Turismo brasileiro bate recorde e gera R$ 90,4 bilhões para a economia em cinco meses, diz FecomercioSP

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O turismo nacional do Brasil segue obtendo cada vez mais destaque e se consolidando como campo fundamental para a economia do país. De janeiro a maio deste ano, o setor acumulou um faturamento de R$ 90,4 bilhões, o valor mais alto já registrado na série histórica, iniciada em 2012, de acordo com o levantamento produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número representa um aumento de 7% na comparação anual.

 

“Os números que a FecomercioSP traz são espetaculares e coroam todo o trabalho que vem sendo feito para impulsionar o turismo brasileiro, que voltou a ser uma das prioridades no Governo Federal. Ficamos felizes e satisfeitos em ver que o brasileiro está conhecendo o próprio país, que não deve em nada para outros destinos em termos de atrativos dos mais variados tipos”, celebra o ministro do Turismo, Celso Sabino.

 

No recorte exclusivo do mês de maio, mais um recorde. O faturamento obtido pelo turismo nacional foi de R$ 17 bilhões, o maior já registrado para o mês na série histórica, o que representa um crescimento de quase 8% em relação a maio de 2024, segundo a FercomercioSP.

 

“O resultado do mês revela um crescimento sólido de tendência positiva que reafirma o desempenho do setor como um importante vetor de desenvolvimento econômico e crescimento nacional”, aponta Sabino.

 

Todos os grupos analisados pelo levantamento registraram crescimento no mês. O destaque, em termos de peso para o resultado geral, foi o transporte aéreo de passageiros, que registrou faturamento de R$ 4,3 bilhões, com alta anual de 12% — gerando um adicional de R$ 460 milhões em um ano. O setor de alojamento também teve destaque, com crescimento de quase 16% e faturando R$ 1,9 bilhão.

 

Fechando o top 3, estão as agências de viagens, operadoras de turismo e outros serviços relacionados, que registraram a terceira maior variação mensal, com alta de 6,4% e faturamento de R$ 1,3 bilhão.

 

Análise regional

 

Na região do Norte do Brasil, Amazonas (7,6%), Tocantins (6,4%) e Pará (4,4%) tiveram o maior crescimento no acumulado do ano.

 

No Nordeste, Bahia (12,5%), Ceará (9,4%) e Rio Grande do Norte (7,5%) tiveram a maior alta no ano.

 

Já no Sudeste, Rio de Janeiro (11,9%), Espírito Santo (11,6%) e São Paulo (6,4%) tiveram o maior aumento.

 

No Sul do Brasil, Santa Catarina (9,5%), Rio Grande do Sul (4,6%) e Paraná (4,9%) tiveram crescimento no ano.

 

No Centro-Oeste, Goiás (6,4%), Mato Grosso do Sul (2%) e Distrito Federal (1,6%) registraram os maiores crescimentos. 

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Mais de 400 produtos foram adicionados à lista de mercadorias que estão sentindo o peso das tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou o Departamento de Comércio dos EUA na terça-feira.

Na mais recente escalada da guerra comercial, produtos como vagões de trens, equipamentos de construção, como guindastes, e outros tipos de maquinário pesado, juntamente com uma lista de bens diversos, como latas de aerossol, foram adensados à lista de produtos derivados de aço e alumínio aos quais se aplicam tarifas elevadas.

A lista inclui ainda produtos como turbinas eólicas e suas peças e componentes, tratores, móveis, compressores e bombas, partes automotivas, ferramentas, artefatos de cutelaria e talheres, e químicos especiais, além de inseticidas. Em pleno verão no Hemisfério Norte, máquinas e aparelhos de ar-condicionado que contenham um ventilador motorizado também constam da lista.

Isso significa que os importadores desses produtos terão que pagar uma tarifa de 50% sobre qualquer conteúdo desses metais que os produtos contenham.

"A ação de hoje expande o alcance das tarifas sobre o aço e alumínio e fecha caminhos para a evasão, apoiando a contínua revitalização das indústrias americanas de aço e alumínio", disse Jeffrey Kessler, subsecretário de comércio para indústria e segurança, em um comunicado.

A lista de produtos derivados tarifados foi ampliada sob a autoridade da Seção 232 do Ato de Expansão Comercial, que permite tarifas específicas de produtos para promover a segurança nacional.

Os Estados Unidos aceitaram a consulta feita no início de agosto pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio, mas consideraram que algumas das ações citadas pelo Brasil são "questões de segurança nacional, não suscetíveis de revisão ou de resolução por meio de solução de controvérsias na OMC".

"Sem prejuízo dessas opiniões, os Estados Unidos aceitam o pedido do Brasil para iniciar consultas. Estamos prontos para conversar com autoridades de sua missão sobre uma data mutuamente conveniente para as consultas", completa o documento do governo norte-americano apresentado na segunda-feira, 18, à OMC.

O documento diz ainda que a solicitação do Brasil inclui certas ações tarifárias dos Estados Unidos que estão "em conformidade" com a Lei de Emergências Nacionais e a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, relacionadas a questões de segurança nacional. "O Presidente (Donald Trump) determinou que essas ações eram necessárias para lidar com a emergência nacional decorrente de condições refletidas em grandes e persistentes déficits anuais no comércio de bens dos EUA com parceiros comerciais, ameaçando a segurança nacional e a economia dos Estados Unidos."

A administração Trump também argumentou que políticas, práticas e ações recentes do governo do Brasil "minam o Estado de Direito e ameaçam a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos".

O texto reconhece que cada membro da OMC mantém a autoridade para determinar por si próprio as medidas que considera necessárias à proteção de seus interesses essenciais de segurança.

A solicitação do Brasil inclui uma investigação aberta pelo Escritório do Representante Comercial americano (USTR, na sigla em inglês), nos termos da Seção 301 referente a alguns atos, políticas e práticas do Brasil relacionados ao comércio digital e serviços de pagamento eletrônico; tarifas preferenciais injustas; aplicação de medidas anticorrupção; proteção da propriedade intelectual; acesso ao mercado de etanol; e desmatamento ilegal.

De acordo com o governo norte-americano, o início de uma investigação nos termos da Seção 301 "indica apenas que as barreiras tarifárias e não tarifárias 'merecem uma investigação completa' e 'ações potencialmente responsivas'".

O governo Trump, portanto, considera que a solicitação do Brasil com relação à investigação da Seção 301 não se refere a medidas que afetem a operação de qualquer acordo abrangido, tomadas dentro do território de um membro da OMC, o que significa que não atende aos requisitos para uma solicitação de consultas.

Os Estados Unidos aceitaram a consulta feita no início de agosto pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), mas consideraram que algumas das ações citadas pelo Brasil são "questões de segurança nacional, não suscetíveis de revisão ou de resolução por meio de solução de controvérsias na OMC".

"Sem prejuízo dessas opiniões, os Estados Unidos aceitam o pedido do Brasil para iniciar consultas. Estamos prontos para conversar com autoridades de sua missão sobre uma data mutuamente conveniente para as consultas", completa o documento do governo americano apresentado à OMC na segunda-feira, 18.

O documento diz ainda que a solicitação do Brasil inclui certas ações tarifárias dos Estados Unidos que estão "em conformidade" com a Lei de Emergências Nacionais e a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, relacionadas a questões de segurança nacional.

"O Presidente (Donald Trump) determinou que essas ações eram necessárias para lidar com a emergência nacional decorrente de condições refletidas em grandes e persistentes déficits anuais no comércio de bens dos EUA com parceiros comerciais, ameaçando a segurança nacional e a economia dos Estados Unidos". O Brasil não acumula, porém, superávit com os norte-americanos.

A administração Trump também afirmou que políticas, práticas e ações recentes do governo do Brasil "minam o Estado de Direito e ameaçam a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos".

O texto reconhece que cada membro da OMC mantém a autoridade para determinar por si próprio as medidas que considera necessárias à proteção de seus interesses essenciais de segurança.

A solicitação do Brasil inclui uma investigação aberta pelo Escritório do Representante Comercial americano (USTR, na sigla em inglês), nos termos da Seção 301 referente a alguns atos, políticas e práticas do Brasil relacionados ao comércio digital e serviços de pagamento eletrônico; supostas tarifas preferenciais injustas; aplicação de medidas anticorrupção; proteção da propriedade intelectual; acesso ao mercado de etanol; e desmatamento ilegal.

As acusações de "práticas injustas" supostamente adotadas pelo Brasil nesses seis campos foram contestadas pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) em documentos protocolados na segunda-feira, 18. Na resposta, o Itamaraty afirmou não reconhecer a legitimidade das acusações e que a OMC é o único foro apropriado para a solução de impasses comerciais.

De acordo com o governo americano, o início de uma investigação nos termos da Seção 301 "indica apenas que as barreiras tarifárias e não tarifárias 'merecem uma investigação completa' e 'ações potencialmente responsivas'".

Os diplomatas norte-americanos afirmam que tanto as tarifas recíprocas de 10% em vigor desde abril, quanto a sobretaxa recente que eleva a 50% o tarifaço aplicado contra o Brasil são "relacionadas a questões de segurança nacional", de modo que "não são suscetíveis de revisão ou de resolução por meio de solução de controvérsias na OMC".

O governo Trump, portanto, considera que a solicitação do Brasil com relação à investigação da Seção 301 não se refere a medidas que afetem a operação de qualquer acordo abrangido, tomadas dentro do território de um membro da OMC, o que significa que não atende aos requisitos para uma solicitação de consultas.