Sam Smith faz show 'sobre liberdade' com tom grandioso no Lollapalooza 2024

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Sam Smith é o tipo de artista que não recebe o devido crédito. Tem uma qualidade vocal impressionante, uma grande quantidade de sucessos e consegue fazer um show de excelência, como provou na noite deste domingo, 24, no Lollapalooza 2024.

 

Antes mesmo da apresentação começar, o público já se aglomerava no Palco Samsung Galaxy. A antecipação era alta e quando dançarinos subiram ao palco e acenderam sinalizadores vermelhos, o público vibrou. De boina e figurino preto com brilhos, Smith apareceu no topo de uma enorme escultura que lembrava um corpo humano deitado.

 

Fez a escolha certa em começar com a emocionante Stay With Me, seu primeiro grande hit solo. Fisgou o público sem esforço e emendou em outro sucesso: I'm Not The Only One. As baladas melancólicas destacaram sua potência vocal e proporcionaram um grande coro com a plateia.

 

A conexão com o público se manteve durante toda a apresentação. Smith chamou os espectadores e pediu que cantassem, pulassem e dançassem. A mensagem clara era de que todos eram bem vindos ali. A diversidade, inclusive, foi o principal tema do show.

 

Smith, que é abertamente gay e se identifica como uma pessoa não binária, fez um discurso depois das primeiras músicas. "Esse show significa muito para mim e todos nesse palco. Estamos viajando o mundo há algum tempo e digo a mesma coisa toda noite. Esse show é sobre uma coisa: liberdade. De usar o que você quiser usar, cantar o que quiser cantar e liberdade para ser quem você quiser. Por favor, divirtam-se conosco hoje".

 

Em um melhores momentos do show, Smith voltou de uma pausa usando um longo vestido preto de mangas bufantes. "Gostaram do meu vestido?", perguntou. O público gritou alto em reposta. Cantou as ótimas e emocionantes Good Thing e Lay Me Down, antes de mudar o tom.

 

A sensação era de que a apresentação de Smith crescia junto com sua carreira. Os seus discos mais recentes são mais agitados, com toques de dance music. No show, a maior virada ocorreu com Gimme, parceria com Koffee e Jessie Reyez - a cantora, que se apresentou no sábado no festival, subiu ao palco para este momento. Foi a hora, também, dos dançarinos brilharem. Smith, já de boné e regata, também pulou e dançou. Em Lose You, foi como se falasse: pronto, agora que resolvemos a melancolia, vamos dançar.

 

A sequência não dá descanso, com três parcerias com o DJ americano Calvin Harris: Promises, I'm Not Here to Make Friends, quando Smith vestiu uma roupa extravagante com as cores do arco-íris, e Desire, em que apareceu usando a camisa da seleção brasileira e acompanhou os dançarinos em coreografia.

 

Em seguida, Smith cantou Latch, parceria com o duo de música eletrônica Disclosure, seu primeiro grande sucesso, quando ainda não tinha muita projeção. Esbanjou simpatia, mandou beijos e fez o público pular. Depois dessa sequência, é provável que quem estava ali na plateia sem saber muito do show ou do setlist tenha pensando: "nossa, não sabia que essa música era de Sam Smith".

 

Perto do fim, Smith até tirou a camiseta e fez movimentos sensuais para os fãs, que fizeram muito barulho. Cantou também Glória, do disco de mesmo nome de 2023, seu trabalho mais recente. Parte do público já começava a se dispersar para acompanhar o show da americana SZA - uma pena, pois perderam a cereja do bolo.

 

De luvas, espartilho e um chapéu brilhante com chifres, cantou o megahit Unholy, parceria com Kim Petras, que ficou no topo das paradas e rendeu um Grammy à dupla. Um final grandioso para um show que merece o mesmo adjetivo.

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Um incêndio atingiu uma edificação comercial na Rua Conselheiro Furtado, 1343, na Liberdade, região central de São Paulo. Não há registro de vítimas, até o momento. A edificação fica próxima ao CEI Pedacinho do Céu. Na região, uma nuvem cinza é vista do céu. Equipes do Corpo de Bombeiros permaneciam no local por volta das 9h atuando no combate ao fogo dentro do galpão. Ainda não há informações sobre as causas do incêndio - que serão investigadas.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global atingiu o valor de 0,756 no novo ranking divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O índice, calculado a partir de uma média de indicadores de renda, saúde e educação no mundo no ano de 2023, registrou o menor avanço desde o início da série histórica, em 1990. Já o Brasil avançou.

O País agora é o 84º colocado no ranking global, que tem 193 posições. O IDH varia de 0 a 1 - quanto mais próximo de 1, melhor a pontuação. O índice brasileiro ficou em 0,786 e foi classificado na faixa de "alto desenvolvimento humano". Procurada pelo Estadão, a ONU não detalhou os motivos que resultaram na melhora do Brasil no ranking.

No ano passado, referente aos dados de 2022, o Brasil estava em 89º, com IDH de 0,760. Subiu, portanto, cinco posições de 2022 para 2023. O País, porém, ainda está abaixo de outros países latino-americanos como Peru, México e Colômbia, e de nações como Irã e Bósnia. O Brasil teve uma queda no IDH durante a pandemia de covid-19, de 2020 a 2022, e apresentou recuperação de 2022 para 2023.

"Em âmbito global, o Índice de Desenvolvimento Humano teve o menor progresso já registrado, excluindo o período em que houve declínio, em 2020 e 2021 (pandemia)", afirma Pedro Conceição, diretor do Pnud. O indicador não retomou a trajetória anterior a 2020, como era esperado. Essa desaceleração afeta todas as regiões do globo e deve "atrasar" em décadas o alcance de um IDH global muito alto, anteriormente projetado para o ano de 2030.

O índice global atual continua no nível classificado pela ONU como de alto desenvolvimento humano. O documento também aponta um aumento nas desigualdades entre países ricos e pobres, que vinham diminuindo nas últimas décadas. Islândia, Suíça e Noruega estão no topo do ranking, enquanto Sudão do Sul e Somália têm os valores de IDH mais baixos. No contexto atual, marcado também por guerras como entre Ucrânia e Rússia, Israel e Hamas, e com o desafio crescente da crise climática, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) vê a necessidade de uma ação decisiva dos países para reativar a trajetória ascendente do desenvolvimento. A distância entre nações de IDH muito alto e baixo cresceu pelo quarto ano consecutivo, revertendo a tendência de longo prazo anterior, de redução das desigualdades.

PROBLEMAS

Por ser uma média entre indicadores, o IDH mascara as desigualdades na distribuição do desenvolvimento humano. A pontuação global cai para 0,590 quando se considera o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade, um indicador complementar calculado pela agência da ONU que "desconta" os níveis de desigualdade de renda, saúde e educação.

Segundo o relatório, três fatores principais têm estreitado as vias de desenvolvimento tradicionalmente responsáveis por gerar empregos em larga escala e reduzir a pobreza: a diminuição do financiamento internacional, aumentando a crise da dívida em alguns países; as tensões comerciais que reduzem as opções de exportação para grandes mercados; e o crescimento de uma industrialização sem geração de empregos, em parte por causa da automação. Isso afeta principalmente os países em desenvolvimento.

HISTÓRICO E COMPLEMENTOS NO BRASIL

O índice foi publicado pela primeira vez em 1990 e é calculado anualmente. Foi criado como contraponto ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera somente a dimensão econômica do desenvolvimento.

O relatório da ONU também fornece indicadores complementares ao IDH. O Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade, que leva em consideração a distribuição desigual das três dimensões de desenvolvimento humano entre a população de um país, ficou em 0,594 em 2023 no caso do Brasil.

Já o Índice de Desigualdade de Gênero, calculado com base em indicadores de saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica entre os gêneros, em que valores mais altos indicam maior desigualdade: foi de 0,390 em 2023 no Brasil, 96ª posição entre os países avaliados.

Por fim, o Índice de Pobreza Multidimensional, identifica privações múltiplas, em educação, saúde e renda, nos domicílios - e também varia de 0 e 1, sendo que 0 representa ausência de pobreza e 1 representa pobreza extrema. No País, foi de 0,016.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que estava de folga, reagiu a uma tentativa de assalto e atirou contra um suspeito, nesta segunda-feira, 5, em São Paulo. O caso aconteceu na Avenida do Estado, próximo à Estação Armênia do Metrô (Linha 1-Azul), na área central da capital.

A reportagem apurou com a GCM que o agente estava dentro do seu veículo, parado em um semáforo fechado em um cruzamento da Avenida do Estado. O suspeito, então, se aproximou e tentou quebrar a janela do carro do guarda com um objeto.

Em reação, o agente sacou a arma e atirou contra o homem na perna. O sujeito tentou fugir, mas não conseguiu. Ele chegou a cair no chão e foi contido pelo agente à paisana, que não se feriu na tentativa de assalto.

De acordo com a GCM, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. O homem, que não teve a identidade revelada, foi atendido no Pronto Socorro de Santana, na zona norte. O caso foi apresentado no 8.° Distrito Policial, em Belenzinho.

A reportagem procurou a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) e aguarda retorno. De acordo com o Metrô, o caso não aconteceu dentro das dependências da estação, mas na rua. E, por esse motivo, a operação da Linha 1-Azul não foi afetada.