Quem está na frente? Fuad ou Engler? Veja o que dizem pesquisas do segundo turno em BH

Política
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As principais pesquisas eleitorais em Belo Horizonte apontam uma pequena vantagem para o prefeito Fuad Noman (PSD) ante o deputado estadual Bruno Engler (PL) que pode chegar até a um empate técnico no segundo turno das eleições 2024 na cidade.

Esse é o cenário que apontam os levantamentos do Datafolha, da Quaest e do Paraná Pesquisas feitas na capital mineira e divulgados pouco após o resultado da primeira rodada de votação.

É um duelo que mede a força do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apoia Engler e quer mostrar que tem a capacidade de colocar um dos seus principais quadros no Executivo de uma das principais cidades brasileiras.

Fuad, por sua vez, aposta na vantagem de já exercer o cargo e na força do PSD mineiro, que tem nomes como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

O PT apoia Fuad, mas a sigla guarda mágoa dos petistas, como mostrou a Coluna do Estadão. Para integrantes do PSD, Fuad poderia ter vencido no primeiro turno se o PT não tivesse indicado o deputado federal Rogério Correia (PT-MG), que acabou ficando na sexta posição.

Veja o que cada pesquisa pesquisa já publicada em Belo Horizonte aponta:

Quaest: Fuad tem 46% e Bruno Engler, 37%

Pesquisa mais recente divulgada em Belo Horizonte, a Quaest indica uma vantagem de nove pontos porcentuais para Fuad, com 46% das intenções de voto ante 37% de Engler. Brancos e nulos representam 12%, e indecisos são 5%.

O instituto realizou 1.002 entrevistas em Belo Horizonte entre os dias 13 e 15 de outubro. A margem de erro é de três pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é MG-03563/2024.

Neste momento, segundo a Quaest, 76% dos belorizontinos disseram que a escolha é definitiva enquanto 24% podem mudar de opinião até o dia da eleição, 27 de outubro.

Na pesquisa espontânea, em que a lista dos candidatos não é apresentada aos entrevistados, Fuad é mencionado por 33% e Engler, por 28%. Neste cenário, indecisos são 33% e brancos e nulos, 6%.

A Quaest também mediu a transferência de votos dos candidatos. Fuad conseguiu herdar 52% dos votos de Mauro Tramonte (Republicanos) - que ficou em terceiro colocado, com 15,2% - 63% dos eleitores de Gabriel Azevedo (MDB), quarto colocado, com 10,55%, e 87% de Duda Salabert, que terminou na quinta posição, com 7,68%.

Engler, por sua vez, recebe 28% dos votos de Tramonte, 29% de Gabriel e 5% de Duda.

Datafolha: Noman tem 48% e Bruno Engler, 41%

Na pesquisa Datafolha, a vantagem de Noman é de sete pontos porcentuais. Ele aparece com 48% das intenções de voto ante 41% de Engler. De acordo com o levantamento, 8% dos eleitores afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto caso o pleito fosse hoje. Outros 4% não sabem em quem votar.

O Datafolha entrevistou 910 eleitores da cidade de Belo Horizonte entre os dias 8 e 9 de outubro. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MG-09634/2024.

Os eleitores de cada candidato estão, em sua maioria, decididos da escolha. No caso de Fuad, 84% de seus apoiadores já selaram a decisão, e 15% disseram que ainda podem alterar o voto. 1% dos entrevistados não sabe. A pesquisa também aponta 44% dizem que votarão nele por considerá-lo o candidato "ideal", e 56% por "não haver opção melhor" nas eleições deste ano.

No caso dos eleitores de Engler, 84% estão decididos a votar no candidato do PL, enquanto 16% dizem que a escolha ainda pode ser alterada. 63% de seus eleitores acreditam que ele é o candidato ideal para ser votado. 35% votarão nele por acreditar que não exista opção melhor, enquanto 2% não souberam responder.

Paraná Pesquisas: Engler tem 45% e Noman, 44,3%

A Paraná Pesquisas aponta um cenário diferente das demais. Segundo esse levantamento, há um empate técnico entre os dois candidatos no segundo turno, em um cenário muito parelho. Engler tem 45% das intenções de voto ante 44,3% de Noman.

Eleitores que ainda não sabem em quem vão votar ou que não responderam são 4%. Já os brancos, nulos ou que votarão em nenhum dos dois, são 6,8%. O Paraná Pesquisas entrevistou 800 eleitores de Belo Horizonte entre os dias 7 e 10 de outubro. O grau de confiança do levantamento é de 95%, e a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MG-02047/2024.

No cenário espontâneo, quando não são apresentados os nomes dos postulantes, Engler segue na liderança, com 29,1% da preferência dos eleitores, ante 27,8% de Fuad. Outros nomes citados durante a pesquisa somam 0,9%. Não sabem ou não responderam, 35,3%. Já a parcela de eleitores que não votarão em ninguém, em branco ou anularão o voto, chegou a 7%.

A pesquita também avaliou a rejeição dos dois candidatos. No caso de Engler, 39,6% dos eleitores "não votaria de jeito nenhum" em Engler, enquanto o índice de entrevistados que respondeu a mesma coisa sobre Fuad chegou a 36,9%.

Há ainda um índice sobre os que cogitam votar em cada um dos dois. Para Noman, 28,2% disseram que poderiam votar nele para o cargo de prefeito de BH. Para Engler o número é de 22%.

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O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira, 1, que nomeará o secretário de Estado, Marco Rubio, como conselheiro interino de Segurança Nacional para substituir Mike Waltz, que foi indicado para ser embaixador dos EUA na ONU.

Trump anunciou as medidas logo após a divulgação da notícia de que Waltz e seu vice, Alex Wong, deixariam o governo.

"Tenho o prazer de anunciar que nomearei Mike Waltz como o próximo Embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas. Desde seu tempo de uniforme no campo de batalha, no Congresso e como meu Conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz tem se dedicado a colocar os interesses da nossa nação em primeiro lugar", escreveu Trump nas redes sociais.

"Enquanto isso, o Secretário de Estado Marco Rubio atuará como Conselheiro de Segurança Nacional, mantendo sua forte liderança no Departamento de Estado. Juntos, continuaremos a lutar incansavelmente para Tornar a América, e o mundo, seguros novamente."

Existe um precedente para o Secretário de Estado servir simultaneamente como Conselheiro de Segurança Nacional. Henry Kissinger ocupou ambos os cargos de 1973 a 1975.

Signalgate

Ex-deputado republicano da Flórida, Waltz ganhou atenção internacional em março após incluir por engano o editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, em um grupo na plataforma Signal que reunia várias autoridades do país e onde foram discutidos ataques militares de Washington contra os Houthis, no Iêmen.

Depois do papel no 'Signalgate', o conselheiro agora é acusado de deixar a conta no aplicativo Venmo aberta.

O aplicativo tem função de pagamento online, semelhante ao Paywall, mas com funções de redes sociais que permitem que os usuários curtam e compartilhem postagens. Ele está disponível somente nos Estados Unidos.

Decisão

Aliados do núcleo mais extremista de Trump, como Laura Loomer, já criticavam Waltz desde antes do Signalgate. Segundo Loomer, Waltz faz parte de uma ala do Partido Republicano que não está em sintonia com a agenda do presidente americano.

Trump tentou evitar a demissão de Waltz e apoiou o seu conselheiro depois do Signalgate, mas a pressão do núcleo duro do presidente fez a diferença.

Em seu primeiro mandato, Trump teve quatro conselheiros de Segurança Nacional, quatro chefes de gabinete da Casa Branca e dois secretários de Estado.

A mudança de Waltz de conselheiro de Segurança Nacional para indicado a embaixador na ONU significa que ele agora terá que enfrentar o processo de confirmação do Senado, que conseguiu evitar em janeiro.

O processo, que se mostrou difícil para várias das escolhas de Trump para o gabinete, dará aos congressistas, especialmente os democratas, a primeira chance de questionar Waltz sobre sua decisão de compartilhar informações sobre um iminente ataque aéreo americano no Signal./Com Associated Press