Greta Van Fleet faz rock competente, mas enfrenta anticlímax em Lollapalooza já esvaziado

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Dias antes de se apresentar no Lollapalooza Brasil, o baixista do Greta Van Fleet, Sam Kiszka, disse ao Estadão que, de uns tempos para cá, o público da banda americana, que faz um hard rock "setentista" - há quem prefira o termo "raiz" -, tem experimentado uma plateia multigeracional. Sobretudo, a geração Z.

 

Entretanto, boa parte da juventude que lotou o Lolla neste domingo, 24, deixou o autódromo de Interlagos após o show de Sam Smith. Até mesmo a apresentação da excelente cantora Sza, unica heardliner mulher dessa edição, recebeu um público menor do que os headliners de sexta-feira e sábado.

 

Kiszka e seus irmãos Josh, Jake, e Daniel Wagner, que completam o Greta, encerraram a programação deste ano para um festival já bastante esvaziado. Essa foi a terceira vez que a banda tocou no País. A primeira foi no próprio Lolla, em 2019.

 

Diante disso, cabe a pergunta: vale à pena trazer um grupo que de lá para cá não apresentou grandes novidades, preferindo continuar apegado ao rock clássico que o consagrou? - Pois assim é Starcatcher, seu álbum de 2023 - E, sobretudo, como atração final?

 

Sim, Greta Van Fleet é algo como uma boyband que faz som de garagem - os mais maldosos apelidaram a banda de boyband do Led Zeppelin. Se por um lado é alívio para jovens fãs que não curtem pop rock, por outro, é impossível dissociar a banda desse conceito. Por mais que seus integrantes se esforcem para isso.

 

No show apresentado no Lolla, Greta Van Fleet abriu com The Falling Sky, de Starcatcher, com Josh mostrando sua excelência vocal. Em seguida, Safari Song, um de seus primeiros sucessos, quando o solo de guitarra de Jake arrancou gritos do público.

 

Seguiram com músicas como Black Smoke Rising, Meeting The Master, Heat Above e Light My Love. Tudo dentro do esperado para o Greta. Competentíssimo no que se propõe a fazer. Nada além disso. Apresentando-se para seu público em específico - por vezes, com longos solos, sem possibilidade de atrair quem foi ao Lollapalooza para ver outras atrações do dia. Sam Smith, com show repleto de referências, teve adesão mais diversificada.

 

You Are The One, When The Curtain Falls Safari Song, Highway Tune, que fizeram parte dos primeiros EPs e álbuns da banda - e que rapidamente avançaram os primeiros lugares da parada da Billboard americana - foram tocadas.

 

Na parte final, Highway Tune e When The Curtain Falls, músicas que avançaram nos primeiros lugares da parada da Billboard americana quando foram lançadas, entre 2017 e 2018, e garantiram a fama da então inciante banda.

 

O Lollapalooza Brasil 2024, a 11ª edição do evento, terminou com certo anticlímax. Quem resistiu a dias de tempo fechado, chuva, muita lama e fila para o transporte público merecia sair com aquela última sensação de que valeu à pena ter passado por tudo isso e a ponto de esperar o show derradeiro. Greta Van Fleet, como última atração, ofereceu "meia experiência" - para usar uma expressão queridinha dos organizadores dos festivais.

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Brasileiros e residentes no Brasil que visitarem o Equador precisarão agora apresentar certificado de vacinação contra a febre amarela para poderem ingressar no país. A medida é válida a partir do dia 12 e será igualmente cobrada de viajantes vindos da Bolívia, Colômbia e Peru.

A exigência também se aplica a visitantes de qualquer nacionalidade que tenham permanecido por mais de dez dias nesses países antes de ingressar no Equador. O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde equatoriano.

O governo informa que também iniciará uma campanha de vacinação nas províncias amazônicas equatorianas (fronteiriças com a Colômbia e o Peru) e para pessoas que viajem para a região da selva. Neste ano, até o dia 28 de abril, o Equador registrou oficialmente três casos de febre amarela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça terem informado que impediram um possível ataque a bomba durante o show de Lady Gaga na praia de Copacabana, no sábado, 3, a equipe da cantora se manifestou, afirmando que só tomaram conhecimento do potencial problema de segurança por meio da mídia, já neste domingo, 4.

Em declaração à agência AP, um porta-voz de Lady Gaga informou que tanto a cantora quanto a sua equipe "tomaram conhecimento dessa suposta ameaça através de informações da imprensa nesta manhã."

"Antes e durante o espetáculo, não houve preocupações de segurança conhecidas, nenhuma comunicação por parte da polícia ou das autoridades a Lady Gaga sobre possíveis riscos", continuou.

O porta-voz ainda destacou que a equipe de Lady Gaga "trabalhou com as forças de ordem durante o planejamento e execução do show e todas as partes confiavam nas medidas de segurança implementadas".

Operação Fake Monster

A operação que investigou o possível ataque a bomba foi batizada de Fake Monster, já que os fãs da cantora são apelidados de little monsters, ou monstrinhos. De acordo com a Polícia, os envolvidos no plano de ataque recrutavam participantes, inclusive adolescentes, virtualmente.

O objetivo era promover ataques coordenados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os criminosos tratavam o plano como um "desafio coletivo" e buscavam ganhar notoriedade nas redes sociais, segundo a PCERJ. O grupo disseminava discurso de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

A Polícia Civil de São Paulo chegou a cumprir quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da operação, incluindo a localização de um adolescente de 16 anos na cidade de São Vicente, no litoral paulista, que reconheceu ser autos de algumas das mensagens de ódio publicadas na internet.

O adolescente foi localizado no bairro Vila Jockey Clube. Os policiais apreenderam com ele um computador, um celular, um HD externo, um cartão de memória e um videogame. Ele foi liberado na presença do pai dele.

O show de Lady Gaga em Copacabana

A apresentação da cantora no Rio de Janeiro foi considerada a maior de sua carreira, diante de uma plateia de 2,1 milhões de pessoas (estimativa da prefeitura, polícia e organização), e teve repercussão internacional.

No palco, cantou a maior parte de seus sucessos e trocou de roupa inúmeras vezes, como numa performance teatral dinâmica. Também fez diversos pedidos de desculpas e declarações de amor ao público brasileiro. (Com informações da agência AP)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento que discute a adoção do modelo de escolas cívico-militares em São Paulo. Ele pediu vista na última sexta-feira, 2. A Corte julgava se mantinha, ou não, uma decisão do ministro Gilmar Mendes que liberou a implementação do programa.

A decisão de Gilmar atendeu a um pedido do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele cassou uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que havia suspendido a lei que instituiu o modelo de escola cívico-militar no Estado. O programa é uma das prioridades de Tarcísio na sua gestão.

Ao avaliar o caso, Gilmar considerou que o TJ-SP invadiu a competência do STF ao suspender o modelo porque a lei que instituiu as escolas cívico-militares também é alvo de ações no Supremo. Por isso, o ministro entendeu que a ação em tramitação na Justiça estadual deveria aguardar julgamento pelo Supremo.

O TJ-SP havia acolhido uma ação da Apeoesp, maior sindicato de professores da rede estadual. A entidade alega que questões relativas a essa modalidade de ensino são de competência federal. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), porém, defende a prerrogativa de o Estado criar o programa.

De acordo com o governo de São Paulo, 300 escolas mostraram interesse pela adoção do modelo cívico-militar em consulta pública. A adesão das escolas ao programa é voluntária. A previsão inicial de implementação era para 2026, mas em fevereiro a Secretaria Estadual da Educação anunciou 100 escolas que devem adotar o modelo a partir do segundo semestre deste ano.