Família de Gugu anuncia fim da disputa por herança do apresentador

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A família de Gugu Liberato anunciou neste domingo, 15, o fim da disputa pela herança avaliada em R$ 1,4 bilhão deixada pelo apresentador que morreu em 2019 aos 60 anos, nos Estados Unidos, vítima de um acidente doméstico. Em entrevista ao Fantástico, o filho mais velho de Gugu, João Augusto, hoje com 23 anos, comentou a nova fase que a família vive após cinco anos de processos contra a mãe Rose Miriam di Matteo.

 

Em testamento, Gugu não reconheceu Rose como companheira em união estável, o que deu início aos processos pela divisão. O documento nomeou a irmã do apresentador, Aparecida Liberato, como responsável por cuidar de seu espólio (bens divididos entre os herdeiros). Nele, 75% do patrimônio foi deixado para aos três filhos com Rose, e os 25% restantes para os cinco sobrinhos; além de destinar uma pensão vitalícia para mãe, Dona Maria do Céu, de R$ 163 mil.

 

"Meu pai tinha a ideia de que a geração dos filhos sempre apoiaria os pais, por isso não deixou nada para os meus tios e tias mas deixou para os sobrinhos. Ele deixou para os filhos para que, se algo acontecesse, pudéssemos ajudar", disse João Augusto.

 

Na ocasião, o jovem se colocou contra a posição da mãe e das irmãs, as gêmeas Marina e Sofia, hoje com 20 anos, que a apoiavam na busca pelo reconhecimento de união estável e divisão da herança. "Meu pai nunca quis se casar, era um desejo dele. Eu só queria defender o desejo do meu pai. Tudo poderia ter sido resolvido em uma conversa em família".

 

"A família ficou dividida na época. Eu tinha opiniões diferentes das minhas irmãs, então, ficou um clima ruim", relembrou João, que optou por seguir o posicionamento da tia e inventariante da herança.

 

Aparecida Liberato também se manifestou sobre o caso e afirmou ter passado por momentos difíceis enquanto inventariante. Questionada sobre a posição de Rose durante a disputa, a irmã de Gugu preferiu não comentar, se restringindo a dizer que o caso poderia ter sido solucionado em um tempo muito menor, já que foram "cinco anos de dor".

 

O fim da disputa teve início em uma conversa promovida por João Augusto com as irmãs, a mãe e advogados da família. Meses após o encontro, em agosto, Rose deu fim ao processo para reconhecimento de união estável. "Qual o sentido disso? Provar que sou companheira? Pus um ponto final para que meus filhos pudessem dar início à divisão" afirmou Rose. Segundo ela, o caso deixou mágoas mas ainda há amor pela família do apresentador e vontade de uma reconciliação.

 

Com a divisão, Rose declarou que está financeiramente bem e revelou que os valores garantidos com o fim da disputa são mais altos que o esperado.

"Respeitar a vontade do Gugu era sagrado e eles fizeram muito bem, eles vão ampará-la" comentou a tia, Aparecida, após o encerramento do caso. "O perdão e as desculpas devem ser pedidas para o Gugu, as relações vão se ajeitando com o tempo", disse.

 

Em comunicado, os advogados dos filhos e de Rose expressaram reconhecimento e gratidão à Aparecida. O comunicado fala em um "novo momento para todos" e reafirmou o compromisso em honrar o legado do apresentador.

 

"É um grande alívio. Alívio porque meu pai pode descansar agora" comentou João sobre o desdobramento do caso. Os desejos agora são de união. "Meu pai sempre falava: família é tudo".

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Funcionários do Vaticano fizeram nesta segunda-feira, 5, o voto de silêncio e juraram manter sigilo absoluto, sob pena de excomunhão. A cerimônia, que ocorreu na Capela Paulina, é prevista pela Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis a todos os participantes do conclave.

O juramento dos cardeais que escolherão o novo papa é feito separadamente e será realizado nesta quarta, 7, data do início do conclave. Os sinais de telefonia serão cortados no interior do Vaticano para isolar os cardeais de influências externas, anunciou a Santa Sé.

Texto do juramento:

"Prometo e juro observar o segredo absoluto com quem quer que seja que não faça parte do Colégio de Cardeais eleitores, e isso perpetuamente, a menos que receba uma faculdade especial dada expressamente pelo novo Pontífice eleito ou por seus Sucessores, em relação a tudo o que diz respeito direta ou indiretamente à votação e aos escrutínios para a eleição do Sumo Pontífice".

Depois de serem instruídos sobre o significado do juramento, todos pronunciaram as palavras e assinaram o texto diante do cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana.

Veja a lista dos profissionais:

- Sete cerimoniários pontifícios;

- Eclesiástico escolhido pelo cardeal que preside o conclave para ajudá-lo em sua função;

- Dois religiosos agostinianos encarregados da Sacristia Pontifícia;

- Religiosos de vários idiomas para confissões;

- Médicos e enfermeiros;

- Ascensoristas do Palácio Apostólico;

- Encarregados do refeitório e dos serviços de limpeza;

- Funcionários da Floricultura e dos Serviços Técnicos;

- Encarregados do transporte dos eleitores da Casa Santa Marta para o Palácio Apostólico;

- Coronel e major da Guarda Suíça Pontifícia,

- Encarregados da vigilância perto da Capela Sistina;

- Diretor dos Serviços de Segurança e da Proteção Civil do Estado da Cidade do Vaticano com alguns de seus colaboradores.

Isolamento no Vaticano

Os cardeais começam nesta terça-feira a se instalar na residência de Santa Marta e outras dependências do Vaticano, onde permanecerão isolados do mundo durante o conclave até a escolha do sucessor do papa Francisco.

A identidade do futuro pontífice é a grande incógnita para 1,4 bilhão de católicos e para o mundo, depois que o pontificado reformista do jesuíta argentino despertou um fervor popular e uma divisão dentro da Igreja.

"Há vários perfis, muitas personalidades que poderiam ser escolhidas. Eu diria que pelo menos cinco ou seis", declarou o cardeal e arcebispo de Argel, Jean-Paul Vesco, ao jornal italiano Corriere della Sera.

Durante o conclave, os "príncipes da Igreja" devem permanecer sem telefone, sem acesso à internet ou a meios de comunicação, e conservar o sigilo sobre tudo que diz respeito à eleição do novo sumo pontífice.

Na vizinha praça de São Pedro, milhares de pessoas permanecerão com os olhares voltados para a chaminé instalada no teto da Capela Sistina à espera de vislumbrar a fumaça branca, primeiro sinal da eleição do 267º papa.

As eleições de Bento XVI em 2005 e a de Francisco em 2013 levaram dois dias. Mas alguns analistas acreditam em um processo mais longo em 2025, em particular por ser o conclave mais internacional da História, com cardeais procedentes de 70 países.

Um total de 133 cardeais eleitores - com menos de 80 anos - participarão na eleição. A maioria foi elevada a este nível durante o pontificado do primeiro papa latino-americano.

O número elevado de cardeais fez com que a residência de Santa Marta, onde eles costumam se hospedar desde o conclave de 2005, ficasse pequena: um edifício vizinho, que geralmente abriga funcionários do Vaticano, foi habilitado para o momento histórico.

Antes de 2005, os cardeais se hospedavam em quartos improvisados no Palácio Apostólico, mais desconfortáveis e com poucos banheiros, razão que motivou o papa João Paulo II a determinar a construção da atual residência.

Santa Marta, onde Francisco decidiu morar, dispõe de quartos com banheiro privado e serviços similares aos de um hotel. A distribuição dos quartos entre os cardeais foi definida por sorteio.

Temas debatidos

Nesta terça-feira, os cardeais organizaram a última reunião preparatória, que aconteceram quase diariamente desde o falecimento de Jorge Mario Bergoglio em 21 de abril. Nos encontros, eles abordam várias questões sobre a Igreja.

Entre os temas que já foram discutidos estão as finanças do Vaticano, o escândalo das agressões sexuais, a unidade da Igreja e o perfil do próximo papa. Muitos cardeais aproveitaram para se conhecer.

As discussões também alimentam sua reflexão a respeito do voto final na Capela Sistina, diante do afresco do Juízo Final pintado por Michelangelo no século XVI e a portas fechadas.

"Há candidatos, por assim dizer, naturais, aqueles que já são conhecidos por seu papel e sua personalidade. E depois há aqueles que falam e fazem você pensar: esta é uma afirmação forte. Mas não há nenhum que 'esmague' os outros, ninguém em que você possa pensar: será ele", afirmou Vesco. (Com agências internacionais).

Só um em cada quatro brasileiros (23%) de 15 a 64 anos tem altas habilidades digitais, independentemente do seu nível de alfabetismo ou educacional. As dificuldades para lidar com as atividades que envolvem tecnologia aparecem mais entre os que têm mais de 40 anos, mas há problemas até mesmo entre os jovens.

Esses são alguns dos resultados do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado na segunda-feira, 5, realizado pela consultoria Conhecimento Social, pela Ação Educativa e pela Fundação Itaú. É a primeira vez que a pesquisa mediu também o alfabetismo no contexto digital.

Com o futuro do trabalho cada vez mais focado numa economia digitalizada, as chamadas competências digitais são consideradas essenciais para o desenvolvimento pleno do cidadão e de um País competitivo.

Foram três atividades propostas aos entrevistados: a compra de um tênis, a inscrição em um evento e a busca por filmes em um serviço de streaming - essa última teve o menor índice de acertos (9%) mesmo entre os que têm nível mais alto de alfabetismo.

A partir de uma conversa fictícia com um amigo no WhatsApp, que dizia querer assistir a um documentário específico, o participante precisava acessar a plataforma de streaming e ler três sinopses para encontrar qual seria a obra sobre a qual estava sendo questionado.

Segundo a diretora da Conhecimento Social e responsável pela pesquisa, Ana Lucia Lima, a dificuldade maior apareceu na hora de escrever uma mensagem de volta ao amigo fictício, explicando os motivos que o levaram a escolher tal documentário.

"A construção de um texto argumentativo é uma habilidade de letramento", explica. "A gente queria entender se o digital ajuda ou atrapalha as pessoas a funcionar numa sociedade letrada."

As três tarefas era respondidas em um celular e tinham, cada uma, 14 atividades do mundo digital. Os níveis de habilidades - baixo, médio e alto - foram definidos a partir da quantidade de acertos (ver abaixo).

Se a pessoa conseguisse, por exemplo, acessar os filmes no streaming, mas não explicar de forma compreensível em mensagem de texto a sua escolha, a pesquisa não considerava que ela havia acertado completamente a atividade.

Os outros itens impunham tarefas como preencher dados em cadastros, fazer pagamento, criar senhas com exigências específicas, anexar fotos.

Segundo ela, há muitas limitações ainda para se entender os símbolos do mundo digital. "É desafiador para algumas pessoas compreender uma outra linguagem, ícones, memes, é quase um vocabulário novo, como se tivesse aprendendo a ler chinês."

Veja os níveis de habilidades digitais:

Baixo - acerta até 1/3 das atividades propostas no celular - 25% dos brasileiros estão nesse nível

Médio - acerta até 2/3 das atividades propostas no celular - 53% estão nesse nível

Alto - acerta mais de 2/3 das atividades propostas no celular - 23% estão nesse nível

O estudo mostra também que o Brasil tem hoje 29% de analfabetos funcionais, que são aqueles que só conseguem fazer leituras bastante simples de palavras, pequenas frases e números familiares, como o do telefone ou de preços.

Para medir o nível do alfabetismo, os participantes fazem provas escritas sobre questões do cotidiano, tanto relacionadas à Linguagem quanto à Matemática. Entre os analfabetos funcionais, só 3% têm nível alto de habilidades digitais.

A maior parte da população brasileira se encontra no que o índice chama de alfabetismo elementar (36%); são pessoas que conseguem ler textos de extensão média, selecionando informações e fazendo algumas inferências, mas com vocabulário limitado.

Nesse grupo, chama a atenção o fato de 18% estarem no nível alto de habilidades digitais; outros 67% estão no médio, um resultado mais esperado. "Por alguma razão, o ambiente digital abre possibilidades que algumas pessoas não teriam no mundo analógico e elas têm performance melhor", afirma Ana. Mas há outros 15% que estão no nível mais baixo, o que mostra uma dupla exclusão.

Na população geral, um quarto (25%) está nesse nível inferior e 53% no médio. O estudo aplicou testes a uma amostra de 2,5 mil pessoas, entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025.

Dificuldades entre o mais velhos

Segundo a pesquisa, os mais jovens, de 15 e 29 anos, têm o melhor desempenho no contexto digital, com mais de 30% deles nos níveis altos, independentemente do quanto são alfabetizados. Entre os que têm de 40 a 49 anos, são 17%, e entre 50 e 64 anos, 6%.

A tarefa de selecionar o filme foi a que foi feita com mais facilidade pelos jovens; já os mais velhos se saíram melhor na inscrição a um evento.

Ana explica que ainda não há consenso nas pesquisas sobre como definir de forma clara o letramento digital. E que os dados do Inaf vão contribuir com essa discussão.

"Até pouco tempo se dizia que a pessoa tinha um letramento digital, midiático, quando conseguia produzir algo usando a tecnologia, textos, imagens, tabelas. Mas agora vem a inteligência artificial e produz tudo para você. A tecnologia avança muito rápido e esses conceitos não estão consolidados", afirma.

O Inaf foi lançado pela primeira vez em 2001 pelo Ibope e pelo Instituto Paulo Montenegro, quando foi medido pela primeira vez o analfabetismo funcional no Brasil. Na primeira edição, eram 39% de analfabetos funcionais no País.

O Inaf havia sido realizado pela última vez em 2018, quando o índice registrado foi o mesmo de 2024, 29%. A pesquisa deste ano foi feita em parceria com a Fundação Roberto Marinho, Instituto Unibanco, Unesco e Unicef.

A polícia achou uma faca e um celular no carro da professora Fernanda Bonin, de 42 anos, encontrada morta com sinais de estrangulamento, no dia 28 de abril, em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.

A arma e o aparelho passaram por perícia em busca de impressões digitais. O veículo, um Hyundai Tucson, havia sido encontrado no sábado, 3, nas imediações do autódromo.

Imagens de câmeras de monitoramento instaladas na rua mostram duas pessoas - possivelmente um casal - saindo do carro horas depois que o corpo da professora foi encontrado. A polícia trabalha na identificação e na localização dessas pessoas, que podem levar ao esclarecimento do crime. O caso é investigado sob sigilo.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O carro e os pertences foram periciados e os laudos serão analisados. As diligências prosseguem.

Fernanda desapareceu na noite do dia 27 de abril, após sair do apartamento em que morava. O corpo foi encontrado na manhã seguinte, no terreno ao lado da Avenida João Paulo da Silva, no bairro Vila da Paz, próximo ao autódromo. Ela estava com a roupa que usava ao sair de casa e tinha um cadarço enrolado no pescoço. O laudo da necropsia não foi divulgado, mas a suspeita é de asfixia mecânica (estrangulamento).

O veículo, o celular e pertences da professora tinham sido levados junto com o carro. A polícia começou a investigação como latrocínio - roubo seguido de morte -, mas depois passou a admitir a hipótese de homicídio doloso (intencional).

A professora saiu de casa para socorrer a ex-esposa, que tinha sofrido uma pane mecânica no carro na zona oeste da cidade. Os dois filhos do casal estavam no carro avariado. Imagens do circuito interno do prédio mostram quando ela desceu sozinha pelo elevador, com o celular em uma das mãos, e saiu da garagem para a rua.

Carro localizado após denúncia

A Tucson percorreu cerca de 25 quilômetros, até o local onde o corpo de Fernanda foi encontrado, na manhã seguinte. O carro foi deixado a menos de um quilômetro do local, na rua Ricardo Moretti, na Cidade Dutra, região de Interlagos. Um morador estranhou o veículo estacionado há vários dias no mesmo local, com os vidros fechados e as portas trancadas, e acionou a polícia.´

O automóvel passou por perícia no local onde estava e depois foi guinchado a um pátio policial. Os peritos recolheram marcas de impressão digital, fios de cabelos e outros vestígios, além de utilizar o luminol - substância que identifica manchas de sangue não aparentes. O laudo da perícia não foi divulgado.

A faca encontrada no carro pode ser a arma possivelmente usada para dominar Fernanda. Já o celular pode ser da professora ou de um de seus filhos - o aparelho estava sem o chip.

A rua onde o carro foi abandonado possui câmeras e uma delas flagrou duas pessoas deixando o veículo. A polícia tenta localizar os suspeitos, que poderiam estar direta ou indiretamente envolvidas no crime.

Entenda o caso

A veterinária Fernanda Fazio, que foi casada durante oito anos com a professora, prestou depoimentos três vezes à polícia para dar detalhes que pudessem ajudar na investigação. Foi a pedido dela que Fernanda Bonin deixou o apartamento naquela noite. Elas estavam separadas há cerca de um ano, mas faziam terapia de casal em busca de reconciliação.

Fernanda Fazio contou que levava os dois filhos do casal para a casa da professora quando o câmbio do veículo teria travado na Avenida Jaguaré, na zona oeste. Ela pediu ajuda e passou sua localização. Meia hora depois o carro voltou a funcionar, mas a veterinária já não conseguiu contato com a ex-esposa.

O carro da veterinária passou por perícia para a confirmação do defeito, mas o laudo não foi divulgado. A polícia já esclareceu que a ex-mulher não é suspeita do crime, tendo sido ouvida como averiguada e na condição de testemunha. A reportagem entrou em contato com Fernanda Fazio e aguarda retorno.