Faixa de Gaza: forças israelenses iniciam preparativos para operação de retorno de reféns

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As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram nesta quinta-feira, 9, em publicação na rede social X, que começaram os preparativos operacionais para colocar em prática o acordo que prevê a libertação dos reféns em poder do Hamas na Faixa de Gaza. Os militares disseram que realizam "ajustes de posicionamento e revisões de protocolos de combate para a nova fase".

Segundo as forças israelenses, o chefe do Estado-Maior orientou as tropas a reforçarem as defesas e a manterem prontidão "para qualquer cenário". As movimentações devem ocorrer de forma gradual, seguindo as etapas do acordo e com atenção à segurança dos soldados.

A IDF informou ainda que se prepara para conduzir a operação de retorno dos reféns "com sensibilidade e profissionalismo" e que continuará atuando para cumprir os objetivos da guerra e proteger os cidadãos de Israel.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), publicou um vídeo nas redes sociais acusando o PT de promover uma "ampla campanha de desconstrução de reputação" contra ele. Na gravação, o chefe do Executivo paulista afirmou que "beira o absurdo" o partido de Lula apontá-lo como responsável por articular contra a medida provisória que previa alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), derrubada ontem pela Câmara. Tarcísio disse ainda que o governo precisa parar de "inventar culpado" e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, "deve ter vergonha".

"Há meses, a gente vem sendo alvo de uma ampla campanha de desconstrução de imagem, reputação, por parte do PT", iniciou o governador, cotado para disputar a Presidência em 2026. "Agora, o PT quer me acusar de ter trabalhado para evitar que o governo cobre mais impostos da população. Estou trabalhando por São Paulo, para mudar a vida das pessoas, para fazer a diferença."

Na quarta-feira, 8, Tarcísio negou ter ligado para deputados para pedir votos contra a MP. Poucas horas depois, porém, foi desmentido em plenário pelo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que agradeceu publicamente seu empenho na articulação contra a medida.

Como mostrou o Estadão, Lula e Tarcísio travaram uma disputa nos bastidores em torno da medida provisória, que poderia elevar a arrecadação do governo em cerca de R$ 17 bilhões em 2026, ano eleitoral. Deputados relataram ter recebido ligações tanto do presidente quanto do governador paulista.

No vídeo, um dos mais duros contra o partido de Lula até agora, Tarcísio acusou o PT de "jogar uns contra os outros" e disse que nem ele, nem a população, apoiariam a medida provisória. O governador também fez ataques ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seu adversário na eleição para o Palácio dos Bandeirantes em 2022.

"Vamos parar de inventar culpado. Tenha vergonha, Haddad. Respeite os brasileiros. Cortem gastos. Pensem que a gente precisa governar, a gente precisa sair do palanque", declarou.

Integrantes do PSD dizem acreditar que a possível candidatura de Ratinho Júnior, atual governador do Paraná e pré-candidato à Presidência da República, tem potencial para dificultar o apoio regional de algumas lideranças do partido identificadas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ratinho está colocado na disputa presidencial há alguns meses, mas o recente arrefecimento da candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez a indicação do nome do governador paranaense ganhar mais força nos bastidores de Brasília.

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) conversou com ministros e lideranças do PSD nas últimas semanas. A percepção é que, caso Ratinho seja candidato no ano que vem, lideranças regionais, até as mais próximas ao PT, seriam constrangidas a apoiar o candidato de seu próprio partido.

Não significa obrigação. Em 2022, o MDB, mesmo com a candidatura de Simone Tebet, viu seus integrantes declararem voto em Lula já no primeiro turno. No caso de Ratinho, no entanto, o que muda é a chance, ainda incerta, de o governador receber apoio de partidos de centro e do bolsonarismo para enfrentar o PT.

Simone tinha pouquíssima chance de romper a polarização entre direita e esquerda. O MDB contou com apoio apenas da federação PSDB-Cidadania e do Podemos, partidos que, juntos, elegeram 34 deputados. Ratinho conta com a ausência de um nome do bolsonarismo para 2026 - Jair Bolsonaro está inelegível e deve insistir na candidatura, mesmo sem chances de concorrer - e com o alcance de seu nome, principalmente quando associado ao de seu pai, o apresentador de TV Ratinho.

Lideranças que hoje apoiam publicamente o presidente da República dizem que, caso Ratinho seja candidato a presidente, terão de apoiar o correligionário em vez do petista. Esse compromisso partidário tem potencial para reduzir o alcance de Lula nos Estados, embora o debate político seja cada vez mais nacionalizado e menos focado na esfera regional.

Caso a empreitada de Ratinho não tenha sucesso, a tendência é que as lideranças regionais do PSD apoiem os candidatos que preferirem na disputa presidencial. Contudo, o partido ficará neutro na campanha. A possibilidade de aliança com outro candidato, como Tarcísio, está na mesa.

Integrantes do partido que apoiam Lula, porém, já indicaram à cúpula do PSD que o compromisso de apoiar um adversário do petista só vale no caso de um correligionário. Na hipótese de candidatura de Tarcísio, por exemplo, ministros e parlamentares do PSD que apoiam Lula devem continuar ao lado do petista, mesmo que a sigla esteja em outra coligação.

O PSD tem atualmente três ministérios: o da Agricultura, com Carlos Fávaro (MT); o de Minas e Energia, com Alexandre Silveira (MG); e o da Pesca, com André de Paula (PE). Na virada de 2024 para 2025, o nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) chegou a ser cotado para ocupar alguma pasta após ele deixar a presidência do Senado. A hipótese, porém, foi deixada de lado.

O próprio Pacheco vive um impasse em Minas. Lula tem sugerido publicamente que ele seja candidato ao governo do Estado. O senador ainda não decidiu. Estão em seu horizonte as possibilidades de ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) ou de tentar a reeleição ao Senado. Um elemento novo nessa equação é a provável filiação do vice-governador Mateus Simões, aliado de Romeu Zema (Novo), ao PSD, o que pode dificultar a perspectiva de apoio ao presidente em Minas.

Até o momento, Lula conta com apoio em Estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Piauí, Amazonas e Ceará. Por outro lado, as lideranças de Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Goiás estão mais próximas do bolsonarismo.

A estratégia do PSD de tentar eleger o maior número possível de deputados federais - o que garante fatia maior na divisão do fundo partidário - dificulta a aliança formal com outras siglas e prejudica esse tipo de diretriz para todos os diretórios.

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o período entre 17 e 24 de outubro o julgamento sobre o restabelecimento do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), em meio à crise provocada pela contaminação de bebidas alcoólicas com metanol no País.

O sistema, extinto em 2016 pela Receita Federal, monitorava o volume de produção de refrigerantes, cervejas e águas. O processo será analisado em plenário virtual, sem discussão entre os ministros.

Em abril deste ano, o ministro Cristiano Zanin suspendeu os efeitos da decisão do TCU que obrigava o retorno do Sicobe. Para o magistrado, a medida criaria um benefício tributário sem previsão orçamentária, o que violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O Sicobe foi desativado em dezembro de 2016, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, por determinação do Ministério da Fazenda. A decisão levou em conta o fim do contrato com a empresa responsável, o alto custo de manutenção, estimado em R$ 1,5 bilhão, e investigações da Polícia Federal que identificaram pagamento de propinas de cerca de US$ 15 milhões e direcionamento do contrato à empresa sueca Sicpa.

Em 2021, a Sicpa firmou acordo de leniência, reconheceu as irregularidades e devolveu R$ 762 milhões aos cofres públicos. No ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a reativação do sistema, decisão contestada pela União, que levou o caso ao STF. O sistema não avaliava a qualidade das bebidas, somente o volume produzido para fins de tributação.

A discussão sobre o Sicobe ocorre em meio à crise de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas. Segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado na quarta-feira, 8, o número de casos confirmados chegou a 24, sendo 20 em São Paulo, 3 no Paraná e 1 no Rio Grande do Sul.

Outros 235 casos estão sob investigação, a maioria concentrada em São Paulo, com 181 registros. O número de mortes confirmadas subiu para cinco, todas em municípios paulistas: três na capital, uma em São Bernardo do Campo e outra em Osasco.