Wanessa assume racismo estrutural contra Davi no 'BBB 24': 'Sem medo de me olhar no espelho'

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A cantora Wanessa Camargo publicou um novo vídeo sobre sua participação no Big Brother Brasil 24 nesta terça-feira, 12, e assumiu ter cometido racismo estrutural contra o participante Davi. A artista manteve uma rivalidade com o brother no reality e, no início do mês, foi expulsa após uma denúncia de agressão a ele.

 

Wanessa disse ter tirado um tempo nos últimos dias para refletir sobre o programa e avaliou que algumas falas e comportamentos no BBB 24 se enquadram associam ao racismo estrutural. "Eu não tenho medo de me olhar no espelho, reconhecer, aprender."

 

A artista pediu desculpas a Davi, à família do participante e a "todas as pessoas negras que se sentiram machucadas e ofendidas". "Eu quero deixar registrado também que a conversa e o aprendizado sobre esse tema não se encerram por aqui. Eu quero aprender e conhecer, me tornar antirracista e, assim, contribuir para uma sociedade muito mais justa, consciente e igualitária para todos nós", disse.

 

A cantora chegou a ser acusada de racismo durante a sua participação no programa. A repercussão ficou ainda maior após Wanessa ter discutido sobre a possibilidade de obrigar o brother a mudar do quarto em que dormia.

 

Wanessa também gravou um vídeo logo após sair do reality em que pediu desculpas a quem se sentiu ofendido por palavras e atitudes dela dentro da casa. "A gente está em um processo de aprendizado constante para a gente evoluir e eu quero muito evoluir", afirmou.

 

veja o vídeo aqui

 

Relembre a expulsão de Wanessa Camargo

 

A cantora Wanessa Camargo foi chamada para o confessionário do BBB 24 após ter sido acusada de agressão por Davi. O caso ganhou ampla repercussão nas redes sociais no início do mês após a artista ter acordado o motorista de aplicativo com um tapa na perna. O brother pediu para ir até o confessionário reclamar da atitude.

 

No dia da expulsão, o Estadão entrou em contato com a assessoria de imprensa de Wanessa, que negou que a cantora tenha ameaçado a integridade física do participante. A equipe ainda acusou Davi de ter acordado a colega "no susto" no mesmo dia.

 

Na ocasião, a cantora entrou no quarto em que Davi dormia pulando, gritando e acendendo as luzes. Em determinado momento, ela começa a dançar em frente à cama do brother, quando acerta a perna do motorista de aplicativo. Wanessa logo diz: "Desculpa, Davi. Eu estou bem louca".

 

Logo em seguida, o participante do reality show pediu para ir ao confessionário falar sobre o ocorrido. Em conversa com outros participantes, Davi afirmou ter pedido para que a produção tome atitude e acusou a cantora de tê-lo agredido com um tapa na perna.

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A chuva de meteoros Eta Aquaridas alcançou o seu pico nesta primeira semana de maio. Ela é formada por fragmentos do famoso Cometa Halley e apresenta boas condições de observação até esta terça-feira, 6.

De acordo com o astrônomo Marcelo de Cicco, coordenador do projeto Exoss, apoiado pelo Observatório Nacional, até esta terça-feira, a Lua não interfere na visualização da chuva de meteoros, já que ela se põe antes do amanhecer. Contudo, a partir de quarta-feira, 7, a luz lunar pode atrapalhar a visão.

Segundo ele, o melhor horário para observação dessa chuva de meteoros é das 2h às 4h da manhã, com o olhar voltado para o leste.

"Para observar a chuva de meteoros, recomenda-se escolher um lugar bem escuro, longe das luzes da cidade. O observador pode deitar-se em uma cadeira reclinável ou outra superfície e olhar para a metade inferior do céu, na direção da constelação de Aquário", acrescenta o Observatório Nacional.

Os meteoros são fenômenos luminosos que ocorrem quando fragmentos de cometas ou asteroides que ficam à deriva no espaço, chamados meteoroides, entram na atmosfera da Terra em alta velocidade.

No caso da Eta Aquaridas, sua origem está ligada ao Cometa Halley. "Cada meteoro da Eta Aquariids é um pedacinho do Cometa Halley, que passa pelo Sistema Solar a cada 76 anos. Ao entrar na atmosfera, esses fragmentos queimam e criam os traços luminosos que vemos no céu", afirma o astrônomo.

Um incêndio atingiu uma edificação comercial na Rua Conselheiro Furtado, 1343, na Liberdade, região central de São Paulo. Não há registro de vítimas, até o momento. A edificação fica próxima ao CEI Pedacinho do Céu. Na região, uma nuvem cinza é vista do céu. Equipes do Corpo de Bombeiros permaneciam no local por volta das 9h atuando no combate ao fogo dentro do galpão. Ainda não há informações sobre as causas do incêndio - que serão investigadas.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global atingiu o valor de 0,756 no novo ranking divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O índice, calculado a partir de uma média de indicadores de renda, saúde e educação no mundo no ano de 2023, registrou o menor avanço desde o início da série histórica, em 1990. Já o Brasil avançou.

O País agora é o 84º colocado no ranking global, que tem 193 posições. O IDH varia de 0 a 1 - quanto mais próximo de 1, melhor a pontuação. O índice brasileiro ficou em 0,786 e foi classificado na faixa de "alto desenvolvimento humano". Procurada pelo Estadão, a ONU não detalhou os motivos que resultaram na melhora do Brasil no ranking.

No ano passado, referente aos dados de 2022, o Brasil estava em 89º, com IDH de 0,760. Subiu, portanto, cinco posições de 2022 para 2023. O País, porém, ainda está abaixo de outros países latino-americanos como Peru, México e Colômbia, e de nações como Irã e Bósnia. O Brasil teve uma queda no IDH durante a pandemia de covid-19, de 2020 a 2022, e apresentou recuperação de 2022 para 2023.

"Em âmbito global, o Índice de Desenvolvimento Humano teve o menor progresso já registrado, excluindo o período em que houve declínio, em 2020 e 2021 (pandemia)", afirma Pedro Conceição, diretor do Pnud. O indicador não retomou a trajetória anterior a 2020, como era esperado. Essa desaceleração afeta todas as regiões do globo e deve "atrasar" em décadas o alcance de um IDH global muito alto, anteriormente projetado para o ano de 2030.

O índice global atual continua no nível classificado pela ONU como de alto desenvolvimento humano. O documento também aponta um aumento nas desigualdades entre países ricos e pobres, que vinham diminuindo nas últimas décadas. Islândia, Suíça e Noruega estão no topo do ranking, enquanto Sudão do Sul e Somália têm os valores de IDH mais baixos. No contexto atual, marcado também por guerras como entre Ucrânia e Rússia, Israel e Hamas, e com o desafio crescente da crise climática, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) vê a necessidade de uma ação decisiva dos países para reativar a trajetória ascendente do desenvolvimento. A distância entre nações de IDH muito alto e baixo cresceu pelo quarto ano consecutivo, revertendo a tendência de longo prazo anterior, de redução das desigualdades.

PROBLEMAS

Por ser uma média entre indicadores, o IDH mascara as desigualdades na distribuição do desenvolvimento humano. A pontuação global cai para 0,590 quando se considera o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade, um indicador complementar calculado pela agência da ONU que "desconta" os níveis de desigualdade de renda, saúde e educação.

Segundo o relatório, três fatores principais têm estreitado as vias de desenvolvimento tradicionalmente responsáveis por gerar empregos em larga escala e reduzir a pobreza: a diminuição do financiamento internacional, aumentando a crise da dívida em alguns países; as tensões comerciais que reduzem as opções de exportação para grandes mercados; e o crescimento de uma industrialização sem geração de empregos, em parte por causa da automação. Isso afeta principalmente os países em desenvolvimento.

HISTÓRICO E COMPLEMENTOS NO BRASIL

O índice foi publicado pela primeira vez em 1990 e é calculado anualmente. Foi criado como contraponto ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera somente a dimensão econômica do desenvolvimento.

O relatório da ONU também fornece indicadores complementares ao IDH. O Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade, que leva em consideração a distribuição desigual das três dimensões de desenvolvimento humano entre a população de um país, ficou em 0,594 em 2023 no caso do Brasil.

Já o Índice de Desigualdade de Gênero, calculado com base em indicadores de saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica entre os gêneros, em que valores mais altos indicam maior desigualdade: foi de 0,390 em 2023 no Brasil, 96ª posição entre os países avaliados.

Por fim, o Índice de Pobreza Multidimensional, identifica privações múltiplas, em educação, saúde e renda, nos domicílios - e também varia de 0 e 1, sendo que 0 representa ausência de pobreza e 1 representa pobreza extrema. No País, foi de 0,016.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.