'Vale Tudo': relembre a história da novela que vai ganhar remake

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A telenovela mora no imaginário brasileiro. Um grande exemplo é Vale Tudo, que vai ganhar um remake da Rede Globo, mas, a bem da verdade, nunca deixou de ser assunto. Mesmo quem não acompanhou a trama já ouviu falar da frase "Quem matou Odete Roitman?" ou sabe de uma ou outra tramoia de Maria de Fátima, a vilã vivida por Gloria Pires antes de ela se desdobrar como Ruth e Raquel em Mulheres de Areia.

 

O remake está em fase de pré-produção, e muito vem sendo cogitado sobre quem vai interpretar as personagens eternizadas na memória da TV. Enquanto isso, relembre a história do clássico de Gilberto Braga - ao lado de Aguinaldo Silva e Leonor Bassères - que conquistou o coração dos brasileiros.

 

Trama

 

A novela estreou no dia 16 de maio de 1988, e girava em torno da empresa TCA (Transcapital Aerolinhas). A corrupção era a temática que amarrava a trama, o que talvez explique sua atemporalidade.

 

A história tem início com Raquel, vivida por Regina Duarte. Após a separação, ela se muda com a filha, Maria de Fátima (Gloria Pires) para uma casa em Foz do Iguaçu, o único bem da família.

 

Ambiciosa, Maria de Fátima vende a casa da mãe escondido e vai para o Rio de Janeiro. Lá, começa a se envolver com César Ribeiro (Carlos Alberto Ricceli), um ex-modelo e garoto de programa.

 

Para encontrar a filha, Raquel também se muda para o Rio, e acaba se apaixonando por Ivan (Antônio Fagundes). Para ganhar a vida de forma honesta, começa a vender sanduíches na praia, enquanto a filha se torna uma alpinista social e tenta a carreira de modelo.

 

A meta de Maria de Fátima é seduzir Afonso Roitman (Cássio Gabus Mendes), um rico herdeiro da empresa de aviação liderada pela mãe, Odete Roitman.

 

Logo, as duas passam a ser aliadas. Odete quer que Ivan se separe de Raquel para se casar com sua filha, Heleninha (Renata Sorrah), artista plástica que sofre de alcoolismo. Maria de Fátima não se opõe em trair a própria mãe mais uma vez para atingir seus objetivos.

 

Odete conta com seus aliados, que se envolvem em um escândalo de corrupção na empresa, como é o caso de Marco Aurélio, vivido por Reginaldo Faria e ex de Heleninha.

 

Marco era casado com Leila (Cassia Kis), que acaba se tornando peça fundamental da trama quando procura se vingar de Maria de Fátima, mas acaba atingindo outra vilã, Odete.

 

Odete e Maria de Fátima rompem a aliança após a diretora da TCA descobrir que a nora tem um caso com seu amante. É quando acontece a grande reviravolta da trama: Maria de Fátima, sem o apoio de Odete, perde a vida de luxos e pede ajuda para a mãe, que acabara se tornando proprietária de uma bem-sucedida rede de restaurantes.

 

A partir daí, uma trama que envolve mistérios e trapaças se forma, culminando na morte da grande vilã da novela, Odete, e no mistério que ronda seu assassinato. O segredo foi guardado até para os atores da novela, que recebiam os roteiros horas antes da gravação.

 

A cena final do último capítulo, histórica, mostra um Marco Aurélio fugindo do País dando uma "banana" para o Cristo Redentor, enquanto toca a música Brasil, de Cazuza, interpretada por Gal Costa.

 

Vale Tudo é considerada uma obra-prima de Gilberto Braga, que se tornou expert em retratar a hipocrisia e a dinâmica das relações de poder.

 

Censura

 

A novela foi exibida durante a Ditadura Militar e estreou antes da Constituição democrática de 1988, fazendo com que ela sofresse censura, ainda que com menos impacto que produções mais antigas. Um exemplo é o casal vivido por Laís (Cristina Prochaska) e Cecília (Lala Deheinzelin) - o primeiro casal homossexual das telenovelas, vale considerar. Diversas cenas das duas precisaram ser reescritas.

 

Apesar da época, Gilberto Braga garantiu que o casal não sofreu preconceito por parte dos telespectadores. "O tema era herança num casamento gay, inspirado no caso do Jorge Guinle Filho. As personagens foram muito bem aceitas", explicou o ator ao Estadão.

 

Especulações

 

O elenco para o remake de Vale Tudo vem sendo escalado, o que gera diversas especulações. O jornal Extra deu conta que Fernanda Torres pode viver Odete Roitman, enquanto Heleninha pode ser vivida por Carolina Dieckmann ou Grazi Massafera. Mas ainda não há nada confirmado.

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A fumaça com o resultado da primeira votação do conclave que elegerá o próximo papa ocorrerá por volta das 14h (de Brasília) nesta quarta-feira, 7.

- Se nenhum papa é escolhido, as cédulas são misturadas com cartuchos contendo perclorato de potássio, antraceno (um componente do alcatrão de carvão) e enxofre para produzir a fumaça preta, que sai pela chaminé.

- Mas, se houver um vencedor, as cédulas queimadas são misturadas com perclorato de potássio, lactose e resina de clorofórmio para produzir a fumaça branca. Sinos também são tocados para sinalizar ainda mais que há um novo papa.

A partir de quinta-feira, 8, as fumaças devem ocorrer nos seguintes horários:

- 5h30 (Horário de Brasília) - somente se for branca, ou seja, se o novo papa tiver sido escolhido

- 7h (Horário de Brasília)

- 12h30 (Horário de Brasília) - somente se for branca

- 14h (Horário de Brasília)

Os horários foram informados pelo diretor da sala de imprensa vaticana, Matteo Bruni.

Dessa forma, são previstas duas fumaças por dia (7h e 14h), mas em caso de resultado positivo, a fumaça será antecipada, e deve sair 5h30, durante a votação da manhã, ou 12h30, na votação da tarde.

Isolamento e início do conclave

O primeiro dia do conclave começa com a missa Pro eligendo Pontifice na Basílica de São Pedro às 10h (5h de Brasília). À tarde, os cardeais entrarão na Capela Sistina a partir das 16h30 (11h30 de Brasília), com uma catequese do cardeal Raniero Cantalamessa.

Em seguida, os eleitores farão o juramento de seguir as regras do conclave e de silêncio. Só então começa a primeira votação.

O papa precisa ser eleito por dois terços dos 133 cardeais presentes, ou seja, ser votado por 89 participantes.

Na manhã desta terça-feira, 6, um homem morreu após ficar preso entre o trem e a porta da plataforma da Estação Campo Limpo da Linha 5-Lilás do Metrô, operada pela ViaMobilidade. Depois de ficar prensada, a vítima foi atingida pelo trem.

De acordo com a ViaMobilidade, "mesmo após todos os alarmes visuais e sonoros, ele (a vítima do acidente) tentou entrar no vagão e acabou ficando preso no espaço entre as portas do trem e da plataforma".

As portas possuem um sensor de movimento de obstrução, mas ele funciona apenas para impedir que os trens partam com as portas abertas. Não há sensores no vão entre a porta da plataforma e a porta do trem.

"A Linha 5-Lilás dispõe de um sistema, utilizado nacional e internacionalmente, de sensores de obstrução de portas para impedir que os trens partam com as portas abertas. No caso em questão, mesmo após os alarmes visuais e sonoros, ao tentar entrar no vagão, o passageiro acabou ficando no espaço entre o trem e a plataforma, onde não há sensores. Como tanto as portas de plataforma quanto as do vagão estavam fechadas, o trem partiu", explica a concessionária.

As operações da Linha Lilás ficaram suspensas das 8h06 às 8h30, quando o funcionamento retornou.

Como funcionam as portas de plataforma?

A Linha 5-Lilás tem portas de plataforma em todas as suas estações desde 2022 com o objetivo de trazer maior segurança. A Linha 4- Amarela, também operada pela ViaMobilidade, usa o mesmo sistema de segurança, assim como a Linha 15-Prata (monotrilho).

As portas funcionam com um sistema chamado Plataform Screen Door (PSD), que evita a queda de passageiros ou objetos no lado da via através da instalação de paredes fixas e portas automáticas entre a plataforma e a via. As PSD são sincronizadas com a abertura e fechamento das portas do trem.

Segundo a ViaMobilidade, a Linha Lilás tem 1.248 portas que passam por 262 mil ciclos de abertura e fechamento por dia.

Na época de contratação do sistema de segurança, a fornecedora Bombardier atrasou os trabalhos e foi multada em mais de R$ 50 milhões.

Além das linhas Lilás e Amarela, algumas estações das Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha também possuem as portas de segurança. Em 2019, quando foram contratadas, o governo de São Paulo afirmou que essas portas são equipamentos de segurança que permitem "a redução do número de interferências na via, aumentando a regularidade da circulação dos trens e a segurança dos usuários".

De acordo com o contrato, as portas contratadas para as linhas Azul, Verde e Vermelha deveriam ter 2,10 metros de altura, sensor de presença de pessoas no vão entre os trens e as portas e transparência mínima de 70% nas áreas das fachadas.

Em fevereiro deste ano, as portas de plataforma começaram a ser instaladas na Sé, uma das estações mais movimentadas da capital. Outras grandes estações como a Palmeiras-Barra Funda, Corinthians-Itaquera e Tamanduateí também já têm o sistema de segurança.

Em entrevista ao Estadão, o engenheiro civil especialista em segurança no transporte viário Antônio Clóvis Ferraz, professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), afirmou que o modelo de portas automáticas em plataformas é seguro e diminui, no geral, o número de acidentes.

"É bastante seguro, tanto que, nos países que já utilizam, o número de acidentes graves tem sido muito menor com essa porta. Mas nenhum dispositivo é totalmente seguro. A automação parte do pressuposto de que o risco é muito pequeno, mas existe", afirma.

A superlotação das plataformas e trens, no entanto, colabora para uma redução na segurança. "Mas este é um problema inerente a qualquer mega metrópole do mundo", segundo ele.

O Gaeco - braço do Ministério Público de São Paulo que combate crime organizado - denunciou nesta terça, 6, um grupo de seis suspeitos de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), todos com extensa ficha policial, por "constituírem e integrarem organização criminosa destinada à prática de delitos contra a ordem tributária, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro".

A acusação vem na esteira da Operação Latus Actio, deflagrada no dia 12 de março de 2024 com o objetivo de reprimir a exploração de jogos de azar por intermédio de rifas promovidas e divulgadas por artistas e influenciadores em suas redes sociais.

Seis promotores do Gaeco subscrevem a denúncia contra Henrique Alexandre Barros Viana, o "Rato", Daniela Cristina Viana, Gratuliano de Souza Lira, o "Quadrado", ou "Quaqua" ou "Espanha", Moisés Teixeira da Silva, o "Tatuzão", Ronaldo Pereira Costa e Márcio Geraldo Alves Ferreira, o "Buda".

Em 12 de dezembro do ano passado, o Gaeco e a Polícia Federal, por meio da Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado (Ficco/SP), foram às ruas na segunda fase da operação. No último dia 25, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, a força-tarefa novamente entrou em cena, desta vez na mira de policiais.

De acordo com a investigação, o grupo econômico "Love Funk", cujo ramo de atuação é o agenciamento de artistas e a produção de shows de funk, ostenta faturamento milionário. O Estadão busca contato com a empresa citada. O espaço está aberto.

Segundo o Gaeco, Love Funk, "cujo ramo de atuação é o agenciamento de artistas e a produção de shows de funk", é composto por empresas administradas por "Rato" e Daniela.

Entre as diversas transações financeiras suspeitas realizadas pelo grupo, destaca a Promotoria, estão a movimentação de recursos superiores a sua capacidade financeira declarada/comprovada e movimentação de recursos vultosos nos anos de 2020 e 2021, "período no qual, muito embora se estivesse no auge da pandemia da covid-19, justificou-se tratar de bilheterias e vendas em shows".

A quebra do sigilo fiscal, bancário e telemático dos denunciados - entre os quais estão um suspeito que atualmente cumpre pena pelos assassinatos de "Gegê do Mangue" e "Paca", ambos líderes do PCC, e um outro que recebeu sentença de 15 anos de prisão por participar do roubo à sede do Banco Central em Fortaleza, da qual foram roubados R$ 150 milhões -, "evidenciou que parte dos recursos movimentados pelo grupo tem como origem o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas, possibilitando a expansão do seu patrimônio por meio do uso de interpostas pessoas, como no caso da extensa fazenda localizada na Paraíba para a criação de gado".

Os promotores de Justiça pedem à Justiça que determine reparação do dano moral coletivo, em valor não inferior a R$ 10 milhões, e decrete a perda em favor do Estado de São Paulo dos valores e bens, móveis e imóveis, dos denunciados e das pessoas jurídicas, bloqueados, apreendidos, arrestados e sequestrados na ação.