Qual será a cor de 2025? Para esta marca de tinta, são três. Entenda conceito e veja apostas

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Não é de hoje que se fala sobre a transmissão de sentimento das cores. Em 1989, Eva Heller escrevia sobre "A psicologia das Cores" em seu livro homônimo e explicava o fenômeno. Acontece que a cor não é um material, mas sim uma sensação provocada por ondas eletromagnéticas, na qual nossos olhos recebem a luz projetada, dando ao cérebro a função de codificar a informação. Sendo assim, temos sensações e efeitos físicos no corpo quando vemos uma certa tonalidade.

 

Isso foi colocado na prática na virada de 1999 para 2000, quando muitas pessoas acreditavam que seus computadores iriam entrar em "bug" e não atualizar com o novo ano. Sabendo da importância da cor na reflexão do sentimento, o Pantone Color Institute criou a Pantone Color of the Year (a famosa cor do ano da Pantone) como uma espécie de marco para as tendências da marca. A ideia era acalmar o povo e mostrando que a cor do ano que vem seria azul da cor do céu, refletindo sentimentos de tranquilidade e paz. Deu certo. Mas no ano seguinte, as pessoas esperaram por uma mensagem e uma nova cor.

 

A partir daí, as cores deixariam de ter somente uma memória específica para cada um, para carregarem o Zeitgeist ("espírito do tempo" em alemão, em tradução livre) como significado geral. Afinal elas teriam uma tonalidade própria, e portanto, um sentimento próprio. Com isso diversos estudos de tendência de cores ganham vida.

 

A Tintas Suvinil, por exemplo, há mais 16 anos faz o estudo que sempre resulta em uma cor do ano e uma paleta com diversas linhas que se harmoniza com a escolha principal. Mas dessa vez revelou algo diferente. "Quando eu comecei a pesquisa veio muito um senso de comunidade, de um novo amanhã e um novo hoje, até. A gente vê as pessoas se unirem para solucionar as tantas e tantas crises que existem no mundo", conta Bruna Galliano, diretora criativa e consultora de cores da Suvinil. "E não tinha como colocar a ideia de comunidade no estudo, sem colocar na prática."

 

Assim, a "cor" do ano de 2025 virou três: Despertar, um amarelo vibrante que evoca esperança e renovação, convidando à inovação; Marrom Luxo, um tom terroso que conecta com o essencial e reflete a nova sofisticação; e Sossego Noturno, um tom híbrido, meio azul avioletado que representa a harmonia entre o humano, a tecnologia e a natureza.

 

"Em uma época tão complexa e múltipla, uma cor apenas não seria capaz de resumir todo o sentimento do tempo. Eleger mais de uma, inclusive, é uma ótima analogia de como diferentes ideias e opiniões podem, além de conviverem bem juntas, criar novas possibilidades que sejam benéficas a todos", explica Bruna. De acordo com ela, ao invés de paletas do passado que falavam sobre dúvidas e esperanças do futuro, esse ano elas falam: "A gente não consegue mais esperar o que vai acontecer, a gente precisa fazer e para isso a gente precisa se unir."

 

Isso além dos outros 22 tons, que se dividem nas paletas: resistência, regeneração, nostalgia, hibridismo e otimismo. "Assim como na vida tudo se entrelaça, os tons das cinco paletas migram entre si. Assim como nós não somos uma coisa só e podemos ser pessoas diferentes, em ocasiões diversas, as cores da paleta de 2025 demonstram sua versatilidade ao ganharem uma energia completamente diferente quando mudam de uma paleta para a outra", conta Bruna.

 

Já a marca Coral, aposta no Curry Dourado para a cor de 2025. De acordo com eles, "um amarelo quente e cheio de vida, capaz de transformar qualquer espaço e ajudando você a sair da sua zona de conforto". Durante a revelação da cor, a pesquisa mostrou a tendência de apostar no desconhecido com otimismo, por isso apostaram na paleta "Destemida". Mas também trouxeram as paletas "Artesanal" e "Ancestralidade" para lembrar do feito à mão e das coisas particulares que fazem de cada um, um ser único.

 

Mas como isso afeta o consumidor?

 

De forma geral, o brasileiro é mais restrito quando falamos de cor. Isso pode ser percebido não só na decoração, mas também nas escolhas de cor de carro, de eletrodomésticos e até de móveis. Existe uma preferência pelo comum: branco, cinza, preto. Uma das explicações pode ser por existir muita cor já no nosso dia a dia com a natureza e não sentirmos tanta falta como o europeu, por exemplo.

 

"O consumidor final, quando tem uma vontade de pintar, vai para o básico porque nada ajuda ele nessa escolha da cor. O Revela (estudo da Suvinil), é uma curadoria de cor. Ao invés de escolher entre milhares e milhares de cores, ele escolhe entre as 25 que a gente lança", explica Renato Firmiano, diretor de marketing da Suvinil. Isso incentiva o uso das cores, a curiosidade para conhecer essas cores e quem sabe colocar na casa: seja na parede, em um móvel ou em um detalhe.

 

Por enquanto, não sabemos quais as apostas das outras marcas de tinta para o ano que vem. Mas, para a WGSN, empresa especialista em tendências de consumo, é Future Dusk, um roxo azulado.

 

A nível de comparação, a cor do ano de 2024 da Suvinil era Conforto, um cinza azulado. Já a da Tintas Coral: Lugar de Afeto, um tom entre violeta e rosa; e o da Pantone, Peach Fuzz, um rosa salmão.

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A professora de Matemática Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos, foi encontrada morta, na última segunda-feira, 28, em um terreno baldio ermo e pouco iluminado na Avenida João Paulo da Silva, próximo ao Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.

O caso é investigado pela Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil diz analisar imagens de câmeras de monitoramento, ouvir familiares e coletar mais materiais para esclarecer o episódio.

"As investigações seguem para apurar se o crime configura latrocínio, conforme registrado inicialmente, ou homicídio", informa Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP), em nota. Veja o que se sabe sobre o caso até agora.

O que aconteceu no dia do crime?

Conforme a investigação, Fernanda saiu de casa no último domingo para socorrer a esposa, de 45 anos, que teve um problema mecânico com seu carro, na Avenida Jaguaré, na zona oeste.

As duas estavam casadas havia oito anos, mas moravam em casas separadas desde o ano passado. A mulher levava os dois filhos do casal para a residência da professora, quando seu carro parou. Como estava com os filhos, ela pediu ajuda a Fernanda e enviou sua localização.

Imagens de câmeras de vigilância do prédio mostram a vítima descendo sozinha pelo elevador, portando seu celular. Em seguida, ela deixa o prédio a bordo de uma SUV Hyundai Tucson para socorrer a companheira.

A esposa teria sido a última pessoa com quem a professora de Matemática teve contato.

O que diz a esposa de Fernanda?

Segundo a companheira de Fernanda, a professora não chegou ao local combinado. Em depoimento à polícia, ela disse que o carro voltou a funcionar cerca de meia hora depois e se dirigiu ao prédio da vítima para deixar as crianças, mas ela não estava.

No dia seguinte, a professora não foi trabalhar. Como a esposa não conseguia contato, resolveu comunicar o desaparecimento de Fernanda à polícia.

Quando e onde Fernanda foi encontrada?

Após denúncia anônima, policiais militares encontraram o corpo de Fernanda na última segunda-feira, 28. A vítima foi localizada em um terreno na Avenida João Paulo da Silva, na Vila da Paz. O local é descrito como ermo e pouco iluminado.

Fernanda estava caída de costas, vestida com calça, blusa, meia e sandálias, aparentando um pijama. Conforme a polícia, o corpo apresentava sinais de estrangulamento. Foi encontrado um cadarço amarrado em seu pescoço.

O que aconteceu com os pertences da professora?

O celular e o carro de Fernanda não foram encontrados, o que levou a polícia a suspeitar inicialmente de latrocínio. No mesmo dia, o foco das apurações passou a incluir o homicídio.

"Ressalta-se que a natureza da ocorrência, lançada no registro preliminar, pode ser revista e ajustada durante o curso do inquérito, sem prejuízo à investigação", diz a SSP-SP.

Quem era Fernanda Reinecke Bonin?

Fernanda era graduada em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP) e especializada em necessidades especiais na educação pela Universidade MacEwan, do Canadá. Ela lecionava na Beacon School, escola bilíngue de alto padrão, localizada na zona oeste da cidade.

"Fernanda marcou profundamente a vida de muitos estudantes e colegas com sua dedicação, gentileza e compromisso com a educação e deixará muita saudade", informou o colégio, por meio de nota.

O corpo dela foi sepultado nesta quarta-feira, 30, em um cemitério de Santo André, na região do ABC paulista.

Como era a relação da professora com a esposa?

Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, a professora de Matemática era casada havia oito anos com Fernanda Fazio, de 45 anos.

Fazia um ano que as duas não moravam juntas, após idas e vindas no relacionamento. Elas frequentavam sessões de terapia de casal e buscavam a reconciliação. Juntas, elas tiveram dois filhos, que se revezavam nas casas das mães.

Morte foi planejada?

A polícia ainda não informou ter localizado, identificado ou prendido algum suspeito do crime e não deu outros esclarecimentos sobre o caso.

A pasta informou nesta quinta, 1°, que as investigações seguem para apurar se o crime configura latrocínio - roubo seguido de morte -, conforme registrado inicialmente, ou homicídio. Neste segundo caso, a hipótese é de que alguém planejou a morte da educadora, podendo ter simulado um roubo.

"A Divisão de Homicídios do DHPP investiga a morte de uma mulher de 42 anos, cujo corpo foi localizado na manhã de segunda-feira (28), em um terreno na Avenida João Paulo da Silva, na zona sul da capital. A autoridade policial analisa imagens de câmeras de monitoramento, realiza a oitiva de familiares e atua na coleta de elementos que auxiliem no esclarecimento dos fatos", disse a pasta, em nota.

O cenário de praias cobertas com lonas e barracas que chegam a impedir o banho de sol na areia pode estar com os dias contados, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Um projeto de lei legislativo proíbe a instalação de tendas, barracas, gazebos e estruturas similares em todas as 102 praias do município. Quem descumprir terá o apetrecho apreendido pela fiscalização e pagará R$ 1 mil para reavê-lo. Recebe também uma multa de R$ 1 mil pela infração à lei.

Mas o projeto ainda depende de sanção da prefeita Flávia Pascoal (PL). Caso a norma seja sancionada, haverá um prazo de 60 dias para a regulamentação. A reportagem procurou a prefeitura de Ubatuba para se manifestar sobre a iniciativa da Câmara e aguarda retorno.

A nova regra permite o uso de guarda-sóis com até três metros de diâmetro e abre exceções para eventos previamente autorizados e estruturas de apoio a órgãos públicos ou prestadores de serviços licenciados. Também são permitidas as tendas de ambulantes em pontos fixados pela prefeitura, geralmente na borda da faixa de areia.

A medida foca principalmente nas praias mais movimentadas da cidade, como Praia Grande, Itamambuca, Praia do Tenório e Toninhas. Nestas, as tendas e barracas ocupam grandes espaços. O problema é menor nas praias mais afastadas do centro e de ilhas, como a Anchieta.

O projeto, que foi aprovado por unanimidade, na sessão desta terça-feira, 29, prevê que os valores arrecadados com as multas e apreensões serão destinados ao Fundo Municipal de Turismo e ao Fundo Social.

De acordo com o autor da proposta, vereador Gady Gonzalez (MDB), o objetivo é dar ao turista mais acessibilidade às áreas comuns da orla e evitar riscos à segurança. "Está havendo uma ocupação desordenada das praias, o que tem dificultado o trabalho de guarda-vidas, pois atrapalha a visibilidade para salvamentos, e causa um aumento nos casos de crianças perdidas", diz o vereador, que também é presidente da Câmara.

Segundo ele, a beleza das praias desaparece sob a profusão de tendas e barracas, que dificultam inclusive o trânsito dos banhistas pela faixa de areia. A situação se agrava na alta temporada, quando a cidade recebe um grande número de turistas. "Não dá para caminhar, nem tomar sol. A praia toda fica coberta pelas tendas e barracas. É uma regulamentação para mudar a cara da nossa cidade", diz.

A Associação Comercial de Ubatuba declarou apoio à proposta. De acordo com o presidente Adriano Klopfer, o ordenamento urbano é importante para atrair o turismo sustentável e para o desenvolvimento da cidade com preservação e atenção, não só ao turista, mas também à população local.

Ubatuba já cobra uma taxa do turista que busca suas praias. A Taxa de Preservação Ambiental é cobrada de cada veículo de fora que fica mais de quatro horas na cidade e varia conforme o tipo de veículo. Os valores em vigor este ano são de R$ 3,69 por dia para motos, R$ 13,73 para carros de passeio e R$ 20,59 para utilitários. Vans de excursão pagam R$ 41,18, micro-ônibus e caminhões R$ 62,30, e dos ônibus são cobrados R$ 97,14.

Uma policial militar que atua na Baixada Santista foi assaltada e agredida por criminosos, na noite desta quarta-feira, 30, no Sistema Anchieta-Imigrantes, em Cubatão.

Ela foi abordada por dois homens que levaram seus pertences, inclusive sua arma, uma pistola calibre 40. A ocorrência foi confirmada nesta quinta-feira, 1, pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

A policial, de 33 anos, atua no 29º Batalhão da Polícia Militar do Interior, sediado em Itanhaém, mas que atende também as cidades de Mongaguá, Peruíbe, Pedro de Toledo e Itariri.

Ela tinha saído do trabalho e seguia de carro para São Paulo. No km 59 da Interligação Anchieta-Imigrantes, na altura do Jardim Nova República, a PM percebeu que o carro estava trepidando e parou no acostamento para verificar se algum pneu havia furado.

Foi quando dois homens a abordaram e, agindo com violência, exigiram que entregasse seus pertences. Além da pistola da policial com quatro munições e um carregador, os suspeitos roubaram documentos, cartões de crédito e um celular. Eles fugiram em seguida.

Segundo a SSP, a PM foi agredida durante a ação e precisou ser socorrida ao Pronto-Socorro Central de Cubatão. Ela foi medicada e liberada. O caso foi registrado como roubo pela delegacia da Polícia Civil, que investiga o assalto e tenta identificar os suspeitos. A PM acompanha o andamento das investigações.