Em debate do Estadão, Marina Helena tenta tomar voto bolsonarista de Nunes ao falar de educação

Política
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O prefeito e candidato a reeleição Ricardo Nunes (MDB) e a candidata do Novo à prefeitura de São Paulo, Marina Helena, ensaiaram uma dobradinha no começo do debate promovido pelo Estadão nesta quarta-feira falando sobre educação. Ao longo das respostas, porém, a candidata tentou tomar votos bolsonaristas do prefeito de São Paulo.

Ambos demonstraram concordância com a concessão de escolas para administração privada, em uma rede conveniada. Eles discordaram sobre o uso de celulares nas escolas, mas o maior atrito veio depois.

Marina Helena começou a pregar contra uma suposta "sexualização das crianças", tese não provada que mobiliza o bolsonarismo e os conservadores em geral.

"Chega das nossas crianças, na escola, aprendendo ideologia de gênero, aprendendo a ser comunista. O que a gente quer é trazer as melhores escolas particulares de São Paulo para administrar as escolas públicas. Porque elas custam menos e fazem muito melhor", disse a candidata do Novo. Ela também afirmou que há "loucuras da esquerda" dentro do governo Nunes.

O atual prefeito não entrou na polêmica e focou em aspectos da administração pública. "Essas coisas de ataque pessoal, essas agressividades não levam a nada", disse Nunes. O candidato a reeleição tenta obter os votos bolsonaristas sem ter sua popularidade prejudicada pela rejeição do ex-presidente Jair Bolsonaro em São Paulo.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que na quarta-feira impôs sanções ao petróleo do Irã e que, países que recebem a commodity iraniana, não podem fazer negócios com os americanos, em discurso no evento do Dia da Oração, na Casa Branca, nesta quinta-feira.

O republicano também aproveitou a oportunidade para dizer que está trabalhando para libertar os reféns do Hamas. "As coisas estão esquentando", acrescentou.

Uma das associações empresariais mais importantes do Canadá pediu ao primeiro-ministro do país, Mark Carney, que cogite adiar um prometido corte de impostos para a classe média, argumentando que isso enviaria um forte sinal sobre disciplina fiscal. O Conselho Empresarial do Canadá, que representa CEOs de grande empresas, afirma apoiar as promessas de Carney sobre gastos direcionados a determinadas áreas para melhorar o histórico ruim de produtividade do país e impulsionar o crescimento.

No entanto, dado o recente histórico de déficits fiscais maiores do país, de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), o conselho afirma que Carney deve adiar medidas que "não são essenciais para a resposta econômica imediata do Canadá". A entidade diz que os cortes de impostos propostos devem ser adiados até que o quadro fiscal permita.

Economistas alertaram que os déficits devem aumentar em relação ao PIB com as promessas fiscais do Partido Liberal, do primeiro-ministro, e a possibilidade de uma forte recessão em vista. Fonte: Dow Jones Newswires.

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 18 mil na semana encerrada em 26 de abril, para 241 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas da FactSet, que previam 225 mil solicitações no período.

O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para cima, de 222 mil a 223 mil.

Já o número de pedidos contínuos teve alta de 83 mil na semana até 19 de abril, a 1,916 milhão, atingindo o maior nível desde 13 de novembro de 2021. Esse indicador é divulgado com defasagem de uma semana.