Plano de Israel para capturar territórios de Gaza deve começar após visita de Trump

Internacional
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Os planos aprovados por Israel nesta segunda-feira (5) para capturar toda a Faixa de Gaza e continuar em território palestino por período indeterminado de tempo devem começar após a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Oriente Médio, segundo oficiais israelenses. O plano provavelmente expandirá as operações de Israel em Gaza sob forte oposição internacional.

 

Os ministros do gabinete de Israel aprovaram o plano em uma votação realizada no início da manhã desta segunda, horas depois de o chefe militar israelense dizer que o exército estava convocando dezenas de milhares de soldados da reserva.

 

O novo plano, que duas autoridades disseram ter como objetivo ajudar Israel a atingir seus objetivos de guerra de derrotar o Hamas e libertar reféns mantidos em Gaza, também exige que centenas de milhares de palestinos se mudem para o sul de Gaza - o que provavelmente equivaleria ao deslocamento forçado deles e agravaria uma crise humanitária já terrível.

 

Uma terceira pessoa, uma autoridade de defesa, disse que o novo plano só entrará em vigor depois que Trump sua esperada visita ao Oriente Médio neste mês - o que pressupõe a possibilidade de Israel concordar com um cessar-fogo nesse meio tempo. As três autoridades falaram sob condição de anonimato, pois estavam discutindo planos militares.

 

Desde que encerrou o cessar-fogo com o grupo militante Hamas em meados de março, Israel tem lançado ataques violentos no território, matando centenas de pessoas. O país conquistou faixas de território e agora controla cerca de 50% de Gaza. Antes do fim da trégua, Israel suspendeu toda a ajuda humanitária no território, incluindo alimentos, combustível e água, desencadeando o que se acredita ser a pior crise humanitária em quase 19 meses de guerra.

 

As autoridades disseram que Israel está em contato com vários países sobre o plano de Trump de tomar Gaza e realocar sua população, sob o que chamou de "emigração voluntária". Essa proposta atraiu ampla condenação, inclusive de aliados de Israel na Europa, e grupos de direitos humanos alertaram que poderia ser um crime de guerra segundo o direito internacional. Fonte: Associated Press.

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O senador Flávio Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira, 5, que a aprovação do projeto de anistia é um "passo prático" e que poderia sensibilizar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as sanções ao Brasil.

"A anistia aprovada aqui é um gesto prático, um passo prático importante para que a Casa Branca possa rever essas sanções ... A bola está com a gente. Acredito que isso vai, sim, sensibilizar o governo para que retire as sanções, mas ninguém pode falar pelo presidente Trump", declarou Flávio em entrevista à Globonews.

Flávio afirmou que senadores da oposição continuarão ocupando a Mesa do plenário do Senado até que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), atenda aos pedidos feitos pelo grupo, incluindo a análise da solicitação de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

"Enquanto não tivermos resposta do presidente do Senado, vamos permanecer aqui. Ninguém pode garantir as restrições dos Estados Unidos. Ninguém tem controle sobre o que o Trump está fazendo", disse.

A oposição anunciou, mais cedo, a tentativa de obstrução e pede a votação do pedido de impeachment de Moraes, do projeto da anistia e da PEC que acaba com o foro privilegiado.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) se recupera em casa na capital fluminense após se sentir mal e precisar de atendimento hospitalar na noite desta segunda-feira, 4. O parlamentar deu entrada em um hospital na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com amigos da família Bolsonaro, Carlos foi atendido e liberado poucas horas depois, sem a necessidade de internação ou medicação. O vereador se recupera em casa na Barra da Tijuca acompanhado de familiares.

Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 5, em Brasília, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) confirmou que o irmão "passa bem" e já está em casa.

"Ontem, meu irmão Carlos se sentiu mal, foi para o hospital. Graças a Deus, nada de mais. Foi para casa e passa bem", afirmou Flávio.

Bolsonaro teve a prisão domiciliar decretada por Alexandre de Moraes nesta segunda-feira, por descumprir medidas cautelares anteriores. As medidas incluíam, além do uso de tornozeleira eletrônica, que Bolsonaro não usasse as redes sociais, mesmo por meio de aparelhos e contas de terceiros.

O ex-presidente, no entanto, apareceu se comunicando com manifestantes no domingo, 3, em vídeo postado por Flávio e apagado posteriormente.

Com esparadrapos na boca, parlamentares iniciaram nesta terça-feira, 5, a ocupação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados em protesto à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ideia é que os deputados permaneçam sentados nas cadeiras da Casa legislativa para impedir os trabalhos do plenário até que se aprove uma anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a proposta de emenda à Constituição do fim do foro privilegiado.

"Não sairemos daqui até os presidentes de ambas as Casas busquem uma solução de pacificar o Brasil", disse o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Um grupo de cerca de 15 deputados ocupa a Mesa e segue mudo, com esparadrapo na boca. Ocasionalmente, alguns deles tiram provisoriamente o item para beber água ou para falar ao telefone.

Mais cedo, oposicionistas anunciaram um "pacote da paz" para "abrandar" a relação entre os Três Poderes. Compõem o pacote uma anistia "ampla, geral e irrestrita" aos envolvidos no 8 de Janeiro, o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a proposta de emenda à Constituição (PEC) do fim do foro privilegiado.

O tom é de ameaça - ou as propostas serão votadas ou não haverá votações na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. A ideia é ocupar as Mesas Diretoras das duas Casas e impedir que as sessões plenárias sejam iniciadas, como já iniciaram nesta tarde.