (Minas), com R$ 298,4 mil líquidos.O maior holerite foi o da juíza militar Mariana Queiroz Aquino, da 1.ª Auditoria da 1.ª Circunscrição Judiciária Militar (Rio de Janeiro/Espírito Santo), que recebeu R$ 395,6 mil. O contracheque menos robusto, ainda acima de três dígitos, foi o do juiz Celso Vieira de Souza, da Auditoria da 4.ª Circunscrição (Minas), com R$ 298,4 mil líquidos.

 

Penduricalhos

 

Os subsídios brutos dos magistrados que integram a corte superior militar variam de R$ 35,8 mil a R$ 41,8 mil. No entanto, assim como em outros braços da Justiça, o contracheque é turbinado por valores a título de direitos pessoais, indenizações e direitos eventuais - rubricas que abrigam os chamados penduricalhos.

 

O salário da juíza Mariana Queiroz Aquino é R$ 35,8 mil. Seus rendimentos brutos em dezembro chegaram a R$ 428,5 mil - é como se ela tivesse, em um só holerite, os pagamentos referentes a um ano de seu próprio subsídio. Os descontos na folha da magistrada - referentes à previdência pública, imposto de renda e abate-teto - somaram R$ 32,7 mil, ou 7% do total de rendimentos da juíza.

 

O detalhamento da folha de pagamento da magistrada mostra que entre os principais adicionais que ela recebeu em dezembro estão a "gratificação por exercício cumulativo de jurisdição" e a "licença compensatória".

 

Sobre a licença compensatória, um estudo divulgado pela Transparência Brasil em dezembro mostrou que o penduricalho já tinha custado pelo menos R$ 819 milhões ao Judiciário em 16 meses.

 

Direitos

 

Na nota enviada ao Estadão, o STM detalhou os acréscimos que elevaram a remuneração de parte dos ministros e juízes de primeira instância de maneira significativa.

 

"Foram pagos valores relativos a direitos pessoais rotineiros como, por exemplo, adiantamento de gratificação natalina, remuneração antecipada de férias e terço constitucional de férias", diz o texto, que informa ainda terem sido pagos "direitos eventuais".

 

Os cinco maiores contracheques pagos pela Justiça Militar em dezembro são de juízes que atuam nas circunscrições judiciárias militares do Rio de Janeiro e Espírito Santo (1.ª); Distrito Federal, Goiás e Tocantins (11.ª); e Paraná e Santa Catarina (5.ª).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O braço das Forças Armadas do Iêmen ligado ao movimento houthi anunciou neste domingo, 27, que promoverá uma escalada nas suas operações militares contra Israel, diante do aumento da crise humanitária em Gaza. Segundo os iemenitas, a nova fase inclui o bombardeio a navios de empresas que negociam com os israelenses.

"As Forças Armadas do Iêmen alertam todas as empresas para que cessem imediatamente qualquer relação com os portos do inimigo israelense a partir do momento em que esta declaração for anunciada. Caso contrário, seus navios, independentemente do destino, serão alvos em qualquer lugar que esteja ao alcance de nossos mísseis e drones", afirmou em comunicado o porta-voz das Forças Armadas iemenitas, Yahya Saree.

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* Conteúdo traduzido com auxílio de inteligência artificial, revisado e editado pela redação da Broadcast

A Rússia abriu neste domingo, 27, uma ligação aérea regular entre Moscou (capital russa) e Pyongyang (capital da Coreia do Norte), em um movimento que reflete os laços cada vez mais estreitos entre os dois países. O primeiro voo operado pela companhia aérea russa Nordwind decolou do aeroporto Sheremetyevo, de Moscou, transportando mais de 400 passageiros. O Ministério dos Transportes da Rússia disse que haverá um voo por mês para atender à demanda.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, que visitou o novo resort de praia Wonsan-Kalma, da Coreia do Norte, no início deste mês, para se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-un, prometeu incentivar os turistas russos a visitar o complexo.

O resort, que pode acomodar quase 20 mil pessoas, está no centro do impulso de Kim para aumentar o turismo a fim de melhorar a economia de seu país. A Coreia do Norte vem aliviando lentamente as restrições impostas durante a pandemia e reabrindo suas fronteiras em fases. Mas o país não disse se retomaria totalmente o turismo internacional.

Voos regulares entre a cidade portuária oriental da Rússia de Vladivostok e Pyongyang foram reabertos em 2023 após uma pausa causada pela pandemia de coronavírus. A Rússia e a Coreia do Norte expandiram significativamente os laços militares e outros nos últimos anos, com Pyongyang fornecendo armas e tropas para apoiar a ação militar da Rússia na Ucrânia.

* Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial

Rebeldes apoiados pelo Estado Islâmico atacaram uma igreja católica no leste da República do Congo neste domingo, 27, matando pelo menos 34 pessoas, de acordo com um líder da sociedade civil local. Dieudonne Duranthabo, um coordenador da sociedade civil em Komanda, na província de Ituri, disse à Associated Press que os agressores invadiram a igreja na cidade de Komanda por volta da 1h da manhã. Várias casas e lojas também foram queimadas.

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Acredita-se que ambos os ataques tenham sido realizados por membros da Força Democrática Aliada (ADF, na sigla em inglês) armados com armas de fogo e facões. Esse grupo rebelde é afiliado ao Estado Islâmico. Os agressores vieram de um reduto a cerca de 12 quilômetros de Komanda e fugiram antes da chegada das forças de segurança.

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Ataques

O leste do Congo sofreu ataques mortais nos últimos anos por grupos armados, incluindo o ADF e rebeldes apoiados por Ruanda. O ADF, que tem laços com o Estado Islâmico, opera na fronteira entre Uganda e Congo e frequentemente tem civis como alvo. O grupo matou dezenas de pessoas em Ituri no início deste mês em um episódio que um porta-voz das Nações Unidas descreveu como um banho de sangue.

A ADF foi formada por pequenos grupos distintos em Uganda no final dos anos 1990, após alegado descontentamento com o presidente Yoweri Museveni. Em 2002, após ofensivas militares das forças ugandenses, o grupo mudou suas atividades para o Congo e, desde então, tem sido responsável pelo assassinato de milhares de civis. Em 2019, o grupo jurou lealdade ao Estado Islâmico.

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