A advogada Juliane Suellem Vieira dos Reis, de 28 anos, está em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário (HU) de Londrina (PR), segundo boletim médico divulgado nesta segunda-feira, 20.
Ela salvou a mãe, de 51 anos, e o primo, de 4 anos, de um incêndio ao se pendurar no ar-condicionado do 12º andar do prédio onde moram, em Cascavel (PR), na quarta-feira, 15.
Conforme o boletim, Juliane está na UTI do Centro de Tratamento de Queimados do hospital - que é referência para este tipo de tratamento no Estado. "Paciente segue em estado gravíssimo, instável, entubada, sedada", informou o HU.
Ela foi transferida de Cascavel para Londrina na tarde de sexta-feira, 17. Juliane já chegou ao hospital em estado grave e em coma induzido. Juliane teve 63% do corpo queimado no incêndio.
A mãe dela, Sueli Vieira dos Reis, internada no Hospital São Lucas, em Cascavel, foi extubada nesta segunda-feira, ou seja, não está mais com suporte de ventilação mecânica.
"Conforme a equipe médica da UTI, a evolução do quadro de saúde é favorável e a paciente está estável", disse o médico Luiz Carlos Toso, diretor técnico do hospital.
O menino salvo pela advogada do apartamento em chamas, Pietro Dalmagro, continua internado na UTI do Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba (PR).
Segundo boletim médico, ele permanece estável e recebendo cuidados de uma equipe especializada em pacientes queimados. O garoto tem troca de curativos prevista para esta segunda.
Bombeiro recebe alta
Além da família, dois bombeiros ficaram feridos durante o trabalho. Um deles, que sofreu ferimentos nas mãos, recebeu alta ainda na semana passada. Já o sargento Edemar Migliorini, que chegou a ficar na UTI, deixou o hospital no sábado, 18, e se recupera em casa, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
A corporação informou que ele teve queimaduras de terceiro grau nas costas e ainda pode precisar de um procedimento cirúrgico de reconstrução de pele. O sargento não tem previsão de retorno ao trabalho.
Investigação do incêndio
O incêndio atingiu o apartamento da família de Juliane, que fica no 13º andar de um prédio, em Cascavel. Uma prima, mãe do menino ferido, que também mora no local, não estava no momento do incêndio.
De acordo com os bombeiros, o foco do incêndio foi próximo à entrada do apartamento, onde ficava um ambiente conjugado que servia de cozinha e sala de jantar. Parte do imóvel ficou destruída, com teto e paredes derretidas.
As causas estão sendo investigadas pela Polícia Civil do Paraná, que ainda aguarda os laudos da perícia. Segundo a polícia, até o momento não foram localizados indícios de incêndio criminoso no apartamento.