Primeira terapia oral de curta duração para esclerose múltipla chega ao SUS

Saúde
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Os brasileiros com esclerose múltipla recorrente altamente ativa já podem ter acesso via Sistema Único de Saúde à cladribina oral, primeira terapia oral de curta duração para tratamento da esclerose múltipla. Lançado no Brasil em 2020 o medicamento possui posologia de curta duração, com 20 dias de administração ao longo de dois anos de tratamento, eficácia sustentada por pelo menos quatro anos e perfil de segurança favorável.
 

"Estamos muito otimistas, pois esse tratamento diminuiu a carga de acompanhamento e, ao mesmo tempo, de custos de monitoramento, locomoção e dispensação para o sistema público de saúde", explica Maria Augusta Bernardini, diretora médica da Merck para Brasil e América Latina.
 

Em setembro de 2023, a comunidade de Esclerose Múltipla celebrou a recomendação final favorável da CONITEC para a inclusão dessa terapia no SUS. Agora, em 2025, os pacientes com a prescrição médica têm acesso à medicação, um marco que demonstra a importância da participação ativa da sociedade civil, associações de pacientes, comunidade médica e demais envolvidos nos processos de consulta pública para a incorporação de novas tecnologias.
 

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória que compromete a camada protetora dos nervos do sistema nervoso central. O tratamento demonstrou eficácia na redução da frequência dos surtos clínicos, pois a cladribina atua principalmente nos linfócitos, células do sistema imunológico envolvidas no processo inflamatório da doença.