Qual é a diferença entre dorama e drama?

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A crescente popularidade das produções televisivas asiáticas tem criado confusão sobre as diferenças entre os doramas japoneses e os dramas ocidentais. Para compreender melhor esses conceitos, é fundamental explorar suas origens, formatos e as expectativas do público ao consumir o gênero.

 

O termo dorama é utilizado para se referir séries de televisão japonesas de qualquer gênero. Seu uso transcende o drama propriamente dito, abrangendo uma ampla variedade de temas como romance, comédia, suspense e ficção científica.

 

Os doramas são produções que, além do viés cultural muito presente, normalmente possuem temporadas mais curtas, focadas em um único núcleo de personagens e episódico, sendo exibidos semanalmente, assim como a agenda de lançamento dos animes, explica o portal especializado em mundo geek JovemNerd.

 

Em contraste, as séries de dramas ocidentais apresentam temporadas mais longas, com mais episódios e desdobramentos em mais de um núcleo. O drama em si também pode acoplar de outros gêneros, ter um alívio cômico, mas são narrativas com propostas mais sérias e profundas. Quem gosta do gênero busca reflexões, histórias de superação, dilemas dos mais variados, algo mais próximo do significado da palavra drama propriamente dita.

 

É importante ressaltar que dorama não é um gênero narrativo, mas sim um formato de séries televisivas japonesas. Enquanto o drama pode ser encontrado na televisão, teatro, cinema e literatura, como explica o escritor e apresentador do podcast Pod Ler e Escrever Juliano Loureiro, em seu artigo "Gênero dramático: aprenda o que é e a sua importância na literatura e nas produções televisivas".

 

Por isso, a expectativa do público que assiste aos doramas é encontrar elementos culturais específicos do Japão presentes em uma variedade de gêneros e histórias, com narrativas mais compactas, que muitas vezes são concluídas dentro da mesma temporada, oferecendo histórias completas em um formato mais breve.

 

Não confunda dorama com K-drama

É importante ressaltar que o termo dorama tem sido usado de forma generalista ao se referir às produções asiáticas, mas a Associação Brasileira dos Coreanos conta que existem nomenclaturas próprias de cada pais: séries da Coreia do Sul são K-dramas, da China são C-dramas, e de Taiwan são TW-dramas, cada uma com suas características culturais específicas.

 

A Associação Brasileira dos Coreanos divulgou um manifesto condenando a definição da Academia Brasileira de Letras (ABL) para a palavra "dorama" como uma "obra audiovisual de ficção em formato de série, produzida no leste e sudeste da Ásia, de gêneros e temas diversos, em geral com elenco local e no idioma do país de origem."

 

A associação sul-coreana, representada por professores da USP e da UFF, considerou a definição preconceituosa e generalizadora, argumentando que "dorama", por ser uma palavra de origem japonesa, não deveria ser usada como um termo para séries de outros países asiáticos. Augusto Kwon, presidente da associação, comparou a generalização ao dizer que "é como falar que toda comida nordestina é comida baiana". A publicação da ABL, que já recebeu mais de 12 mil curtidas e 700 comentários, foi criticada por reforçar estereótipos e promover o orientalismo, segundo Daniela Mazur, pesquisadora do MidiÁsia da UFF.

 

A associação coreana, representada por professores da USP e da UFF, considerou a definição preconceituosa e generalizadora, argumentando que "dorama", por ser uma palavra de origem japonesa, não deveria ser usada como um termo guarda-chuva para séries de outros países asiáticos. Augusto Kwon, presidente da associação, comparou a generalização ao dizer que "é como falar que toda comida nordestina é comida baiana".

 

ABL se defendeu, alegando que apenas apontou o uso da palavra em contextos reais em português.

 

Cavaliere, membro da comissão de lexicografia da ABL, defendeu a definição ao Estadão, afirmando que o uso da palavra em uma comunidade linguística determina sua redação no dicionário. Ele destacou que "nada impede" o uso restrito do termo conforme sua origem, mas que o registro em dicionários reflete o uso atual pelos falantes.

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Após a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça terem informado que impediram um possível ataque a bomba durante o show de Lady Gaga na praia de Copacabana, no sábado, 3, a equipe da cantora se manifestou, afirmando que só tomaram conhecimento do potencial problema de segurança por meio da mídia, já neste domingo, 4.

Em declaração à agência AP, um porta-voz de Lady Gaga informou que tanto a cantora quanto a sua equipe "tomaram conhecimento dessa suposta ameaça através de informações da imprensa nesta manhã."

"Antes e durante o espetáculo, não houve preocupações de segurança conhecidas, nenhuma comunicação por parte da polícia ou das autoridades a Lady Gaga sobre possíveis riscos", continuou.

O porta-voz ainda destacou que a equipe de Lady Gaga "trabalhou com as forças de ordem durante o planejamento e execução do show e todas as partes confiavam nas medidas de segurança implementadas".

Operação Fake Monster

A operação que investigou o possível ataque a bomba foi batizada de Fake Monster, já que os fãs da cantora são apelidados de little monsters, ou monstrinhos. De acordo com a Polícia, os envolvidos no plano de ataque recrutavam participantes, inclusive adolescentes, virtualmente.

O objetivo era promover ataques coordenados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os criminosos tratavam o plano como um "desafio coletivo" e buscavam ganhar notoriedade nas redes sociais, segundo a PCERJ. O grupo disseminava discurso de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

A Polícia Civil de São Paulo chegou a cumprir quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da operação, incluindo a localização de um adolescente de 16 anos na cidade de São Vicente, no litoral paulista, que reconheceu ser autos de algumas das mensagens de ódio publicadas na internet.

O adolescente foi localizado no bairro Vila Jockey Clube. Os policiais apreenderam com ele um computador, um celular, um HD externo, um cartão de memória e um videogame. Ele foi liberado na presença do pai dele.

O show de Lady Gaga em Copacabana

A apresentação da cantora no Rio de Janeiro foi considerada a maior de sua carreira, diante de uma plateia de 2,1 milhões de pessoas (estimativa da prefeitura, polícia e organização), e teve repercussão internacional.

No palco, cantou a maior parte de seus sucessos e trocou de roupa inúmeras vezes, como numa performance teatral dinâmica. Também fez diversos pedidos de desculpas e declarações de amor ao público brasileiro. (Com informações da agência AP)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento que discute a adoção do modelo de escolas cívico-militares em São Paulo. Ele pediu vista na última sexta-feira, 2. A Corte julgava se mantinha, ou não, uma decisão do ministro Gilmar Mendes que liberou a implementação do programa.

A decisão de Gilmar atendeu a um pedido do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele cassou uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que havia suspendido a lei que instituiu o modelo de escola cívico-militar no Estado. O programa é uma das prioridades de Tarcísio na sua gestão.

Ao avaliar o caso, Gilmar considerou que o TJ-SP invadiu a competência do STF ao suspender o modelo porque a lei que instituiu as escolas cívico-militares também é alvo de ações no Supremo. Por isso, o ministro entendeu que a ação em tramitação na Justiça estadual deveria aguardar julgamento pelo Supremo.

O TJ-SP havia acolhido uma ação da Apeoesp, maior sindicato de professores da rede estadual. A entidade alega que questões relativas a essa modalidade de ensino são de competência federal. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), porém, defende a prerrogativa de o Estado criar o programa.

De acordo com o governo de São Paulo, 300 escolas mostraram interesse pela adoção do modelo cívico-militar em consulta pública. A adesão das escolas ao programa é voluntária. A previsão inicial de implementação era para 2026, mas em fevereiro a Secretaria Estadual da Educação anunciou 100 escolas que devem adotar o modelo a partir do segundo semestre deste ano.

A polícia japonesa prendeu neste sábado, 3, um homem suspeito de ser responsável pelo incêndio que matou a pesquisadora brasileira Amanda Borges da Silva, de 30 anos. O corpo dela foi encontrado com marcas de queimaduras, dentro de um apartamento próximo ao Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, na quinta-feira, 1.

De acordo com informações da NHK, mídia estatal do Japão, o suspeito se chama Abaseriya Patabadige Pathum Udayanga. Ele tem 31 anos, é do Sri Lanka e está desempregado. Ainda segundo a NHK, ele morava no apartamento de dois andares no bairro de Hon-Sarizuka.

Udayanga é suspeito de incêndio criminoso, pois saiu do apartamento sem apagar o fogo. De acordo com a NHK, o incêndio teria começado no quarto e se espalhou para as paredes e o teto do apartamento.

Ele foi interrogado pela polícia e admitiu as acusações. Udayanga afirmou que estava em tanto pânico que não conseguiu apagar as chamas.

A polícia japonesa ainda investiga as circunstâncias do ocorrido e qual o relacionamento de Udayanga com Amanda.

Nascida em Caldazinha, em Goiás, Amanda Borges da Silva era formada em Letras e tinha acabado de concluir o mestrado na área de Linguística.

Ela estava a passeio pela Ásia e foi ao Japão em abril para a acompanhar o Grande Prêmio de Suzuka, de Fórmula 1, realizado no dia 6. Também teria visitado parentes do namorado, na Coréia do Sul.

Um amigo da brasileira contou ao Estadão que ela parou de responder mensagens cerca de duas horas antes do voo dela de volta ao País.