Entenda por que áudio do VAR de São Paulo x Palmeiras não será divulgado pela CBF

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Apesar das polêmicas de arbitragem na partida entre São Paulo e Palmeiras nesse domingo, 5, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não deve tornar público os áudios da comunicação entre o árbitro de vídeo e Ramon Abatti Abel (Fifa-SC) na análise dos lances ao longo da partida. Isso se deve a uma questão de protocolo seguida pela entidade desde que passou a publicar esses trechos na íntegra em seu site oficial.

Nesta temporada, a CBF só publica os áudios do VAR quando o árbitro de campo vai, efetivamente, analisar o lance na cabine. Se durante a checagem, os árbitros de vídeo concordarem com a decisão, ou for um lance factual (impedimento, por exemplo), esse áudio não se tornará público.

No entanto, o clube ainda pode vir a ter ciência do que foi discutido pela arbitragem em campo caso entre com uma reclamação formal no Fórum Permanente, que analisa os lances de arbitragem após cada rodada do Campeonato Brasileiro. A divulgação do áudio, no entanto, fica restrita às partes envolvidas (São Paulo, Palmeiras e arbitragem, neste caso).

O São Paulo reclama, principalmente, de dois lances: expulsão de Andreas Pereira, após falta sobre Marcos Antônio, e possível pênalti a ser assinalado no início do segundo tempo, em lance envolvendo Allan e Tapia. Como o VAR concordou com Ramon Abatti Abel após analisar as imagens, esses áudios não se tornarão público nesse primeiro momento. Após esses lances, o Palmeiras, que perdia por 2 a 0, conseguiu virar a partida para 3 a 2.

Julio Casares, presidente do São Paulo, chegou a conversar com Samir Xaud, por telefone, após o jogo. Também usou as redes sociais para mostrar sua indignação pela partida, disse que o Brasileirão está "manchado" e pediu a liberação das conversas dizendo que "queremos ouvir os áudios do VAR". Na zona mista, Carlos Belmonte, diretor de futebol, acompanhou as críticas do mandatário são-paulino.

O clube também se manifestou nas redes sociais, dizendo que os erros foram determinantes para o resultado. "Foi mais uma atuação desastrosa da arbitragem, que compromete a credibilidade do Brasileiro e o trabalho de jogadores, comissão técnica e diretoria."

Todos os árbitros envolvidos na partida foram afastados pela entidade. A CBF informou a decisão em comunicado publicado ao final das partidas. Eles serão submetidos a "treinamento, aprimoramento e avaliação interna" após a atuação no duelo no MorumBis.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.