Fundação bienal anuncia artistas brasileiros que estarão na bienal de Veneza

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Em 2024, o Brasil estará na Bienal de Veneza como um território indígena. A Fundação Bienal de São Paulo anunciou nesta quarta-feira, 1º, a exposição Ka'a Pûera: nós somos pássaros que andam, de Glicéria Tupinambá e convidados, com curadoria de Arissana Pataxó, Denilson Baniwa e Gustavo Caboco Wapichana, como participante da 60ª edição da mostra. Além disso, o Pavilhão do Brasil será renomeado para Pavilhão Hãhãwpuá.

 

Vencedora do Prêmio PIPA 2023, a artista Glicéria Tupinambá, também conhecida como Célia Tupinambá, lidera a representação do Brasil na 60ª Bienal de Veneza, ao lado de sua comunidade e outros convidados que ainda serão anunciados, trazendo a riqueza da cultura Tupinambá e sua jornada de resistência ao longo dos séculos no País.

 

O título Ka'a Pûera faz alusão a duas interpretações interligadas. Em primeiro lugar, se refere às antigas florestas desmatadas pelos Tupinambá para o cultivo agrícola, que posteriormente se regeneram. A capoeira é também conhecida pelos Tupinambá como uma pequena ave que vive em florestas densas, camuflando-se no ambiente.

 

A exposição aborda questões de marginalização, desterritorialização e violação dos direitos territoriais, convidando à reflexão sobre resistência e a essência compartilhada da humanidade, pássaros, memória e natureza.

 

Pavilhão Hãhãwpuá

 

A ideia de renomear o pavilhão para Hãhãwpuá localiza o Brasil como território indígena, com "Hãhãw" significando "terra" na língua patxohã. O nome "Hãhãwpuá" é usado pelos Pataxó para se referirem ao território que, antes da colonização, era conhecido como Brasil, mas que já teve muitos outros nomes.

 

A participação do Pavilhão Hãhãwpuá na 60ª Bienal de Veneza está alinhada com o tema Foreigners Everywhere. A exposição destaca a memória da floresta, da capoeira e dos pássaros camuflados como uma metáfora das lutas dos povos indígenas brasileiros e suas estratégias de ressurgimento e resistência. A artista Glicéria Tupinambá, representante de seu povo, traz a perspectiva de Foreigners Everywhere para a realidade dos povos indígenas do Brasil, cuja história inclui séculos de marginalização em seu próprio território.

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Um motorista de ônibus foi feito de refém nesta quarta-feira, 30, na Avenida José Pinheiro Borges, na região de Itaquera, zona leste da capital. A ação acabou por volta das 20h, com o motorista resgatado e o sequestrador, preso.

A Polícia Militar foi acionada após um homem, com uma faca, abordar um ônibus do transporte público e manter o motorista refém desde por volta das 17h40. Os únicos ocupantes do ônibus eram o sequestrador e o refém. O ônibus faz a linha 407L-10 (Barro Branco - Guilhermina Esperança).

O ônibus é da empresa Express Transportes Urbanos. Segundo funcionários da firma, o sequestrador é um ex-funcionário da empresa. O refém é funcionário da empresa há mais de 20 anos, segundo as mesmas fontes, e estava encerrando o expediente quando foi rendido.

O Corpo de Bombeiros e o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) foram acionados e acompanham a ocorrência. A via, sentido centro, foi totalmente bloqueada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Agentes do GATE especializados em negociação participaram da ação para convencer o homem a se entregar. Atiradores chegaram a ser posicionados para disparar contra o homem, caso fosse necessário, o que não ocorreu.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu 675 pessoas nas últimas 24 horas, em operação realizada por todo Estado para capturar foragidos da Justiça. Batizada de Rastreio, a operação contou com mais de 2.500 policiais civis e 1.055 viaturas, informou o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

A maioria dos criminosos, segundo o chefe da pasta, foi detida por tráfico de entorpecentes (28%). Roubo (18%), homicídios (14%), furto (9%) e estupro (5%) foram outros crimes mais recorrentes cometidos pelos procurados.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, parte dos foragidos detidos integra facções criminosas. "Isso vai ser usado para a continuidade de outras investigações."

As buscas foram feitas com base em 1.080 mandados em aberto. Com a prisão de 675 foragidos, o trabalho de captura dos demais segue para localizar os demais, informou Guilherme Derrite.

"Ainda há um porcentual que a gente não conseguiu localizar nesse momento", disse. "Vamos deflagrar outras fases desta operação Rastreio", disse o secretário.

Ainda segundo o chefe da pasta, 47% dos presos na Operação Rastreio são reincidentes, ou seja, já tinham sido presos por outros crimes. "Certamente, essas pessoas cometeriam outros crimes e fariam novas vítimas", disse o secretário.

A freira gaúcha Inah Canabarro Lucas, considerada a pessoa mais velha do mundo, morreu nesta quarta-feira, 30, em Porto Alegre, aos 116 anos. Nascida em 27 de maio de 1908, em São Francisco de Assis (RS), Inah era bisneta do general David Canabarro, figura proeminente da Revolução Farroupilha. Desde 1927, integrava a Congregação das Irmãs Teresianas, tendo dedicado sua vida ao magistério e à espiritualidade.

Durante sua longa trajetória, Irmã Inah testemunhou transformações significativas no mundo e na Igreja, atravessando duas guerras mundiais e convivendo com dez papas.

Como educadora, lecionou disciplinas como português, matemática, ciências, história, arte e religião em colégios teresianos no Rio de Janeiro, Itaqui e Santana do Livramento, cidade onde passou a maior parte de sua vida e é especialmente lembrada por ter fundado a banda marcial do Colégio Santa Teresa, composta por 115 instrumentos e que se apresentou em diversos locais do Brasil, Uruguai e Argentina. Além disso, colaborou na criação da banda marcial do Liceu Pomoli, em Rivera, no Uruguai.

Torcedora do Sport Club Internacional, fundado em 1909, Irmã Inah acompanhou de perto a história do clube desde seu início. Com sua morte, o título de pessoa mais velha do mundo passa a ser da inglesa Ethel Caterham, nascida em 21 de agosto de 1909, atualmente com 115 anos.