Lula aparece caminhando em hospital após deixar UTI em São Paulo

Política
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As redes sociais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram usadas nesta sexta-feira, 13, para postar um vídeo em que o petista aparece caminhando nos corredores do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo. Ele está internado desde a segunda-feira, 9. Nas imagens, é possível ver que o dreno, utilizado para realizar as cirurgias de remoção de hemorragias no cérebro, está protegido por uma fita micropore.

 

Esta é a primeira aparição pública de Lula desde que ele foi internado na segunda, após sofrer fortes dores de cabeça. O presidente passou por duas cirurgias: a primeira, uma craniotomia, e a segunda, uma embolização de artéria meníngea média. Nesta sexta, o petista deixou a unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital.

 

No vídeo, Lula aparece caminhando ao lado do neurocirurgião Marcos Stavale, um dos profissionais que está cuidando da saúde do presidente. Na legenda da postagem, o petista afirmou que está "pronto para voltar para casa e seguir trabalhando e cuidando de cada família brasileira".

 

"Agradeço por cada oração e palavra de conforto que recebi nos últimos dias. Janjinha [a primeira-dama Rosângela da Silva] me repassou todos os recados. Peço que fiquem tranquilos. Estou firme e forte! Andando pelos corredores com Marcos Stavale, o neurocirurgião responsável pelo meu procedimento, conversando bastante, me alimentando bem e, em breve, pronto para voltar para casa e seguir trabalhando e cuidando de cada família brasileira", disse Lula.

 

Segundo o médico particular de Lula, Roberto Kalil Filho, a segunda cirurgia realizada por Lula nesta quinta-feira, 12, foi um "sucesso". A expectativa é que o presidente retorne para Brasília na próxima semana.

 

Os médicos disseram que as visitas estão proibidas e permanecerão proibidas enquanto Lula estiver internado. Atualmente, só familiares podem ter contato com o presidente. A primeira-dama acompanha o marido no hospital. "As visitas ficarão proibidas até a alta médica", disse Kalil. "A recomendação é de repouso relativo. Evitar qualquer tipo de stress, que é praticamente impossível na posição dele". completou.

 

O problema de saúde de Lula é oriundo de uma queda que ele sofreu, em outubro, no banheiro do Palácio da Alvorada. Segundo o médico Rogério Tuma, o acidente causou hematomas nos dois lados do crânio, sendo que um deles havia sido absorvido pelo organismo. "O presidente está normal. Está muito bem e apto a praticar qualquer ato da vida civil. A única coisa é que há recomendação médica para que não se esforce física e mentalmente", disse Tuma.

 

Lula tem 79 anos, completados em outubro deste ano. Há pouco mais de um ano, em setembro de 2023, o presidente fez uma artroplastia total do quadril direito - uma cirurgia para substituir, por uma prótese, a cartilagem desgastada naquela região do corpo.

 

Em março do ano passado, o presidente também cancelou uma viagem internacional devido a problemas de saúde. Na ocasião, ele foi diagnosticado com pneumonia leve e adiou sua visita à China, que ocorreu meses depois. Quando o cancelamento foi anunciado, ministros, diplomatas e uma delegação de 120 empresários do agronegócio já aguardavam o presidente em Pequim.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira, 28, que estabeleceu um novo prazo de "10 ou 12 dias" para que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, concorde com um cessar-fogo na Ucrânia.

"Vou estabelecer um novo prazo, de cerca de 10 ou 12 dias a partir de hoje. Não há motivo para esperar. Eram 50 dias, eu quis ser generoso, mas simplesmente não vemos nenhum progresso sendo feito", disse Trump, durante uma reunião em Turnberry, na Escócia, com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.

No dia 14 de julho, o presidente americano havia dado um prazo de 50 dias para que Moscou e Kiev concordassem com uma trégua. Durante a coletiva de imprensa, Trump afirmou estar "decepcionado" com Putin por não ter encerrado a guerra na Ucrânia.

O republicano apontou que conversou diversas vezes com o presidente russo desde que retornou a Casa Branca em janeiro e está frustrado com os resultados das conversas. "Depois das nossas ligações o Presidente Putin sai e começa a lançar foguetes em alguma cidade como Kiev e mata muitas pessoas em um asilo ou seja lá o que for. Você tem corpos espalhados por toda a rua. E eu digo que não é assim que se faz."

Os oficiais ucranianos foram rápidos em agradecer Trump por encurtar o prazo para a Rússia terminar a guerra na Ucrânia. Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, disse em uma publicação nas redes sociais que os comentários do republicano demonstravam que ele estava comprometido com a "paz através da força". "Putin respeita apenas o poder - e essa mensagem é alta e clara."

A Nasa perderá cerca de 3,9 mil funcionários como parte do plano de reduzir o quadro de pessoal federal iniciado por Donald Trump, embora o presidente continue determinado a que a agência espacial americana realize missões tripuladas à Lua e a Marte.

A agência aeroespacial informou em um comunicado na última sexta-feira, 25, que cerca de 3 mil funcionários aderiram à segunda rodada do plano de demissões voluntárias. Na primeira rodada, 870 trabalhadores aceitaram deixar a Nasa.

A equipe da Nasa passou de 18 mil funcionários para pouco mais de 14 mil desde o retorno de Trump à Casa Branca, o que representa uma redução de mais de 20%. Os funcionários da agência que decidiram aderir ao programa de demissões voluntárias devem deixar os seus cargos de forma gradual.

'Segurança é prioridade'

"A segurança continua sendo uma prioridade máxima para nossa agência, enquanto equilibramos a necessidade de nos tornarmos uma organização mais ágil e eficiente e trabalhamos para garantir que continuemos plenamente capazes de buscar uma era dourada de exploração e inovação, incluindo a Lua e Marte", explicou a direção da Nasa.

O orçamento proposto pelo governo de Trump para a agência destacava o retorno do homem à Lua e a realização de uma missão tripulada a Marte pela primeira vez, ao mesmo tempo que cortava drasticamente os programas científicos e climáticos. A administração também removeu sistematicamente menções às mudanças climáticas dos sites governamentais, ao mesmo tempo que reduziu drasticamente o financiamento federal para pesquisa sobre aquecimento global.

Além disso, autoridades de Trump têm recrutado cientistas para ajudá-los a revogar a "declaração de risco" de 2009, que determinou que os gases de efeito estufa representam ameaça à saúde pública e ao bem-estar.

Corrida Espacial

A Casa Branca afirma que quer focar os recursos para "ganhar da China a corrida para voltar à Lua e levar o primeiro humano a Marte". Pequim tem como meta fazer seu primeiro pouso lunar tripulado em 2030.

A Nasa continua sendo dirigida por um administrador interino depois que a escolha inicial da administração para liderar a agência, o bilionário tecnológico Jared Isaacman, apoiado pelo ex-assessor do presidente Trump, o empresário Elon Musk, foi rejeitada pelo presidente republicano.

Trump havia anunciado ainda em dezembro, na transição presidencial, a escolha de Isaacman como o próximo administrador da Nasa. O bilionário tem sido um colaborador próximo de Musk desde que comprou seu primeiro voo fretado na SpaceX em 2021.

Líderes da Tailândia e do Camboja se reunirão na Malásia nesta segunda-feira, 28, para conversas destinadas a encerrar as hostilidades, informaram neste domingo, 27, autoridades tailandesas. O encontro ocorre após mediação dos EUA para pôr fim à disputa fronteiriça. Os combates já mataram pelo menos 34 pessoas e deslocaram mais de 168 mil.