Lula participa de comício no Grande ABC para tentar recuperar região

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) participou de um comício ao lado do prefeito de Mauá (SP) e candidato à reeleição, Marcelo Oliveira (PT), na noite desta sexta-feira, 18. O petista ressaltou a importância do alinhamento entre os Poderes Executivos municipais e federais e criticou o que ele chamou de "praga de gafanhotos", se referindo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Essa foi a segunda participação do presidente em agendas de campanha de petistas no dia. Mais cedo, Lula esteve em Diadema para apoiar José Filippi (PT), outro prefeito que busca se reeleger no segundo turno.

Os dois municípios do Grande ABC, berço político do PT, são os únicos das 39 cidades que compõem a região metropolitana de São Paulo que o partido comanda e que ainda disputam a segunda etapa das eleições.

Os ministros da Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, do Trabalho, Luiz Marinho, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também estavam presentes no evento. Lula destacou a importância da cidade para o Partido dos Trabalhadores e insistiu que deve haver sintonia entre o Palácio do Planalto e o município.

"O importante de vocês terem o Marcelo prefeito é que o Marcelo não vai precisar nunca bater na porta da Presidência da República, porque a porta da Presidência estará sempre aberta para o prefeito de Mauá", afirmou o presidente. Lula ainda criticou a gestão de Bolsonaro, dizendo que precisou atuar para reconstruir o país. "Eu tive que voltar e acabar com a praga de gafanhoto e cuidar do povo brasileiro", disse o petista.

PT corre risco de ser varrido de seu berço político

A presença do ex-presidente na região é simbólica. O PT fracassou em eleger candidatos na Grande São Paulo no primeiro turno das eleições municipais. Nem em São Bernardo do Campo, berço político da siglas, o candidato petista obteve bons resultados. O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), irmão do ministro Paulo Teixeira, finalizou a disputa em terceiro lugar, com 23,09% dos votos (96.426). Correligionários afirmaram que a militância petista ficou magoada com a ausência do presidente nas campanhas.

Em seu discurso, o prefeito de Mauá afirmou que o partido deve atuar para se fortalecer e recomeçar a dialogar com a população para reconquistar a região. "Precisamos voltar a ter as bases em alguns lugares onde nós perdemos, pra poder a gente fortalecer e voltar novamente com força aqui no ABC com candidatos que têm a possibilidade de vencer. Porque é importante a militância, é importante nós continuarmos a luta, mas também é importante ter mandatos, porque no mandato você consegue executar aquilo que você imagina", declarou.

Oliveira disputa o segundo turno em Mauá contra Átila, do União Brasil, que ficou na segunda colocação no primeiro turno. Filippi, por sua vez, enfrenta o emedebista Taka Yamauchi no segundo turno em Diadema. Levantamento do Paraná Pesquisas divulgado na segunda, 14, dá empate técnico entre os dois: Yamauchi tem 45,6% das intenções de voto e Filippi, 43,4%, com margem de erro de 3,8 pontos porcentuais.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira, 1, impor sanções a qualquer pessoa que compre petróleo iraniano, um alerta feito após o adiamento das negociações planejadas sobre o programa nuclear de Teerã.

Trump fez a ameaça de sanções secundárias em uma postagem nas redes sociais. "Todas as compras de petróleo iraniano ou produtos petroquímicos devem parar agora!". Ele disse que qualquer país ou pessoa que compre esses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os EUA "de nenhuma forma".

Não ficou claro como Trump implementaria tal proibição. Mas sua declaração corre o risco de agravar ainda mais as tensões com a China - principal cliente do Irã - em um momento em que o relacionamento está tenso devido às tarifas do presidente americano.

Com base em dados de rastreamento de petroleiros, a Administração de Informação de Energia dos EUA concluiu em um relatório publicado em outubro que "a China absorveu quase 90% das exportações de petróleo bruto e condensado do Irã em 2023". Trump, separadamente, impôs tarifas de 145% à China dentro de sua guerra comercial ao país.

Negociações adiadas

A ameaça de Trump nas redes sociais ocorreu após Omã anunciar que as negociações nucleares planejadas para o próximo fim de semana haviam sido adiadas.

O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, fez o anúncio em uma publicação na plataforma social X. "Por razões logísticas, estamos remarcando a reunião EUA-Irã, provisoriamente planejada para sábado, 3 de maio", escreveu ele. "Novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas."

Al-Busaidi, que mediou as negociações em três rodadas até o momento, não deu mais detalhes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, emitiu um comunicado descrevendo as negociações como "adiadas a pedido do ministro das Relações Exteriores de Omã". Ele disse que o Irã continua comprometido em chegar a "um acordo justo e duradouro".

Acordo nuclear

As negociações entre EUA e Irã buscam limitar o programa nuclear iraniano em troca do relaxamento de algumas das sanções econômicas que Washington impôs a Teerã. As negociações foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Trump ameaçou repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa iraniano se um acordo não for alcançado. Autoridades iranianas alertam cada vez mais que poderiam buscar uma arma nuclear com seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos aos de armas nucleares.

O acordo nuclear do Irã com potências mundiais, firmado em 2015, limitou o programa iraniano. No entanto, Trump retirou-se unilateralmente do acordo em 2018, desencadeando um maior enriquecimento de urânio por parte do Irã./Com Associated Press

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.