Brasil bate recorde de energia solar em 2025 e avança na transição para fontes renováveis

Meio Ambiente
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O Brasil ultrapassou neste mês de abril de 2025 a marca histórica de 40 gigawatts (GW) de potência instalada em energia solar fotovoltaica, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O número representa um crescimento de 27% em relação ao mesmo período do ano passado e consolida a energia solar como a segunda principal fonte da matriz elétrica brasileira — atrás apenas das hidrelétricas.

De acordo com especialistas, o avanço se deve à combinação de fatores como incentivos fiscais, barateamento de equipamentos e conscientização ambiental. Além disso, a crise hídrica de anos anteriores reforçou a necessidade de diversificação da matriz energética do país.

“Estamos vivendo uma verdadeira revolução verde no setor elétrico”, afirma a engenheira ambiental Larissa Prado. “A energia solar é limpa, abundante e acessível. Com os avanços tecnológicos, tornou-se viável até mesmo para pequenos produtores e residências.”

Hoje, mais de 2 milhões de sistemas solares estão instalados em telhados, fazendas e indústrias por todo o Brasil. Estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul lideram o ranking nacional de geração distribuída.

No entanto, especialistas alertam que a expansão deve ser acompanhada de políticas públicas que garantam sustentabilidade e acesso equitativo. “A energia solar não pode ser privilégio de poucos. É fundamental que comunidades de baixa renda também sejam incluídas nessa transição”, ressalta Prado.

Além do impacto ambiental positivo — como a redução da emissão de gases de efeito estufa —, o setor também impulsiona a economia. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) estima que o setor gerou mais de 400 mil empregos diretos e indiretos nos últimos dois anos.

Com o avanço da energia solar e o fortalecimento de outras fontes renováveis, o Brasil dá passos importantes rumo a um modelo energético mais limpo, resiliente e justo. E os reflexos dessa mudança já podem ser sentidos: menos poluição, mais economia e um planeta mais sustentável.