'Mulher, sozinha e brasileira, presa fácil', diz Ingrid Guimarães após problema em voo nos EUA

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Ingrid Guimarães, em entrevista ao Fantástico neste domingo, 16, comentou novamente sobre seu descontentamento em um voo comercial da American Airlines entre Nova York e Rio de Janeiro no último dia 8. Ela havia viralizado com um relato sobre o tema na segunda-feira, dia 10.

 

Segundo a atriz, ela teria sido avisada por um funcionário de que teria que viajar em uma categoria inferior à que tinha comprado, por conta de um problema num banco da categoria superior. Desta forma, ela teria sofrido um "downgrade" na sua passagem. Ao questionar e se recusar, funcionários teriam dito que, caso o fizesse, não poderia mais voltar a viajar com a companhia.

 

Na entrevista, ao ser perguntada sobre quais motivos acreditava que teriam feito com que fosse escolhida para perder seu assento, comentou: "Um deles é o tipo de tarifa, uma mais barata. A segunda coisa é: uma mulher viajando sozinha. Mulher, sozinha, brasileira e que não tem o inglês fluente. Nós somos uma presa fácil. Duvido se fosse um homem americano se teriam tirado dessa maneira. O problema não foi me tirar, foi a forma como fizeram."

 

Ingrid Guimarães também relembrou outros detalhes do caso: "Já estava com o cinto afivelado, pronta para voar. Eles foram lá: 'Nós temos uma notícia ruim: você vai para a econômica'. Por quê? Uma cadeira executiva quebrou e eles escolheram uma pessoa da premium economy, que é a classe entre a executiva e a econômica para sair. Eu falei: Não, eu comprei e vou continuar aqui'. Aí começaram as ameaças. 'Se você não sair, nunca mais viaja na American Airlines'.

 

A atriz relata que foi informada de que, caso continuasse se negando, todos os passageiros teriam que ser retirados da aeronave, e apenas ela não voltaria.

 

"[O funcionário] pegou o microfone e falou em inglês: 'Todos vão ter que descer do voo porque tem uma passageira que não está contribuindo'. Depois veio o pior, o constrangimento. Todos olhando para mim", contou.

 

"Uma mulher que estava na primeira fila, com um bebê de colo, começou a gritar: 'É isso mesmo, Ingrid? Vamos ter que descer por um capricho seu?!'. Porque não foi explicado para os brasileiros que eu estava ali sendo arrancada. Falei: 'Vou sair', né? Me senti muito acuada, constrangida, com vergonha e medo. Sensação muito ruim", concluiu Guimarães.

 

Mais cedo nesta semana, A American Airlines se pronunciou sobre o ocorrido, afirmando que "se empenha para proporcionar uma experiência positiva a todos os passageiros" e que sentia muito pela experiência de Ingrid Guimarães. Uma pessoa da empresa teria contatado a atriz. "Continuamos investigando o caso para entender todos os seus detalhes", concluiu a empresa.

Em outra categoria

Um homem foi vítima de uma tentativa de roubo no Guarujá no início da tarde de sábado, 2. Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado, um dos suspeitos tentou atirar contra a vítima, mas a arma falhou no momento da ação. Um cachorro, que aparece em imagens, também ajudou a espantar os criminosos. Não há informações de feridos.

A Polícia Civil do Estado de São Paulo, por meio da Delegacia do Guarujá, segue investigando a ocorrência registrada na Alameda das Palmas. Conforme informações preliminares, dois homens em uma motocicleta teriam tentado disparar contra um pedestre na calçada, mas a arma falhou.

"Investigadores estiveram no local, mas não foram encontrados vestígios balísticos, e os comerciantes da região optaram por não registrar boletim de ocorrência", disse a SSP. Com base em análise técnica e cruzamento de dados, foi identificado um possível suspeito. "As diligências seguem em andamento para o esclarecimento dos fatos", acrescenta a pasta.

A Polícia Civil de São Paulo espera o laudo da perícia para determinar a causa do óbito de uma mulher de 30 anos encontrada morta, na sexta-feira, 1°, dentro de uma piscina do motel Astúrias, em Pinheiros, na capital paulista. O homem que levou a vítima até a suíte foi ouvido pela polícia e liberado. O caso é investigado como morte suspeita.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), os exames periciais foram solicitados e estão sendo elaborados. Assim que forem finalizados, serão analisados pela autoridade policial. "Demais diligências seguem em andamento com o objetivo de esclarecer os fatos", diz.

O homem que estava com a mulher no motel não teve o nome divulgado. Procurada, a direção do Astúrias não deu retorno. Por telefone, a atendente diz que não está autorizada a passar o contato dos gestores.

A reportagem apurou que os funcionários que estavam em serviço no período em que a vítima permaneceu na suíte estão sendo chamados para prestar depoimentos. A investigação quer esclarecer se houve contato com a mulher no momento em que o homem deixava o motel sozinho, conforme a informação preliminar dada à polícia. Nos motéis, é norma não permitir a saída de um hóspede sem a companhia ou a anuência do acompanhante.

Os responsáveis pelo motel disseram à polícia que a vítima chegou ao local acompanhada de um homem na noite de quinta-feira, 31, em um carro Mercedes Benz. O homem deixou o motel algumas horas depois, desacompanhado. Com base na política de permitir a saída de um dos hóspedes apenas com a concordância do outro, um funcionário teria entrado em contato com a mulher nesse momento. Ela teria dado o aval.

Passado o período de permanência, como a mulher não saiu, nem fez contato, os funcionários tentaram falar com ela pelo interfone várias vezes para confirmar a prorrogação da estadia. Ela não atendeu e eles decidiram entrar na suíte com a chave reserva, encontrando o corpo na piscina.

A polícia foi acionada. Segundo a informação dos funcionários, o homem retornou no dia seguinte acompanhado de outra mulher. Ele foi abordado pela polícia e levado para prestar esclarecimentos no 14° DP. Com base no conteúdo dos depoimentos, o homem pode ser convocado a prestar novos esclarecimentos.

O motel fica localizado na Avenida Doutora Ruth Cardoso, próximo à Ponte Eusébio Matoso. O estabelecimento funciona no local há mais de duas décadas. Segundo o site, nas suítes com piscinas, o pernoite custa R$ 421 na 'Mansões' e R$ 680 na 'Presidencial'. No nome tem a ver com a região de Astúrias, na Espanha.

A mulher de 35 anos que foi espancada com 60 socos no elevador pelo ex-jogador de basquete Igor Cabral, no sábado, 26, falou à TV Record que a agressão foi uma tentativa de acabar com sua vida e disse querer que ele soubesse "que não deu certo, que eu estou viva". Cabral foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio. Ele alega que teve um "surto claustrofóbico", mas não apresentou laudos. Ele está preso de maneira preventiva e a defesa diz que Cabral está à disposição das autoridades.

Segundo relato da vítima, ele ficou com ciúmes, jogou o celular dela na piscina e subiu para o apartamento para pegar os seus pertences. Ela subiu atrás, em outro elevador. Quando os dois se encontraram no mesmo andar, a discussão continuou. Com medo de ser agredida, ela permaneceu no elevador porque não há câmeras no corredor. "Ele disse 'então você vai morrer' e começou a me bater", relata. Durante a discussão, o agressor avançou sobre a vítima e a socou no rosto por mais de 60 vezes.

"Eu resisti, ele falhou no plano dele", declarou a mulher. Ela teve quatro ossos da face quebrados, não conseguindo mais mastigar, e precisou passar por uma cirurgia de reconstrução facial na sexta-feira, 1º. Segundo o cirurgião bucomaxilofacial e responsável pela operação, a quantidade de agressões sofridas pela vítima gerou fraturas pequenas que dificultaram o processo cirúrgico, considerado complexo.

A vítima contou à emissora que, no momento da agressão, seu rosto estava muito ensanguentado - o que dificultou a visão, mas relata ter se esforçado permanecer consciente. "Ele só me batia. Se eu apagasse, acho que eu teria morrido", afirmou. Em um relacionamento com Cabral há quase dois anos, ela define a relação como tóxica e abusiva e o descreve como muito ciumento. "Ele era muito controlador, mas ele justificava isso como uma forma de amor", contou. A mulher sabia do histórico de agressão do então namorado com outros homens, mas disse: "Nunca pensei que comigo seria assim".

Sete meses antes do episódio no elevador, ela já havia sofrido outra agressão. "Durante uma discussão nossa, ele me empurrou e eu caí. Quando isso aconteceu, puxei a camisa dele para não cair, nisso tirou uns três pontinhos da camisa dele. E ele disse que tinha sido agredido e chamou a polícia", relatou a vítima. Na ocasião, ela conta que os policiais perguntaram se ela queria registrar denúncia pela Lei Maria da Penha, mas ela decidiu não registrar o boletim de ocorrência. "Pensei que tinha sido impulso dele", disse. Cabral também já tinha quebrado outros dois celulares de Juliana por ciúmes.

"A culpa não foi minha e a culpa nunca será da vítima. nenhuma mulher é culpada por ter sido agredida. Eu não tenho responsabilidade do ato dele. A responsabilidade do que ele fez é única e exclusivamente dele e ele tem que pagar por isso", conclui a mulher.

A prisão

Também à TV Record, uma moradora do condomínio afirma que, após o crime, Igor estava calmo e pediu para que chamasse a polícia, o que já havia sido feito pelo porteiro do condomínio. "Na hora, ele estava bem tranquilo, botou as mãos para ser algemado, dizendo que estava errado, que perdeu a cabeça. Muito frio o cara. Não consegui algemar ele com as mãos para trás, porque não dava, de tão forte que ele era", afirmou o policial responsável pela prisão de Cabral à emissora.

Segundo a delegada Victória Lisboa, que colheu o depoimento de Cabral e foi entrevistada pela TV Record, o agressor não demonstrou arrependimento, apenas "deboche": "Ele sabia que o que ele tinha feito era errado, mas arrependimento, não". Cabral foi transferido para uma unidade prisional do Sistema Penal do Rio Grande do Norte. Ele está preso preventivamente e saiu do Centro de Recebimento e Triagem (CRT), em Parnamirim, espécie de porta de entrada do sistema penitenciário, para a Cadeia Pública Dinorá Sinas, em Ceará-Mirim, na Grande Natal.

A defesa do agressor havia pedido à Justiça o isolamento do detento no presídio alegando risco à "vida e a integridade física" do acusado, alegando ameaças de uma facção criminosa local e pediu "isolamento para preservar sua vida e integridade física" por causa da grande repercussão do caso. Cabral denunciou ter sido agredido por policiais na penitenciária. A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) do Rio Grande do Norte afirmou que vai investigar a denúncia.