'Blade', que estrearia em 2025, é removido do calendário da Marvel

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O longa sobre o meio-vampiro Eric Brooks, Blade, tem data de lançamento incerta. Inicialmente programado para chegar aos cinemas no dia 7 de novembro de 2025, o filme foi removido do calendário de estreias da Marvel. Agora, o lançamento de Predator: Badlands está previsto para a mesma data. A informação foi confirmada pela revista Variety nesta terça-feira, 22.

Os estúdios ainda adicionaram três datas para novos lançamentos, segundo a revista: 18 de fevereiro, 5 de maio e 10 de novembro de 2028. Não se sabe, porém, se Blade será incluído em um desses dias. Conforme a Variety, a remoção de filme do calendário vem após o CEO da Disney, Bob Iger, declarar que a Marvel iria lançar "no máximo três" filmes por ano.

O longa enfrentou diversos desafios na produção. Trocou de diretores duas vezes (Yann Demange, que havia assumido o lugar de Bassam Tariq, deixou a direção em junho), passou pelas mãos de seis roteiristas (Michael Green, Stacy Osei-Kuffour, Michael Starrbury, Beau DeMayo, Nic Pizzolatto e, atualmente, Eric Pearson), além de enfrentar problemas com as gravações durante a pandemia. Dos quatro filmes da Marvel programados para o ano que vem, Blade era o único que mal havia começado a ser produzido.

O filme, estrelado pelo ator Mahershala Ali, de Moonlight: Sob a Luz do Luar, foi anunciado pelos estúdios em 2019. Blade é um híbrido humano-vampiro cuja missão é caçar vampiros que aterrorizam a humanidade. O personagem foi tema de uma trilogia de filmes, lançados entre 1998 e 2004, com Wesley Snipes como protagonista.

Snipes chegou a quebrar dois recordes mundiais no Guinness Records, após retornar de surpresa como Blade em Deadpool & Wolverine. O personagem de live actions é agora o que existe há mais tempo no Universo Cinematográfico Marvel (MCU) e também o com a maior distância de tempo entre aparições em filmes da Marvel.

Além de Mahershala Ali, o longa da Marvel também tem Mia Goth, estrela de filmes como Pearl e neta da também atriz brasileira Maria Gladys, no elenco. Em julho, ela estrelou MaXXXine, terceiro filme da trilogia de terror que começou com X: A Marca da Morte.

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O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global atingiu o valor de 0,756 no novo ranking divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O índice, calculado a partir de uma média de indicadores de renda, saúde e educação no mundo no ano de 2023, registrou o menor avanço desde o início da série histórica, em 1990. Já o Brasil avançou.

O País agora é o 84º colocado no ranking global, que tem 193 posições. O IDH varia de 0 a 1 - quanto mais próximo de 1, melhor a pontuação. O índice brasileiro ficou em 0,786 e foi classificado na faixa de "alto desenvolvimento humano". Procurada pelo Estadão, a ONU não detalhou os motivos que resultaram na melhora do Brasil no ranking.

No ano passado, referente aos dados de 2022, o Brasil estava em 89º, com IDH de 0,760. Subiu, portanto, cinco posições de 2022 para 2023. O País, porém, ainda está abaixo de outros países latino-americanos como Peru, México e Colômbia, e de nações como Irã e Bósnia. O Brasil teve uma queda no IDH durante a pandemia de covid-19, de 2020 a 2022, e apresentou recuperação de 2022 para 2023.

"Em âmbito global, o Índice de Desenvolvimento Humano teve o menor progresso já registrado, excluindo o período em que houve declínio, em 2020 e 2021 (pandemia)", afirma Pedro Conceição, diretor do Pnud. O indicador não retomou a trajetória anterior a 2020, como era esperado. Essa desaceleração afeta todas as regiões do globo e deve "atrasar" em décadas o alcance de um IDH global muito alto, anteriormente projetado para o ano de 2030.

O índice global atual continua no nível classificado pela ONU como de alto desenvolvimento humano. O documento também aponta um aumento nas desigualdades entre países ricos e pobres, que vinham diminuindo nas últimas décadas. Islândia, Suíça e Noruega estão no topo do ranking, enquanto Sudão do Sul e Somália têm os valores de IDH mais baixos. No contexto atual, marcado também por guerras como entre Ucrânia e Rússia, Israel e Hamas, e com o desafio crescente da crise climática, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) vê a necessidade de uma ação decisiva dos países para reativar a trajetória ascendente do desenvolvimento. A distância entre nações de IDH muito alto e baixo cresceu pelo quarto ano consecutivo, revertendo a tendência de longo prazo anterior, de redução das desigualdades.

PROBLEMAS

Por ser uma média entre indicadores, o IDH mascara as desigualdades na distribuição do desenvolvimento humano. A pontuação global cai para 0,590 quando se considera o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade, um indicador complementar calculado pela agência da ONU que "desconta" os níveis de desigualdade de renda, saúde e educação.

Segundo o relatório, três fatores principais têm estreitado as vias de desenvolvimento tradicionalmente responsáveis por gerar empregos em larga escala e reduzir a pobreza: a diminuição do financiamento internacional, aumentando a crise da dívida em alguns países; as tensões comerciais que reduzem as opções de exportação para grandes mercados; e o crescimento de uma industrialização sem geração de empregos, em parte por causa da automação. Isso afeta principalmente os países em desenvolvimento.

HISTÓRICO E COMPLEMENTOS NO BRASIL

O índice foi publicado pela primeira vez em 1990 e é calculado anualmente. Foi criado como contraponto ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera somente a dimensão econômica do desenvolvimento.

O relatório da ONU também fornece indicadores complementares ao IDH. O Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade, que leva em consideração a distribuição desigual das três dimensões de desenvolvimento humano entre a população de um país, ficou em 0,594 em 2023 no caso do Brasil.

Já o Índice de Desigualdade de Gênero, calculado com base em indicadores de saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica entre os gêneros, em que valores mais altos indicam maior desigualdade: foi de 0,390 em 2023 no Brasil, 96ª posição entre os países avaliados.

Por fim, o Índice de Pobreza Multidimensional, identifica privações múltiplas, em educação, saúde e renda, nos domicílios - e também varia de 0 e 1, sendo que 0 representa ausência de pobreza e 1 representa pobreza extrema. No País, foi de 0,016.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que estava de folga, reagiu a uma tentativa de assalto e atirou contra um suspeito, nesta segunda-feira, 5, em São Paulo. O caso aconteceu na Avenida do Estado, próximo à Estação Armênia do Metrô (Linha 1-Azul), na área central da capital.

A reportagem apurou com a GCM que o agente estava dentro do seu veículo, parado em um semáforo fechado em um cruzamento da Avenida do Estado. O suspeito, então, se aproximou e tentou quebrar a janela do carro do guarda com um objeto.

Em reação, o agente sacou a arma e atirou contra o homem na perna. O sujeito tentou fugir, mas não conseguiu. Ele chegou a cair no chão e foi contido pelo agente à paisana, que não se feriu na tentativa de assalto.

De acordo com a GCM, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. O homem, que não teve a identidade revelada, foi atendido no Pronto Socorro de Santana, na zona norte. O caso foi apresentado no 8.° Distrito Policial, em Belenzinho.

A reportagem procurou a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) e aguarda retorno. De acordo com o Metrô, o caso não aconteceu dentro das dependências da estação, mas na rua. E, por esse motivo, a operação da Linha 1-Azul não foi afetada.

Responsável por um dos principais projetos do papa Francisco, o cardeal Mario Grech, de 68 anos, é mais um candidato a substituir o argentino no comando da Igreja Católica, no conclave que começa nesta quarta-feira, 7.

Nascido em 20 de fevereiro de 1957 em Gozo, uma das ilhas do arquipélago de Malta, Grech é secretário-geral do Sínodo dos Bispos desde 2020.

Ele chefia o órgão que reúne posições das dioceses do mundo todo sobre questões fundamentais, como o lugar das mulheres na Igreja e o casamento de pessoas divorciadas, e repassa essas informações ao papa. Grech também é responsável por organizar as reuniões sinodais que acontecem em Roma a cada dois anos, abordando um tema específico.

O sínodo de 2021-24 sobre sinodalidade convidou todos os católicos do mundo a expor suas esperanças, medos e ansiedades sobre a igreja na era moderna e perguntando o que deveria mudar. Em 2023, a Igreja permitiu que leigos e mulheres votassem nas assembleias sinodais, ao lado dos bispos.

Milhões de fiéis responderam e o Vaticano permitiu discussões livres sobre tópicos antes considerados tabus na Igreja, como o ministério feminino, católicos gays e abusos sexuais cometidos pelo clero.

O Documento Final do Sínodo, apresentado em outubro de 2024, não chegou a propor mudanças drásticas, como a permissão do diaconato feminino ou o acolhimento dos católicos gays, mas não encerrou o debate sobre essas questões.

Em março, internado para tratar a pneumonia, Francisco aprovou planos para estender o sínodo e sua implementação até 2028. Embora oficialmente praticada pelo papa, a aprovação do plano teria sido proposta por Grech e foi interpretada como o desejo de Francisco de garantir que o processo e suas reformas sobrevivessem.

Durante boa parte da carreira religiosa, Grech defendeu posições conservadoras. Foi assim em 2009, quando o papa Bento XVI defendeu a heterossexualidade e suas palavras foram ecoadas por Grech em Malta, e em 2011, quando o país debatia a legalização do divórcio e o religioso criticou a iniciativa. Mas, a partir de 2013, quando o comando da Igreja Católica passou ao papa Francisco, Grech tornou-se mais progressista.

"Devo confessar que me deparo com a urgência dessa necessidade ao ouvir famílias de homossexuais, bem como as mesmas pessoas que têm essa orientação e que se sentem feridas pela linguagem dirigida a elas em certos textos, por exemplo, no catecismo", disse o religioso em 2014, durante evento no Vaticano.

Em 2017, ele defendeu que a Igreja aceite casar novamente pessoas divorciadas. Alinhada com o apelo de Francisco por mais flexibilidade e compaixão, essa medida foi aplaudida pela ala liberal da Igreja, mas irritou os conservadores.

Depois de ser nomeado cardeal, em 2020, quando ainda era bispo de Gozo, Grech afirmou ao jornal do Vaticano: "Venho de uma paróquia muito, muito pequena, em uma diocese que é igualmente pequena, então, de certa forma, não entendo por que, da periferia da igreja, o papa me chamou. Mas, por outro lado, posso ver as pequenas coisas que contam aos olhos de Deus, aos olhos do Santo Padre e aos olhos da Igreja."