Israel diz que irá invadir Rafah independente do que os Estados Unidos digam

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Um oficial de alto escalão de Israel disse que o exército de seu país vai invadir a cidade de Rafah, no sul de Gaza, e derrotar o grupo terrorista Hamas, mesmo que "o mundo inteiro se volte contra a Israel, incluindo os Estados Unidos".

 

"Nós vamos invadir e finalizar esse trabalho, e qualquer pessoa que não entende isso não entende que um nervo existencial dos judeus foi tocado" pelo ataque de 7 de outubro quando os terroristas do Hamas mataram 1,2 mil israelenses e sequestraram 250, disse Ron Dermer, ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, em um podcast dos Estados Unidos que foi ao ar nesta quinta-feira, 21.

 

Confidente próximo do primeiro-ministro Binyamin Netayahu, Dermer irá para Washington na próxima semana para ouvir as preocupações do governo de Joe Biden de que tal invasão provocaria muito mais vítimas civis em um momento em que a fome e doenças se espalham em Gaza.

 

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, está na região da guerra pressionando por um acordo entre Israel e o grupo terrorista Hamas que iria permitir um cessar-fogo de seis semanas e a troca de reféns por prisioneiros palestinos, juntamente com um grande aumento de ajuda humanitária para os mais de 2 milhões de palestinos na região costeira do enclave.

 

Dermer disse que os Estados Unidos não rejeitaram categoricamente qualquer operação militar de Israel em Rafah. "Eles disseram que sem uma forma credível de retirar uma quantidade massiva de pessoas para fora de Rafah e de lhes fornecer assistência humanitária, não veem como isso pode ser feito de forma eficaz", declarou.

 

"E nós estamos dizendo que nós concordamos com vocês que nós temos que retirar as pessoas, nós concordamos que temos que dar assistência humanitária a eles, e nós acreditamos que podemos fazer isso", disse Dermer.

 

O ministro israelense ainda declarou que está viajando para Washington para ouvir as ideias dos Estados Unidos sobre o que fazer. Houve uma série de discordâncias entre Estados Unidos e Israel sobre a estratégia durante os mais de cinco meses de conflito, mas eles acabaram superando-as, disse. "Você poderia ter uma ruptura sobre Rafah? Poderia. Esperamos que não tenhamos."

 

Nas última semanas, especialmente à medida que a fome e as doenças se espalharam em Gaza sem um plano claro sobre a distribuição de comida, Biden e outros democratas dos Estados Unidos criticaram abertamente Netanyahu e as políticas israelenses. O líder da maioria no Senado americano, Chuck Schumer, apelou a Israel para realizar novas eleições, uma medida que Netanyahu rejeitou.

 

Assim como Netanyahu enfrenta pressão a sua direita, Biden enfrenta pressão pela esquerda, e cada um deles luta pela sobrevivência política.

 

Nenhuma invasão de Rafah parece iminente, uma vez que as reuniões de Washington não ocorreram ainda. Outros fatores como uma potencial trégua e a necessidade de Israel de finalizar e implementar um plano para remover civis de perigo e convocar milhares de tropas para operação também afetarão o cronograma.

 

Mesmo assim, Dermer argumentou que os batalhões e os principais líderes do Hamas que se pensa estarem em Rafah - além dos possíveis 100 reféns - precisam ser derrotados para que o grupo terrorista possa ser removido do poder em Gaza. Até que aconteça, ele diz, outros moradores de Gaza terão medo de avançar como líderes de um enclave pós-guerra. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta sexta-feira, 2, com reuniões no Palácio do Planalto. Às 9h, Lula se encontra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em seguida, às 10h, recebe o ministro da Defesa, José Múcio.

Durante a tarde, o presidente tem audiência às 15h com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Uma hora depois, às 16h, Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete do Presidente da República, Oswaldo Malatesta.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), protocolará nesta sexta-feira, 2, uma representação criminal contra o ministro da Previdência, Carlos Lupi, ao esquema no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

O documento aponta a falta de ação do ministro, mesmo tendo conhecimento prévio do problema, e também pede que a investigação seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF), se houver indícios, além do afastamento de Lupi do cargo.

"Não lhe faltavam atribuições legais e regimentais, nem muito menos ferramentas institucionais, aptas a municiar ações de acompanhamento e controle destinadas a coibir o escândalo de descontos ilegais nas aposentadorias", afirma Zucco.

Entre alguns dos argumentos dados pela oposição, Zucco aponta que Lupi foi informado em junho de 2023, que havia um aumento de denúncias de descontos sem autorização em aposentadorias e pensões do INSS e não tomou providências por dez meses, de acordo com as atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social.

Uma pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que Lupi deveria ser demitido do cargo.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deveria ser demitido do cargo após a crise no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alvo de operação que apura um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

A pesquisa também diz que 84,4% dos brasileiros "acompanharam bem o caso", ante 15,6% que sabem pouco do assunto. O levantamento ouviu mil brasileiros entre esta terça-feira, 29, e esta quinta-feira. A margem de erro é de três pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A pesquisa também ouviu se os entrevistados conhecem ou não pessoas afetadas ou se eles próprias foram lesadas. O resultado mostra que 58% dos brasileiros não foram vítimas e nem conhecem prejudicados; outros 35,6% conhecem quem foi teve descontos indevidos em benefícios do INSS e outros 6,4% foram vítimas.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.