Festivais celebram a dança na Av Paulista com espetáculos gratuitos no MASP e no Itaú Cultural

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Semana Paulista de Dança e Mostra Internacional de Dança de São Paulo se unem para promover programação que enaltece a diversidade das linguagens coreográficas  

Diferentes estilos, técnicas e origens culturais da dança vão movimentar a Avenida Paulista de 27 de agosto a 1º de setembro, oferecendo ao público a oportunidade de vivenciar um panorama artístico que abrange desde o clássico até o contemporâneo. A ampla programação gratuita, que reúne renomados profissionais brasileiros e estrangeiros, é um feito inédito resultado da colaboração entre a 6ª Semana Paulista de Dança e a Mostra Internacional de Dança de São Paulo (MID-SP), eventos realizados no MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand e no Itaú Cultural, respectivamente.

 

As instituições convidam o público para vivenciar uma semana de muito movimento e arte. Ao todo, serão 22 apresentações de linguagens como jazz dance, dança flamenca, teatro dança, clássico livre, dança experimental, dança regional, balé neoclássico, dança contemporânea e dança afro-diaspórica, além de exibições de videodanças e fóruns que abordam temas como processos criativos, produção em dança e circulação de grupos e companhias.

 

Essa parceria marca um passo importante nos processos colaborativos de dança com uma programação totalmente gratuita e diversa, sem sobreposição de atividades. A MID-SP abre sua programação na terça-feira, dia 27, às 20h, no Itaú Cultural, com Corpos Turvos, do Coletivo CIDA, do Rio Grande do Norte, e Yebo Musical, com Gamboot Dance, de São Paulo. Já a 6ª Semana Paulista de Dança tem início na quarta-feira, dia 28, às 19h, no MASP, com As Canções que você dançou para mim, da carioca Focus cia de Dança. De quarta-feira a sábado, os espetáculos no MASP têm início às 19h, e no domingo, às 16h, enquanto no Itaú Cultural começam às 21h ao longo da semana, e às 19h no último dia.

 

Mostra Internacional de Dança de São Paulo (MID-SP)

 

A primeira edição da MID-SP, programação realizada em parceria entre a Associação Pró-Dança e o Itaú Cultural, conta com uma Mostra de Espetáculos, com o fórum Encontros e Diálogos e a sessão de exibição de videodanças Dança Viva, que reúnem trabalhos do Brasil (Natal, Curitiba, Goiânia, Petrolina, Rio de Janeiro, São José dos Campos e São Paulo) e de outros países (Argentina, Chile, França e Estados Unidos). Entre os internacionais está Measurable Existence, da americana Yin Yue Dance Company, que fecha a mostra. Esse espetáculo de dança contemporânea investiga como um indivíduo pode descobrir suas características individuais ao perceber outras pessoas ao redor. Os espetáculos são gratuitos e contam com interpretação em Libras. No espetáculo de estreia, terá também audiodescrição.

 

Com direção artística de Inês Bogéa, a MID-SP abre espaço para a vivência de um recorte da dança no nosso tempo, em três eixos interligados: Fruição, Formação e Fomento, palavras que representam diferentes aspectos e ações no mundo da arte em um projeto que celebra a diversidade da dança como expressão artística. "A formação é o processo de aprendizado e desenvolvimento artístico. A fruição é a experiência de apreciação estética e emocional. E o fomento é o suporte e incentivo para a produção e difusão artística. Juntas, essas palavras desempenham um papel crucial na criação, disseminação e valorização da arte em todas as suas formas.", comenta a diretora.

 

A MID-SP tem curadoria de Marcela Benvegnu, com a colaboração do Itaú Cultural nas duas primeiras noites, e apresenta 11 trabalhos de diferentes linguagens, como jazz dance, dança flamenca, balé neoclássico, dança contemporânea e dança afro-diaspórica. "A Mostra celebra a diversidade e a riqueza desta arte em obras que refletem a pluralidade artística e cultural da dança, tanto do Brasil, quanto do exterior", comenta a curadora. "A cada noite serão apresentados trabalhos que criam um diálogo de linguagens e linhas estéticas para podermos pensar a pluralidade de estilos e corpos, que muitas vezes não têm espaço em grandes festivais", complementa Marcela.

 

A programação também destaca a Mostra de Videodanças Dança Viva, com curadoria de Charles Lima e Daniel Reca, que exibe 16 trabalhos de diferentes estados do Brasil e de países como Argentina, Chile e França. Já no fórum Encontros e Diálogos, com curadoria de Sayonara Pereira, serão abordados temas como processos criativos, produção em dança e circulação de grupos e companhias de dança, além de abrir espaço para um pitch online, onde grupos de dança do Brasil podem apresentar brevemente seus trabalhos. Para preservar a memória da dança, ao longo da mostra serão gravadas entrevistas e depoimentos, que posteriormente serão disponibilizadas no Dança Viva.

 

A Mostra Internacional de Dança é realizada pelo Ministério da Cultura e a Associação Pró Dança via Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução. Patrocínio Itaú. Apoio Giuliana Flores.

 

Semana Paulista de Dança

 

A Semana Paulista de Dança é uma colaboração consolidada desde 2018 entre o MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand e a Studio3 Cia. de Dança com o propósito de aproximar a cidade da dança e da cena contemporânea, por meio de uma programação diversa e gratuita, no MASP Auditório.

 

Para representar o país de Norte a Sul, a 6ª edição da Semana Paulista de Dança conta com a presença de companhias do Rio de Janeiro, Jundiaí, Goiânia, Caxias do Sul, São Paulo, Natal e Belo Horizonte. A agenda do evento terá uma noite dedicada a solos, duos e trios, com a participação de Thiago Soares, ex-primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres. Essas apresentações permitirão ao público observar as nuances de estilos e linguagens coreográficas, como a intimidade de um solo e a dinâmica de um trio. O evento também terá sucessos de público como o espetáculo FRANCISCO(S), obra coreográfica com canções de Chico Buarque e arranjos de Francis Hime, que apresenta intensa carga poética, enfocando os vários aspectos da obra dos autores: o lírico, o poético, a reflexão sobre o Brasil e sua pluralidade.

 

"A Semana Paulista de Dança mantém o compromisso de sempre trazer novidades e apresentar um panorama das melhores produções da dança brasileira. Nos propomos a ampliar o alcance e o impacto da dança na sociedade estimulando novos olhares sobre os caminhos que essa arte pode traçar. Nesta edição, mais uma vez trazemos uma programação diversificada e representativa de todo o Brasil, com espaço para novos talentos e artistas consagrados", afirma Anselmo Zolla, curador da Semana Paulista de Dança e diretor artístico do Studio3 Cia. de Dança.

 

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"Fábulas Fabulosas" aborda temas urgentes como consumo consciente, alimentação saudável e relação com mundo digital; obra será lançada dia 22 de junho em São Paulo

Num mundo onde as telas disputam cada minuto da atenção infantil, como resgatar o encanto das histórias que se lêem (e se vivem) com os cinco sentidos? Essa é a proposta de "Fábulas Fabulosas" (60 págs., 2025), da escritora, jornalista e artista Titila Tornaghi, obra que conta com uma história ("O Ladrão do Tempo") finalista do Prêmio UBE de Literatura Infantil 2024. O livro é mais do que um livro, trata-se de um convite à experiência: uma coletânea de contos, poemas e atividades manuais que abordam com humor e sensibilidade temas urgentes como consumo consciente, alimentação saudável e nossa relação com a tecnologia.

A obra será lançada na Bienal do Rio de Janeiro. No dia 18 de junho, a autora estará no espaço do coletivo Escreva, Garota em sessão de autógrafos das 13h às 15h, e no dia 19, às 11h, no estande da editora Arpillera. Já a participação na Feira do Livro de São Paulo será no dia 22 de junho, das 12h às 14h. E na Flip, o lançamento está confirmado para 30 de julho, das 13h às 17h. Ambos no espaço do Escreva, Garota.

A autora traz para a literatura infantil a mesma versatilidade que marcou sua carreira. Nascida no bairro do Leme, no Rio de Janeiro, Titila (que como jornalista assina Cecilia Tornaghi) começou no programa Viva o Gordo ao lado de Jô Soares, rodou o Brasil com teatro independente e, após se mudar para os EUA em 1994, construiu uma sólida trajetória no jornalismo econômico – passou 13 anos na Bloomberg TV e comandou revistas como Latin Finance e Americas Quarterly. Agora, ao lançar "Fábulas Fabulosas", completa um círculo: "É o retorno da Titila à superfície, querendo compartilhar com as crianças de hoje a alegria que é ler e brincar de fazer coisas".

Celebração da imaginação infantil

"A imaginação é um bem precioso, e precisa de espaço para se desenvolver, precisa de tempo livre, sem telas. Precisa até de um pouquinho de solidão!", reflete a autora, cuja trajetória atravessa palcos, redações e agora as páginas coloridas da literatura infantil. Entre as pérolas do livro estão "O Ladrão de Tempo" – uma fábula moderna sobre celulares que "sequestram" horas de brincadeira –, "João, o Rei do Fogão" (história inspirada em suas próprias aventuras culinárias como mãe) e "O Lixinho Sonhador", versão revisada de seu primeiro livro infantil, que fala de reciclagem com poesia.

O projeto é profundamente pessoal: "'Fábulas' é um presente para a minha menina interior", confessa Titila. A obra funciona como uma espécie de álbum de memórias criativas, reunindo textos escritos ao longo de três décadas – desde os anos 1990, quando viajava com o grupo teatral Lanavevá, até seu período como jornalista em Nova York. As ilustrações e atividades propostas (como criar brinquedos com material reciclado ou inventar histórias a partir de sons) homenageiam publicações que marcaram sua infância nos anos 1960/70: "A Revista Recreio na primeira versão, lançada em 1969, foi sem dúvida uma das minhas maiores influências, ao me apresentar a autores como Ruth Rocha e Ana Maria Machado".

O livro chama atenção pela abordagem que combina entretenimento e reflexão. Em "Memórias de uma Lagarta" (baseado na primeira peça que interpretou no teatro) e "Os Trigêmeos" (sobre irmãos com personalidades vibrantes), a autora prova que é possível falar de autoconhecimento e diversidade sem didatismo.

Escritora, que também é roteirista, transporta seus ambientes de trabalho para dentro de uma trama recheada de amor e segundas chances

“De inimigos a amantes”, em poucas palavras, é o que define o cerne de “O Roteiro do Amor” (Verus Editora), quinto livro da escritora e roteirista Ray Tavares, que traz para dentro das páginas da obra dois universos muito familiares para ela: a literatura e o audiovisual. O livro foi o destaque da quinta caixa do Clube de Romance da Verus e, posteriormente, estará disponível  para venda nas principais livrarias e marketplaces.

Verônica Nakamura, protagonista de “O Roteiro do Amor”, é uma autora que não abre mão de nenhuma cena da sua história. Em seu caminho, porém, aparece um roteirista arrogante que topa o trabalho aparentemente impossível de fazer o filme baseado no seu mais recente livro. Será que passar um mês morando juntos vai amolecer o coração dos dois?

 

Foi muito gostoso poder fazer um romance entre uma autora e um roteirista, mundos que a primeira vista podem parecer similares, mas que são tão diferentes. Pude explorar um pouco as delícias e os perrengues de ambas as carreiras!” – Ray Tavares, roteirista e escritora

 

Prestes a dar fim à tentativa de fazer a adaptação, em caráter de última tentativa para não perder o investimento, a produtora contrata Daniel Ortega, um roteirista experiente e arrogante que promete fazer o filme acontecer. Para isso, ele vai viver um mês na cidade em que a história se passa. Mas Verônica jamais deixaria que um roteirista cínico, que não entende nada de histórias de amor, fizesse o trabalho sozinho. Assim, eles viajam juntos para uma mansão em Atibaia, onde vão precisar deixar as diferenças de lado se quiserem que ‘A trilha do coração’ ganhe as telas.

Entre sessões compartilhadas de escrita, alfinetadas e drinques na piscina, Verônica começa a conhecer um outro lado de Daniel, mais suave e interessante. Mas será que ela está pronta para sair do roteiro que criou para o próprio coração?

 

Estamos acostumados a consumir romances sobre os bastidores da literatura e do audiovisual norte-americano; eu quis trazer uma visão brasileiras dessas indústrias, e, quem sabe, inspirar mais autores a ambientarem suas histórias no Brasil, e, quem sabe, se interessarem em trabalhar na área!” – Ray Tavares, roteirista e escritora

 

Neste, que é seu livro mais “adulto”, Ray busca atingir públicos mais maduros com diálogos e cenas mais picantes. “Acredito que o público que lê meus livros cresceu, amadureceu e, com isso, minha escrita pode seguir esse mesmo rumo”, esclarece a autora. “O Roteiro do Amor”, diferente de seus lançamentos anteriores, feitos pela Galera Record, agora, é lançado pela Verus, selo romântico do Grupo Editorial Record.

 

 

Serviço:

Livro: O Roteiro do Amor

Autora: Ray Tavares (@rayctjay)

Páginas: 294