Apontada como uma das maiores traficantes da Bahia e ligada ao PCC, 'Dona Maria' é presa em SP

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A Justiça acatou o pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e decretou, na última quarta-feira 26, a prisão preventiva de Jasiane Silva Teixeira. Apontada como uma das maiores traficantes do estado e ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), Jasiane, conhecida como "Dona Maria", foi denunciada pelo crime de lavagem de dinheiro. Ela utilizou, segundo o MP da Bahia, até a conta de sua filha adolescente para lavar dinheiro do tráfico de drogas. A defesa nega as acusações.

A ré estava presa desde janeiro, quando foi encontrada em sua casa, em São Paulo, com R$ 66 mil em espécie, anotações do tráfico de drogas e celulares, de acordo com autoridades policiais baianas e paulistas. Na época, ela era considerada foragida após ser condenada pelo homicídio de um agente penitenciário baiano, segundo a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

Para fundamentar o pedido de prisão preventiva por lavagem de dinheiro, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP-BA cruzou dados bancários de contas de diversas pessoas.

As investigações, então, apontaram algo em comum: depósitos fracionados, feitos por Jasiane, que depois retornavam para a conta dela ou para outros membros da "quadrilha do Pezão". Essa facção, segundo o MP, reúne criminosos do sul da Bahia, sob o comando do falecido marido de Jasiane, o traficante Bruno Camilo Paixão.

Na decisão, a Justiça enquadrou Jasiane como "responsável pela contabilidade da organização criminosa e fluxos de caixa" e decretou a prisão "para garantir a ordem pública e econômica, além de evitar que a acusada interfira na instrução criminal ou fuja da aplicação da lei". Jasiane integra o chamado 'Baralho do Crime', mecanismo da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) que inclui os criminosos mais perigosos do Estado.

O advogado de Jasiane, Walmiral Marinho, disse ter "recebido com perplexidade a decisão que decretou a prisão preventiva por supostos fatos extemporâneos, com mais de 10 anos, sendo que a legislação atual não comporta prisão preventiva por fatos antigos". "Tenho certeza de que os tribunais superiores corrigirão essa ilegalidade", concluiu.

Transferência de SP para Bahia

O local da prisão de Jasiane não foi informado pelo MP, mas a Justiça determinou que ela seja transferida de São Paulo para a Bahia. Questionado, o órgão não compartilhou detalhes da transferência tampouco do andamento das outras ações penais pelas quais ela responde. Porém, as ações penais são independentes, e é possível que uma pessoa responda a diversos processos, inclusive em diferentes fases processuais.

O advogado criminalista Leandro Santos explica o fato de Jasiane estar presa e, agora, ser transferida para a Bahia: "É comum que presos/acusados de integrar organizações criminosas respondam a diferentes crimes, em diferentes fases processuais. Em todas essas ações em curso, o juiz pode entender pela prisão preventiva, estando ela solta ou não, foragida ou não. Portanto, é comum que, no curso de um processo ou cumprimento de suas penas definitivas, surja a decretação de uma nova prisão preventiva por outro crime".

Baralho do crime e alvo da polícia desde 2008

"Dona Maria" está na mira da Justiça brasileira desde 2008, quando apareceu pela primeira vez em um processo criminal público, sob suspeita de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Na época, ela tinha 19 anos e estava acompanhada de Bruno Camilo (o Pezão).

A organização criminosa liderada pelo casal, de acordo com as investigações policiais e processos judiciais, só cresceu. Em 2014, uma denúncia apresentada pelo MP da Bahia mostrou que o poder que Jasiane adquiriu como responsável pela "contabilidade da organização criminosa" foi ampliado depois da morte de Pezão, em confronto com policiais.

Três anos depois, Jasiane aparece na lista dos bandidos mais procurados pela polícia baiana: o Baralho do Crime. "Dona Maria" era a "Dama de Copas", acusada de narcotráfico e assassinato. Desde então, nas raras aparições públicas em entrevistas coletivas organizadas pela polícia ou Justiça baiana, Jasiane tem negado as acusações.

Em 2019, depois de ter sido presa novamente em São Paulo, Jasiane disse a jornalistas: "Sou uma mulher simples como outra qualquer. Me deram uma fama que desconheço".

Na versão dela e da defesa, Jasiane é uma viúva que reconstruiu a vida com um comerciante paulista, é "vítima de perseguição, após um relacionamento abusivo com seu marido que tinha envolvimento com o crime" e vive auxiliada financeiramente pela mãe, viúva de um desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia. Nos últimos 17 anos, investigações policiais e processos penais têm apresentado provas diferentes.

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