Marco temporal: indígenas de MT defendem uso das terras para atividade econômica

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Um grupo de indígenas da etnia Paresi de Campo Novo do Parecis, norte de Mato Grosso, defendeu o uso das áreas dos povos indígenas para exploração de atividades econômicas, como a agricultura, em audiência do Supremo Tribunal Federal.

 

"As políticas adotadas até então são de assistencialismo, enquanto precisamos de políticas de capacitação, turismo. Defendemos atividades econômicas dentro das terras indígenas demarcadas com finalidade coletiva. A terra indígena deve ser demarcada para finalidade cultural e tradicional, mas também com direito à atividade econômica", disse o presidente da Cooperativa Coopirahama, Arnaldo Zunizakae, durante a audiência da mesa de conciliação da Suprema Corte que busca um acordo para demarcação de terras indígenas.

 

Segundo Zunizakae, os Paresi plantam em torno de 20 mil hectares por safra, o que corresponde a 1,7% do território total da tribo. A atividade agrícola movimenta em torno de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões por ano na tribo com colheita de 3 milhões de sacas de grãos por ano. Os Paresi atuam com agricultura no norte de Mato Grosso há vinte anos.

 

Zunizakae criticou a falta de acesso a crédito pelo povo indígena como produtores rurais, apesar de possuírem inscrição estadual e associação a entidade de classe, em virtude da falta de garantia real e de licenciamento ambiental da área.

 

"Não defendemos arrendamentos e parcerias externas nas áreas demarcadas. Defendemos acesso a crédito oficial, como o Plano Safra, para podermos desenvolver atividades concretas lá dentro e poder fiscalizar e punir quando necessário quem realiza atividade indevida", afirmou o presidente da Coopirahama. Para ele, são necessárias políticas públicas quanto ao desenvolvimento de atividade econômica de acordo com as especificidades de cada Estado.

 

Em relação aos conflitos de terras entre produtores rurais e indígenas, Zunizakae atribui a responsabilidade ao Estado. "Nenhum indígena vai abrir mão do seu direito à terra. A responsabilidade de resolver o conflito é do Estado brasileiro", disse.

Em outra categoria

O Ministério das Relações Exteriores alemão rebateu as críticas de autoridades americanas à decisão do país de classificar a Alternativa para a Alemanha (AfD) como extremista de direita. "Aprendemos com nossa história que o extremismo de direita precisa ser combatido", afirmou, em comunicado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.