Rússia intensifica ataques contra a Ucrânia na véspera de encontro entre Zelenski e Trump

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Um novo bombardeio russo com mais de 300 drones e 37 mísseis provocou apagões em oito regiões da Ucrânia nesta quinta-feira, 17, incluindo Kiev, segundo autoridades locais. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, acusou Moscou de atacar equipes de emergência que trabalhavam na restauração da rede elétrica.

 

O ataque ocorreu na véspera da reunião de Zelenski com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca. O líder ucraniano planeja pedir ao governo americano o envio de mísseis de longo alcance e o reforço dos sistemas de defesa aérea, além de pressionar por sanções econômicas mais duras contra Moscou.

 

Trump afirmou nesta quinta que conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, e que ambos devem se encontrar em breve em Budapeste, na Hungria, para tentar negociar o fim da guerra. Em publicação na rede Truth Social, o republicano disse acreditar que houve "grande progresso" na conversa e que discutirá o tema com Zelenski na sexta-feira, 17. Fonte: Associated Press*.

 

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta sexta-feira, 17, que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) promova um almoço de aniversário de 15 anos para a filha caçula no sábado, 18, na casa em que cumpre prisão domiciliar.

Foi autorizada a entrada das nove pessoas listadas no pedido da defesa: seis são integrantes do grupo de orações realizado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e as outras são a madrinha da aniversariante; a senadora Damares Alves; e o maquiador Agustin Fernandez.

Na decisão, Moraes ressaltou que "todas as visitas devem observar as determinações legais e judiciais anteriormente fixadas, bem como serão realizadas vistorias nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do réu".

Segundo a petição da defesa de Bolsonaro, apresentado na quinta-feira, 16, a comemoração será um "almoço de cunho familiar, sem qualquer conotação pública ou política", e incluirá também amigos da aniversariante, que são menores de idade e não constam na lista de autorizações.

O ex-presidente está preso em casa desde agosto deste ano, por violação de medidas cautelares no âmbito de inquérito por coação no curso do processo.

Na segunda-feira, 13, Moraes negou um pedido da defesa para revogar a prisão domiciliar. De acordo com o ministro, as medidas cautelares continuam necessárias, destacando-se o "fundado receio de fuga do réu", depois que ele foi condenado a 27 anos e três meses por liderar a trama golpista.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, favorito para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), postou na manhã desta sexta-feira, 17, o desejo de "um fim de semana de paz e esperança". A música "Blowin in the Wind", de Bob Dylan, acompanha a mensagem.

Segundo escreveu no Instagram, a canção "nos chama à serenidade e à escuta interior, mas também a agir diante dos desafios coletivos de justiça e solidariedade".

O ministro também anotou que "os desafios de paz e fraternidade estão por aí, soprados pelo vento, perceptíveis àqueles que têm fé e escutam o coração". Acrescentou que a música "encoraja o espírito humano a atitudes transformadoras".

Na postagem, há três imagens de Messias atuando na Advocacia-Geral da União (AGU).

A expectativa no governo e no Judiciário é que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assine ainda nesta sexta a nomeação de Messias para a cadeira deixada por Luís Roberto Barroso.

O ministro da AGU é hoje é um dos principais conselheiros do presidente para assuntos do Judiciário.

Como em outras nomeações feitas para o STF no mandato atual, Lula tem priorizado os critérios de proximidade e de confiança.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira, 16, a realização de novas diligências no inquérito que apura suposta interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal. A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou a continuidade das apurações.

O inquérito foi instaurado a pedido da própria PGR para investigar possíveis crimes, como falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça e corrupção passiva privilegiada, supostamente cometidos por Bolsonaro.

A investigação teve início após denúncias do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que acusou o então presidente de tentar interferir politicamente na PF. A Polícia Federal concluiu a investigação em 2022. Na época, a PF descartou crimes de Bolsonaro. O procurador da República era Augusto Aras, que pediu o arquivamento do inquérito.

Em ofício ao STF, o atual procurador-geral da República, Paulo Gonet, defende ser "imprescindível que se verifique com maior amplitude se efetivamente houve interferências ou tentativas de interferências" de Bolsonaro em investigações, "mediante o uso da estrutura do Estado e a obtenção clandestina de dados sensíveis".

Segundo o parecer, há indícios de que Bolsonaro buscava obter informações privilegiadas sobre investigações sigilosas que envolviam ele próprio, familiares e aliados.

A PGR cita, entre as provas, o relatório de análise de mensagens de WhatsApp trocadas entre Bolsonaro e Moro, nas quais o então presidente teria afirmado: "Moro, o Valeixo sai essa semana. Isto está decidido. Você pode dizer apenas a forma: a pedido ou ex ofício".

Na conversa, Bolsonaro também compartilhou uma reportagem intitulada "PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas", publicada pelo site O Antagonista, e escreveu: "Mais um motivo para a troca".

Em depoimento à PF, Sérgio Moro relatou que Bolsonaro reclamava da "falta de acesso" a relatórios de inteligência da corporação e pressionava pela substituição do então diretor-geral Maurício Valeixo, além de pedir trocas nas superintendências do Rio de Janeiro e de Pernambuco.