Em show nos EUA, Mariah Carey não alcança agudo de 'All I Want For Christmas Is You'

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Em 2024, a cantora Mariah Carey celebra os 30 anos de um dos seus grandes sucessos natalinos, a canção All I Want For Christmas Is You. A música virou sinônimo de Natal em muitos países, inclusive no Brasil, onde há milhares de memes usando a composição.

 

No entanto, a cantora passou por uma situação, no mínimo constrangedora, neste sábado, 7, durante um show em Baltimore, nos EUA. Fãs que acompanhavam o show fizeram o registro da cantora tentando alcançar os agudos da música, sem sucesso. Após o erro, ela deu um sorriso constrangedor e seguiu com a música.

 

Em entrevista concedida à Associated Press em outubro, Mariah se lembrou de quando foi convidada a gravar um disco natalino.

 

"Eu estava tipo: 'não sei deveria nesse momento'. Porque eu era muito jovem e estava apenas começando, e eu sentia que as pessoas fazem álbuns de Natal mais tarde em suas vidas", disse à repórter Krysta Fauria.

 

"Eu estava um pouco apreensiva, mas depois eu fiquei tipo: "Eu amo isso". Eu decorei o estúdio e simplesmente tive o melhor momento possível", completou a diva pop.

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A Justiça Federal no Rio Grande do Sul determinou o fim das cotas para pessoas transexuais na Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Segundo a decisão, da qual ainda cabe recurso, os alunos que entraram na universidade por meio dessa política de cotas, que começou em 2023, devem ter suas matrículas canceladas ao fim deste ano letivo. Ao todo, 30 vagas foram destinadas a esse público: 10 em 2023, 10 em 2024 e mais 10 em 2025.

Em todo o País, outras 17 universidades públicas oferecem cotas para transexuais. Na decisão, o juiz substituto da 2.ª Vara Federal do Rio Grande, Gessiel Pinheiro de Paiva, diz que "as pessoas trans podem (e devem) ser objeto de ações estatais (inclusive ações afirmativas) que visem a reduzir e eliminar a transfobia e possibilitar o exercício pleno da cidadania (...) Por outro lado, essa identidade também não justifica toda e qualquer vantagem que lhes seja atribuída". A Furg alegou que tem autonomia para estabelecer regras sobre acesso à universidade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Imagens de drone flagraram, neste sábado, 2, densas camadas de espuma tóxica cobrindo uma grande extensão do Rio Tietê, na região de Salto, no interior de São Paulo. Autor das imagens, o fotógrafo Daniel Santos, diz que subiu o drone entre às 10 horas e o meio-dia. Ele relata que o fenômeno se repete praticamente todo ano e vem se agravando.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que intensificou as fiscalizações e aplicou multas. O governo do Estado diz que investirá R$ 20 bilhões em saneamento até 2029.

De acordo com Santos, que é morador de Salto, ele tem registrado espumas no Tietê há dez anos e o problema acontece de forma recorrente. "Nunca melhorou, mas agora parece que está pior. As pessoas que vêm visitar esta região das cachoeiras reclamam muito do cheiro. Nós, moradores, estamos até acostumados, mas os visitantes relatam irritação nos olhos e no nariz devido aos gases que saem das espumas."

De acordo com a ambientalista Malu Ribeiro, diretora de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, embora o problema das espumas seja recorrente, por causa da baixa vazão neste período do ano, o fato reflete a concentração de poluentes que o rio recebe especialmente da Região Metropolitana de São Paulo.

"Quando as águas com essa carga enorme de poluição chegam às corredeiras de Salto, formam espumas provenientes de sulfactantes, que são produtos biodegradáveis, como saponáceos, detergentes, pasta de dente e outros presentes no esgoto", diz.

Este ano, segundo ela, além da estiagem, houve um "gravíssimo problema" que foi o rompimento de uma rede de esgoto na altura da Marginal Tietê.

"A Sabesp, que é responsável pelo saneamento na região e também pelo projeto de despoluição do Tietê, de forma inadequada, lançou os efluentes da região norte da capital paulista diretamente no rio. Isso fez com que aumentasse a carga poluidora no rio justamente no período de estiagem, agravando o problema para uma cena que não deveríamos mais estar vendo diante dos avanços que foram feitos nos índices de coleta e saneamento de esgoto."

Conforme registrou o Estadão, no dia 27 de junho, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) despejou esgoto diretamente no Rio Tietê, entre as pistas local e central da Marginal, em frente à Avenida Engenheiro Caetano Alvares. A empresa disse ao jornal que "foi preciso realizar uma manobra emergencial para esvaziar a rede no trecho em obras da marginal Tietê, com o objetivo de identificar o que originou a cratera na via.

A dirigente da SOS Mata Atlântica aponta que outra falha voltou a ser registrada neste sábado em uma estação elevatória de esgoto do Rio Pinheiros, drenando efluentes diretamente para o rio, que é afluente do Tietê. Segundo ela, lançar esgoto in natura no rio é proibido pela Constituição paulista desde 1989 e fatos como estes comprometem investimento feito na despoluição do Rio Tietê nos últimos 30 anos.

A reportagem entrou em contato com a Sabesp e aguarda retorno.

O que diz o governo

O governo de São Paulo informou que o programa IntegraTietê, prevê R$ 20 bilhões de investimento em saneamento e na conexão de 2,2 milhões de domicílios à rede de esgoto até 2029. Conta ainda com um Grupo de Fiscalização Integrada das Águas do Rio Tietê (GFI-Tietê), que já percorreu 7,1 mil quilômetros do Rio e aplicou R$ 6,6 milhões em multas.

A Cetesb acompanha os episódios de formação de espuma no Rio Tietê e intensificou as fiscalizações, tendo realizado este ano 324 coletas de amostras e 114 vistorias em estações de tratamento, indústrias e municípios que ainda não tratam esgoto.

No período, foram aplicadas penalidades que somam R$ 3,8 milhões a agentes poluidores. Além disso, o Estado trabalha na limpeza e desassoreamento do Rio, já tendo retirado desde 2023 mais de 3,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos do Tietê e seus afluentes.

Moradores e associações de São Paulo fizeram um "café-manifestação" contrário à obra de um empreendimento de alto padrão no entorno de um casarão tombado em Higienópolis na manhã deste sábado, 2. A incorporadora Helbor vai construir prédios de cerca de 20 pavimentos em área junto à antiga residência da família Rodrigues Alves, conhecida por ter sido endereço do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante a ditadura militar.

O ato ocorreu como parte de um "encontro-manifestação" marcado pelo Coletivo Pró-Higienópolis e a Associação de Proprietários, Protetores e Usuários de Imóveis Tombados (APPIT), além de outras entidades. O grupo tem criticado que a nova construção ficaria a cinco metros de distância do casarão, "ocupando quase toda a área de seu antigo jardim". Também fala na necessidade de rever o regramento do tombamento do espaço.

O empreendimento de alto padrão preservou e manterá o casarão tombado, como ocorre em outras obras do tipo, a exemplo do Shopping Higienópolis. Em nota, a Helbor destaca que o projeto é desenvolvido "com total respeito à legislação vigente, em conformidade com o Plano Diretor da cidade".

A incorporadora também ressaltou ter obtido autorização do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), ligado à Prefeitura e que delibera sobre intervenções em bens tombados na esfera municipal.

"O imóvel, que esteve abandonado por anos, foi revitalizado e agora será reintegrado à vida do bairro, oferecendo um novo espaço qualificado para os moradores e visitantes", completou. É localizado na esquina das Ruas Piauí e Itacolomi.

Nas últimas décadas, o imóvel teve o destino discutido várias vezes. Em 1990, por exemplo, foi vendido para uma construtora, o que acabou barrado na Justiça. Depois, chegou a ser discutida uma transformação em museu, o que atraiu interesse da Polícia Militar.

Em 2015, por sua vez, foi publicada uma lei que o incluiu em lista de imóveis repassados à Prefeitura para abater dívidas - que seriam destinados à moradia popular. O plano não foi adiante, contudo.

Empreendimento terá apartamentos de alto padrão

Ao todo, a Helbor tem dois empreendimentos previstos para o entorno do casarão. O principal é o Casa Piauí Higienópolis, com 40 apartamentos, de 245 m² e 251 m², com quatro suítes, além de três a quatro vagas de garagem. Na divulgação, é chamado de "alto padrão" e "exclusivo".

O casarão deverá ser preservado. A incorporadora é a mesma do caso da travessa pública que deve ser vendida pela Prefeitura de São Paulo, como mostrou o Estadão.

Os manifestantes afirmam ter reunido 200 pessoas no ato deste sábado. Eles preferem utilizar o termo "café-manifestação" em vez de protesto, pois se inspiraram em "coffee parties" realizadas no exterior, com o objetivo de discutir o futuro de Higienópolis.

Qual é a história do casarão?

O antigo casarão foi leiloado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2018, por R$ 26 milhões. O valor foi quase 75% a mais do que o lance inicial. Esteve fechado por cerca de duas décadas.

O imóvel foi residência da família do ex-presidente brasileiro Rodrigues Alves. Além disso, entre os anos 1960 e 2000, foi endereço da Polícia Federal, por onde passaram de contrabandistas a opositores da ditadura militar.

É conhecido por ter sido sede do Dops. Também foi carceragem de um dos líderes da Camorra, Francesco Toscanino, e do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto (o Lalau) - condenado por desvios na Justiça do Trabalho.

O casarão centenário é de estilo art nouveau. É tombado desde 2012 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) por ser um "exemplar de moradia abastada do início do século 20".