Trump considera tirar US$ 3 bilhões em verbas da Harvard e doá-los para escolas técnicas

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira, 26, que está considerando retirar US$ 3 bilhões em verbas da Harvard e "doá-los para escolas técnicas em todo o nosso país", reiterando alegações de que a universidade americana é "muito antissemita". "Que grande investimento seria para os EUA, e tão necessário!", escreveu o republicano, na Truth Social.

 

Em outra publicação, Trump disse que ainda espera listas de estudantes estrangeiros da Harvard para determinar "quantos lunáticos radicalizados, criadores de problemas, não devem ter entrada permitida novamente" nos EUA. "Harvard está muito lenta para apresentar esses documentos, e provavelmente por boas razões!", pontuou, acusando a universidade de comprar o "melhor juiz (para eles!)". "Mas não temam, o governo irá, no fim, VENCER!"

 

Na sexta-feira, 23, um juiz federal barrou temporariamente a tentativa do governo Trump de impedir matrículas de novos estudantes estrangeiros em Harvard. A universidade entrou com dois processos contra as medidas do republicano. Contudo, enquanto Harvard busca alívio nos tribunais, professores e administradores estão elaborando planos de contingência e se preparando para uma guerra prolongada, tendo em vista que o governo tem muitas ferramentas à disposição para pressionar as finanças da universidade enquanto as disputas judiciais se arrastam.

 

*Com informações da Dow Jones Newswires.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu neste domingo, 3, que nas próximas eleições o Partido dos Trabalhadores (PT) busque uma quantidade maior de cadeiras no Congresso Nacional, e falou sobre a importância de ter uma maioria sólida no Legislativo. "Se depender só de nós ou de quem nos apoia, não aprovamos nada no Congresso. Quando mando uma MP Medida Provisória, mando sabendo o número de votos que tenho", afirmou Lula durante o 17º Encontro Nacional do PT.

Em seu discurso, Lula afirmou que nas últimas eleições o PT elegeu apenas 70 dos 513 deputados. "É muita diferença. Se o PT fosse tão bom quanto achamos que somos, teríamos eleito ao menos 140 em 2022."

Apesar disso, o presidente ainda afirmou que mesmo em meio à composição adversa do Congresso conseguiu aprovar a reforma tributária.

Presenças

No início de sua fala, Lula fez menção à presença de Delúbio Soares e José Dirceu, que foram alvo de processos na Justiça associados ao escândalo do Mensalão e às investigações da Lava Jato, mas conseguiram absolvições pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Ninguém esqueceu a teoria do domínio do fato, a gente só não fala disso", disse o presidente da República, em referência à tese jurídica encampada para justificar a condenação dos petistas naquela ação.

Lula também afirmou que o PT é sempre o primeiro ou segundo colocado nas eleições desde que o País retomou o direito de votar para presidente, mas que é preciso reparar erros que foram cometidos "para não repeti-los".

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) organizam neste domingo, 3, uma série de atos pelo País em defesa do ex-presidente e críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Sob o mote "Reaja, Brasil", a manifestação marcada para São Paulo acontecerá na Avenida Paulista, um dos principais pontos turísticos da capital. O ato está previsto para começar a partir das 14h.

Bolsonaristas avaliam que o momento é oportuno para a manifestação por causa da aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, o que, segundo eles, reforça a narrativa de que o ministro promove censura e perseguição política no Brasil.

A manifestação deste domingo na Paulista foi organizada pelo pastor Silas Malafaia. O ex-presidente não poderá participar do ato por conta das medidas cautelares impostas pelo STF desde o dia 18 de julho, entre as quais um recolhimento domiciliar aos finais de semana.

Para compensar a ausência do ex-presidente nas ruas, familiares dele devem participar em diferentes cidades. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro(PL) estará em Belém, reforçando os atos na região Norte, enquanto o senador Flávio Bolsonaro(PL-RJ) marcará presença no ato em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Essa será a primeira manifestação pró-Bolsonaro após o anúncio de sanções dos Estados Unidos ao Brasil, estimuladas por um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O governo de Donald Trump alegou que Bolsonaro sofre uma "caça às bruxas" e impôs tarifas de 50% às importações brasileiras, além de sancionar o ministro Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky.

Queda de público

O comparecimento aos atos em favor do ex-presidente minguou à medida do avanço da investigação e da ação penal por tentativa de golpe de Estado, da qual é réu. A redução do público é superior a 90%. Em fevereiro de 2024, mais de 125 mil pessoas estiveram presentes na Avenida Paulista. Em 29 de junho, um protesto no mesmo local reuniu 12,4 mil pessoas. Os dados são Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP).

Em 7 de julho, Donald Trump declarou que a ação penal por tentativa de golpe era uma "caça às bruxas" a Jair Bolsonaro. Em 9 de julho, o americano anunciou que taxaria importações brasileiras em 50%. Em 18 de julho, Bolsonaro foi alvo de medidas cautelares por tentar criar "entraves econômicos" ao Brasil em uma tentativa de coagir o curso do processo em que é réu.

Em 29 de julho, o governo Trump impôs a Alexandre de Moraes sanções da Lei Magnitsky. No mesmo dia, oficializou o tarifaço, previsto para iniciar em 6 de agosto. Mais de 600 produtos ficaram de fora da tarifa adicional.

O presidente eleito do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, disse que é preciso "dar todo o apoio ao governo Lula" e que a reeleição do atual governo é mais um passo para derrotar o fascismo no País.

Durante seu discurso no 17º Encontro Nacional do PT, Silva fez críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e listou uma série de posicionamentos que, em sua visão, o partido deve tomar nos próximos anos.

Edinho Silva disse que será preciso ter coragem para enfrentar o debate da segurança pública e formular agenda de transição energética, além de ter programa para a exploração de petróleo na Margem Equatorial e o desenvolvimento para a Amazônia Legal, por um modelo que harmonize com a preservação ambiental.

Outro ponto dito pelo presidente do PT é que será necessário endereçar o debate sobre a exploração das chamadas terras raras. Para Edinho, é o interesse dos Estados Unidos nestes recursos que motivou as ações recentes dos Estados Unidos contra o Brasil. "Esse é o motivo da maior violência diplomática que nós sofremos no último período. Eles querem ter controle sobre a exploração das terras raras", afirmou.

Outros pontos mencionados foram a universalização da educação infantil, o programa de reindustrialização do governo, os mecanismos de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o debate sobre a escala de trabalho por seis dias da semana, com apenas um dia de descanso.

Reforma Política

Edinho Silva também levantou a discussão sobre uma reforma política e atribuiu o enfraquecimento do Poder Executivo aos ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro.

"O Congresso não pode executar R$ 52 bilhões do orçamento, o Congresso não pode se apropriar de atribuições do Executivo", disse ele.

Como solução, Edinho Silva sugeriu o voto em lista fechada para a eleição a cargos legislativos, como vereadores, deputados e senadores, ideia defendida no partido há anos.