Luan Pereira dá entrada no hospital com pedras nos rins

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O cantor Luan Pereira precisou ir ao hospital nesta segunda-feira, 13, após sentir fortes dores, que classificou como as piores de sua vida. Em suas redes sociais, ele contou que foi medicado e segue em tratamento.

"Começando a semana desse jeito: pedra nos rins, maior dor da minha vida, meu Deus", escreveu o sertanejo, que já recebeu alta e está em um hotel.

Luan relatou dificuldade em encontrar posição por conta da dor. "Vira de lado, de costas, de frente, de qualquer jeito, até do avesso. Você se enverga, se encolhe e não tem nada que faça essa dor parar. Já tomei remédio, Tramal, Morfina, mas essa dor descarada volta", contou.

Segundo o cantor, ele segue tomando medicamentos para aliviar o desconforto. "Mas quando passa o efeito dos remédios, é insuportável", afirmou.

Na manhã desta terça-feira, 14, Luan atualizou seu estado de saúde e agradeceu as mensagens de apoio dos fãs. "Tem várias pedras no meu rim e no canal da urina. [...] Agora é esperar o tempo de Deus pra expelir essas pedras", disse. Ele contou ainda que está bebendo bastante água para auxiliar no processo.

Atualmente na repescagem do Dança dos Famosos, do Domingão com Huck, o cantor ainda não confirmou se permanecerá na competição.

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Circulam nas redes sociais postagens afirmando que 30% das bebidas destiladas vendidas no Brasil são falsificadas. O dado é atribuído a um estudo publicado pela Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), mas o número que aparece lá é inferior a 5%.

Um estudo encomendado pela ABBD à Euromonitor International foi publicado pela entidade em 26 de setembro deste ano. Ele indica que 28% do total de bebidas destiladas vendidas no Brasil são ilegais. Isso não significa que todo este volume é de bebidas falsificadas. Dentro desse percentual há também casos de sonegação fiscal, contrabando, descaminho e produção sem registro. O crime de falsificação representa 1,1% do mercado de bebidas alcoólicas, segundo a ABBD, e 4,7% do mercado de bebidas destiladas, que é o mais impactado.

"A confusão acontece porque o mercado ilegal de bebidas destiladas - que realmente tem uma expressiva participação de 28% do total do mercado - inclui todo tipo de ilicitude, como evasão fiscal, contrabando/descaminho, produção sem registro e, também, a falsificação nessa proporção bem menor", explicou, em nota, a associação que encomendou a pesquisa.

Os números resultam de pesquisa de campo realizada entre abril e junho de 2025. Foram visitadas 30 lojas em cinco cidades e revisados quatro marketplaces na internet. Os pesquisadores identificaram mais de 1,2 mil itens. A pesquisa ouviu ainda 37 organizações, empresas e autoridades que atuam no setor de bebidas.

Também foram revisadas mais de 50 fontes sobre o mercado ilícito, incluindo notícias de apreensões, balanços aduaneiros dos últimos seis anos, importações legais, anuários das bebidas produzidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e dados sobre prejuízos do álcool à saúde.

Falsificação é fonte de preocupação

Mesmo em proporção menor do que o que está sendo difundido, a falsificação é de fato o que gera mais preocupação, segundo a entidade, porque afeta não apenas o setor produtivo, como também a saúde dos consumidores. De acordo com o estudo da Euromonitor International, os dois principais métodos de falsificação são o refil de garrafas de marcas conhecidas e a adição na bebida de álcool impróprio para o consumo humano, como é o caso do metanol. Essa estratégia é vantajosa para os falsificadores por conta da discrepância de valor, o que atrai compradores: nos mercados online, o whisky falsificado chega a ser 48% mais barato que o original.

"Há diferentes fatores que mantêm o ilícito relevante na categoria de bebidas: a alta carga tributária, a dificuldade de fiscalização em grandes territórios, a sofisticação crescente das redes criminosas e a disseminação de canais de venda informais e digitais que ajudam no escoamento desses produtos", disse João Garcia, gerente de Consultoria da Euromonitor International na época da divulgação do estudo.

No último dia 8, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou nove plataformas de comércio online para que suspendessem a venda de insumos que possam ser usados na falsificação de bebidas, como lacres, rótulos, garrafas e tampas.

A determinação integra o rol de medidas de resposta à crise de intoxicação de pessoas por bebidas adulteradas com metanol. Até 13 de outubro, o Ministério da Saúde tinha confirmado 32 casos de intoxicação, com cinco óbitos. Ainda há 181 casos e 9 mortes em investigação.

Mais dados

Além do estudo divulgado pela ABBD, outros levantamentos mostram o cenário do mercado ilegal de bebidas no Brasil. Em abril deste ano, a Federação dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp) publicou uma pesquisa mostrando que aproximadamente 36% das bebidas comercializadas no Brasil estavam sujeitas a algum tipo de irregularidade, como falsificação, adulteração, contrabando ou sonegação fiscal.

Não foram divulgados dados específicos sobre falsificação, e a Fhoresp observou que a pesquisa não teve foco em adulteração por metanol. Em nota enviada ao Verifica, a Fhoresp disse que os dados são aproximados por conta das dificuldades em obter números precisos sobre o mercado clandestino.

O levantamento foi feito ouvindo 20 sindicatos patronais, empresas do setor de hotéis, bares e restaurantes e de outros setores por amostragem, como agências de viagem, buffets e cigarros. Também foram usados dados abertos de fontes públicas, como registros de ações de fiscalização.

"Como as fraudes no setor de bebidas são clandestinas e a fiscalização é insuficiente para cobrir todo o mercado, o estudo se baseou em dados indiretos, obtidos também com especialistas e autoridades públicas de fiscalização e controle, que falaram sob anonimato, bem como dados de entidades correlatas", disse a nota.

Este texto foi produzido a partir de uma parceria entre Estadão Verifica e Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) para combater a desinformação sobre esse setor da indústria e reforçar o papel do jornalismo profissional. A iniciativa visa desmentir rumores infundados e conscientizar o público sobre os impactos negativos da desinformação.

Circulam nas redes sociais postagens com a informação errônea de que estariam suspensas as vendas de bebidas destiladas em plataformas de comércio eletrônico. Até mesmo alguns veículos de imprensa chegaram a publicar notícias sobre essa suposta proibição, que não está valendo. A confusão se deve à circulação de versões distintas sobre notificação enviada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) às empresas que dominam a venda virtual de produtos no Brasil.

Na quarta-feira, 8, a área de notícias do site do Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou uma nota sobre notificação da Senacon com a determinação da suspensão da venda de bebidas em plataformas de comércio virtual. A nota foi depois apagada e substituída pelo anúncio de que, na verdade, a vedação se referia apenas a insumos que poderiam ser usados na fabricação clandestina de bebidas, como garrafas vazias, tampas e lacres.

Em relação à venda de bebidas, houve apenas uma recomendação de suspensão, sem caráter de obrigatoriedade, "a fim de apurar a regularidade dos vendedores e dos produtos anunciados". Foram notificadas as empresas Shopee, Enjoei, Mercado Livre, Amazon Brasil, Magazine Luiza, Casas Bahia, Americanas, Carrefour e Zé Delivery.

O Estadão Verifica encaminhou um pedido de esclarecimentos à Senacon. A secretaria informou que houve um erro apenas na divulgação de informações sobre a notificação, mas que as empresas receberam apenas um único e definitivo documento (veja a íntegra mais abaixo).

A medida foi tomada como reação à crise provocada pela intoxicação por metanol de pessoas que consumiram bebidas adulteradas ou fabricadas clandestinamente. O último balanço oficial do Ministério da Saúde, divulgado na segunda-feira, 13, mostra 32 casos confirmados de intoxicação no país, sendo que em cinco houve registro de mortes.

A Senacon também determinou às plataformas que revisem e restrinjam a publicação de anúncios de bebidas destiladas sem comprovação de procedência, rotulagem ou registro junto aos órgãos competentes. Houve ainda determinação de retirada de anúncios suspeitos que possam favorecer a circulação de bebidas produzidas ilegalmente ou adulteradas.

Este texto foi produzido a partir de uma parceria entre Estadão Verifica e Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) para combater a desinformação sobre esse setor da indústria e reforçar o papel do jornalismo profissional. A iniciativa visa desmentir rumores infundados e conscientizar o público sobre os impactos negativos da desinformação.

A íntegra da notificação enviada às empresas é a seguinte:

1. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) está mobilizada para enfrentar os casos de falsificação e adulteração de bebidas destiladas com metanol.

2. No sábado, 27/09, após os primeiros alertas de intoxicação, o Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), órgão vinculado à Senacon, emitiu nota em que classificou a adulteração de bebidas com metanol como "situação de risco sanitário coleyivo" e recomendou medidas emergenciais de prevenção.

3. Na segunda-feira, 30/09, a Senacon publicou a Nota Técnica nº 3 (SEI nº 33222867), direcionada a todos os Procons do País, trazendo orientações a consumidores e fornecedores. O documento destaca infrações ao Código de Defesa do Consumidor e suas possíveis penalidades e apresenta recomendações para o recebimento, a aquisição e o armazenamento dos produtos, além de indicar sinais que podem evidenciar a adulteração de bebidas.

4. Desde então, a Senacon vem notificando estabelecimentos comerciais e fornecedores de bebidas suspeitos, além de oficiar órgãos estaduais e municipais para o compartilhamento de informações.

I - Atuação de Plataformas de e-commerce

5. As plataformas digitais desempenham papel central na prevenção e na mitigação de riscos associados à comercialização de produtos falsificados ou adulterados, especialmente quando se trata de bebidas alcoólicas e outros bens que possam oferecer risco à saúde pública.

6. Nesse contexto, a Senacon tem monitorado os anúncios e as práticas de comercialização de destilados em marketplaces e sites de anúncios, com especial atenção à rastreabilidade dos fornecedores e à verificação da origem dos produtos.

7. De acordo com notícia veiculada na imprensa (SEI nº 33292896), o Mercado Livre decidiu suspender temporariamente a venda de destilados na plataforma. O objetivo da medida é garantir que apenas vendedores reconhecidos por fabricantes e distribuidores regulares utilizem a plataforma.

8. A medida é adequada, vez que a comercialização e a oferta de bebidas falsificadas ou adulteradas e de insumos para a falsificação ou adulteração de bebidas constituem ilícitos civis, administrativos e penais, nos termos dos arts. 12, 18 e 56 do Código de Defesa do Consumidor, da Lei 8.918/1994 e do Decreto 6.871/2009 (padronização, registro, rotulagem e fiscalização de bebidas), do art. 272 do Código Penal (falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios) e do art. 7º, II e IX, da Lei 8.137/1990 (vender ou expor à venda mercadoria que viole prescrições legais ou esteja em condições impróprias ao consumo).

II - Orientações e Determinações

9. A Senacon recomenda que, em linha com cautela já adotada no mercado, a empresa suspenda temporariamente a venda e os anúncios de venda de bebidas destiladas na plataforma, a fim de apurar a regularidade dos vendedores e dos produtos anunciados.

10. Adicionalmente, determinamos que sejam revistos, com urgência, os mecanismos internos de controle e verificação dos anúncios de bebidas e insumos correlatos, com vistas a impedir a veiculação de anúncios de produtos sem comprovação de procedência, rotulagem ou registro junto aos órgãos competentes, bem como assegurar a pronta retirada de anúncios suspeitos.

11. Solicitamos ainda que todos os anúncios que promovam a comercialização de lacres, tampas, selos e garrafas não colecionáveis de bebidas sejam imediatamente suspensos ou removidos para avaliação.

12. Por fim, solicitamos que informações sobre as medidas tomadas a partir desta Notificação sejam informadas a esta Secretaria em até 24 horas.

Moradores de cidades na divisa entre a Bahia e o Tocantins sentiram um tremor de terra na manhã desta terça-feira, 14. O abalo sísmico de magnitude 4,2 foi registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) às 10h14, com epicentro perto de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.

A rede identificou o tremor de terra como moderado, considerando os abalos que ocorrem no Brasil. De acordo com a RSBR, embora breve, o abalo causou vibrações perceptíveis em prédios, móveis e janelas e pôde ser sentido em municípios vizinhos ao do epicentro.

"Minha filha sentiu (o tremor), mas não entendeu. Ela estava em casa brincando com as crianças no gramado e achou que era um rolo compressor", relatou Zeny Galvão, moradora de Luís Eduardo Magalhães, em uma rede social.

O último tremor registrado na Bahia havia sido no sábado, em Jacobina, mas com magnitude inferior, de 1,9, conforme dados da RSBR.

A rede também informou que tremores de baixas magnitudes são relativamente comuns no Brasil, sobretudo na região Nordeste. Na maioria dos casos, os abalos ocorrem por conta de grandes pressões geológicas que atuam na crosta terrestre.