'Renascer': morte de José Venâncio comove a web, que relembra a cena da versão de 1993

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A morte de José Venâncio, interpretado por Rodrigo Simas, no remake da novela Renascer de 2024, chocou a web no capítulo desta segunda-feira, 22. Usuários elogiaram a atuação de Simas, Marcos Palmeira e Juan Paiva e compararam a cena da morte do personagem com a primeira versão da novela, de 1993.

 

Durante a cena, José Venâncio e João Pedro - interpretado por Paiva e que na trama é irmão de Venâncio - estão no carro quando José Venâncio é atingido por uma bala de espingarda do coronel Egídio (Vladimir Brichta), que tinha o objetivo de matar João. Ao ver que Venâncio foi atingido, o irmão o leva para a casa do pai, mas ele não resiste aos ferimentos. O pai, José Inocêncio, interpretado por Marcos Palmeira, se comove com a perda. O corpo de Venâncio é velado no local.

 

Veja a cena da morte de Venâncio aqui

 

Internautas compararam a cena com a versão de Renascer de 1993, além de lamentar a morte do personagem e elogiar a atuação Marcos Palmeira ao ver a morte do filho.

 

Quando vai ao ar Renascer?

 

A novela vai ao ar depois do Jornal Nacional, às 21h15, na TV Globo, e pode ser assistida também na Globoplay.

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O Vaticano revisou na sexta-feira, 17, o processo de avaliação de supostas visões da Virgem Maria, estátuas que choram e outros fenômenos aparentemente sobrenaturais que marcaram a história da Igreja. A reformulação endurece posicionamentos e reconhecimentos, de maneira geral, do que é verdadeiro ou falso.

As normas, de 1978, foram revisadas pela primeira vez, com o argumento de que elas não eram mais úteis ou viáveis na era da internet. Hoje, notícias sobre aparições de estátuas da Virgem Maria chorando se espalham rapidamente, e podem prejudicar os fiéis se impostores tentarem lucrar com as crenças das pessoas, disse o Vaticano.

As novas normas deixam claro que tal abuso da fé pode ser punido canonicamente. "O uso de supostas experiências sobrenaturais ou elementos místicos reconhecidos como meio ou pretexto para exercer controle sobre as pessoas ou realizar abusos deve ser considerado de particular gravidade moral."

O objetivo é evitar escândalos, manipulações e confusões, e o Vaticano reconheceu a própria culpa em confundir os fiéis com a forma como avaliou e autenticou supostas visões ao longo dos séculos.

Apesar dos novos critérios, as decisões passadas sobre eventos supostamente sobrenaturais - como em Fátima, Guadalupe ou Lourdes - permanecem válidas. "O que foi decidido no passado tem seu valor", disse o cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, chefe do escritório de doutrina do Vaticano.

A Igreja Católica tem uma longa e controversa história de fiéis que afirmam ter tido visões da Virgem Maria, de estátuas supostamente chorando lágrimas de sangue e cicatrizes surgindo nas mãos e pés, imitando as feridas de Cristo.

Quando confirmados como autênticos pelas autoridades da Igreja, esses sinais inexplicáveis levaram a um florescimento da fé, com novas vocações religiosas e conversões. Esse foi o caso das supostas aparições de Maria que transformaram Fátima, em Portugal, e Lourdes, na França, em destinos de peregrinação enormemente populares.

As normas permitem que um evento possa, em algum momento, ser declarado "sobrenatural," e que o papa possa intervir no processo. Mas, "como regra", a Igreja não vai mais autenticar eventos inexplicáveis ou tomar decisões definitivas sobre sua origem sobrenatural.

E em nenhum momento os fiéis são obrigados a acreditar nos eventos particulares, disse o cardeal Víctor Manuel Fernández. "A igreja dá aos fiéis a liberdade de prestar atenção ou não".

Até hoje, menos de 20 aparições foram aprovadas pelo Vaticano em 2 mil anos de história, de acordo com Michael O'Neill, que administra o recurso online The Miracle Hunter.

Como será o novo processo?

As novas normas reformulam o processo de avaliação da Igreja Católica, essencialmente retirando da mesa a possibilidade de as autoridades eclesiásticas declararem uma visão particular, cicatrizes ou outro evento aparentemente inspirado divinamente como sobrenatural.

Em vez disso, os novos critérios preveem seis resultados principais, sendo o mais favorável que a igreja emita um parecer doutrinal não comprometedor, um chamado "nihil obstat." Tal declaração significa que não há nada sobre o evento que seja contrário à fé, e, portanto, os católicos podem expressar devoção a ele.

Enquanto no passado o bispo muitas vezes tinha a última palavra no reconhecimento ou não, a menos que fosse solicitada ajuda do Vaticano, agora todas as recomendações devem ser aprovadas. O bispo pode adotar abordagens mais cautelosas se houver sinais de alerta doutrinais sobre o evento relatado. O mais sério prevê uma declaração de que o evento não é sobrenatural ou que há bandeiras vermelhas suficientes para justificar uma declaração pública "de que a adesão a esse fenômeno não é permitida."

O caso mais flagrante de confusão foi a alternância de determinações de autenticidade por uma sucessão de bispos ao longo de 70 anos em Amsterdã, na Holanda, sobre as supostas visões de Virgem Maria no santuário de Nossa Senhora de Todas as Nações.

Outro situação semelhante levou o Vaticano, em 2007, a excomungar os membros de um grupo de Quebec, no Canadá, o Exército de Maria, depois que sua fundadora afirmou ter tido visões marianas e se declarou a reencarnação da mãe de Cristo.

As normas revisadas reconhecem o potencial real para tais abusos e alertam que impostores serão responsabilizados, inclusive com penalidades canônicas.

Neomi De Anda, diretora executiva do Instituto Internacional de Pesquisa Mariana da Universidade de Dayton, disse que as novas diretrizes representam uma mudança significativa e bem-vinda para a prática atual, ao mesmo tempo que reafirmam princípios importantes.

"Os fiéis podem se envolver com esses fenômenos como membros da fé em práticas populares de religião, enquanto não sentem a necessidade de acreditar em tudo que é oferecido a eles como sobrenatural, assim como a cautela contra ser enganado e ludibriado", disse.

'Examinem tudo, retenham o que é bom'

Robert Fastiggi, que ensina teologia mariana no Seminário Maior do Sagrado Coração em Detroit, Michigan, e é especialista em aparições, disse que à primeira vista esse requisito pode parecer retirar autoridade do bispo local.

"Mas acho que a intenção é evitar casos em que a Santa Sé possa se sentir motivada a anular uma decisão do bispo local", disse.

"O que é positivo no novo documento é o reconhecimento de que o Espírito Santo e a Santíssima Mãe estão presentes e ativos na história humana", avalia. "Devemos apreciar essas intervenções sobrenaturais, mas perceber que elas devem ser discernidas adequadamente."

Ele citou a frase bíblica que melhor se aplica: "Examinem tudo, retenham o que é bom."

Eventos inspiraram milhões de católicos

Figuras da Igreja que afirmaram ter experimentado a erupção de cicatrizes, incluindo Padre Pio e o homônimo do papa Francisco, São Francisco de Assis, inspiraram milhões de católicos, mesmo que as decisões sobre a autenticidade tenham sido elusivas.

O próprio papa se manifestou sobre o fenômeno, deixando claro que ele é devoto das principais aparições marianas aprovadas pela igreja, como Nossa Senhora de Guadalupe, que os fiéis acreditam ter aparecido a um indígena no México em 1531.

Mas o pontífice expressou ceticismo sobre eventos mais recentes, incluindo reivindicações de mensagens repetidas de Maria a "videntes" no santuário de Medjugorje, na Bósnia-Herzegovina, mesmo permitindo que peregrinações aconteçam lá.

"Eu prefiro a Madonna como mãe, nossa mãe, e não uma mulher que é a chefe de um escritório telegráfico, que envia uma mensagem todos os dias a uma certa hora", disse o papa Francisco a repórteres em 2017.

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A editora gaúcha Bestiário está lançando uma antologia de poemas dedicada às vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul.

O livro de poemas Sob as águas, Sobre a Esperança tem organização de Alexandre Brito, Cleso Gutfreind e Dilan Camargo, e conta com textos de 59 poetas que aderiram à causa."A ideia, desde o começo, foi levar alguma poesia para as muitas vítimas das enchentes no RS. Poderia parecer secundário, mas toda prosa lúcida diz que não é. A poesia faltou antes da catástrofe e será necessária depois", escrevem os organizadores, em trecho da apresentação da obra.

Confira um dos poemas selecioandos:

Havia um homem vivo numa vala. Lá ele dormia, vivo.

Valha-me Deus, vivo! Respirava, e ninguém ouvia.

O homem da vala ninguém via. De manhã, o orvalho

cobria a pele fria sobre suas veias quase vazias.

De noite, veio a chuva. A enxurrada. A água, o esgoto, o

Guaíba. O homem da vala não foi velado. Esvaiu-se.

'Mais valia', por Ana Lasevicius

A versão digital do livro pode ser conferida aqui.

Uma nova frente fria avança pelo Sul desde a sexta-feira, 17. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) acendeu alertas de chuvas intensas e temporais para o noroeste e nordeste do Rio Grande do Sul, e todo o Estado de Santa Catarina e do Paraná até o fim da tarde deste sábado, 18, e a madrugada do domingo, 19.

O alerta de tempestade pega uma faixa entre sul, oeste e norte catarinense, passa pelo Vale do Itajaí e pela Grande Florianópolis; e chega até sudeste e centro oriental paranaense. Segundo o Inmet, os volumes de chuva podem ficar entre 30 e 60 mm/h, com ventos intensos, de 60 a 100 km/h, e possibilidade de queda de granizo. Nas demais áreas, com alerta de chuva intensa, o Inmet aponta para volumes entre 20 e 30 mm/h, e ventos fortes, entre 40 e 60 km/h.

De acordo com o Climatempo, a frente fria espalha nuvens por todo o Sul, mas prevê chuva mais volumosa sobre o "norte gaúcho, incluindo a serra gaúcha, no oeste e sul de Santa Catarina".

O Estado vive sua maior tragédia climática desde que as chuvas começaram no fim de abril. Ao menos 154 pessoas morreram no Rio Grande do Sul, mas esse número ainda é considerado parcial e tende a aumentar ao longo dos próximos dias. Ainda há 96 desaparecidos e 806 feridos em decorrência das chuvas, conforme a Defesa Civil. Mais de 2,2 milhões de gaúchos foram afetados e há 540 mil desalojados.

O frio continua no RS e em SC, enquanto Sudeste e Centro-Oeste esquentam mais, diz a Climatempo. A frente fria se aproxima de São Paulo, mas, por ora, só aumenta a nebulosidade, e traz pancadas de chuva no Mato Grosso do Sul. O Inmet também acendeu alerta de chuvas intensas para o sudoeste e pantanal sul de Mato Grosso do Sul.