Jogador comete racismo durante partida no Paraná, leva soco e é demitido de clube

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Um caso de racismo marcou a partida entre Batel Guarapuava e Nacional-PR, pela Taça FPF, no sábado, em Guarapuava (PR). Durante uma discussão em campo, o volante Diego, do Batel, chamou o zagueiro Paulo Vitor, do Nacional, de "macaco". O defensor reagiu com um soco no rosto do adversário, que caiu no gramado e precisou de atendimento médico, sendo amparado por uma ambulância presente no estádio.

A Polícia Civil do Paraná colheu o depoimento dos dois atletas após a partida e instaurou um inquérito para investigar o ocorrido.

O caso aconteceu aos 41 minutos do segundo tempo. O árbitro Diego Ruan Pacondes da Silva seguiu o protocolo antirracismo da Fifa, cruzando os braços em formato de 'X'. A partida foi paralisada por 18 minutos e o caso foi registrado na súmula da partida.

Paulo Vitor, também conhecido como PV, acabou expulso por agressão, enquanto Diego permaneceu em campo até o fim do jogo. O Batel venceu por 1 a 0, resultado que garantiu a classificação da equipe e eliminou o Nacional da competição.

Após o confronto, PV se manifestou nas redes sociais. "Quero deixar minha indignação com o ocorrido do último jogo em que fui vítima de racismo. Não sou a favor da violência, mas parece que só assim eles sentem na pele. Quem é da cor vai entender minha reação. Espero que a justiça seja feita e que casos como esse, não só no futebol, sejam resolvidos e não julgados como vitimismo. Fogo nos racistas", escreveu.

Nas redes sociais, o Batel Guarapuava anunciou a demissão imediata de Diego. "O Batel Guarapuava informa que, após apresentar-se às autoridades competentes em relação à ocorrência registrada na partida de ontem, contra o Nacional, o atleta envolvido foi imediatamente desligado de suas atividades e não integra mais o elenco profissional do clube", informou o clube em nota oficial.

"O Batel reafirma seu compromisso com o respeito, a igualdade e os direitos humanos, repudiando veementemente qualquer forma de preconceito, racismo ou discriminação. O clube continuará colaborando integralmente com as autoridades para que os fatos sejam esclarecidos e as medidas legais cabíveis sejam devidamente aplicadas", completou.

A Federação Paranaense de Futebol (FPF) também se manifestou após a partida. A entidade afirmou que está comprometida com o combate ao racismo e que o caso será levado ao Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná. "A FPF mantém campanhas permanentes antirracismo nos estádios (com placas, cartazes e faixas), no site e redes sociais e lançou em 2005 um vídeo explicativo sobre o protocolo da Fifa contra o racismo. Também reiteramos nosso posicionamento contra a violência no futebol, dentro e fora dos gramados", publicou.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.