Rick Moranis: Quem é o ator de clássicos que volta aos cinemas após 30 anos afastado das telas?

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O anúncio de Spaceballs 2, sequência de S.O.S. - Tem um Louco Solto no Espaço, feito pelo diretor Mel Brooks, animou fãs do clássico da comédia lançado em 1987. Mais do que retomar a sátira à franquia Star Wars, que tomou proporções colossais nas quatro décadas desde seu lançamento, a volta de Rick Moranis às telonas foi considerada a principal manchete pelos entusiastas de comédia.

 

Estrela de clássicos como Caça-Fantasmas, Querida, Encolhi as Crianças e A Pequena Loja de Horrores, Moranis se tornou um dos maiores nomes da comédia hollywoodiana nos anos 1980 e 1990, contracenando com nomes como Steve Martin, Bill Murray, Max von Sydow, John Candy e Catherine O'Hara.

 

Nascido no Canadá, Moranis chamou a atenção do público no começo dos anos 1980, como integrante do elenco do programa de esquetes Second City TV. Nos anos seguintes, ele dirigiu e estrelou Cervejaria Maluca e participou de Ruas de Fogo, onde contracenou com Diane Lane e Willem Dafoe.

 

Sua grande oportunidade em Hollywood chegou em 1984, com o lançamento de Caça-Fantasmas, em que ele interpretou Louis Tully, contador que acaba possuído por um dos espíritos que servem o vilão Gozer. Com o sucesso do filme, ele passou a ser escalado em diversos projetos, tornando-se a primeira escolha de diretores que precisavam de um ator para viver um nerd.

 

Ainda nos anos 1980, Moranis acumulou uma sequência de sucessos, incluindo A Pequena Loja de Horrores, O Tiro que Não Saiu Pela Culatra, S.O.S. - Tem um Louco Solto no Espaço e Querida, Encolhi as Crianças. Além de bem recebidos nas bilheterias, os longas eram reprisados com frequência na televisão norte-americana e mundo afora, tornando o ator e comediante uma das figuras mais reconhecíveis da comédia nos anos seguintes.

 

A primeira metade dos anos 1990 não desacelerou a carreira de Moranis. Entre 1990 e 1997, ele estrelou Querida, Estiquei o Bebê, Meu Pequeno Paraíso, Inimigos Para Sempre e Os Flintstones: O Filme, em que interpretou o icônico Barney Rubble.

 

Apesar do sucesso e da abundância de ofertas, ele se afastou dos cinemas em 1997, após Querida, Encolhi A Gente, preferindo focar na criação de seus dois filhos após a morte da esposa, Ann Belsky, que faleceu em 1991, após batalha contra um câncer.

 

"Dei uma pausa, que acabou se tornando uma pausa mais longa", disse o ator em 2015 à The Hollywood Reporter. "Coisas acontecem com as pessoas o tempo todo, e elas ajustam suas vidas, mudam de carreira, se mudam para outra cidade. De verdade, isso é tudo o que fiz." À época, Moranis afirmou não se arrepender de sua escolha. "Minha vida é maravilhosa."

 

Trocando Hollywood por Nova York, o ator começou a levar uma vida pacata, longe dos holofotes e das câmeras dos paparazzi. Embora não tenha aparecido em live-actions, Moranis emprestou a voz para algumas animações, a maior delas sendo Irmão Urso, lançada em 2003 pela Disney, e sua sequência, de 2006.

 

Nos anos seguintes, Moranis seguiu rejeitando projetos que considerava desinteressantes, incluindo convites para participações nos novos capítulos da franquia Caça-Fantasmas. Mas, em 2020, ele começou a ensaiar um retorno em frente às câmeras.

 

Em setembro daquele ano, ele apareceu num anúncio da Mint Mobile, companhia de telecomunicações então pertencente a Ryan Reynolds. No mesmo ano, ele assinou contrato com a Disney para estrelar Shrunk, nova sequência de Querida, Encolhi as Crianças, que acabou sendo adiada indefinitivamente por causa da Covid-19.

 

Com Shrunk no limbo, o grande retorno de Moranis aos cinemas ficou marcado para Spaceballs 2, que chega em 2027, 30 anos depois de seu último filme. Voltando ao seu papel de S.O.S. - Tem um Louco Solto no Espaço, o ator viverá o vilão Dark Helmet, versão satírica de Darth Vader que se tornou um dos personagens mais emblemáticos de sua carreira.

 

Spaceballs 2 será dirigido por Josh Greenbaum e tem roteiro de Benji Samit, Dan Hernandez e Josh Gad, que também integra o elenco. Bill Pullman, que estrelou o filme original ao lado de Moranis, também está confirmado. Keke Palmer (Não! Não Olhe!) e Lewis Pullman (Thunderbolts*) completam o elenco.

 

Sem título em português confirmado, Spaceballs 2estreia em 2027, ainda sem data definida. O filme tem produção da Amazon MGM.

Em outra categoria

O Ministério da Saúde notificou a empresa GlobalX, fornecedora de canetas reutilizáveis de aplicação de insulina usadas no cuidado de pacientes com diabetes no Sistema Único de Saúde (SUS), após constatar defeitos em milhares de unidades.

As falhas foram comunicadas ao ministério em uma carta com dados de secretarias de Saúde de Estados e municípios de todo o País, conforme informou a Coluna do Estadão em setembro.

De acordo com o documento, 23 secretarias estaduais relataram "quebras ou falhas" das canetas reutilizáveis e sete Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde disseram usar seringas para aplicar insulina como alternativa à "indisponibilidade ou falha dos aplicadores".

Também em setembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) alertou o ministério sobre uma falha de transparência na licitação de R$ 570 milhões para a compra das canetas. Os ministros consideraram que a falha não foi da empresa, mas de um servidor do governo, na decisão de assinar o contrato em dólar. O TCU decidiu alertar o ministério para que o episódio não se repita e não haverá punições.

Falhas

O ministério afirma que "notificou a fornecedora sobre dispositivos que apresentaram defeitos e a empresa prontamente encaminhou uma remessa de 42 mil unidades para reposição nos estoques". Segundo a pasta, o montante representa 1,41% das canetas distribuídas em todo o País.

Em nota, a Globalx afirma que substituiu todas as unidades com defeitos. "A empresa ainda doou, sem custo extra aos cofres públicos, mais 1,4 milhão de canetas além do originalmente previsto em edital", diz.

"Para contemplar as necessidades do mercado brasileiro e sensível às notificações feitas pelo Ministério da Saúde, a GlobalX mantém contato permanente com a pasta para promover adequações no dispositivo - algo que já está em curso", acrescenta a empresa.

Desabastecimento

Na carta ao ministério, as secretarias de Saúde apontaram também o risco de desabastecimento das canetas de insulina.

"O quantitativo de canetas reutilizáveis enviado pelo Ministério da Saúde é considerado insuficiente pela maioria das SES (Secretarias Estaduais de Saúde) e Cosems (Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde)", afirma o documento, acrescentando: "Algumas Secretarias Estaduais de Saúde não conseguem atender sequer 30% dos usuários".

Segundo o ministério, até o mês de setembro, mais de 2,9 milhões de canetas reutilizáveis foram entregues aos Estados e uma nova remessa com 494 mil unidades está prevista para ser entregue ainda em outubro.

O número de casos confirmados de intoxicação por metanol no Brasil subiu de 32 na última segunda-feira, 13, para 41 nesta quarta-feira, 15, de acordo com o boletim do Ministério da Saúde.

As mortes por intoxicação pela substância no País subiram de cinco para oito, informou o boletim. Duas novas mortes foram registradas em Pernambuco e uma em São Paulo. Com isso, o Estado paulista chegou a seis óbitos por intoxicação por metanol.

Outras 10 mortes continuam em investigação, sendo quatro em São Paulo, três em Pernambuco, uma em Mato Grosso do Sul, uma na Paraíba e uma no Paraná.

Em relação aos casos, o ministério informou que ainda existem 107 em investigação. Outras 489 notificações foram descartadas.

São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 sendo investigados.

Até o boletim anterior, havia confirmações da intoxicação por metanol em São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul. No boletim divulgado nesta quarta-feira, foi incluso o estado de Pernambuco - além das duas mortes já citadas, o Estado tem 3 casos de intoxicação confirmados e 31 em investigação.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) anunciou na tarde desta quarta-feira, 15, que "adotará as medidas jurídicas cabíveis" contra a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de anular a condenação de Francisco Mairlon Barros Aguiar, sentenciado a 47 anos de prisão por homicídio qualificado e furto qualificado no caso conhecido como Crime da 113 Sul.

O MPDFT questiona os argumentos dos ministros da Corte de que Mairlon teria sido coagido em depoimento a assumir participação no crime na fase de investigação do caso. De acordo com o ministério público, "não foi constatada qualquer violação à integridade física ou psicológica do investigado pelos agentes públicos responsáveis pela condução do procedimento".

"A confissão extrajudicial do acusado Francisco Mairlon foi integralmente registrada em áudio e vídeo, com acompanhamento de profissional regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), garantindo o pleno exercício do direito à ampla defesa", diz o MPDFT.

O MPDFT diz que aguardará a publicação do acórdão referente à decisão para adotar as medidas cabíveis. De acordo com o órgão, a decisão do STJ não trata do mérito da acusação e a análise meritória, "de fato, ocorreu em um julgamento solene em que acusação e defesa tiveram igualdade de oportunidades para apresentar suas razões".

"Ao final desse rito legal e após aprofundada análise das provas, a decisão soberana dos jurados, em todas as oportunidades, foi pela condenação dos réus, em plena conformidade com a Constituição Federal", diz.

Entenda o caso

Francisco Mairlon Barros Aguiar deixou o presídio da Papuda na madrugada desta quarta-feira, após ficar 15 anos preso. Em 2013, ele foi condenado pelo Tribunal do Júri a 55 anos de prisão por participação no crime que ficou conhecido como 113 da Sul. A pena foi reduzida para 47 anos na segunda instância. A soltura ocorreu por determinação do STJ, que na terça-feira, 14, anulou a condenação por conta de irregularidades no processo.

O STJ classificou a condenação de Mairlon como um "erro judiciário gravíssimo". Para o relator do recurso, ministro Sebastião Reis Júnior, a decisão que levou Mairlon a ser julgado pelo Tribunal do Júri em 2013 revela que o acusado foi julgado apenas com base na confissão apresentada pela polícia e no relato dos corréus, sem que o juízo tenha aliado a esses elementos qualquer outro decorrente da ampla investigação instaurada para apurar os crimes.

Na avaliação de Reis Junior, houve violação dos princípios da presunção de inocência e do devido processo legal, o que justifica a aplicação de entendimento firmado pelo STJ em 2022, segundo o qual não é possível submeter o acusado a julgamento pelo júri com base apenas em elementos de convicção da fase extrajudicial.