Confira a programação de fevereiro do Museu da Língua Portuguesa

Cultura
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Instituição promove atividades lúdicas para crianças aos domingos e se despede da mostra Línguas africanas que fazem o Brasil

Em fevereiro, o Museu da Língua Portuguesa prepara ações especiais aos domingos para as crianças e suas famílias. Trata-se do Domingo no Museu, no qual, a cada semana, haverá contação de histórias, mediação de leitura e espaços para o livre brincar, com entrada gratuita. O mês também marca a despedida da mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil, que ficará em cartaz até 9 de fevereiro. Localizado no prédio da Estação da Luz, o Museu é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. 

O Museu funciona de terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até as 18h). Aos sábados e domingos, a entrada é gratuita. De terça a sexta-feira, o ingresso custa R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia), com gratuidade para crianças até 7 anos de idade todos os dias. 

No dia 2 de fevereiro, o Núcleo Educativo dá o pontapé inicial no Domingo no Museu. A cada semana, os educadores e educadoras vão promover uma atividade diferente, sempre das 13h às 14h30, no Pátio B, com entrada gratuita. No primeiro domingo do mês, a atração será a contação dos contos O poder do tamborzinho de IbejiBatá, o tambor dos grandes leopardos; e O primeiro tambor salvou o mundo. Será uma ação bilíngue – em português e Libras. 

No dia 9, a atividade oferecida será a Monte sua história de cordel com leitura do livro J. Borges – 80 anos e produção de histórias com carimbos tendo como inspiração ilustrações em xilogravura. Já nos dias 16 e 23 de fevereiro, haverá leituras dos livros O Conto da Ilha Desconhecida, de José Saramago, e Falando Banto, de Eneida Duarte Gaspar, respectivamente. 

A partir do dia 16, um espaço de livre brincar, para crianças de todas as idades, será montado para o Domingo no Museu. Jogos estarão espalhados pelo Pátio B e pela Calçada das 11h às 16h. Não será preciso retirar ingresso e nem pagar nada: só chegar e começar a brincar. 

Despedida 
O mês de fevereiro marca a despedida de Línguas africanas que fazem o Brasil. Em cartaz desde maio de 2024, a mostra ficará em cartaz até 9 de fevereiro. 

Com curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana, enaltece a presença de línguas como iorubá e quicongo, as duas oriundas de África, no português falado no Brasil. Em uma sala interativa, os visitantes são surpreendidos ao falar em voz alta palavras como afoxé e acarajé. Há também obras de artistas contemporâneos como Aline Motta e Rebeca Carapiá.

A exposição temporária Línguas africanas que fazem o Brasil conta com o patrocínio máster da Petrobras; patrocínio do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, do Instituto Cultural Vale e John Deere Brasil, e com apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra, por meio do Instituto Ultra, e da CAIXA – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.   

Não perca 
No Pátio B, a mostra temporária Vidas em Cordel segue em cartaz até 30 de março. A exposição dá espaço a histórias de vida de pessoas comuns e famosas, entre elas Ailton Krenak, escritas e narradas no formato de literatura de cordel. Além disso, destaca a relevância do cordel, sobretudo no nordeste do país, e como esta cultura influenciou nomes como o músico Luiz Gonzaga, o poeta João Cabral de Melo Neto e o cineasta Glauber Rocha. Com curadoria do poeta e cordelista Jonas Samaúma, do cordelista e pesquisador do folclore brasileiro Marco Haurélio, e da xilogravadora Lucélia Borges, é um projeto correalizado com o Museu da Pessoa. 

As visitas com o Núcleo Educativo pela exposição principal e pelo prédio da Estação da Luz são outras boas dicas aos visitantes. O passeio especial pela exposição principal acontece às 10h e às 13h, tanto no sábado quanto no domingo. Com duração de cerca de 1 hora, ela destaca determinados elementos das experiências da exposição principal que joga luz na diversidade da língua portuguesa falada no Brasil e em outras partes do mundo. 

Já a visita ao prédio da Estação da Luz, que acontece aos sábados e domingos, às 11h e às 15h, permite que o visitante passe por espaços do Museu que, no dia a dia, não tem acesso. Entre eles, a área administrativa, local de acesso restrito aos funcionários, que mantém a arquitetura e os ornamentos originais de 1901, pois não foi atingida nem pelo incêndio de 1946, nem pelo de 2015. 

Os grupos, para ambos os passeios, são formados 15 minutos antes de seu início, no Pátio A, perto da bilheteria.  

Virtual 
No dia 24 de fevereiro, o Centro de Referência do Museu da Língua Portuguesa vai realizar o encontro virtual Museu na Sua Escola: acervo de museus e experiências com redes municipais de ensino. A atividade vai acontecer das 19h30 às 21h pelo Zoom. As inscrições, gratuitas, já estão abertas e podem ser feitas neste link

Nesta ação, serão apresentadas possibilidades de uso em sala de aula do acervo do Museu da Língua Portuguesa por meio da utilização dos objetos digitais de aprendizagem, os ODAs, desenvolvidos por professores em parceria com o Centro de Referência do Museu. No ano passado, foram produzidos os ODAs Uma terra de muitas vozes e Feijoada de Palavras com professores e professoras das redes municipais de Guarulhos, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, São José dos Campos, São Sebastião e Suzano. 

Com apresentação da supervisora do Centro de Referência do Museu da Língua Portuguesa, Luiza Magalhães, o evento contará com a presença das convidadas Pâmela Araújo, professora da prefeitura de São José dos Campos; e Maria da Gloria de Carvalho e Silva Estevam Guimarães, professora de Guaratinguetá. 

Oportunidade 
Artistas iniciantes têm até o dia 11 de fevereiro para se inscreverem para a quarta edição do Plataforma Conexões do Museu da Língua Portuguesa. O projeto, que visa apoiar e dar visibilidade a projetos de artistas e grupos iniciantes, selecionará dez trabalhos em 2025, em áreas como dança, literatura, música, performance e multilinguagem. O tema do ano é Falares Brasileiros, o mesmo da próxima exposição temporária do Museu.  

Os escolhidos terão a oportunidade de apresentar seus trabalhos nos espaços do museu e da Estação da Luz, em performances gratuitas para o público. 

Podem participar do processo artistas solo ou grupos, pessoas físicas, jurídicas ou integrantes de cooperativas que residem em qualquer lugar do Brasil. Cada trabalho selecionado receberá a verba de R$ 8.000. Com esse recurso, os artistas ou grupos deverão cobrir gastos como transporte, hospedagem e eventual aquisição ou locação de materiais, entre outras despesas, considerando uma apresentação presencial no Museu. O resultado será anunciado no dia 10 de março no site do IDBrasil, organização social gestora do Museu da Língua Portuguesa. Mais informações neste link

Em outra categoria

Em meio a um cenário de otimismo cauteloso, o turismo brasileiro vive um novo momento em 2025. Impulsionado pela valorização do turismo sustentável, pelas viagens de experiência e pela alta do dólar, que favorece o turismo doméstico, o setor registra uma recuperação robusta e cheia de oportunidades.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do setor cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques estão o Nordeste e o Centro-Oeste, que têm atraído visitantes em busca de ecoturismo, cultura regional e gastronomia típica.

A força do turismo interno

Com o dólar oscilando acima dos R$ 5,50, muitos brasileiros estão optando por conhecer melhor o próprio país. Destinos como Jalapão (TO), Chapada Diamantina (BA) e Alter do Chão (PA) estão no topo das buscas, segundo dados recentes da plataforma de viagens Booking.com.

“Estamos percebendo um novo perfil de turista, mais consciente e interessado em experiências autênticas, longe das multidões e com maior contato com a natureza”, afirma Paula Rezende, diretora de marketing de uma agência de viagens especializada em roteiros personalizados.

Turismo sustentável em alta

Outro destaque de 2025 é o crescimento do turismo sustentável. Projetos de hospedagem ecológica, trilhas com guias locais capacitados e parcerias com comunidades tradicionais estão se tornando diferenciais importantes na hora de escolher um destino.

A cidade de Bonito (MS), por exemplo, implementou um sistema de controle de visitantes em suas principais atrações naturais, equilibrando preservação ambiental e geração de renda para a população local.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

A tecnologia também tem papel de protagonista na retomada do setor. Aplicativos de roteiros personalizados, guias virtuais com inteligência artificial e o uso de realidade aumentada em museus e atrações têm melhorado a experiência dos turistas e ajudado a descentralizar o fluxo de visitantes.

“A integração de ferramentas tecnológicas permite que o turista tenha mais autonomia, segurança e acesso a informações atualizadas em tempo real”, destaca Rafael Oliveira, pesquisador em turismo digital da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Perspectivas para o futuro

O cenário para o turismo em 2025 é promissor, mas requer atenção à qualificação da mão de obra, infraestrutura de acesso e políticas públicas de incentivo ao turismo sustentável.

Com a chegada do segundo semestre, o setor se prepara para a alta temporada e aposta na diversificação de roteiros e no fortalecimento do turismo de base comunitária como pilares de um crescimento duradouro.

O ano de 2025 está sendo generoso para quem busca por uma brecha no calendário para viajar. Isso porque há quatro feriados prolongados e oito pontos facultativos nacionais, que é quando as empresas podem ou não liberar os funcionários. O primeiro prolongado aconteceu em abril, mas durante todo o ano há oportunidades para viajar, e os roteiros de turismo sustentável vem ganhando espaço na agenda do brasileiro. Além de serem opções responsáveis e que se preocupam com o meio ambiente, quem os realiza também ganha ao se conectar com a natureza.

O ecoturismo cresce cerca de 20% todos os anos no Brasil, de acordo com o Brasilturis. Um dos motivos pela escolha da modalidade são os benefícios, principalmente ao bem estar mental e na conexão com si mesmo. É comprovado que a exposição à natureza diminui o estresse, regulando os níveis de cortisol no corpo e baixando a pressão arterial. A rotina do dia a dia faz com que seja difícil parar para contemplar um fim de tarde, o cair da chuva, o cantar dos pássaros ou pisar na grama e, assim, esquecemos o quão bom esse contato pode fazer. 

“Viagens em meio a natureza são como uma terapia em meio a um mundo digital, cheio de telas e obrigações profissionais. O ecoturismo vem se tornando um estilo de vida para aqueles que priorizam qualidade de vida, na qual saúde física e mental são inegociáveis”, ressalta Cecília Fortunatti, cofundadora da VaiViver - Ecoturismo e Aventura. 

Para quem busca uma pausa da rotina agitada das cidades, a VaiViver — iniciativa voltada para viagens com propósito — criou roteiros com saídas exclusivas durante os feriados prolongados. Em maio, no Dia do Trabalho (01), acontecem as primeiras expedições para explorar mais de 150 cachoeiras escondidas no coração da Serra da Canastra, em Delfinópolis (MG). Já em junho, durante o feriado de Corpus Christi, o destino é Nobres (MT), no coração do cerrado mato-grossense. 

Foco na experiência

Buscando mais do que apenas um destino, e sim vivências transformadoras em meio à natureza, Sandra de Araujo Rodrigues, de 53 anos, decidiu romper barreiras pessoais e encontrou na VaiViver a segurança e o acolhimento necessários para viajar sozinha pela primeira vez. Após o divórcio e em busca de um novo ciclo de vida, ela escolheu a Chapada dos Guimarães como ponto de partida para essa jornada. Lá, além de se reconectar consigo mesma, fez amizades e viveu momentos que marcaram sua trajetória. Foi nessa viagem que surgiu o convite para comemorar seu aniversário, em 2022, na Chapada das Mesas — uma experiência que, segundo ela, mudou sua vida. “Você tem noção do que foi iniciar um novo ciclo na Chapada das Mesas? Foi simplesmente emocionante”, conta.

A experiência com a VaiViver foi um ponto central na jornada de transformação de Sandra. Desde o início, ela se sentiu segura e amparada para explorar atividades que jamais imaginou realizar — como tirolesa e passeios por cachoeiras, mesmo sem saber nadar. “Pode ter certeza que o meu ciclo, que se iniciou naquele período, foi um dos mais lindos que eu tive”, relembra. Segundo ela, o cuidado e o suporte da equipe fizeram toda a diferença: “É uma das empresas que dá mais segurança, principalmente para a mulher que viaja sozinha. Quando ela fala assim: ‘quero que você só se preocupe em fazer a mala’, é exatamente isso”, complementa.  

Opções para o Dia do Trabalho

A VaiViver oferece um roteiro de quatro dias para a cidade, que é ideal para quem busca uma imersão profunda no ecoturismo. Iniciando na quinta-feira (01), o grupo se reúne em São Paulo (SP), na estação Vergueiro com a equipe e segue direto para a pousada. A aventura começa na sexta-feira, após um típico café mineiro, com pão de queijo e café quentinho. 

Para os amantes de queijo, o roteiro contempla uma parada em diversas queijarias premiadas para provar o queijo canastra e conhecer um pouco mais da região. Os viajantes ainda adentram o Parque Nacional da Serra da Canastra, recebendo as boas energias da água sagrada e conhecendo a biodiversidade local. O destino é uma opção repleta de belezas naturais e trilhas, indicadas para iniciantes no esporte e com nível de preparação baixo. Ao total, são aproximadamente 12 km de trilhas divididos durante o roteiro, mas sem grandes desníveis. 

Quem escolhe Delfinópolis como destino conhece ainda o Condomínio de Pedra, Vale da Gurita, Complexo do Ouro e do Claro e lindas cachoeiras, como a Cachoeira do Tombo, da Gruta e Tenebroso. Está incluído no roteiro todos os passeios e tickets de entrada, transfer ida e volta da sua cidade de origem em ônibus semi leito, transfer em 4x4 para os passeios na Serra, ônibus rural, hospedagem em pousada em Delfinópolis - próxima ao centrinho e barzinhos -, e as principais refeições com típicos cafés e almoços mineiros. 

 

Com uma rica herança africana presente na cultura, na história e na gastronomia, o Rio de Janeiro foi eleito o Melhor Destino Nacional de Afroturismo durante a 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14.04), em São Paulo. O anúncio foi feito na World Travel Market Latin America (WTM-LA) - um dos mais relevantes eventos globais do setor turístico. A premiação é promovida pela plataforma Guia Negro, que tem a valorização das raízes afro-brasileiras como um de seus pilares estratégicos.

A escolha do Rio reforça o papel da cidade na valorização da cultura afro e no fortalecimento de experiências turísticas ligadas à ancestralidade. Entre os roteiros destacados pelo júri estão a Pequena África, na região portuária, e o bairro de Madureira – trajetos que resgatam e celebram a contribuição da população negra na formação da identidade carioca.

Outro reconhecimento importante foi para o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), localizado na Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi premiado como a Melhor Atração Turística do segmento, sendo descrito pelos jurados como um “local de resistência”, dedicado à preservação, promoção e celebração da cultura afro-brasileira, por meio de exposições, rodas de conversa e atividades culturais.

A premiação também reconheceu outros esforços que impulsionam o afroturismo no Brasil. São Luís (MA) foi destaque pelos investimentos no setor, recebendo o título de Destaque Guia Negro. A turismóloga Thaís Rosa Pinheiro, fundadora da agência Conectando Territórios e consultora do Ministério do Turismo, foi eleita a melhor profissional do segmento. 

ROTAS NEGRAS - O fortalecimento do Afroturismo também se reflete nas políticas públicas voltadas para a promoção internacional do Brasil. Como parte desse esforço, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outros órgãos do Governo Federal, lançou o Programa Rotas Negras.

A iniciativa tem como objetivo fomentar experiências turísticas que valorizem a ancestralidade africana em diferentes territórios – urbanos e rurais –, impulsionando oportunidades de inclusão e protagonismo para as populações negras. Com foco na economia criativa, circular e sustentável, o programa também visa fortalecer os destinos turísticos de matriz afro-brasileira presentes no Mapa do Turismo.

Além disso, o Rotas Negras prevê ações voltadas à educação e sensibilização dos turistas sobre a história e a cultura afro-brasileira, à capacitação de comunidades locais na gestão dos seus produtos turísticos e ao enfrentamento de estereótipos, contribuindo para a autoestima das populações envolvidas.