'The Last of Us' retoma dramas humanos em mundo pós-apocalíptico em 2ª temporada

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Dentre os vários aspectos admiráveis em The Last of Us, provavelmente aquele que mais empolgou os fãs e a crítica especializada foi a inventividade adotada pela dupla de criadores Craig Mazin e Neil Druckmann na hora de adaptar o aclamado game de PlayStation, lançado em 2013, para o streaming.

 

A colaboração entre Druckmann, criador da franquia, e Mazin, premiadíssimo por Chernobyl, provou ser um sucesso desde que a série-fenômeno estreou, em janeiro de 2023. O capítulo de abertura foi a segunda maior audiência da HBO em uma década, assistido por 4,7 milhões de pessoas. Já o episódio final foi visto por mais de 8 milhões. No Emmy Awards, foram 24 indicações, sendo 8 delas vencidas.

 

Na tela, acompanhamos a jornada dramática de Joel (Pedro Pascal), um contrabandista com a tarefa de escoltar a adolescente Ellie (Bella Ramsey) através de mundo pós-apocalíptico dizimado por um fungo letal.

 

A trama, como toda boa adaptação deve fazer, respeita muito o material original, mas não se torna refém do jogo. Pelo contrário, investe em temáticas mais complexas, cria ou redefine personagens e busca, acima de tudo, emocionar o telespectador.

 

Dois anos depois, The Last of Us retorna com a mesma força - o episódio de estreia vai ao ar em 13 de abril, na Max.

 

"Trabalhamos muito duro, não fizemos pausa. Simplesmente terminamos a 1ª temporada e começamos a escrever a 2ª, preparamos, filmamos. Então, estamos animados para começar a mostrar o que fizemos, porque estamos extraordinariamente orgulhosos", afirma Mazin, em coletiva de imprensa que contou com a participação virtual do Estadão. "Temos uma temporada selvagem pela frente", adianta Druckmann.

 

Os showrunners deixaram claro que as diferenças entre as duas mídias continuarão a persistir. "Às vezes será radicalmente diferente e às vezes [não] será totalmente diferente, mas será diferente. Será uma coisa própria", resume Mazin.

 

Os eventos do novo ciclo ocorrem cinco anos após o término da 1ª temporada. Ellie, em fase rebelde, está de birra com Joel, figura paterna cuja omissão de algumas informações a chatearam, e quer provar seu valor na comunidade onde habita. "Muita coisa mudou nesse período. Ellie tinha 14 anos e agora tem 19. Acho que na vida de qualquer adolescente, esses são os anos de formação", explica Bella Ramsey.

 

Antes de embarcar neste projeto, tanto a jovem atriz quanto Pedro Pascal haviam participado de outro show colossal da HBO, Game of Thrones. Hoje, o ator chileno é um dos nomes mais visados em Hollywood. Na Disney+, ele protagoniza O Mandaloriano e, no cinema, já participou dos blockbusters Gladiador 2 (2024) e Mulher-Maravilha 1984 (2020). Além disso, será o Senhor Fantástico na nova versão de O Quarteto Fantástico.

 

"A arte de contar histórias é catártica de tantas formas. É a maneira como os seres humanos fizeram testemunho da vida, seja com impressões de mãos nas paredes de uma caverna até um programa de TV como este", analisa Pascal. "E sob circunstâncias tão extremas, acho que há uma espécie de prazer muito saudável e às vezes doentio nessa catarse para ver relações humanas em crise e dor e, inteligentemente, desenhar uma alegoria política e social", complementa.

 

No game The Last of Us: Parte II, os jogadores começam a história controlando a personagem Abby, sem que conheçam nada de seu passado. O 1º capítulo da nova etapa, no entanto, muda a proposta e apresenta logo de cara a nossa antagonista em busca de vingança, interpretada por Kaitlyn Dever.

 

"No jogo, você imediatamente forma uma conexão empática com ela porque vocês estão sobrevivendo juntos, correndo pela neve, lutando contra infectados e, assim, podemos reter coisas e fazer disso um mistério que será revelado mais tarde", justifica Druckmann. "Não podíamos fazer isso na série porque você não está jogando como ela. Se fôssemos seguir um cronograma muito semelhante, os espectadores teriam que esperar muito tempo", acrescenta.

 

Kaitlyn, expoente de outros seriados populares como Justified, Dopesick e Inacreditável, diz ser fã do jogo há muitos anos. "Eu estava nervosa, ansiosa, mas também muito animada [para entrar em The Last of Us]. Realmente senti que estava sendo cuidada e protegida por Craig e Neil de uma maneira que nunca realmente experimentei antes", conta.

 

No ano inaugural, o lastro emocional do enredo fora elevado à potência máxima no episódio Long, Long Time, no qual o terror das criaturas zumbificadas foi substituído pela história de amor do casal Bill e Frank. Tratava-se de uma obra com sustentação própria, à margem da narrativa principal. Os realizadores revelaram que um capítulo de moldes similares será exibido em breve.

 

"Há um episódio muito especial e lindo nesta 2ª temporada, dirigido por Neil, que é diferente. Não é 'Bill & Frank', mas é algo próprio porque precisava ser assim", afirma Mazin, evitando entregar qualquer tipo de spoiler.

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A SpaceX levou uma nova tripulação à Estação Espacial Internacional neste sábado, 2, fazendo a viagem em apenas 15 horas.

Os quatro astronautas americanos, russos e japoneses chegaram em sua cápsula da SpaceX após o lançamento do Centro Espacial Kennedy da Nasa, a agência espacial americana. Eles passarão pelo menos seis meses no laboratório orbital, trocando de lugar com os colegas que estão lá desde março.

A SpaceX trará esses quatro de volta já na quarta-feira. Chegando estão Zena Cardman e Mike Fincke, da Nasa, Kimiya Yui, do Japão, e Oleg Platonov, da Rússia - cada um deles originalmente designado para outras missões.

"Olá, estação espacial!", disse Fincke pelo rádio assim que a cápsula atracou no alto do Pacífico Sul. Cardman e outro astronauta foram retirados de um voo da SpaceX no ano passado para dar lugar aos dois astronautas da Nasa que ficaram presos, os pilotos de teste da Boeing Starliner Butch Wilmore e Suni Williams, cuja estadia na estação espacial passou de uma semana para mais de nove meses.

Fincke e Yui estavam treinando para a próxima missão Starliner. Mas com o Starliner parado devido a problemas com o propulsor e outros até 2026, os dois mudaram para a SpaceX. Platonov foi retirado da lista de lançamento da Soyuz há alguns anos devido a uma doença não revelada.

A chegada deles eleva temporariamente a população da estação espacial para 11 pessoas. "Foi uma visão incrivelmente bela ver a estação espacial aparecer pela primeira vez", disse Cardman, uma vez a bordo.

A prefeitura de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, causou polêmica na última quinta-feira, 31, ao anunciar que não vai trocar mais as luminárias quebradas de um parque da cidade. De acordo com a administração do município, que fica cerca de 60 quilômetros de Porto Alegre, já foram mais de 50 reposições da peça desde o início do ano e a reincidência de casos é sinal de "desperdício de recursos" e "descaso de uma minoria" com o espaço público.

"Repetidos atos de vandalismo têm destruído esses postes, gerando altos custos de manutenção. Desde o início do ano, mais de 50 luminárias já precisaram ser substituídas - um número que não só representa desperdício de recursos, mas também o descaso de uma minoria com um espaço pensado para o bem de todos", disse a administração, em nota.

"Diante disso, a Prefeitura instalou placas de orientação e alerta, informando que os equipamentos não serão mais trocados", acrescentou o executivo no comunicado. As sinalizações foram instaladas com a frase: "Consertamos inúmeras vezes, mas vândalos continuam estragando... Não consertaremos mais".

A Prefeitura de Campo Bom foi questionada pela reportagem sobre os valores gastos com os reparos e se a administração pensa em rever a medida. O Estadão perguntou também se alguma pessoa chegou a ser identificada e punida pelos atos de vandalismo, mas não houve retorno até a publicação deste texto.

O caso aconteceu no Parcão Sady Arnildo Schmidt, inaugurado em abril do ano passado. O espaço, segundo o Executivo, possui 2 mil metros de área verde, quadras esportivas, fonte luminosa, chimarródromo e outras instalações. A cidade possui cerca de 63 mil habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As luminárias que vêm sendo danificadas são postes instalados em sequência de um trilho, colocados no parque para delimitar o espaço e dar mais segurança aos frequentadores.

Por conta da situação, o prefeito Giovani Feltes (MDB) diz ser frustrante ver um espaço novo sofrer com a falta de consciência de um pequeno grupo de pessoas. "A cidade é de todos nós, e cada bem público precisa ser valorizado. Manter, cuidar e preservar é um dever coletivo, porque quem perde com o vandalismo é toda a comunidade", disse por meio do comunicado.

A medida foi criticada pelos usuários nas redes sociais, que pedem por punições aos culpados e maior vigilância por parte da Prefeitura e dos guardas civis municipais.

"Não entendi. É a população que vandaliza ou os marginais? Seria mais prudente uma placa dizendo que haverá punição para os responsáveis pela depredação, e não culpar a população. Cabe à prefeitura fiscalizar e punir", disse uma usuária.

"Está errada essa placa, devemos descobrir quem são os vândalos, puní-los e sim, manter as luminárias em ordem. São esses pensamentos que fazem a sociedade sucumbir à criminalidade. Temos uma boa guarda municipal, tenho certeza que eles conseguem nos ajudar", disse outro seguidor.

A Prefeitura de Campo Bom diz que segue investindo em áreas de lazer, esporte, saúde e infraestrutura. "Mas esse esforço só tem sentido se houver, por parte da população, o mesmo compromisso em respeitar e preservar", acrescentou o Executivo.

Policiais Militares de São Paulo prenderam na noite da última quinta-feira, 31, três homens suspeitos de fazer uma família de bolivianos refém na zona leste da cidade e praticarem o crime disfarçados de policiais civis.

Dois desses suspeitos andavam pela Rua Canários, no Jardim Iguatemi, quando foram parados pelos militares. Os falsos agentes usavam coletes balísticos do GOE, o Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil.

Na abordagem, os PMs pediram aos criminosos que apresentassem a "funcional", documento que comprova o vínculo com a Polícia Civil. Os homens negaram e disseram que não tinham "que dar satisfação" aos agentes. "Estamos em operação", chegaram a falar.

A abordagem foi gravada pelas câmeras corporais dos policiais militares (veja as imagens acima) e obtidas pelo Estadão. O terceiro integrante do grupo foi preso dentro de um veículo localizado nas proximidades.

Os suspeitos foram identificados como Paulo Cesar da Costa Silva, José Carlos Rodrigues Cordeiro de Oliveira e Caique José da Silva. As defesas não foram localizadas.

Durante a discussão, um casal de bolivianos se aproximou e informou que, pouco antes, os suspeitos tinham invadido a residência das vítimas armados. O bando manteve a família de refém, dando coronhadas, fazendo ameaças e pedindo por dinheiro.

Uma das vítimas disse que os falsos policiais apresentaram um documento, uma espécie de ordem judicial, também falsa, para facilitar a entrada na residência.

Com os suspeitos, foram apreendidos uma arma, munições e um veículo. O caso foi registrado no 49.° Distrito Policial (São Mateus) e os suspeitos indiciados por tentativa de roubo, usurpação de função pública, porte ilegal de arma e uso de documento falso.

A reportagem procurou a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) e aguarda retorno.A reportagem procurou a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) e aguarda retorno.