'Back to Black': o que quer dizer a música que dá nome à cinebiografia de Amy Winehouse?

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A cinebiografia Back to Black, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 16, empresta o título do segundo - e último - álbum de estúdio de Amy Winehouse, lançado em 2006. É nome, também, de uma das faixas do disco, e a mais popular da cantora britânica no Spotify, com quase 1 bilhão de reproduções.

 

Soturna e melancólica, Back to Black fala sobre o luto que acompanha o fim de um relacionamento. Amy revela um coração partido, versando sobre um homem que a abandona e volta para a ex, como se a paixão avassaladora entre deles nunca tivesse acontecido. Ela, por outro lado, fica destruída, na escuridão, presa à memória do que costumavam ser. "Nós só dissemos adeus com palavras / Eu morri umas cem vezes / Você volta para ela e eu volto para / Eu volto para nós", canta ela, em tradução livre.

 

A composição é autobiográfica. Não só esta faixa, como outras do álbum, foram inspiradas na fase inicial do relacionamento de Amy com Blake Fielder-Civil, que mais tarde se tornaria seu marido. Os dois se conheceram em 2005, quando ele era assistente de vídeo, e tiveram um caso enquanto ele namorava outra mulher.

 

Conforme revela a canção, o rompimento foi brusco, quando Fielder-Civil decidiu ficar com a então namorada em vez de assumir a relação com Amy. O documentário Amy, de 2015, mostra que ele terminou a relação por mensagem de texto, enquanto estava de férias.

 

O término acabou intensificando a depressão da cantora e seu vício em álcool e outras substâncias. A música também menciona o consumo de drogas, em uma das metáforas sobre o amor contidas na letra. Na vida real, Fielder-Civil, também dependente químico, admitiu ter apresentado heroína à cantora e disse se sentir um dos culpados pela morte dela.

 

Eles retomaram a relação um tempo depois, se casaram em 2007, e se divorciaram dois anos mais tarde, em 2009.

 

No videoclipe de Back to Black, os sentimentos obscuros da cantora são representados com um funeral, em que assiste ao enterro de seu próprio coração.

 

O filme

 

Em Back to Black, da cineasta Sam Taylor-Johnson, Amy Winehouse é interpretada pela atriz Marisa Abela. O filme gira em torno, justamente, do romance turbulento da cantora com Blake Fielder-Civil, vivido pelo ator Jack O'Connell. As letras de suas músicas serviram como principal fonte de material da produção.

 

Confira a letra de 'Back to Black' com tradução:

 

He left no time to regret

Ele não deixou tempo para se arrepender

Kept his dick wet

Manteve o seu pênis molhado

With his same old safe bet

Com a mesma velha aposta segura de sempre

Me and my head high

Eu e minha cabeça erguida

And my tears dry

E as minhas lágrimas secas

Get on without my guy

Sigo em frente sem o meu cara

 

You went back to what you knew

Você voltou para o que conhecia

So far removed

Tão distante

From all that we went through

De tudo o que passamos

And I tread a troubled track

Eu sigo um caminho perigoso

My odds are stacked

Minha sorte está contra mim

I'll go back to black

Eu voltarei para a escuridão

 

Refrão

We only said goodbye with words

Nós só dissemos adeus com palavras

I died a hundred times

Eu morri centenas de vezes

You go back to her

Você volta para ela

And I go back to

E eu volto para

I go back to us

Eu volto para nós

 

I love you much

Eu te amo muito

It's not enough

Isso não é suficiente

You love blow and I love puff

Você ama cheirar e eu amo fumar

And life is like a pipe

E a vida é como um cachimbo

And I'm a tiny penny

E sou um centavo minúsculo

Rolling up the walls inside

Rolando pelas paredes dentro dele

 

Refrão (x2)

We only said goodbye with words

Nós só dissemos adeus com palavras

I died a hundred times

Eu morri centenas de vezes

You go back to her

Você volta para ela

And I go back to

E eu volto para

We only said goodbye with words

Nós só dissemos adeus com palavras

I died a hundred times

Eu morri centenas de vezes

You go back to her

Você volta para ela

And I go back to

E eu volto para

I go back to

Eu volto para

Black, black

A escuridão, a escuridão

Em outra categoria

A professora de Matemática Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos, foi encontrada morta, na última segunda-feira, 28, em um terreno baldio ermo e pouco iluminado na Avenida João Paulo da Silva, próximo ao Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.

O caso é investigado pela Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil diz analisar imagens de câmeras de monitoramento, ouvir familiares e coletar mais materiais para esclarecer o episódio.

"As investigações seguem para apurar se o crime configura latrocínio, conforme registrado inicialmente, ou homicídio", informa Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP), em nota. Veja o que se sabe sobre o caso até agora.

O que aconteceu no dia do crime?

Conforme a investigação, Fernanda saiu de casa no último domingo para socorrer a esposa, de 45 anos, que teve um problema mecânico com seu carro, na Avenida Jaguaré, na zona oeste.

As duas estavam casadas havia oito anos, mas moravam em casas separadas desde o ano passado. A mulher levava os dois filhos do casal para a residência da professora, quando seu carro parou. Como estava com os filhos, ela pediu ajuda a Fernanda e enviou sua localização.

Imagens de câmeras de vigilância do prédio mostram a vítima descendo sozinha pelo elevador, portando seu celular. Em seguida, ela deixa o prédio a bordo de uma SUV Hyundai Tucson para socorrer a companheira.

A esposa teria sido a última pessoa com quem a professora de Matemática teve contato.

O que diz a esposa de Fernanda?

Segundo a companheira de Fernanda, a professora não chegou ao local combinado. Em depoimento à polícia, ela disse que o carro voltou a funcionar cerca de meia hora depois e se dirigiu ao prédio da vítima para deixar as crianças, mas ela não estava.

No dia seguinte, a professora não foi trabalhar. Como a esposa não conseguia contato, resolveu comunicar o desaparecimento de Fernanda à polícia.

Quando e onde Fernanda foi encontrada?

Após denúncia anônima, policiais militares encontraram o corpo de Fernanda na última segunda-feira, 28. A vítima foi localizada em um terreno na Avenida João Paulo da Silva, na Vila da Paz. O local é descrito como ermo e pouco iluminado.

Fernanda estava caída de costas, vestida com calça, blusa, meia e sandálias, aparentando um pijama. Conforme a polícia, o corpo apresentava sinais de estrangulamento. Foi encontrado um cadarço amarrado em seu pescoço.

O que aconteceu com os pertences da professora?

O celular e o carro de Fernanda não foram encontrados, o que levou a polícia a suspeitar inicialmente de latrocínio. No mesmo dia, o foco das apurações passou a incluir o homicídio.

"Ressalta-se que a natureza da ocorrência, lançada no registro preliminar, pode ser revista e ajustada durante o curso do inquérito, sem prejuízo à investigação", diz a SSP-SP.

Quem era Fernanda Reinecke Bonin?

Fernanda era graduada em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP) e especializada em necessidades especiais na educação pela Universidade MacEwan, do Canadá. Ela lecionava na Beacon School, escola bilíngue de alto padrão, localizada na zona oeste da cidade.

"Fernanda marcou profundamente a vida de muitos estudantes e colegas com sua dedicação, gentileza e compromisso com a educação e deixará muita saudade", informou o colégio, por meio de nota.

O corpo dela foi sepultado nesta quarta-feira, 30, em um cemitério de Santo André, na região do ABC paulista.

Como era a relação da professora com a esposa?

Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, a professora de Matemática era casada havia oito anos com Fernanda Fazio, de 45 anos.

Fazia um ano que as duas não moravam juntas, após idas e vindas no relacionamento. Elas frequentavam sessões de terapia de casal e buscavam a reconciliação. Juntas, elas tiveram dois filhos, que se revezavam nas casas das mães.

Morte foi planejada?

A polícia ainda não informou ter localizado, identificado ou prendido algum suspeito do crime e não deu outros esclarecimentos sobre o caso.

A pasta informou nesta quinta, 1°, que as investigações seguem para apurar se o crime configura latrocínio - roubo seguido de morte -, conforme registrado inicialmente, ou homicídio. Neste segundo caso, a hipótese é de que alguém planejou a morte da educadora, podendo ter simulado um roubo.

"A Divisão de Homicídios do DHPP investiga a morte de uma mulher de 42 anos, cujo corpo foi localizado na manhã de segunda-feira (28), em um terreno na Avenida João Paulo da Silva, na zona sul da capital. A autoridade policial analisa imagens de câmeras de monitoramento, realiza a oitiva de familiares e atua na coleta de elementos que auxiliem no esclarecimento dos fatos", disse a pasta, em nota.

O cenário de praias cobertas com lonas e barracas que chegam a impedir o banho de sol na areia pode estar com os dias contados, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Um projeto de lei legislativo proíbe a instalação de tendas, barracas, gazebos e estruturas similares em todas as 102 praias do município. Quem descumprir terá o apetrecho apreendido pela fiscalização e pagará R$ 1 mil para reavê-lo. Recebe também uma multa de R$ 1 mil pela infração à lei.

Mas o projeto ainda depende de sanção da prefeita Flávia Pascoal (PL). Caso a norma seja sancionada, haverá um prazo de 60 dias para a regulamentação. A reportagem procurou a prefeitura de Ubatuba para se manifestar sobre a iniciativa da Câmara e aguarda retorno.

A nova regra permite o uso de guarda-sóis com até três metros de diâmetro e abre exceções para eventos previamente autorizados e estruturas de apoio a órgãos públicos ou prestadores de serviços licenciados. Também são permitidas as tendas de ambulantes em pontos fixados pela prefeitura, geralmente na borda da faixa de areia.

A medida foca principalmente nas praias mais movimentadas da cidade, como Praia Grande, Itamambuca, Praia do Tenório e Toninhas. Nestas, as tendas e barracas ocupam grandes espaços. O problema é menor nas praias mais afastadas do centro e de ilhas, como a Anchieta.

O projeto, que foi aprovado por unanimidade, na sessão desta terça-feira, 29, prevê que os valores arrecadados com as multas e apreensões serão destinados ao Fundo Municipal de Turismo e ao Fundo Social.

De acordo com o autor da proposta, vereador Gady Gonzalez (MDB), o objetivo é dar ao turista mais acessibilidade às áreas comuns da orla e evitar riscos à segurança. "Está havendo uma ocupação desordenada das praias, o que tem dificultado o trabalho de guarda-vidas, pois atrapalha a visibilidade para salvamentos, e causa um aumento nos casos de crianças perdidas", diz o vereador, que também é presidente da Câmara.

Segundo ele, a beleza das praias desaparece sob a profusão de tendas e barracas, que dificultam inclusive o trânsito dos banhistas pela faixa de areia. A situação se agrava na alta temporada, quando a cidade recebe um grande número de turistas. "Não dá para caminhar, nem tomar sol. A praia toda fica coberta pelas tendas e barracas. É uma regulamentação para mudar a cara da nossa cidade", diz.

A Associação Comercial de Ubatuba declarou apoio à proposta. De acordo com o presidente Adriano Klopfer, o ordenamento urbano é importante para atrair o turismo sustentável e para o desenvolvimento da cidade com preservação e atenção, não só ao turista, mas também à população local.

Ubatuba já cobra uma taxa do turista que busca suas praias. A Taxa de Preservação Ambiental é cobrada de cada veículo de fora que fica mais de quatro horas na cidade e varia conforme o tipo de veículo. Os valores em vigor este ano são de R$ 3,69 por dia para motos, R$ 13,73 para carros de passeio e R$ 20,59 para utilitários. Vans de excursão pagam R$ 41,18, micro-ônibus e caminhões R$ 62,30, e dos ônibus são cobrados R$ 97,14.

Uma policial militar que atua na Baixada Santista foi assaltada e agredida por criminosos, na noite desta quarta-feira, 30, no Sistema Anchieta-Imigrantes, em Cubatão.

Ela foi abordada por dois homens que levaram seus pertences, inclusive sua arma, uma pistola calibre 40. A ocorrência foi confirmada nesta quinta-feira, 1, pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

A policial, de 33 anos, atua no 29º Batalhão da Polícia Militar do Interior, sediado em Itanhaém, mas que atende também as cidades de Mongaguá, Peruíbe, Pedro de Toledo e Itariri.

Ela tinha saído do trabalho e seguia de carro para São Paulo. No km 59 da Interligação Anchieta-Imigrantes, na altura do Jardim Nova República, a PM percebeu que o carro estava trepidando e parou no acostamento para verificar se algum pneu havia furado.

Foi quando dois homens a abordaram e, agindo com violência, exigiram que entregasse seus pertences. Além da pistola da policial com quatro munições e um carregador, os suspeitos roubaram documentos, cartões de crédito e um celular. Eles fugiram em seguida.

Segundo a SSP, a PM foi agredida durante a ação e precisou ser socorrida ao Pronto-Socorro Central de Cubatão. Ela foi medicada e liberada. O caso foi registrado como roubo pela delegacia da Polícia Civil, que investiga o assalto e tenta identificar os suspeitos. A PM acompanha o andamento das investigações.