Anvisa abre consulta pública para revisar normas sobre produtos à base de cannabis

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou na quarta-feira, 26, que vai abrir uma consulta pública para revisar a regulamentação sobre a venda de produtos à base de cannabis no Brasil. A proposta ficará aberta por 60 dias e qualquer pessoa pode enviar sugestões.

Atualmente, esses produtos são regulamentados pela RDC 327/2019, que define as regras para venda no varejo farmacêutico. A Anvisa entende que, mais de 5 anos após a publicação, precisam ser feitas melhorias para aprimorar a resolução.

Entre as propostas apresentadas, estão novas regras para restrições de uso. Produtos com mais de 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC) - o composto psicoativo da planta - serão permitidos exclusivamente para indivíduos com doenças graves debilitantes. A proposta contraindica os produtos para menores de 18 anos, gestantes, lactantes e pacientes com histórico de dependência. Idosos devem ter avaliação de risco-benefício.

Outra proposição permite que farmácias de manipulação fabriquem seus próprios produtos e vendam itens industrializados, desde que contenham apenas canabidiol (CBD).

A agência também propõe que, além dos médicos, cirurgiões-dentistas passem a ser habilitados para prescrever os medicamentos.

Outra mudança é a ampliação das vias de administração, englobando as opções oral (bucal e sublingual) e tópica (com aplicação na pele). Formas injetáveis e produtos fumígenos estão vetados. No momento, os produtos estão disponíveis apenas por meio de gotas (oral) e sprays (inalatórios).

Um destaque do documento é a possibilidade de importação de extratos de cannabis, CBD e produtos industrializados a granel para fins de pesquisa científica, distribuição, desenvolvimento e fabricação de insumos farmacêuticos no Brasil. A distribuição, no entanto, será permitida para estabelecimentos com autorização especial específica, conforme as normativas vigentes.

A proposta apresentada pela Anvisa aborda ainda temas como publicidade de produtos, validade da autorização sanitária e rotulagem. Veja aqui o documento completo.

No Brasil, os produtos à base de cannabis podem ser classificados em duas categorias: como medicamento, seguindo as normas de comprovação de eficácia e segurança, ou como produto de cannabis, que tem um processo simplificado. Hoje, o País possui apenas um medicamento de cannabis aprovado e 36 produtos de cannabis regularizados.

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Um sinal misterioso invadiu a transmissão do News 19 Horas, programa jornalístico da Record News, na noite desta terça-feira, 29. Durante a exibição do telejornal pelo YouTube, a transmissão do programa foi cortada e substituída por um vídeo misterioso conhecido como "Wyoming Incident", uma popular lenda urbana da internet.

As imagens contavam com frases desconexas em inglês - "You will see such pretty things", ou "Você verá coisas tão bonitas", em português, e "Why do you hate?", ou "Por que você odeia?", em português - e modelos 3D de uma misteriosa face. Sem qualquer explicação, o sinal misterioso foi interrompido e a programação usual retornou ao canal.

Os responsáveis pela invasão não foram encontrados até o momento, mas o conteúdo veiculado viralizou na internet. Essa, no entanto, não é a primeira vez que uma transmissão pirata invade o sinal de uma televisão ao redor do mundo e exibe conteúdos misterioso e esquisitos.

Ao longo das últimas décadas, alguns casos de invasão de sinais se tornaram famosos na internet. Apesar de serem envoltos em mistérios, os ocorridos ganharam fama própria, sendo discutidos até hoje em comunidades online. O Estadão separou três casos misteriosos de invasão de sinais de televisão.

O caso mais famoso de invasão de sinal em uma emissora de TV ocorreu em 1987 em Chicago, nos Estados Unidos. Em setembro daquele ano, a transmissão dos canais regionais WGN-TV e WTTW foi invadida por um sinal pirata.

Na primeira interrupção, as imagens mostravam um homem fantasiado de Max Headroom, um personagem de uma série satírica dos EUA, dançando em meio a ruídos sonoros por alguns segundos. A segunda interrupção ocorreu algumas horas depois e foi mais longa, durando alguns minutos.

Na ocasião, o homem misterioso xingou alguns dos jornalistas que trabalhavam na emissora, cantarolou o tema musical de um desenho que era exibido no canal e, para finalizar, abaixou as calças e mostrou o bumbum para o público.

As duas emissoras conseguiram recuperar o controle da transmissão. Os responsáveis pelo ocorrido, no entanto, nunca foram encontrados. Até mesmo o FBI chegou a participar das investigações sobre o caso, mas não conseguiu solucioná-lo.

Captain Midnight

Um ano antes do incidente de Max Headroom em Chicago, outra invasão de sinal nos Estados Unidos havia chamado atenção das autoridades. Em 1986, o sinal da HBO foi interrompido pelo hacker autointitulado Captain Midnight.

No lugar do filme A Traição do Falcão, o sinal do canal exibiu uma tela com barras de cor e uma legenda que criticava o preço da assinatura da HBO nos Estados Unidos. Além disso, o texto ainda ameaçava outros canais. A transmissão pirata durou cerca de quatro minutos e virou notícia nacional.

O FCC (Comissão Federal de Comunicações), órgão responsável por regular as comunicações norte-americanas, investigou o caso e descobriu o culpado - John R. MacDougall.

O homem trabalhava como engenheiro de operações em uma estação de transmissão e, em paralelo, instalava televisões à cabo. Segundo MacDougall, o alto preço da HBO estava prejudicando os seus negócios. Ele foi sentenciado a pagar US$ 5 mil e cumpriu um ano de prisão em liberdade condicional.

Playboy Channel

Em 1987, a transmissão do canal da Playboy foi interrompida por uma imagem com dois versículos bíblicos: "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar" (Êxodo 20:8) e "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mateus 3:2). A interrupção ocorreu durante a exibição do filme erótico Three Daughters.

Thomas Haynie, funcionário da CBN (Rede de Transmissão Cristã), foi apontado como o culpado após investigação do FCC (Comissão Federal de Comunicações). Apesar dele manter sua inocência, o homem foi condenado a pagar uma multa de US$ 1 mil e cumpriu três anos de prisão em liberdade condicional.

O cantor Oliver Decesary Santos, mais conhecido como MC Livinho, anunciou que deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta quarta, 30. O artista sofreu um acidente de motocicleta na terça, 29, e perfurou o pulmão.

"Grande passo", escreveu Livinho em um vídeo publicado no Instagram. Segundo o cantor, ele segue internado para observação. "Deus quer e, já, já, estou de volta na pista."

O artista de 30 anos também mostrou cenas do momento em que foi socorrido após o acidente. Livinho seguia para um compromisso na capital paulista pilotando uma moto e foi derrubado por um motorista.

"Deitei na calçada e comecei a cuspir sangue. Chegaram os Bombeiros, prestaram socorro. Depois chegou a ambulância e me trouxe aqui para o hospital. Fiz tomografia, radiografia, me subiram aqui para a UTI. Estou em estado de observação porque perfurei o pulmão", explicou o cantor diretamente do hospital, logo após o acidente.

Quem é MC Livinho?

MC Livinho é um dos principais nomes do funk paulista e atração confirmada no The Town 2025. Ele se apresenta no festival no dia 13 de setembro, no Palco Factory. Entre seus sucessos estão músicas como Tudo de Bom, Fazer Falta e Na Imaginação.

Recentemente, MC Livinho também viralizou na Turquia com a música Vidrado em Você, em parceria com DJ Guuga e foi ovacionado em uma visita ao país, principalmente pelos torcedores do Galatasaray, time de futebol que usou a música para embalar suas conquistas mais recentes.

Um sinal misterioso invade a sua televisão no meio da noite. A programação normal da TV é interrompida sem maiores explicações e, em vez do telejornal local, uma série de imagens e vídeos esquisitos são transmitidos em seu aparelho televisor. A qualidade do sinal é precária e parece emular a estética analógica de fitas VHS.

A transmissão conta com frases estranhas - "You will see such pretty things", ou "Você verá coisas tão bonitas", em português, e "Why do you hate?", ou "Por que você odeia?", em português - e modelos 3D de uma misteriosa face. E então, sem qualquer explicação, o sinal é interrompido e a programação usual retorna à TV.

O ocorrido, que mais parece uma cena de um filme de terror, aconteceu na noite dessa terça-feira, 29, durante a transmissão do telejornal News 19 Horas no canal do YouTube da Record News. Os responsáveis pela invasão não foram encontrados até o momento, mas o conteúdo veiculado viralizou na internet.

Trata-se do "Wyoming Incident", um vídeo criado no começo dos anos 2000 que se popularizou como uma creepy pasta - termo utilizado para descrever lendas urbanas virtuais - na internet.

A origem exata da história é incerta, mas a lenda afirma que o vídeo é fruto de uma misteriosa invasão em canais de televisão na região rural de Wyoming, nos Estados Unidos. Segundo a creepy pasta, os sons distorcidos e as imagens confusas fizeram com que os telespectadores se sentissem enjoados e passassem mal.

Apesar da lenda urbana ter ganhando bastante notoriedade na internet, trata-se de uma fabricação feita por entusiastas do Analog Horror - Terror Analógico em português. O subgênero é extremamente popular no mundo virtual e aposta na estética de vídeos analógicos antigos para produzir suspense e mistério.

No YouTube, é possível encontrar centenas de vídeos com essa temática. As produções amadoras contam com milhões de visualizações e seguem um mesmo padrão - imagens granuladas, sons distorcidos e ruídos estáticos. As narrativas das histórias costumam ser confusas e propositalmente fragmentadas, gerando a sensação de que não estamos enxergando todo o mistério apresentado.

Com forte inspiração no terror de found footage de filmes como A Bruxa de Blair e Atividade Paranormal, o terror analógico aposta na estética e nas limitações da tecnologia antiga para criar uma atmosfera tensa e aterrorizante.

É comum que produções de terror analógico se vendam como verdadeiras, apostando na imersão como um diferencial para conquistar o público. Para isso, o terror analógico costuma copiar a estética de programas de televisão antigos, anúncios governamentais e filmagens amadoras.

Apesar do grande sucesso do terror analógico ser fruto da internet, existem produções cinematográficas que adotaram alguns dos elementos do gênero. Filmes como Skinamarink, Entrevista com o Demônio e a franquia de terror V/H/S apostam, em menor ou maior grau, nas convenções que consagraram esse subgênero do horror.